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Gestão de Negócios Internacionais Autor: Indiara Beltrame Brancher Tema 05 Sistematização de exportação: aspectos administrativos, operacionais e financeiros seç ões Tema 05 Sistematização de exportação: aspectos ad- ministrativos, operacionais e financeiros BRANCHER, Indiara Beltrame. Gestão de Negócios Internacionais: Sistematização de exportação: aspectos administrativos, operacionais e financeiros. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2018. SeçõesSeções LEITURAOBRIGATÓRIA FINALIZANDO REFERÊNCIAS GABARITO CONTEÚDOSEHABILIDADES AGORAÉASUAVEZ GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES 4 Tema 05 Sistematização de exportação: aspectos ad- ministrativos, operacionais e financeiros 5 CONTEÚDOSEHABILIDADES Os negócios internacionais são caracterizados pela troca de gentilezas entre os países no que se refere às relações de compra, venda, troca ou permuta de mercadorias. Os interessados em participar desse processo devem estar atentos às normas e procedimentos, assim como devem obedecer às leis internas que regem cada país (REBONO, 2000). No que se refere à importação, essa unidade se ocupa em estudar os seguintes conteúdos: • Entender como se dão os processos relativos à sistemática de Importação. • Verificar as normativas quanto ao credenciamento e habilitação da empresa para atuação no campo da importação. • Estudar a atuação dos órgãos intervenientes, assim como documentação específica e trâmites burocráticos na importação. Ao final dos estudos desenvolvidos nessa unidade, você terá desenvolvido e exercitado as seguintes habilidades: • Capacidade de articular os processos pertinentes à sistemática de importação. • Competência na instrução do credenciamento e habilitação da empresa para atuação no campo da importação. • Aptidão para entender a atuação dos órgãos intervenientes, assim como documentação e trâmites burocráticos na importação. 6 LEITURAOBRIGATÓRIA Sistematização de Importação: aspectos administrativos, operacionais e financeiros Os países pobres e ricos lutam para manter um padrão nos negócios internacionais de maneira a terem uma balança comercial favorável, com níveis adequados de compra e venda de mercadorias. Nesse contexto, a compra de produtos, ou seja, a importação, assume um papel importantíssimo para o desenvolvimento de uma nação. Pois essa é a operação por meio da qual se possibilita a entrada de mercadorias em um território aduaneiro. No Brasil, os principais produtos importados são destinados ao setor industrial, matérias-primas, máquinas e equipamentos. (ASSUMPÇÃO, 2007). Atualmente é praticamente impossível que um país consiga se desenvolver isoladamente. Nenhum país é autossuficiente de maneira a não precisar comprar nada de outros países, ou seja, podemos afirmar que a prática dos negócios internacionais é essencial para todos os países, sejam desenvolvidos ou não. Sendo que por meio da importação os países podem suprir falhas na estrutura econômica, colaborando na complementação dos produtos disponíveis à população (DIAS; RODRIGUES, 2008). Devemos considerar, também, que muitas vezes é mais barato comprar do que produzir. Um exemplo disso foi o que ocorreu no começo do século XX, onde as indústrias americanas de seda transferiram suas instalações para a China, uma vez que isso baratearia o processo produtivo, sendo mais conveniente produzir no outro país e importar o produto para os EUA (MAIA, 2008). Importação é o nome que se dá à entrada no país de riquezas originárias do exterior materializada por bens e serviços (FARO; FARO 2010). Nesse sentido, o processo de atuação de uma empresa nos negócios internacionais, no Brasil, se inicia com o registro de importação e exportação, que é indispensável para as empresas, entidades e pessoas físicas trabalharem como importador e exportador (VAZQUEZ, 2009). 7 LEITURAOBRIGATÓRIA As importações podem ser de dois tipos, definitivas e temporárias. Importação definitiva ocorre quando uma mercadoria estrangeira é importada e nacionalizada, ou seja, recebe a autorização de entrar no Brasil e ser comercializada. No caso da importação não definitiva, não ocorre a nacionalização, podemos citar como exemplo de importação não definitiva a denominada importação temporária. A importação temporária é um tratamento especial na importação que permite a entrada de certas mercadorias no país, com finalidade e período de tempo determinados (MISTÉRIO DA FAZENDA, 2017). Para exportar e/ou importar, as empresas devem estar cadastradas no REI - Registro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). A inscrição no REI é automática, no ato da primeira operação no Siscomex, sem maiores formalidades (MDIC, 2017). No caso de pessoa física, essa só poderá importar ou mesmo exportar se a mercadoria não for para comercialização, ou seja, seja para uso próprio. (VAZQUEZ, 2009). Em termos de negócios internacionais, temos normas que se aplicam igualmente a mais de um país, tendo como objetivo facilitar o comércio internacional. Essas normas são disciplinadas por meio de acordos entre os países, ou mesmo são criadas através de organismos como Organização das Nações Unidas (ONU), a Câmara do Comércio Internacional (CCI) ou a Organização Mundial do Comércio (OMC). O Executivo Federal Brasileiro é quem rege essas normas que disciplinam a entrada no território nacional de mercadorias vindas do exterior, ou a saída de mercadorias do território nacional com repercussão nas áreas tributária, administrativa, comercial, aduaneira e financeira (DIAS; RODRIGUES, 2008). O Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) é o órgão responsável pela operacionalização das políticas da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Esse fará a comunicação por meio de informativo público dos procedimentos para cadastramento no sistema de licenciamento de importação. Os agentes que trabalham na área internacional estão sujeitos a constantes treinamentos e aprimoramentos, com vistas a estarem sempre aptos a atenderem aos rígidos controles das operações pertinentes a importações (VAZQUEZ, 2009). Um dos órgãos mais significativos, que intervém diretamente nos processos relativos à importação é o Ministério da Fazenda (MF). Ele é responsável pela fiscalização, controle e arrecadação de impostos pertinentes aos negócios internacionais. Sendo que a Secretaria da Receita Federal (SRF) é o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, é quem atua mais diretamente na supervisão, administração, regulamentação, aplica a legislação tributária federal, arrecada tributos, combate o contrabando (MDIC, 2017). 8 LEITURAOBRIGATÓRIA Outro órgão significativo na articulação dos Negócios Internacionais no Brasil é o Comitê Brasileiro de Nomenclatura (CBN), que classifica, nomeia e mantém essa classificação de mercadoria atualizada. Além desse, temos o Conselho Monetário Nacional (CMN), o qual regula a política da moeda e do crédito, por meio da atuação do Banco Central do Brasil (BACEN), que também regula o mercado cambial e a estabilidade das taxas cambiais (DIAS; RODRIGUES, 2008). Podemos citar também, como órgão interveniente, a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a qual tem como incumbência a normatização, supervisão, orientação, planejamento, controle e avaliação das atividades de comércio exterior. Além disso, estão entre as atividades da SECEX: participar das negociações dos acordos comerciais internacionais do governo brasileiro, promover a cultura exportadora, deferir atos concessórios de drawback, anuir operações de exportação e importação, promover o exame de similaridade para averiguação de produção nacional, compilar a balança comercial, promover a defesa comercial do país (SISCOMEX, 2017). Nesse sentido, podemos considerar que o governo não podee não deve abdicar de sua responsabilidade de cobrar, fiscalizar e controlar, quando necessário, as entradas e saídas de mercadorias. Sendo assim, esse deve buscar racionalizar o sistema de controle dos negócios internacionais, eliminando os trâmites, papéis, exigências, sempre onerosos, supérfluos e ineficientes (DIAS; RODRIGUES 2008). Podemos citar como exemplo de ações votadas à agilização dos negócios internacionais a criação do Portal Siscomex, o qual é uma iniciativa de governo eletrônico centrada no aumento da transparência e da eficiência nos processos e controles de exportações e importações (SISCOMEX, 2017). Para que seja realizado um processo de importação de uma mercadoria, o primeiro aspecto que deve ser considerado é a verificação da classificação fiscal do produto (código NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul). Essa consulta inicial pode ser feita por meio da lista da Tarifa Externa Comum (TEC), disponível no site do Ministério (www.mdic.gov.br). A mencionada lista também apresenta a alíquota do imposto de importação (II) de cada produto (MDIC, 2017). Uma vez verificada a classificação do produto, o comprador/importador precisa dar prosseguimento a outra conferência, agora a pertinente ao Tratamento Administrativo, o qual precisa ser feito por meio do módulo específico no SISCOMEX Importação ou mesmo por meio do simulador de Tratamento Administrativo (Importação), disponível no site www. portal.siscomex.gov.br (MDIC, 2017). Essa verificação vai mostrar se a importação está 9 LEITURAOBRIGATÓRIA sujeita a licenciamento e, nos casos onde é necessário, será indicado o órgão do governo federal que é o responsável pela anuência da Licença de Importação (LI). Caso haja necessidade de anuência de algum órgão, o importador (ou seu representante legal) deverá registrar a LI no SISCOMEX (MDIC, 2017). No que se refere à documentação, o Quadro 1 apresenta os documentos pertinentes à importação. Além desses, podem ser solicitados outros documentos, de acordo com o país de destino, acordos comerciais e legislação específica. Documento Descrição Pró-Forma Pró-forma é um documento de responsabilidade do exportador, como um orçamento oficial, a pedido do importador, para dar procedimento na Licença de Importação e outros documentos fiscais. A Pró-forma é um modelo de documento formalizando o pedido do importador com todas as especificações necessárias para o fechamento do negócio. A Pró-forma deverá ser emitida no idioma do país importador ou em inglês. Fatura Comercial A fatura comercial é um documento emitido pelo exportador servindo como uma Nota Fiscal, que começa a ser válida a partir da saída da mercadoria do exportador do território nacional, este documente é necessário para desembaraçar a mercadoria no país de destino. Romaneio de Embarque (Packing List) A emissão deste documento é feita pelo exportador, ela é utilizada para o desembaraço da mercadoria e para o importador fazer a conferência do que está sendo embarcado. É uma simples relação do que, e a quantidade que está sendo enviada para seu importador. Certificado de Origem O documento é processado pelo exportador, é emitido pelas federações da Agricultura, Indústria e Comércio, por associações comerciais, centros e Câmaras de Comércio. É utilizada pelo importador para comprovar a procedência da mercadoria importada, e verificar se há isenção ou redução de imposto de importação em decorrência de acordos comerciais entre nações, serve também para cumprir exigências impostas pela legislação do país importador. O certificado de origem é gerado após a apresentação da Fatura Comercial e documentos de comprovação. Conhecimento de Embarque Este documento é emitido pela companhia de transporte da carga, que confirma o recebimento da carga, as condições e a data de entrega ao destinatário legal. É utilizada também como um recibo de mercadorias documentando a mercadoria em sua propriedade a partir daquele momento. Quadro 1 - Documentação de Importação 10 LEITURAOBRIGATÓRIA Contrato de Câmbio Este documento é gerado pelo banco negociador de câmbio que formaliza a troca de divisa estrangeira por moeda nacional. Este documento é firmado pelo vendedor e comprador de moedas estrangeiras mencionando as informações completas do processo de importação ou exportação. Tendo como contrapartida mencionado no contrato de câmbio o valor da moeda estrangeira e o valor transformado da moeda nacional efetuado pela taxa de câmbio. Tipo Descrição Licenciamento automático Realizada antes do despacho aduaneiro de importação, pode ser efetivado logo após o embarque da mercadoria no exterior. O deferimento do assentimento será realizado sem restrição à data de embarque. Licenciamento não automático Sua solicitação deve anteceder o embarque dos produtos, salvo nas exceções previstas na Portaria SECEX nº 23/2011. O comprador/importador deve aguardar a autorização da anuência (órgão responsável pela autorização) antes de embarcar os produtos, sendo esse com restrição à data de embarque. Fonte: Segre (2009) Quadro 2 – Licenciamento Automático e Não automático Fonte: SISCOMEX (2017) As importações brasileiras, via de regra, estão dispensadas de licenciamento, nesse sentido não é necessária uma Licença de Importação (LI) com autorização prévia de órgãos governamentais anuentes. Nesses casos, o importador deverá, apenas, fornecer o registro da Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX, quando da chegada dos produtos no território brasileiro. Em alguns casos, entretanto, é exigido o licenciamento, que poderá ser automático ou não automático (vide Quadro 2), conforme o produto ou operação de comércio exterior realizada (MDIC, 2017). Ainda no que se refere ao Licenciamento Automático e Não automático, além desses apresentarem diferença em relação à restrição de embarque, há distinções também em relação ao prazo que o órgão anuente possui para se manifestar por meio do SISCOMEX, ou seja, para seu parecer a respeito do Licenciamento. Enquanto no licenciamento automático o prazo para o resultado é de até 10 dias úteis, no licenciamento não automático esse pode se estender por até 60 dias corridos (MDIC, 2017). Além das mercadorias relacionadas no Tratamento Administrativo do SISCOMEX, também estão propensas ao licenciamento não automático as importações efetivadas considerando 11 LEITURAOBRIGATÓRIA as seguintes situações de acordo com a Portaria SECEX nº 23/2011, art. 15: I. passíveis de ter acesso a cotas tarifária e não tarifária; II. produtos sujeitas aos benefícios das Áreas de Livre Comércio e da Zona Franca de Manaus; III. passíveis da autorização do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); IV. passíveis ao exame de similaridade; V. material usado, considerando as exceções determinadas na Portaria SECEX; VI. mercadorias de origem de países com restrições explícitas nas Resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU); VII. substituição de produtos de acordo com a Portaria MF nº 150/1982; VIII. processos de importação que apresentem indicativos de fraude; IX. Mercadorias passíveis a medidas de defesa comercial e produtos idênticos aos passíveis a medidas de defesa comercial, quando oriundos de países não gravados. Quando uma organização pensa em atuar no campo da importação de mercadorias, ela se defronta com dois fatores que devem ser considerados: o primeiro é natural, ou seja, a existência de um produto, o qual será importado, e o segundo é a existência de um fornecedor capaz de prover o valor competitivo à mercadoria. Na medida em que a organização está instrumentalizada em relação à importação, essa pode partir para a prospecção do fornecedor, ou seja, realizando contato com vendedor/exportador, e iniciar os processospertinentes à negociação e efetiva compra dos produtos de um vendedor/ exportador (CAMPOS; FALKOWISKI, 2016). Quanto ao pagamento da importação, esse deve ser processado em concordância com os dados apresentados na Declaração de Importação (DI) registrada no SISCOMEX. O contravalor em moeda nacional deve ser levado a débito de conta titulada pelo comprador (RECEITA FEDERAL, 2017). Outro aspecto que deve ser observado na importação são os canais de conferência. Considerando que os produtos estão sujeitos a normativas específicas, licenciamento e 12 LEITURAOBRIGATÓRIA anuência de órgãos governamentais, assim como a processos particulares que devem ser observados e respeitados, foram estabelecidos no SISCOMEX canais de conferência e que estarão ligados à liberação dos produtos (BIZELLI, 2005). Os mesmos são: a) Canal Verde – o qual se refere a mercadorias que não possuem restrição e são desembaraçadas automaticamente. b) Canal Amarelo – o qual se refere a mercadorias que necessitam ter sua documentação verificada, e são liberadas em caso de não haver irregularidades. c) Canal Vermelho – o qual se refere a mercadorias que demandam sua documentação verificada e carga vistoriada. d) Canal Cinza – o qual se refere a mercadorias que precisam ter sua documentação verificada, carga vistoriada e que passarão por processos de liberação específica ou especial. As organizações que operam com importação estão sujeitas à revisão dos processos de importação realizados por um período de até cinco anos após o desembaraço aduaneiro, uma vez que existem casos em que podem ter ocorrido equívocos ou mesmo desvios da legislação, que podem levar a empresa a ser proibida de realizar outras operações de importação (CAMPOS; FALKOWISKI, 2016). 13 Acesse o artigo Importação Similaridade. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/images/ REPOSITORIO/secex/decex/CGIM/2017.07.18_Site-MDIC_Similaridade.pdf>. Acesso em: 10 out. 2017. O artigo apresenta informações importantes aos importadores a respeito do exame de similaridade. Conforme disposto no art. 118 do Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759, de 05/02/2009), estão sujeitas a exame de similaridade as importações nas quais sejam pleiteados benefícios fiscais relativos ao Imposto de Importação – II (redução ou isenção). Consulte o site Invest & Export Brasil (leia o artigo Imposto de Importação - II. Disponível em: <http://www.investexportbrasil.gov.br/imposto-de-importacao-ii>. Acesso em: 10 out. 2017. O Imposto de Importação (II) incide sobre mercadoria estrangeira, bem como sobre bagagem de viajante e bens enviados como presente ou amostra, ou a título gratuito. Para fins de incidência do imposto, considera-se estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada. Acesse o Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações. Disponível em: <http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/>. Acesso em: 10 out. 2017. Por meio deste simulador, disponibilizado pela Receita Federal, é possível obter a informação pertinente ao tratamento tributário e administrativo ao qual está sujeito todo processo de importação de uma determinada mercadoria. Assista ao vídeo: Entrevista - Redução nos tempos da logística das importações. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oZj4iF2brkA>. Acesso em: 10 out. 2017. O coordenador-geral de Administração Aduaneira, José Carlos de Araújo, concedeu entrevista coletiva para apresentar a redução nos tempos da logística das importações no modal marítimo no Brasil. Assista ao vídeo: Portal Único de Comércio Exterior é referência para outros países. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=Hzbdk4Qpx_g>. Acesso em: 10 out. 2017. O vídeo apresenta uma entrevista do secretário de Comércio Exterior do MDIC, LINKSIMPORTANTES 14 Daniel Godinho, a respeito do Portal Único de Comércio Exterior, lançado em 2014 pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o qual visa reduzir o tempo e os custos de importação e exportação no Brasil. LINKSIMPORTANTES 15 Instruções: Agora chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Bom estudo! AGORAÉASUAVEZ Questão 1: Puxadas pela recuperação aguardada na economia, as importações devem voltar a subir em 2017 depois de três anos conse- cutivos em baixa – período no qual, sob o impacto da recessão, regrediram a pata- mares de 2009, quando a crise financeira internacional alcançou seu auge. Já as ex- portações, mesmo que cresçam, tendem a variar menos do que as compras de pro- dutos do exterior se as previsões do mer- cado estiverem, em sua maioria, corretas. O resultado será um superávit inferior em US$ 2 bilhões aos US$ 47 bilhões previs- tos para este ano. Fonte: Após três anos, importações de- vem voltar a subir em 2017. Disponível em: http://economia.estadao.com.br/noticias/ Questão 2: Em um processo de importação devem ser observados os aspectos documentais e processuais, o quais devem ser atendi- dos com rigor. No que se refere aos canais de conferência e que estarão ligados à li- beração dos produtos, leia as proposições abaixo: geral,apos-tres-anos-importacoes-devem- -voltar-a-subir-em-2017,10000097356 Acesso em: 10 out. 2017. O fragmento do texto “Após três anos, im- portações devem voltar a subir em 2017” informa que uma melhora da economia leva a um aumento de importações. Con- siderando isso, explique qual o papel da importação no contexto da economia bra- sileira. 16 Questão 3: A teoria das vantagens comparativas foi fLeia a reportagem a seguir: A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) informa aos produto- res que o Governo do Estado de Mato Gros- so regulamentou na quarta-feira (26/07) a AGORAÉASUAVEZ I – O Canal Verde se refere a mercadorias que não possuem restrição e são desemba- raçadas automaticamente. II - Canal Amarelo se refere a mercadorias que necessitam ter sua documentação verifi- cada, e são liberadas em caso de não haver irregularidades. III - Canal Vermelho se refere a mercadorias que demandam sua documentação verificada e carga vistoriada. IV - Canal Cinza se refere a mercadorias que precisam ter sua documentação verificada, carga vistoriada e que passarão por proces- sos de liberação específica ou especial. A respeito dessas afirmações, assinale a op- ção correta. a) I e II. b) II e III c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II, III e IV Lei nº. 10.568/2017, que concede crédito presumido no Imposto de Circulação so- bre Mercadorias e Serviço (ICMS) nas sa- ídas interestaduais de gado em pé criado no território mato-grossense. O crédito presumido não incide no cálcu- lo do frete ainda que a operação seja re- alizada com preço CIF, quando o frete é pago na origem. Para comprovar a base de cálculo nas operações com preço CIF, o produtor deverá demonstrar a formação do preço na nota fiscal informando o valor do frete no campo próprio, separado do valor da mercadoria. Fonte: <http://sfagro.uol.com.br/mato- -grosso-publica-lei-que-reduz-impostos- -para-saida-do-boi-em-pe>. Acesso em: 20 set. 2017. A respeito do Incoterm CIF, podemos afir- mar que: a) Esse Incoterm contempla em nenhuma responsabilidade do exportador/vendedor na providência do seguro marítimo como o risco de perda ou danos nas mercadorias. b) Esse Incoterm contempla as mesmas obrigações do FOB, tendo como obrigação adicional do exportador/ vendedor que ele providencie o seguro marítimo, como o risco de perda ou danos nas mercadorias. c) Esse Incoterm contempla as mesmas 17 Questão4: O secretário-adjunto executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, afirmou hoje que o governo não vai permitir um “surto” de importação de veículos até que entre em vi- gor o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre auto- móveis. Segundo ele, o governo tem como fazer o controle por meio de licenças de im- portação. O governo não concederá licenças se identificar o surto. Os critérios para esse controle, no entanto, não foram definidos. Oliveira afirmou ainda que o controle tem amparo legal por meio do licenciamento não automático. Ele destacou que o licencia- mento não automático dá um prazo de até 60 dias para a licença ser autorizada. “É re- AGORAÉASUAVEZ obrigações do DDP, tendo como obrigação adicional do exportador/vendedor que ele providencie o seguro marítimo, como o risco de perda ou danos nas mercadorias. d) Esse Incoterm contempla as mesmas obrigações do EXW, tendo como obrigação adicional do exportador/vendedor que ele providencie o seguro marítimo, como o risco de perda ou danos nas mercadorias. e) Esse Incoterm contempla as mesmas obrigações do CFR, tendo como obrigação adicional do exportador/vendedor que ele providencie o seguro marítimo, como o risco de perda ou danos nas mercadorias. gra”, afirmou, rebatendo a avaliação de que essa prática poderia se traduzir numa “operação tartaruga”. Fonte: Governo afirma que controlará importação de veículos. Disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/go- verno-afirma-que-controlara-importacao- -de-veiculos/ Acesso em: 10 out. 2017. O fragmento do texto Governo afirma que controlará importação de veículos fala a respeito do licenciamento não automá- tico. Com relação ao licenciamento não automático, explique quando deve ser so- licitado e como se dá a dinâmica de anu- ência por parte do órgão responsável. Questão 5: Os importadores poderão acompanhar, pe- los celulares e tablets, o andamento dos processos de liberação de cargas. A Recei- ta Federal lançará aplicativo que permite o monitoramento das importações em tempo real, sem a necessidade de habilitação em sistemas ou a utilização de certificado di- gital (ferramenta de assinatura eletrônica). [...] O aplicativo permite ainda a consulta à No- menclatura Comercial do Mercosul (NCM) por código ou descrição da mercadoria. O usuário pode conhecer as alíquotas cobra- das e o tratamento administrativo aplicado 18 AGORAÉASUAVEZ para cada tipo de produto. É possível também simular importações, obtendo os valores de tributos e o tratamento administrativo para cada caso. Fonte: Importadores poderão acompa- nhar liberação de cargas. Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/ importadores-poderao-acompanhar-li- beracao-de-cargas/ Acesso em: 10 out. 2017. Além do Tratamento Administrativo na Importação, os importadores devem es- tar atentos ao que está estabelecido na Portaria SECEX nº 23/2011, em seu art. 15. Cite ao menos três apresentadas na referida portaria. 19 FINALIZANDO Segundo dados do MDIC (2017), na segunda semana de outubro de 2017, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 586 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 3,287 bilhões e importações de US$ 2,701 bilhões. Esses números informam o volume dos negócios internacionais no Brasil. Podemos verificar que não são somente as exportações, mas que as importações também figuram com relevância. Por meio do estudo de como se dão os processos relativos à sistemática de importação, da verificação das normativas quanto ao credenciamento e habilitação da empresa para atuação no campo da importação e do estudo da atuação dos órgãos intervenientes, documentação específica e trâmites burocráticos na importação, foi possível aprofundar o entendimento desse importante instrumento dos negócios internacionais. 20 GLOSSÁRIO Imposto de Importação (II): imposto que incide sobre mercadoria estrangeira, bem como sobre bagagem de viajante e bens enviados como presente ou amostra, ou a título gratuito. Exame de Similaridade: consiste em verificar a existência de produto brasileiro em condições de substituir o estrangeiro. Se a importação for sujeita a exame de similaridade e for constatada a existência de similar nacional para o produto a ser importado, este não poderá ser importado com o benefício fiscal pleiteado. Declaração de Importação (DI): é o documento que formaliza e contém as informações pertinentes ao processo de importação e servirá como base para o despacho aduaneiro de importação. Licença de Importação (LI): trata-se de um documento eletrônico processado por meio do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), utilizado para licenciar as importações de produtos cuja natureza ou tipo de operação estejam sujeitos a controles de órgãos governamentais. Como regra geral, as importações estão dispensadas de licenciamento. Alfândega: também chamada de aduana, trata-se da repartição governamental oficial que faz o controle do movimento de entradas (importações) e saídas (exportações) de mercadorias para o exterior ou mesmo dele provenientes, sendo responsável, inclusive, pela cobrança dos tributos pertinentes. 21 Questão 1 Resposta: O papel da importação é importantíssimo para um desenvolvimento de uma nação, uma vez que essa é a operação por meio da qual se possibilita a entrada de mercadorias em um território aduaneiro de produtos destinados à indústria, matérias-primas, máquinas e equipamentos Questão 2 Resposta: Alternativa E. I – O Canal Verde se refere a mercadorias que não possuem restrição e são desembaraçadas automaticamente. II - Canal Amarelo se refere a mercadorias que necessitam ter sua documentação verificada, e são liberadas em caso de não haver irregularidades. III - Canal Vermelho se refere a mercadorias que demandam sua documentação verificada e carga vistoriada. IV - Canal Cinza se refere a mercadorias que precisam ter sua documentação verificada, carga vistoriada e que passarão por processos de liberação específica ou especial. Questão 3 Resposta: Alternativa D. I - Verificar a classificação fiscal do produto (código NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul). II - Consultar a Tarifa Externa Comum (TEC). IV – Conferência pertinente ao Tratamento Administrativo. A alternativa III – “Verificar a alíquota do imposto de exportação (IE) de cada produto” está incorreta, por mencionar imposto de exportação, GABARITO 22 GABARITO quando o correto é Imposto de Importação. Questão 4 Resposta: O licenciamento não automático deve ser solicitado antes do embarque dos produtos, salvo nas exceções previstas na Portaria SECEX nº 23/2011. O comprador/importador deve aguardar a autorização da anuência antes de embarcar os produtos, sendo esse com restrição à data de embarque. Questão 5 Resposta: De acordo com a Portaria SECEX nº 23/2011, art. 15: passíveis de ter acesso a cotas tarifária e não tarifária; produtos sujeitos aos benefícios das Áreas de Livre Comércio e da Zona Franca de Manaus; passíveis da autorização do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 23 REFERÊNCIAS ASSUMPÇÃO, Rossandra Mara. Exportação e Importação conceitos e procedimentos básicos. Curitiba: Editora Ibpex, 2007. BRASIL. Portaria SECEX nº 23/2011. Dispõe sobre operações de comércio exterior. Dis- ponível em http://portal.siscomex.gov.br/legislacao/biblioteca-de-arquivos/secex/portaria- -no-23-de-14-de-julho-de-2011 Acesso em: 10 out. 2017. BIZELLI, João dos Santos. Sistemática de Comércio Exterior: importação. São Paulo: Adu- aneiras, 2005. CAMPOS, Ivan Ferreira de; FALKOWISKI, Lissandro de Souza. Negócios internacionais – Londrina:Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. 208 p. DIAS, Reinaldo; RODRIGUES, Waldemar (Org). 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