RESPOSTAS - ESTUDO DIRIGIDO.pdf

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 
EPIDEMIOLOGIA 
PROF. VINICIUS GOMES 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
1. Conceitue saúde e doença. 
Segundo a OMS “Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e 
social", e não meramente ausência de doença. Na prática, presença ou 
ausência de algum sinal, sintoma ou diagnóstico de doença. Já doença pode 
ser definido como um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam 
um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde 
 
 
2. Qual a diferença entre morbidade e mortalidade? 
Mortalidade é uma Variável característica das comunidades de seres vivos, 
refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de 
tempo. Já Morbidade é uma variável característica das comunidades de seres 
vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado 
intervalo de tempo. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e 
dos agravos à saúde em uma população exposta. 
 
 
3. Conceituar doenças infecciosas. 
É uma designação dada ao ato e processo resultante de quando um agente 
infeccioso desenvolve-se ou multiplica-se no organismo vivo ocasionando um 
dano biológico, com o aparecimento de sintomas. 
 
 
4. Responder: existe diferença entre os termos: doença transmissível e 
doença contagiosa? 
Sim. A primeira se refere à transmissão do agente etiológico ou de seus 
produtos, já a última na transmissão da doença por contato direto. 
 
 
5. O que é “infecção”? 
É a penetração e multiplicação de um agente infeccioso no organismo de uma 
pessoa ou animal. 
 
 
6. Explique o que significa “causa necessária e causas contribuintes na 
doença infecciosa”. Cite exemplos. 
A causa necessária é o seu agente biológico específico. Já a contribuinte é 
quando se têm uma diminuição da resistência do organismo do hospedeiro. 
 
 
7. Explique a assertiva: “quando uma população entra em contato, pela 1ª 
vez com um germe patogênico, o efeito costuma ser devastador”. Cite 
exemplos. 
Contatos repetidos com o agente, por uma ou mais gerações, tendem a 
minimizar a severidade do processo infeccioso. A dizimação de índios pela 
tuberculose, gripe ou sarampo, tem sido atribuída em grande parte, à falta de 
resistência a essas doenças, outro exemplo seria: o morador autóctone de 
uma região endêmica de malaria sofre muito menos as suas conseqüências 
do que um imigrante recente. A assertiva está relacionada as epidemias e 
pandemias. 
 
 
8. Como o ambiente físico e biológico influencia a transmissão de 
doenças? 
A influência dos fatores físicos e biológicos são determinantes na transmissão 
de doenças. Vejamos o exemplo da cólera: Ela se alastra, rapidamente, em 
ambientes sem condições adequadas de saneamento básico. Há várias 
infecções que existem na natureza independentemente da presença do 
homem, produto de condições naturais próprias a uma dada localidade, e 
existência de insetos vetores e de reservatórios de agentes patogênicos, 
estes “focos naturais” ao lado da maneira com que os seres humanos têm 
contato com eles e das condições inadequadas em que vive a maioria da 
população, explicam a endemicidade de numerosas doenças infecciosas. 
 
 
9. Explique o “Iceberg da doença transmissível”. 
Iceberg em epidemiologia, refere-se à evidencia de pequena porção de casos 
clínicos em relação à elevada proporção de infecções inaparentes de 
determinadas doenças. Por exemplo: até 31/12/1991, enquanto estavam 
registrados 446.681 casos de AIDS, estimava-se em cerca de 10 milhões os 
portadores de HIV no mundo. (OMS,1991). Este conceito está relacionado a 
subnotificação. 
 
 
10. Explique o modelo da tríade epidemiológica. 
Esse modelo diz que para haver infecção é necessária a presença de: 1- um 
agente especifico; 2- um meio ambiente propicio à transmissão e 3- um 
hospedeiro susceptível. Então, segundo esse modelo de tríade 
epidemiológica a doenças resulta de uma interação agente-hospedeiro-meio 
ambiente. 
 
 
11. Quais os grupos mais conhecidos dos agentes infecciosos? 
São eles: os vírus, as bactérias, os fungos, os protozoários e os helmintos. 
 
 
12. O que significa: infectividade, patogenicidade, virulência, 
antigenicidade? 
A infectividade é a capacidade que alguns organismos têm de penetrar e se 
multiplicar no hospedeiro. A patogenicidade é a capacidade do agente 
infeccioso causar sintomas entre os hospedeiros. A virulência é a capacidade 
do agente causar casos graves ou fatais. E a intigenicidade é a capacidade 
que o biogente tem de induzir imunidade no hospedeiro. 
 
 
13. O que é um reservatório de doença transmissível? Cite exemplos. 
O reservatório é um termo usado para se referir a um determinado lugar, onde 
o agente infeccioso se alberga, sem causar sintomas ao reservatório. Ex: o 
homem, animais e vegetais. 
 
 
14. Quais são as vias de transmissão de doenças comumente conhecidas? 
As vias de transmissão são: direta, que se apresenta por contato físico ou 
gotículas de saliva, ou por contato indireto, que pode ser por meio da água, 
alimentos, objetos, sangue, moscas, triatomídeo e aerossóis. 
 
 
15. Quais as características do hospedeiro a considerar no desenvolvimento 
da doença infecciosa? 
O hospedeiro possui: 1 Refratariedade- resistência da espécie a uma doença 
(o homem é refratário à malaria dos roedores); 2 Resistência e suscetibilidade 
– maior ou menor resposta positiva do organismo; 3 Imunidade- produção de 
anticorpos ativa ou passiva, natural ou artificial (Ativa: natural – por doenças, 
artificial- por vacinas; Passiva: natural- transplacentaria, artificial- por soros); 4 
Característica que fazem variar suscetibilidade ou exposição aos agentes: 
estado nutricional, classe social, estresse, idade e sexo. 
 
 
16. Qual a diferença entre suscetibilidade e resistência? 
A susceptibilidade é quando o individuo não apresenta resistência ao 
patógeno, o que pode ocasionar a contração da doença; já a resistência é um 
sistema de defesa do organismo humano capaz de evitar a difusão de 
agentes infecciosos ou de seus produtos tóxicos. 
 
 
17. Descreva as reações do organismo do hospedeiro aos agentes 
microbianos. 
As reações do organismos do hospedeiro aos agentes microbianos podem 
ser de diferente intensidade: 1- Colonização – simples localização dos 
agentes na pele e mucosas, onde se reproduzem, sem produzir infecção ou 
doenças; 2- Infecção – quando há reação do organismo detectável por testes 
especiais, mas em a presença de sintomas e 3 – Doença (ou doença 
infecciosa) – caracterizada pelo aparecimento de sintomas. 
 
 
18. Explique: período de incubação e período de transmissibilidade. 
O período de incubação é o tempo entre a exposição a um agente infeccioso 
e o surgimento de sinais e sintomas da doença. No período de 
transmissibilidade, acontece a transmissão do agente infeccioso para outras 
pessoas. 
 
 
19. Quais as doenças transmissíveis mais freqüentes no Brasil na 
atualidade? 
A Influeza (Vírus da gripe comum); a Dengue, a AIDS. 
 
 
20. Aponte medidas de prevenção para grupos específicos de doenças 
transmissíveis. 
As medidas especificas podem ser tomadas permanentemente ou, ao 
contrario, de forma ocasional, aplicado em casos de alarme. Podem ser 
“universais”, indicadas para todas as pessoas; “seletivas” para determinadas 
frações da população em maior risco ou “individualizadas”, na base de 
avaliação clinica casos individuais. A melhor aplicação dessas medidas 
requer conhecimento sobre a epidemiologia de cada doenças, elas podem ser 
dirigidas para fatores do: 1- agente (combater os microorganismos 
patogênicos, se possível eliminá-los; 2- hospedeiro (reduzir a suscetibilidade 
frente à agressão) e 3- meio ambiente (impedir ou dificultar a transmissão. As 
medidas de prevenção especificas são ações voltadas ao saneamento 
ambiental, a educação para saúde e a vacinação. 
 
 
 
 
Referências 
 
PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia: teoria e prática/ Maurício Gomes 
Pereira. - [reimpressão]. - Rio de Janeiro: Koogan, 2008. 
 
ROUQUAYROL, Maria Zélia. Epidemiologia & Saúde/ Maria Zélia Rouquayrol, 
Naomar de Almeida Filho. - 6ª ed. - Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. 
 
Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso/ Ministério da Saúde, Secretaria 
de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.- 8.ed.rev - 
Brasília: Ministério da Saúde, 2010.