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Análise de Investimentos Autor: Juliana Leite Kirchner Tema 05 O Efeito da Depreciação e do Imposto de Renda seç ões Tema 05 O Efeito da Depreciação e do Imposto de Renda Como citar este material: KIRCHNER, Juliana Leite. Análise de Investimentos: O Efeito da Depreciação e do Imposto de Renda. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 05 O Efeito da Depreciação e do Imposto de Renda Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Análise de Investimentos, do autor Rodolfo Leandro de Faria Olivo, editora Alínea, 2012, Livro-Texto 115. Roteiro de Estudo: Juliana Leite KirchnerAnálise de Investimentos 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Conceitos e caracterização da depreciação, do imposto de renda pessoa jurídica; do imposto de renda sobre lucro real; do imposto de renda sobre lucro presumido. • A montagem do fluxo de caixa do investimento com depreciação e imposto de renda. • A análise de investimentos com depreciação e Imposto de Renda. • Os efeitos reais da depreciação sobre o projeto desenvolvido em uma empresa. • Os principais impactos dos impostos sobre o investimento. • A importância de se avaliar projetos considerando os fatores externos ao controle de decisão da organização. CONTEÚDOSEHABILIDADES 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • O que é depreciação? O que é Imposto de Renda? • Quais as formas de tributação da pessoa jurídica? • O que significa “taxa de depreciação”? • Quais fatores podem acarretar a falta de caixa nas empresas? • Qual é a relação existente entre a análise de investimentos e a depreciação e o Imposto de Renda? O Efeito da Depreciação e do Imposto de Renda Tanto a depreciação quanto o imposto de renda podem exercer um feito positivo ou negativo sobre um investimento, sendo que tais efeitos devem ser levados em consideração pelo investido na análise de investimentos. A depreciação caracteriza-se como uma despesa contábil, que tem como objetivo reconhecer que um determinado ativo perdeu valor ao longo do tempo. Sendo assim, devem os ativos serem classificados conforme a expectativa de sua vida útil para serem depreciados. Esse reconhecimento gera uma despesa, que abate o lucro operacional e, portanto, diminui a base de cálculo do imposto de renda. O cálculo da depreciação normalmente é linear, pois adota uma taxa fixa de depreciação por ano em relação ao valor inicial do ativo. Portanto, depreciação corresponde ao custo ou a despesa decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações) 7 da empresa. Ao longo do tempo, com a obsolescência natural ou desgaste com uso na produção, os ativos vão perdendo valor, essa perda de valor é apropriada pela contabilidade periodicamente até que esse ativo tenha valor reduzido a zero. A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na produção será alocada como custo e, por sua vez, os ativos que não forem usados diretamente na produção terão suas depreciações contabilizadas como despesa. Em termos contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos critérios determinados pelo governo, por meio da Secretaria da Receita Federal, art. 305 do RIR/99, que estipula o prazo de dez anos para depreciar as máquinas, cinco anos para veículos, dez anos para móveis e 25 anos para os imóveis. A depreciação não é obrigatória para as entidades, mas aquelas que auferem lucros farão uso como redutor “artificial” dos seus resultados a oferecer à tributação. As entidades sem fins lucrativos não têm razão para usar essa técnica. Como se vê, a depreciação é uma técnica contábil que independe da influência administrativa, visa a atender as exigências do Fisco quanto à dedução do Imposto sobre a Renda das empresas em percentuais fixados. A razão dessa depreciação é a de promover a capitalização das empresas, para quando o objeto que está sendo usado for substituído para que a entidade tenha o lucro contábil, que será distribuído “monetariamente”, foi reduzido por um efeito contábil “não monetário”, por meio da depreciação e, assim, capitalizou a empresa no exato valor lançado na rubrica, com o lançamento a débito do patrimônio na despesa com depreciação. Entretanto, no cálculo da depreciação, o administrador poderá estabelecer fórmulas mais adequadas à realidade de sua empresa (gerencialmente a depreciação passaria a ter influência da administração), desde que não fira o Regulamento do Imposto de Renda/RIR, que estabelece percentuais máximos ou períodos mínimos de tempo. O imposto de renda é um tributo, de competência da União, que tem como base de cálculo normalmente o lucro contábil, ou seja, a diferença entre receitas e custos/despesas. Ele incide sobre pessoas físicas (IRPF) e pessoas jurídicas (IRPJ). O fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza. O imposto de renda é um percentual que oscila entre 30 a 50%, dependendo da política fiscal vigente, aplicado sobre o lucro apurado ao final de cada exercício. LEITURAOBRIGATÓRIA 8 Os contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) são: I. As pessoas jurídicas. II. As empresas individuais. As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não. As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei n. 9.430/1996, art. 60). As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas (Constituição Federal, art. 173 § 1º). Complementarmente ao Imposto de Renda, existe a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a qual possui o mesmo fato gerador e incide sobre a mesma base de cálculo do Imposto de Renda. Formas de Tributação das Pessoas Jurídicas: as Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das seguintes formas: a) Simples: na prática, para efeitos de análise de investimentos, funciona de modo similar ao lucro presumido, englobando os seguintes tributos: PIS, Cofins, ICMS, ISS e INSS na mesma alíquota. b) Lucro presumido: é uma forma simplificada de arrecadar Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), pois se tributa a receita bruta da mesma forma que o PIS e Cofins, de modo que se presume determinada margem de lucro sobre a receita bruta. Sendo assim, cada setor de atividade econômica possui alíquota diferente pelo lucro presumido. c) Lucro real: é a forma mais adotada, e consiste em tributar o lucro, e não a receita, permitindo que a empresa abata os seus custos e despesas antes do pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). d) Lucro arbitrado. LEITURAOBRIGATÓRIA 9 As empresas podem optar no início de cada ano, por outra forma, indistintamente, sendo que apenas empresas com faturamento anual superior a R$ 48 milhões (base 2006) ou de algumas atividades econômicas são obrigadas a utilizar o IR por lucro real. Base de Cálculo: a base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração. Como regra geral, integra a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhesseja dada, independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto. Período de Apuração: o imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. De acordo com a opção do contribuinte, o lucro real também pode ser apurado por período anual. Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento. Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento. LEITURAOBRIGATÓRIA 10 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site do Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/>. Acesso em: 1 dez. 2013. Mediante acesso rápido e simples, você terá acesso gratuito a diferentes guias, notícias, informações e artigos de diferentes temas, que o auxiliarão na compreensão dos conteúdos abordados. Consulte o informativo disponível no site do Portal dos Tributos. Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html>. Acesso em 01 dez. 2013. Esse texto trata das diversas formas legais de classificação de níveis empresariais realizados pela Receita Federal. Pesquise no site da Receita Federal os diversos tipos de impostos que incidem sobre as empresas de acordo com seu porte. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Principal/Informacoes/InfoDeclara/ declaraPJ.htm>. Acesso em 01 dez. 2013. Leia o artigo Análise das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, publicado no congresso da USP, sobre as análises de fluxos de caixa e os efeitos da depreciação, de Leandro Luis Darós e Adriano de Souza Pereira. Disponível em: <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos92009/467.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013. 11 AGORAÉASUAVEZ Pesquise no site de contabilidade CPCON, quais são os impactos da depreciação sobre um projeto. Disponível em: <http://www.cpcon.eng.br/gestao-patrimonial/patrimonio/depreciacaocontabil- conceitos/>. Acesso em: 1 dez. 2013. Acesse o site da Receita Federal para pesquisar e aprofundar seu conhecimentos acerca do Lucro Real. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2000/orientacoes/ lucroreal.htm>. Acesso em: 1 dez. 2013. Vídeos Importantes: Assista ao vídeo “Imposto de Renda – O que é? Por que declarar?”, que comenta as principais características do Imposto de Renda. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=5WE_zyoylpA>. Acesso em: 1 dez. 2013. Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. LINKSIMPORTANTES 12 AGORAÉASUAVEZ Questão 1: A depreciação e o imposto de renda podem exercer um efeito positivo ou negativo so- bre um investimento, dependendo das situ- ações em análise. De forma breve, concei- tue depreciação e o imposto de renda. Questão 2: A depreciação é uma despesa contábil que reconhece que um ativo perde valor ao lon- go do tempo. Para tanto, pode exercer um efeito positivo ou negativo sobre um inves- timento. Acerca da depreciação, analise as afirmati- vas e assinale a alternativa incorreta: a) O cálculo da depreciação normalmente é linear. b) A depreciação de máquinas e equipamentos é de dez anos, portanto, depreciação de 10% ao ano. c) O reconhecimento da depreciação gera uma despesa, que abate o lucro operacional, e, portanto, diminui a base de cálculo do imposto de renda. d) Para o cálculo da depreciação, adota- se uma taxa fixa de depreciação por ano em relação ao valor inicial do ativo. e) A despesa caixa mais comum é a depreciação. Questão 3: O imposto de renda é um tributo cobrado na maioria dos países do mundo, e tem como base de cálculo, normalmente, a di- ferença entre receitas e custos/despesas. Para tanto, pode exercer um efeito positivo ou negativo sobre um investimento. Acerca do imposto de renda, analise as afir- mativas e assinale a alternativa incorreta: a) O imposto de renda incide tanto sobre pessoas físicas ou sobre pessoas jurídicas. b) O fato gerador do imposto de renda é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza. c) O imposto de renda tem como base de cálculo normalmente o lucro contábil, ou seja, a diferença entre receitas e custos/ despesas. d) A competência para instituir o imposto de renda pertence aos Municípios. e) As empresas podem optar no início de cada ano, por outra forma, indistintamente, sendo que apenas empresas com faturamento anual superior a R$ 48 milhões (base 2006) ou de algumas atividades econômicas são obrigadas a utilizar o IR por lucro real. RESPOSTA DISSERTATIVA INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA 13 AGORAÉASUAVEZ Questão 4: A depreciação é uma despesa com cálculo estabelecido por lei, sendo que o cálculo da depreciação é linear, ou seja, adota-se uma taxa fixa de depreciação por ano em relação ao valor inicial do ativo. Acerca das taxas de depreciação, assinale a alternativa incorreta: a) Computadores e equipamentos de informática: depreciação de 33,3% ao ano. b) Máquinas e equipamentos: depreciação de 10% ao ano. c) Prédios e instalações: depreciação de 4% ao ano. d) Veículos e Automóveis e Caminhões: depreciação de 40% ao ano. Questão 5: Faça a relação entre as formas de tributa- ção do imposto de renda e as suas caracte- rísticas, assinalando a alternativa correta: (1) Imposto de renda sobre o lucro real (2) Imposto de renda sobre lucro presumido (3) Simples Nacional (_) Consiste em forma simplificada de arre- cadação de PIS, Cofins, ICMS, ISS e INSS na mesma alíquota. (_) Consiste em tributar o lucro, e não a re- ceita, permitindo que a empresa abata os seus custos e despesas antes de pagar o IR e CSLL. ( ) Consiste em tributar a receita bruta, da mesma forma que o PIS e Cofins, de modo a presumir determinada margem de lucro (por atividade) sobre a receita bruta. a) 2, 1, 3. b) 2, 3, 1. c) 1, 2, 3. d) 3, 2, 1. e) 3, 1, 2. Questão 6: Uma empresa comprou computadores em 2004, no valor total de R$ 15.000,00. Qual o valor da despesa de depreciação para os próximos anos? Observe: despesa de depreciação: compu- tadores – três anos (1/3 do valor ao ano) Questão 7: Uma empresa de transportes está anali- sando a compra de um caminhão por R$ 50 mil. A empresa pretende utilizar o veí- culo por quatro anos e no final do quarto ano, revendê-lo por R$ 10 mil (portanto, não há ganho ou perda contábil n valor re- RESPOSTA DISSERTATIVA INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA RESPOSTA DISSERTATIVA 14 AGORAÉASUAVEZ sidual). Esse veículo irá gerar receitas de R$ 60 mil nos dois primeiros anos e R$ 80 mil nos dois últimos. Os custos são de 40% da receita (combustível, manutenção), e as despesas são fixas em R$ 15 mil por ano. A alíquota de IR da empresa é de 30%, e a empresa opta por lucro real. Deve-se acei- tar esse projeto? Utilize VPL e a TIR, sa- bendo que a TMA é de 20% ao ano. Questão 8: Uma empresa,cuja TMA é de 6% a.a. dis- põe de duas alternativas para introduzir uma linha de fabricação para um dos componen- tes de seu principal produto: A alternativa A é para um processo automa- tizado que exigirá um investimento de R$ 20.000,00 e propiciará economias anuais de R$3.116,00 durante 10 anos. A alternativa B é para um processo semiau- tomatizado, com investimento mais baixo (R$10.000,00), mas, devido ao uso ainda de mão de obra, propiciará uma economia anual de apenas R$1.628,00, também du- rante 10 anos. Qual a melhor alternativa? Questão 9: Na análise de investimento, o fluxo de cai- xa leva em conta toda entrada e saída de recursos do caixa da empresa. É correto afirmar que todas as despesas com depreciação, resultam em saída de caixa? Justifique. Questão 10: O que é o Imposto de Renda? O que é o Lucro real? Quais são as pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real? O que é o Lucro Presumido? RESPOSTA DISSERTATIVA RESPOSTA DISSERTATIVA RESPOSTA DISSERTATIVA 15 REFERÊNCIAS FINALIZANDO Nesse tema, você aprendeu um determinado investimento pode sofrer a influência tanto da depreciação quanto do imposto de renda. A depreciação corresponde à despesa contábil que reconhece que um ativo perde valor ao longo do tempo, enquanto que o imposto de renda é um tributo cobrado que tem como base de cálculo o lucro contábil, ou seja, a diferença entre receitas e custos/despesas. Viu ainda que o fluxo de caixa financeiro é o instrumento de planejamento mais utilizado pelas empresas de todos os portes no mundo inteiro. O objetivo básico do fluxo de caixa é projetar as disponibilidades financeiras da empresa, produzindo informações necessárias à programação da captação de recursos financeiros, otimização das aplicações de sobras de caixa, gerenciamento das contas a pagar, avaliação do impacto de variações de custos e preços, entre outras decisões importantes. Você aprendeu também que a Receita Federal classifica as empresas de acordo com o faturamento, podendo ser lucro real, lucro presumido, simples nacional, entre outros. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. Editora Atlas. São Pau- lo: 1995. CALOBA, Guilherme Marques. Análise de Investimentos. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos. 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. COSTA, Paulo Henrique Soto. Análise de projetos de investimentos. Rio de Janeiro: Edito- ra da Fundação Getúlio Vargas, 1984 16 GLOSSÁRIO MARQUEZAN, Luiz Henrique Figueira. Análise de Investimentos. Revista Eletrônica de Contabilidade de Curso de Ciências Contábeis – UFSM. vol. III, n. 1, jan-jun 2006. Dis- ponível em: <http://w3.ufsm.br/revistacontabeis/anterior/artigos/vIIIn01/a02vIIIn01.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013. OLIVO, Rodolfo Leandro de Faria. Análise de Investimentos. Campinas, SP: Alínea, 2012. REFERÊNCIAS Investimentos: envolve decisões de aplicação de recursos com prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno. Retorno: resultado em valor financeiro sobre o capital investido. Fluxo de Caixa: demonstra todos os pagamentos e recebimentos em um determinado período de tempo em uma empresa. Entrada e saída de capital. Depreciação: valores calculados em percentuais sobre o valor do ativo que a Receita Federal define como desgaste anual. Impostos: é uma das espécies do gênero tributo. Tributação: é a obrigação imposta às pessoas físicas e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado ou entidades equivalentes. Tributo: é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Tributo é a obrigação imposta às pessoas físicas e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes. Receita Federal: é um órgão específico e singular, subordinado ao Ministério da Fazenda, que tem como responsabilidade a administração dos tributos federais. 17 GABARITO Base de cálculo: valores de referência para incidência dos cálculos. Fato Gerador: é uma expressão jurídico-contábil que representa um fato ou conjunto de fatos a que o legislador vincula o nascimento da obrigação jurídica de pagar um tributo determinado. GLOSSÁRIO Questão 1 Resposta: A depreciação caracteriza-se como uma despesa contábil, que tem como objetivo reconhecer que um determinado ativo perdeu valor ao longo do tempo. Sendo assim, os ativos devem ser classificados conforme a expectativa de sua vida útil para serem depreciados. Esse reconhecimento gera uma despesa, que abate o lucro operacional e, portanto, diminui a base de cálculo do imposto de renda. O imposto de renda é um tributo, de competência da União, que tem como base de cálculo normalmente o lucro contábil, ou seja, a diferença entre receitas e custos/despesas. Ele incide sobre pessoas físicas (IRPF) e pessoas jurídicas (IRPJ). O fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza. O imposto de renda é um percentual que oscila entre 30 a 50%, dependendo da política fiscal vigente, aplicado sobre o lucro apurado ao final de cada exercício. Questão 2 Resposta: Alternativa E. Justificativa: A despesa não caixa mais comum é a depreciação, tendo em vista que se refere ao registro do estado do ativo relativo à sua depreciação (perda de valor) no fluxo de caixa, devendo ser computada como perda de valor, sendo um custo/despesa. A depreciação é considerada como uma despesa não caixa, pois a depreciação não sai do caixa da empresa, mas sim sai do caixa no momento da compra da máquina e, assim sendo, a depreciação deve ser lançada no grupo “custo dos produtos” ou no grupo “despesas”. 18 Portanto, a depreciação é uma despesa não caixa, tendo em vista que a despesa não altera o fluxo de caixa da empresa. Deve ser considerada, para efeito contábil, como uma despesa e, consequentemente, abate a base de cálculo do IR mensurado pelo lucro real. Questão 3 Resposta: Alternativa D. Justificativa: A competência para instituir o imposto de renda pertence à União, e não aos Municípios. Questão 4 Resposta: Alternativa D. Justificativa: A taxa de depreciação de veículos, automóveis e caminhões é de cinco anos, e logo, depreciação de 20% ao ano, e não de 40% ao ano. Questão 5 Resposta: Alternativa E. Justificativa: Consiste em forma simplificada de arrecadação de PIS, Cofins, ICMS, ISS e INSS na mesma alíquota: Simples Nacional Consiste em tributar o lucro, e não a receita, permitindo que a empresa abata os seus custos e despesas antes de pagar o IR e CSLL: Imposto de renda sobre o lucro real. Consiste em tributar a receita bruta, da mesma forma que o PIS e Cofins, de modo a presumir determinada margem de lucro (por atividade) sobre a receita bruta: Imposto de renda sobre lucro presumido. Questão 6 Resposta: Depreciação 2005: R$ 15.000,00/3 = R$ 5.000,00 Valor contábil do ativo = R$ 10.000,00 Depreciação 2006: R$ 15.000,00/3 = R$ 5.000,00 Valor contábil do ativo = R$ 5.000,00 GABARITO 19 Depreciação 2007: R$ 15.000,00/3 = R$ 5.000,00 Valor contábil do ativo = R$ 0,00 Questão 7 Resposta: F Fin 50.000 [CHS] [G] [CF0] 17.700 [G] [CFJ] 2 [G] [NJ] 26.100 [G] [CFJ] 1 [G] [NJ] 36.100 [G] [CFJ] 1 [G] [NJ] [F] [IRR] = 28,5% 20 i [F] [NPV] = + 9.555,17 Como se chegou ao valor positivo de R$ 9.555,17, deve-se aceitar o projeto. TIR TIR (28,5%)> TMA (20%) Em relação à TIR, também se deve aceitar o projeto. Questão 8 Resposta: Amelhor alternativa é a “A”, pois mesmo exigindo um investimento mais alto (de R$ 20.000,00) irá propiciar uma economia anual de R$ 3.116,00 durante dez anos, enquanto que a alternativa “B” irá propiciar uma economia anual de apenas R$ 1.628,00, também durante 10 anos. Questão 9 Resposta: Não, despesas como depreciação não acabam afetando o fluxo de caixa da entidade durante o seu reconhecimento como despesa no exercício social. GABARITO 20 GABARITO Questão 10 Resposta: O imposto de renda incide sobre o lucro tributável da empresa que, por sua vez, é influenciado por procedimentos da contabilidade da depreciação. Por essa razão, a legislação tributária permite às empresas deduzirem de seu lucro anual a correspondente carga de depreciação para fins de cálculo do imposto de renda. Também incidente sobre o lucro tributável, a contribuição social que deve ser considerada na análise de investimentos. A base de cálculo pode ser o lucro real ou lucro presumido. O Lucro Real corresponde à base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e compensações de prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do imposto de renda, de acordo com as determinações contidas na Instrução Normativa SRF nº 28, de 1978, e demais atos legais e infralegais posteriores. As pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro real são aquelas: a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável, dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da IN SRF n. 38, de 1997, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais), ou de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses. b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta. c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior. d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto. 21 GABARITO e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996; f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). O Lucro Presumido é o lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. O imposto de renda é devido trimestralmente.
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