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Cuidados Nutricionais na Úlcera Péptica

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ABCD Arq Bras Cir Dig Artigo de Revisão
2014;27(4):298-302
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-67202014000400017
CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ÚLCERA PÉPTICA
Nutritional care in peptic ulcer
Nathália Dalcin VOMERO, Elisângela COLPO
Trabalho realizado no Curso de Nutrição do 
Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, 
Santa Maria, RS, Brasil
DESCRITORES - Nutrição. Dietoterapia. 
Helicobacter pylori. Terapia nutricional, 
alimentação. Tratamento.
RESUMO - Introdução: A úlcera péptica é uma lesão que ocorre na mucosa do trato 
gastrointestinal, sendo caracterizada por um desequilíbrio entre fatores agressores e protetores 
da mucosa gástrica, tendo como principal fator etiológico o H. pylori. A dietoterapia é 
fundamental na prevenção e tratamento dessa patologia. Objetivo: Rever a terapia nutricional 
na úlcera péptica em adultos. Métodos: A metodologia utilizada foi um estudo exploratório 
de revisão do conhecimento disponível na literatura científica. Resultados: A dietoterapia bem 
como a distribuição calórica deve ser ajustada as necessidades do paciente com objetivo de 
normalizar o estado nutricional e promover a cicatrização. As recomendações de nutrientes 
podem ser diferenciadas nas fases aguda e de recuperação, havendo uma maior necessidade 
proteica e de alguns micronutrientes como vitamina A, zinco, selênio e vitamina C na fase de 
recuperação. Além disso, alguns estudos evidenciam que a vitamina C tem efeito benéfico na 
erradicação do H. pylori. As fibras e probióticos também possuem um importante papel no 
tratamento da úlcera péptica, reduzindo os efeitos colaterais dos antibióticos e auxiliando na 
redução do tempo de tratamento. Conclusão: Percebe-se que poucos são os trabalhos que 
evidenciam a terapia nutricional da úlcera e não há consenso sobre o tema. Com isso, mais 
estudos são necessários para abordar com maior especificidade o tratamento dietoterápico da 
úlcera péptica. Dieta equilibrada é fundamental no tratamento da úlcera péptica, uma vez que 
o alimento pode prevenir, tratar ou mesmo aliviar os sintomas que envolvem esta doença. No 
entanto, existem poucos trabalhos que inovam dietoterapia; assim, são necessários estudos 
adicionais abordando mais especificamente a dietoterapia para o tratamento de úlcera péptica.
ABSTRACT - Introduction: Peptic ulcer is a lesion of the mucosal lining of the upper gastrointestinal 
tract characterized by an imbalance between aggressive and protective factors of the mucosa, 
having H. pylori as the main etiologic factor. Dietotherapy is important in the prevention and 
treatment of this disease. Aim: To update nutritional therapy in adults’ peptic ulcer. Methods: 
Exploratory review without restrictions with primary sources indexed in Scielo, PubMed, Medline, 
ISI, and Scopus databases. Results: Dietotherapy, as well as caloric distribution, should be 
adjusted to the patient’s needs aiming to normalize the nutritional status and promote healing. 
Recommended nutrients can be different in the acute phase and in the recovery phase, and 
there is a greater need of protein and some micronutrients, such as vitamin A, zinc, selenium, 
and vitamin C in the recovery phase. In addition, some studies have shown that vitamin C has 
a beneficial effect in eradication of H. pylori. Fibers and probiotics also play a important role in 
the treatment of peptic ulcer, because they reduce the side effects of antibiotics and help reduce 
treatment time. Conclusion: A balanced diet is vital in the treatment of peptic ulcer, once food 
can prevent, treat or even alleviate the symptoms involving this pathology. However, there are 
few papers that innovate dietotherapy; so additional studies addressing more specifically the 
dietotherapy for treatment of peptic ulcer are necessary.
Correspondência: 
Elisângela Colpo 
E-mail: elicolpo@yahoo.com.br
Fonte de financiamento: não há 
Conflito de interesses: não há
Recebido para publicação: 13/02/2014
Aceito para publicação: 23/05/2014
HEADINGS - Nutrition. Dietotherapy. 
Helicobacter pylori. Nutritional therapy, 
treatment.
ABCDDV/1063
INTRODUÇÃO
Úlcera péptica é doença crônica caracterizada por desequilíbrio entre os fatores que danificam a mucosa e aqueles que a protegem, resultando em lesão mucosa do trato digestivo superior22. Tem sido uma das doenças 
mais prevalentes no mundo, e algumas das suas complicações têm sido as principais 
causas da morbimortalidade a ela referida34. A prevalência difere da população mundial 
entre as úlceras gástricas e duodenais, e a média de idade das pessoas portadoras é 
entre 30 e 60 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. Também foi observada 
diferença racial e na África úlceras duodenais são consideradas raros em pessoas 
negras, mas nos Estados Unidos a incidência é a mesma para negros e brancos; em 
relação ao sexo, há predominância de úlceras em homens16. 
Úlcera péptica de causa multifatorial. Os elementos ambientais, tais como álcool 
e nicotina, podem inibir ou reduzir a secreção de muco e bicarbonato e o aumento 
da secreção ácida. Fatores genéticos podem influenciar, e os filhos de pais com úlcera 
duodenal são três vezes mais propensos a ter úlcera do que a população em geral14. Nas 
últimas décadas, a identificação do Helicobacter pylori e a associação da úlcera com a 
utilização crônica de drogas anti-inflamatórias, contribuíram para melhor compreensão 
dos eventos associados à ulcerogênese36. 
Nutrição e recomendações dietéticas para orientar vida saudável e estabelecer 
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parâmetros nutricionais, são reconhecidas como forma de 
promover a saúde e prevenir e tratar doenças. Assim, a 
dietoterapia tem desempenhado papel fundamental 
na prevenção e tratamento de úlcera péptica, com o 
objetivo principal de recuperar e proteger o revestimento 
gastrointestinal, melhorando a digestão, aliviando a dor e 
contribuindo para estado nutricional satisfatório29. 
A úlcera péptica é conhecida desde a antiguidade, 
mas há poucos estudos inovadores em dietoterapia como 
tratamento para esta doença. Por este motivo, o objetivo 
deste estudo foi revisar a terapia nutricional de úlceras 
pépticas em adultos.
MÉTODO
Revisão do conhecimento disponível na literatura 
científica sobre a terapia nutricional de úlcera péptica, sem 
restrições de data, contidos nas bases Scielo, PubMed, Medline, 
ISI e Scopus. Também foram incluídos dados dos comitês 
nacionais e internacionais de saúde. Para a pesquisa em bases de 
dados, foram utilizados os seguintes descritores: dietoterapia, 
nutrição, úlcera péptica, Helicobacter pylori, pimenta, ferro, 
proteínas, antioxidantes, biodisponibilidade de nutrientes, 
fibras alimentares, zinco, probióticos, vitaminas C e E.
RESULTADOS
Fisiopatologia e etiologia 
Úlcera péptica é caracterizada por solução de 
continuidade da mucosa do trato digestivo superior exposta 
à secreção cloridropéptica. Muitas vezes ocorre no duodeno 
(5-10% da população), mas também no estômago e esôfago36. 
É doença crônica, com períodos de ativação e de remissão e sua 
patogênese é caracterizada pelo desequilíbrio entre os fatores 
que prejudicam a mucosa (ácido clorídrico, pepsina e drogas 
ulcerosas) e aqueles que a protegem, como barreira mucosa, 
prostaglandinas e secreção mucosa18. As manifestações clínicas 
são caracterizadas por desconforto epigástrico, queimação 
ou dor intensa e contínua, o que tende a ser pior à noite. A 
dor geralmente ocorre 1-3 horas após a ingestão, e pode ser 
seguida por náuseas, vômitos, desconforto gastrointestinal, 
flatulência e perda significativa de peso22. 
Fatores importantes na sua etiopatogenia são o tabaco, 
o álcool e Helicobacter pylori - que é capaz de se mover em 
meio de alta viscosidade, aderindo ao epitélio da mucosa, 
onde permanece protegido18. O diagnóstico da infecçãopode ser conseguido através de vários testes, cada um com 
sensibilidade e especificidade superiores a 80%. O teste 
padrão-ouro é a endoscopia digestiva alta, que permite 
coleta de material para verificar se há H. pylori, além de outros 
procedimentos terapêuticos36.
 
Avaliação nutricional em úlcera péptica 
O objetivo é identificar possíveis alterações nutricionais 
e determinar a intervenção adequada para garantir a 
saúde dos indivíduos. Desnutrição neste caso pode ocorrer, 
especialmente quando há estenose, o que impede a ingestão 
normal dos alimentos18. 
Para avaliação nutricional, alguns indicadores 
importantes são utilizados neste processo, como os 
antropométricos, bioquímicos, e avaliações clínicas. As 
avaliações antropométricas consistem na verificação de peso 
e altura que podem ser utilizados em conjunto na avaliação 
do estado nutricional, por meio de IMC (índice de Massa 
Corporal); contudo, este método não distingue as perdas 
de gordura ou de massa magra. Além disso, o peso pode 
ser escondido por hiper-hidratação ou a desidratação, não 
resultando em determinação precisa do estado nutricional18. 
Bioimpedância corporal total é método utilizado para 
medir a massa corporal, o volume de líquido e gordura 
corporal, sendo reconhecido pelo Ministério da Saúde e 
nos USA pelo Food and Drugs Administration como técnica 
valiosa14. A calorimetria indireta é método não-invasivo para 
determinar as necessidades nutricionais e a taxa de utilização 
de substratos de energia a partir do consumo de oxigênio 
e produção de dióxido de carbono obtido por análise do ar 
inspirado e expirado pelos pulmões8. 
A circunferência muscular do braço é medida para 
avaliar proteína somática, e a área muscular do braço corrigida 
é método mais preciso, pois reflete a magnitude real de 
alterações musculares. A prega cutânea tricipital é mais 
utilizada, porque é a região do tríceps que melhor representa 
a camada adiposa subcutânea28. 
Os testes bioquímicos são capazes de diagnosticar 
eventuais deficiências ainda na fase subclínica e inclui a 
albumina do soro, que desempenha papel chave na avaliação 
do estado nutricional - pré-albumina, é indicador sensível 
da deficiência de proteína -, tendo várias vantagens para 
ajudar a determinar o estado nutricional e necessidades 
de intervenção18. Hemograma completo é frequentemente 
utilizado neste caso, porque envolve a contagem de glóbulos 
brancos e vermelhos, plaquetas, reticulócitos e índices 
hematológicos; assim, permite monitorar alterações no 
sangue e análise do progresso da doença18. O balanço de 
nitrogênio é técnica não invasiva e acessível que consiste na 
diferença entre a tomada em oxigênio e oxigênio excretado 
utilizado para avaliar o estresse metabólico; é bom parâmetro 
para avaliar a ingestão e degradação de proteínas17.
Características da terapia nutricional 
O objetivo dietoterapia na úlcera péptica é evitar 
hipersecreção cloridopéptica, a fim de reduzir a úlcera e dor. 
Além disso, a terapia nutricional destina-se a promover a 
cicatrização, com base em sequência complexa de eventos 
que vão desde o trauma inicial para a reparação do tecido 
danificado. Investigação de deficiências nutricionais é essencial 
para a preparação de dieta de recuperação adequada. No 
início do século 20, Sippy propôs dieta à base de leite e creme 
de leite, combinada com antiácidos, para o tratamento de 
úlcera gastrointestinal, com base no princípio de que o leite iria 
fornecer alcalinização gástrica e aliviar a dor. Hoje leite não é 
recomendado devido ao efeito de tamponamento e de estímulo 
rebote na secreção de ácido gástrico por ele provocado29. 
De acordo com Marrota e Floch18, a distribuição de calorias 
para os pacientes com úlcera péptica deve ser normal, com 
valores que variam de 50-60% de hidratos de carbono, 10-15% 
de proteínas, e de 25-30% de lipídeos, com o valor total de 
energia suficiente para manter ou recuperar o estado nutricional. 
Reis29 sugeriu que a distribuição de calorias deve ser 
ajustada de acordo com as necessidades do paciente para 
normalizar o estado nutricional, tendo como macronutrientes 
recomendados a ingestão de proteínas em até 1,2 g/kg/peso/
dia na fase aguda (5ª- 8ª semana) e até 1,5 g/kg/peso/dia 
na fase de recuperação. Os hidratos de carbono devem ser 
ajustados às necessidades do paciente, sem concentração de 
dissacarídeos, de modo a evitar a fermentação, e lipídeos sem 
concentração de gorduras saturadas. 
Para acelerar o processo de cura, além de proteína, 
podem contribuir micronutrientes tais como zinco, que 
é essencial para manter a função do sistema imunitário, 
como resposta ao estresse oxidativo, e para curar feridas25. 
O selênio pode reduzir complicações infecciosas e melhorar 
a cicatrização10. Além disso, a vitamina A pode ser utilizada 
como a suplemento, mas a pesquisa que apoia esta prática 
é de eficácia limitada, porque dosagens muito elevadas não 
promovem a cura e o consumo excessivo pode ser tóxico2. 
Recomendações nutricionais de pacientes com úlcera péptica, 
são descritas na Tabela 1. 
CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ÚLCERA PÉPTICA
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Apesar do pequeno número de referências que abrangem 
as quantidades necessárias de nutrientes no tratamento da 
úlcera péptica, pode ver-se que os autores concordam com as 
recomendações para melhorar a cicatrização, diferenciando-
se apenas quando o paciente está na fase ativa ou remissão. 
Portanto, para ajudar a planejar ação mais específica e segura, 
é importante investigar o estado nutricional do indivíduo e se 
o paciente tem alguma doença associada.
TABELA 1 – Recomendações para dieta diária na úlcera péptica 
Characteristics Recommendations
Daily energy needs 
(DEN)
Sufficient to maintain or recover the 
nutritional status
20-25 Kcal/Kg: weight loss
25-30 Kcal/Kg: maintenance
30-35 Kcal/Kg: weight gain31
Acute phase Recovery phase
Carbohydrate (%)29 50-60 50-60
Protein (g/Kg/weight)29 1.2 1.5
Lipid (%)18,29 25-30 25-30
Zinc (mg)¹³ 11 40
Selenium (µg)20 55 400
Vitamin A (µg)113 900 3000
Vitamin C (mg)13 75 500
Vitamin B¹² (µg)
13 2.4 2.4
Folic acid (µg)13 400 400
Iron (mg)13 45 45
Fibers (g)13 20 to 30 20 to 30
Probiotics (UFC/day)18 10⁹ to 10¹¹ lactic acid bacteria
10⁹to 10¹¹ lactic 
acid bacteria
Sources: 18Marrota; Flock (1993); 29Reis (2003); 13DRI’S (UL); 13DRI’S (RDA
O uso de fibras alimentares no tratamento de úlcera péptica 
As propriedades fisicoquímicas das frações de fibras 
produzem diferentes efeitos fisiológicos do organismo. As 
fibras solúveis, encontradas na maçã, farinha de aveia e pera 
são responsáveis , por exemplo, para aumento da viscosidade 
do conteúdo intestinal. As fibras insolúveis (grãos integrais, 
granola, linhaça) aumentam o volume das fezes - reduzindo o 
tempo de trânsito no intestino grosso - e fazendo a eliminação 
fecal mais fácil e rápida. As fibras regulam o funcionamento 
do intestino, o que é vital para o bem-estar das pessoas 
saudáveis e para o tratamento dietético de muitos doenças19. 
Räihä et al.26 relataram grande número de pacientes com 
úlcera péptica com dietas pobres em fibras e antioxidantes. É 
aconselhável dieta rica em fibras para indivíduos com úlcera 
péptica (20-30 g /dia, de acordo com a OMS - Organização 
Mundial de Saúde), porque as fibras atuam como tampões, 
reduzem a concentração de ácidos biliares no estômago e o 
tempo de trânsito intestinal com menor distensão abdominal, 
diminuindo assim o desconforto e dor18.
Uso de probióticos na úlcera péptica 
Os probióticos são definidos como suplemento 
alimentar à base de microrganismos vivos, que afetam 
beneficamente o organismo humano e proporcionando 
balanço microbiano33. Há interesse especial em probióticos 
para tratamento da infecçãopor H. pylori, uma vez que 
desempenha papel crucial na patogênese da gastrite e úlcera 
péptica em adultos9. Os probióticos têm agentes terapêuticos 
contra H. pylori que pode ser demonstrado por dados clínicos 
que comprovem a eficácia de alguns probióticos em diversas 
doenças gastrointestinais e também devido ao aumento da 
resistência de bactérias patogênicas para antibioticos35. 
Uma das medidas que podem contribuir para reduzir a 
taxa de infecção por H. pylori é a modulação da dieta, com 
a adição de probióticos. No entanto, organismos probióticos 
não aparecem para a erradicação de H. pylori, mas têm a 
capacidade de reduzir a carga bacteriana e infecção em 
animais e humanos32. Estudos em humanos indicam que 
os probióticos melhoram um pouco a taxa de eliminação 
no tratamento contra H. pylori, sendo útil para diminuir 
a carga bacteriana e provavelmente melhorar simptomas 
dispépticos37. Assim, a ingestão de 10⁹ para 10¹¹ CFU/dia de 
bactérias de ácido láctico é recomendada. 
O melhor indicador documentado entre as aplicações 
clínicas dos probióticos é a redução dos efeitos colaterais 
associados com antibióticos. De acordo com Cats et al.4 
em estudo de intervenção, 14 pacientes infectados com 
H. pylori receberam L. acidophilus (108 CFU) durante três 
semanas e mostrou ser capaz de inibir o crescimento de 
H. pylori em 64% dos voluntários. Da mesma forma em 
estudo realizado por Wang et al.38 com 59 voluntários que 
receberam Bifidobacterium animalis e L. acidophilus (10¹0 
CFU) duas vezes por dia durante seis semanas, concluíram que 
a ingestão regular de iogurte contendo essas bactérias pode 
efetivamente suprimir a infecção por H. pylori em humanos. 
O uso de anti-oxidantes para a erradicação do 
Helicobacter pylori 
Alguns autores mostraram que o melhor tratamento é a 
erradicação da bacteria18. Assim, alguns estudos em humans40 
usando antioxidantes para erradicar H. Pylori observaram 
que a vitamina C tem efeitos importantes na erradicação 
de bactérias em pacientes com úlcera péptica. Mas, estes 
estudos mostraram que as doses pequenas de vitamina 
C por um período mais longo de tempo tiveram resposta 
melhor, quando comparados com doses mais elevadas. Assim, 
observa-se que os pacientes com úlcera péptica por H. pylori 
podem usar até 500 mg/dia de vitamina C por um período de 
três meses, o qual não excede a UL recomendada de 2000 mg, 
de acordo com DRIs13. 
Outro antioxidante usado para erradicar o H. pylori é a 
capsaicina presente na pimenta e pimentões. Estudos em animais 
mostraram que ela tem efeito na cura de lesões gastrointestinais. 
Da mesma forma, alguns pesquisadores39 estudaram o efeito 
da capsaicinoides em indivíduos com úlcera péptica por H. 
pylori ou aspirina e mostraram que essas substâncias são 
gastroprotetoras apenas em indivíduos com lesões induzidas 
por aspirina. É interessante notar que as pimentas podem estar 
associadas às irritações da mucosa gástrica, e podem não ter 
efeito gastroprotetor em alguns indivíduos com úlcera péptica.
TABELA 2 -Alimentos permitidos, alimentos que devem ser consumidos com cautela, e os alimentos que devem ser evitados
Food groups Allowed Use with caution Prohibited 
Dairy Milk, low-fat cheeses, yogurt, fermented milk Fatty cheeses (mascarpone, cream cheese, gorgonzola) -
Oilseeds Flaxseed, Brazilian nut, walnuts - -
Oils and olive oils Vegetable oils, olive oil - Fried foods
Fruits Apple, papaya, melon, banana Orange, pineapple, acerola, passion fruit Lemon
Vegetables Leafy dark green vegetables, carrot, beet, green bean, spinach, kale, radish, zucchini, leek 
Broccoli, cauliflower, cabbage, cucumber, 
onion, red pepper Spicy peppers (black pepper, chilies)
Legumes Bean soup, lentils, chickpeas, soybean Beans -
Meats Lean meat (beef, pork, chicken, fish) Fatty meats, organ meats and sausages -
Sweets - Concentrated sweets Chocolate
Beverages Natural juices Citrus/acidic fruit juices Coffee, black tea, fizzy/cola drinks 
Other foods - Industrialized seasonings, spices and condiments (Ketchup, mayonnaise, mustard) Mustard grain
ARTIGO DE REVISÃO
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Substâncias que podem potencializar os sintomas da 
úlcera péptica 
De acordo com César et al.5, danos causados pela 
úlcera podem ser revertidos muitas vezes após o tratamento 
da infecção causada pelo H. pylori, por mudança de dieta 
e estilo de vida. Ferri-de-Barros et al.11 observaram que 
o consumo de álcool causa danos ao aparelho digestivo, 
com aparecimento de sintomas da úlcera e outras doenças 
relacionadas com o álcool, como esofagite, pancreatite 
crônica, gastrite, entre outros. 
De acordo com Reis29, fumar diminui a secreção 
de muco e bicarbonato, o aumenta do fluxo duodenal 
e gástrico e o risco de formação de úlceras. Estudos 
prospectivos e retrospectivos mostram maior mortalidade 
por úlcera péptica em fumantes quando comparados 
aos não-fumantes. Pesquisas mostram que, entre outros 
constituintes do tabaco, conta a nicotina com a maior 
parte do desenvolvimento de úlceras pépticas, porque tem 
efeito nocivo sobre o muco protetor do epitélio gástrico, 
alterando bicarbonatos30. 
Café, mesmo descafeinado, aumenta a produção de 
ácido gástrico, resultando em irritação das mucosas. O 
mesmo vale para os refrigerantes, que, além de aumentarem 
a produção de ácido, são gasosos e causam distensão gástrica 
e dispepsia18. No entanto, é importante levar em conta as 
tolerâncias individuais, com atenção para a existência de 
equívocos sobre os alimentos e suas ações no corpo. A Tabela 
2 indica os alimentos que são proibidos e devem ser evitados 
por pessoas com úlcera péptica.
Antiácidos versus nutrientes com biodisponibilidade 
A deficiência de vitamina B12 é comum em pacientes 
com úlcera péptica devido à utilização prolongada de 
antiácidos, o que dificultava a biodisponibilidade desta 
vitamina. A vitamina B12 pode ser sintetizada por microbiota 
intestinal no cólon, mas não é absorvida. A deficiência desta 
vitamina provoca a divisão celular prejudicada e anemia 
megaloblástica. Estima-se que 80-90% dos doentes com falta 
de vitamina B12 podem desenvolver alterações neurológicas, 
se não tratados24. Como resultado, a recomendação é de 
2,4 µg/dia de vitamina, que pode ser obtida a partir de 
alimentos de origem animal, tais como leite, carne e ovos. 
A absorção de ácido fólico pode ser alterada em 
indivíduos que fazem uso crônico de antiácidos à base de 
alumínio (Pepsamar®, Gastran®, Alca-Luftal®), porque 
antiácidos fazer o pH do jejuno mais alcalino23. Nestes casos, 
a ingestão de 400 µg/dia de vitamina é necessária, o que pode 
ser fornecido com a ingestão de alimentos de leguminosas, 
tais como lentilhas e carnes. É importante ressaltar que a 
redução da acidez gástrica por antiácidos ou anti-ulcerosos 
(Lanzol®, Prazol®, Omeoprazol®) altera a digestão de 
proteínas e afeta a boa digestão dos alimentos21. 
Os antiácidos também podem diminuir a absorção de 
ferro, causando anemia por deficiência dele. Hemorragia 
gastrointestinal pode ser observada na úlcera gastroduodenal 
e infecção por H. pylori1 e pode estar associada com o 
desenvolvimento da anemia. Hemorragia gástrica é uma das 
principais complicações da úlcera péptica22. 
A infecção por H. pylori também pode levar ao 
desequilíbrio da homeostase de ferro no organismo, 
devido à crescente demanda por ferro que ele necessita. 
De modo semelhante a outros tipos de bactérias, o ferro é 
essencial para o crescimento de H. pylori1. Para prevenir ou 
tratar deficiência de ferro, é recomendada uma dose de 45 
mg de ferro por dia, que pode ser fornecido pela ingestão 
de carnes, a principal fonte de heme ferro. Estima-se que 
100 g de carne correspondem à 1 kg de grãos (de ferro 
não heme). O consumo concomitante de suco de frutasque contenham vitamina C aumenta a absorção do ferro 
não-heme da dieta1.
Tratamentos alternativos sem eficácia comprovada em 
úlcera péptica 
O potencial das plantas como fonte de novas drogas 
ainda oferece grande campo para a pesquisa científica. Apesar 
do grande número de plantas conhecidas, somente pequena 
porcentagem delas já foi fitoquimicamente investigada e 
apenas uma fração avaliada para determinar seu potencial 
farmacológico. Mesmo entre as plantas medicinais tradicionais 
ainda há grande percentagem que não foi estudada para 
confirmar sua eficácia e segurança em humanos27. 
Em úlcera péptica este fato é também observado. Em um 
estudo realizado por Mentz e Schenkel20, no qual avaliaram a 
plantas com efeitos conhecidos popularmente e prová-los 
cientificamente, observaram que plantas como o Symphytum 
officinale L. (confrei), além de não ter nenhuma eficácia 
comprovada, pode ser prejudicial por causa de seus alcalóides 
pirrolizidínicos, com hepatotoxicidade comprovada. Outra 
planta estudada foi Zantoxylon rhoifoliun Lan (“mamica-de-
cadela”), popularmente indicado para úlceras e cura, mas 
seus benefícios não foram comprovados também. Além disso, 
Maytenus ilicifolia Mart, vulgarmente conhecida no Brasil 
como “espinheira-santa” e utilizada para a cicatrização da 
úlcera péptica, não tem mostrado esse eficácia em ensaios 
realizados. 
Estudou-se também os efeitos de Peumus boldus 
(“boldo”) e Baccharis genistelloides (“carqueja”), ambos 
comumente usado para tratar problemas digestivos e úlceras. 
Os estudos revelaram que várias atividades popularmente 
atribuídas a elas estão associados com os compostos químicos 
isolados, tais como, por exemplo, flavonoides e antioxidantes 
encontrados tanto em boldo como na carqueja. No entanto, 
os benefícios dos chás na cura da úlcera péptica não foram 
cientificamente provados27. 
A utilização de produtos naturais no tratamento de 
úlcera tem sido amplamente estudada. No entanto, a maior 
parte dos ensaios que têm provado efeito anti-úlcera7 foram 
realizados em animais, e, por conseguinte, não proporcionam 
confiabilidade como tratamentos alternativos para a 
prevenção de recaídas, ou para tratamento de úlcera péptica 
em humanos.
CONCLUSÃO
Dieta equilibrada é fundamental no tratamento da úlcera 
péptica, uma vez que o alimento pode prevenir, tratar ou mesmo 
aliviar os sintomas que envolvem esta doença. No entanto, 
existem poucos trabalhos que inovam dietoterapia; assim, são 
necessários estudos adicionais abordando mais especificamente 
a dietoterapia para o tratamento de úlcera péptica.
REFERÊNCIAS
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ARTIGO DE REVISÃO
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