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AGREGADOS MACROECONOMICOS I

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OS PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS
A contabilidade nacional mede a atividade econômica a partir de sua expressão mais genérica – o produto da economia – para, em seguida, e partir dele, introduzir novos conceitos e assim observar a atividade econômica. Esses conceitos são chamados de agregados* e recebem essa denominação pelo fato de não serem simplesmente uma soma de parcelas que expressam da mesma forma e na mesma unidade de medida, mas sim uma soma de coisas diferentes (bens e serviços) cujo volume físico, conforme vimos são expressos nas mais diferentes unidades de medida. No entanto, esses bens e serviços podem ser adicionados quando são traduzidos numa unidade comum de medida, ou seja, a moeda.
Para que se possam definir convenientemente os agregados, é preciso relaxar as hipóteses feitas sobre o sistema econômico no item 3 do capitulo 4, pois desse modo podemos falar de uma economia que tem correspondência no mundo real. Portanto, o sistema econômico que trataremos mantém relação com outros sistemas, isto é, com o resto do mundo, por meio da exportação e importação de bens e de serviços. Além disso, nesse sistema, a presença do setor público, o governo, é bastante importante. Com relação às empresas e aos proprietários dos fatores de produção, não é mais necessário que eles gastem toda sua renda em bens e serviços de consumo (essa parte da renda que não é consumida recebe o nome de poupança). Conseqüentemente, se toda a renda não é consumida, uma parte da produção das empresas não será vendida, o que possibilitará a formação de estoques nessa economia.
Vejamos mais detalhadamente em que consiste cada um dos chamados agregados macroeconômicos 
 
* A classificação do produto da economia em agregados decorre da necessidade que os economistas e os administradores públicos têm de avaliar a importância de cada setor da economia como um todo. Assim, como veremos a seguir, é possível determinar a participação do setor público, por exemplo, por meio da observação dos impostos diretos e indiretos e dos subsídios na formação do produto. 
 Produto Interno Bruto (PIB)
O primeiro agregado é o Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde ao conceito de produto da economia, ou seja, à soma dos valores monetários dos bens e dos serviços finais, produzidos a partir dos fatores de produção que estão dentro das fronteiras geográficas do país. É importante considerar aqui, aqui, a interferência do estado na economia. O estado participa de um sistema econômico por meio dos governos federal, estadual e municipal, desempenhando o papel de dois agentes econômicos: o consumidor e o produtor.
Como consumidor de bens e de serviços, o Estado adquire tudo aquilo que é necessário ao funcionamento das repartições públicas, como material de escritório e veículos, contratando empresas para construções de edifícios, estradas etc. Como produtor, ele fornece a população os chamados serviços públicos, como transporte, correios e telégrafos, assistência médica através da previdência social, educação etc. Para desempenhar o papel de produtor, o Estado necessita de dinheiro, que é obtido mediante a tributação - os impostos – que incide sobre determinadas atividades econômicas.
Alguns impostos, apesar de incidirem sobre a produção, são pagos pelos consumidores, pois são adicionados ao preço final do produto pelos fabricantes. Esse tipo de imposto, que é transferido do produtor para o consumidor, denomina-se imposto indireto. Por outro lado, o setor público muitas vezes tem interesse em que determinados produtos tenham um preço mais baixo para o consumidor final e concede às empresas que os produzem os chamados subsídios, que são estímulos que visam diminuir o custo de produção de um bem ou de um serviço.
Considerando a presença do Estado nas atividades econômicas, há duas maneiras de medir o Produto Interno Bruto de uma economia:
Produto Interno Bruto a preços de mercado: é a soma dos valores monetários dos bens e serviços produzidos, computando-se os impostos indiretos e subtraindo-se os subsídios.
Produto Interno Bruto a custo de fatores: é a soma dos valores monetários dos bens e serviços produzidos, subtraindo-se os impostos indiretos e somando-se os subsídios.
Como vimos, a presença do governo num sistema econômico tem a possibilidade de modificá-lo, através do seu efeito sobre os preços dos bens e dos serviços e sobre a remuneração dos fatores de produção. Portanto, os conceitos de produto bruto a preços de mercado e de produto bruto a custo de fatores são úteis na medida em que é necessário avaliar quantitativamente a presença do governo no sistema econômico.
Como exemplo, imaginemos um país onde haja as quatro entidades: os consumidores, as empresas, o governo e o resto do mundo. Consideremos que no período de um (1) ano esse país tenha apresentado um Produto Interno Bruto a preços de mercados (PIB p.m) de 250 bilhões. Os impostos indiretos, no mesmo período, somaram 50 bilhões e os subsídios, 40 bilhões. A partir desses dados, podemos obter o Produto Interno Bruto a custo de fatores (PIB c.f), que é igual a 240 bilhões. Em resumo:
 250 bilhões (Produto Interno Bruto a preços de mercado)
(-) 50 bilhões (Impostos Indiretos)
(+)40 bilhões (subsídios) 
______________________________________________ 
240 bilhões (Produto Interno Bruto a custo de fatores)
Produto Interno Líquido (PIL)
Durante o processo produtivo, as máquinas, os equipamentos e as instalações vão se desgastando, depreciando, e precisam ser reparados ou substituídos com certa regularidade, para não diminuir a capacidade produtiva de um sistema econômico. A parcela do produto que se destina à reposição ou reparos dos equipamentos denomina-se depreciação. Se subtrairmos do Produto Interno Bruto a custo de fatores a parcela correspondente à depreciação, obteremos o Produto Interno Liquido (PIL) a custo de fatores, ou Renda Liquida.
Continuamos com o exemplo anterior, se as máquinas e os equipamentos do país apresentar uma depreciação de 50 bilhões, o Produto Interno Líquido a custo de fatores (PIL c.f) será de 190 bilhões. Assim:
240 bilhões (Produto Interno Bruto a custo de fatores)
(-)50 bilhões (depreciação)
______________________________________________ 
190 bilhões (Produto Interno Líquido a custo de fatores ou Renda Liquida)
Produto Nacional Líquido (PNL)
Atualmente, existe uma grande integração entre os diversos países. Do ponto de vista econômico, essa integração se dá através do deslocamento de fatores de produção de um país para outro. O caso mais significativo é o de fator capital. Quando uma grande empresa abre uma filial em outro país, ela desloca parte de seu capital para esse país, pois está adquirindo instalações, equipamentos etc. No entanto, a renda gerada por esse investimento em outro país acaba retornando, pelo menos em parte, ao país de origem, onde estão os proprietários do capital de produção. O saldo líquido dessa entrada e saída de recursos é chamado de renda liquida recebida do exterior (RLRE). Em última análise, é do ponto de vista que interessa a contabilidade nacional, integração econômica entre os países se dá através da transferência de renda de um país para outro.
Voltando ao estudo dos nossos agregados econômicos, se subtrairmos do Produto Interno Liquido a custo de fatores de renda enviada ao exterior e somarmos a renda recebida do exterior, teremos o Produto Nacional Liquido a custo de fatores (PNL c.f) ou Renda Nacional Liquida a custo de fatores (RNL c.f), também denominada Renda Nacional (RN), ou seja, PNL cf = PIL cf – RLRE.
Considerando, ainda, o exemplo anterior, suponhamos que o país tenha enviado para o exterior a quantia de 20 bilhões, a título de remuneração dos fatores de produção estrangeiros, e recebido 15 bilhões como remuneração de fatores de produção que se encontram no exterior, mas propriedade de seus cidadãos. Com esse envio e recebimento de renda, o Produto NacionalLíquido a custo de fatores (PNL c.f) é de 185 bilhões. Assim: 
190 bilhões (Produto Interno Líquido a custo de fatores)
 (-)20 bilhões (renda enviada ao exterior)
(+)15 bilhões (renda recebida do exterior) 
______________________________________________ 
185 bilhões (Produto Nacional Liquido a custo de fatores ou Renda Nacional Liquida a custo de fatores, ou simplesmente, Renda Nacional (RN))
Ou, ainda, como a RLRE é (-) 5 bilhões, podemos escrever: 
190 bilhões (Produto Interno Líquido a custo de fatores)
 (-)5 bilhões (renda liquida recebida do exterior)
______________________________________________ 
185 bilhões (Produto Nacional Liquido a custo de fatores ou Renda Nacional Liquida a custo de fatores, ou simplesmente, Renda Nacional (RN))
Renda Pessoal (RP)*
Consideramos, mais uma vez, a intervenção do Estado na economia. Se subtrairmos da Renda Nacional os lucros retidos pelas empresas, os impostos diretos das empresas (imposto de renda) e as contribuições feitas à previdência social e somarmos as transferências do governo, ou seja, as despesas do governo com os inativos, pensionistas, salário-família e outros benefícios pagos pela previdência pessoal mais os juros pagos, teremos Renda Pessoal (RP). A Renda Pessoal é o agregado macroeconômico destinados aos consumidores residentes no país. 
Considerando, mais uma vez, o país do exemplo anterior suponha que o governo arrecade 70 bilhões como impostos de renda das empresas e contribuições feitas a previdência social e transfira para as pessoas, 50 bilhões como benefícios pagos pela previdência social e 5 bilhões de juros. Teremos, então, uma renda pessoal de 170 bilhões. Assim: 
185 bilhões (Produto Nacional Líquido a custo de fatores)
 (-)70 bilhões (Impostos de renda das empresas e contribuições a previdência social)
(+)50 bilhões (benefícios pagos pela previdência social) 
(+) 5 bilhões (juros pagos pelo governo) 
______________________________________________ 
170 bilhões (Renda Pessoal)
*Até o momento, os agregados foram chamados de produto. Entretanto, quando se determina o Produto Nacional Liquido a custo de fatores, que é, em última instância, a parcela do produto liquido que permanece em território nacional, os agregados são mais comumente chamados de “Renda”. Isso não significa que a denominação produto implique erro conceitual, pois a garantia da identidade renda-produto nos afasta desse risco. 
Renda Pessoal Disponível (RPD)
Se subtrairmos da renda pessoal os impostos diretos pagos pelas pessoas, ou seja, o imposto de renda chegará ao conceito de Renda Pessoal Disponível (RPD), que é a quantia que permanece em poder das pessoas para ser consumida ou poupada.
Finalizando o exemplo, imaginaremos que as pessoas tenham pago o equivalente a 30 bilhões de imposto de renda. Teríamos, então, nesse país, uma Renda Pessoal Disponível de 140 bilhões, obtida da seguinte maneira:
170 bilhões (Renda Pessoal)
 (-)30 bilhões (imposto de renda pago pelas pessoas) 
_________________________________________ 
140 bilhões (Renda Pessoal Disponível)
Vimos que a produção realizada por um sistema econômico é destinada à satisfação das necessidades das pessoas. Esse sistema econômico não permanece estável no decorrer do tempo. Ele se modifica, cresce e atravessam crises, tudo isso com conseqüências sobre as pessoas que o integram.
Um dos campos de interesse dos economistas, e também do governo, é o nível de bem-estar dos habitantes de um país. Esse nível de bem-estar, apesar de ser um conceito subjetivo, pode ser aproximado através da quantidade de bens e serviços disponíveis, por período de tempo, para as pessoas. Se a quantidade de bens e serviços disponíveis tiver aumentado, de um ano para outro, mais do que a população, pode-se dizer que aumentou o bem-estar das pessoas desse país. Isso aconteceria se o aumento do produto tivesse sido distribuído igualmente entre as pessoas.
Essas observações nos permitem estabelecer algumas das virtudes e limitações dos agregados macroeconômicos. Os agregados servem para o estudo e acompanhamento da evolução do sistema econômico no decorrer do tempo. Através dos seus vários conceitos, é possível avaliar o papel do governo, do setor externo e das empresas na economia. Pode-se, ter uma idéia aproximada do processo do país, ao se observarem taxas de crescimento do produto.
Dissemos idéia aproximada, e aqui está uma limitação da contabilidade nacional como instrumento de analise. Ela não nos diz de que forma o produto é distribuído entre os habitantes do país. Assim, uma economia pode apresentar taxas de crescimento substanciais de seus produtos, o que não quer dizer que o crescimento seja igualmente distribuído entre as pessoas. Nesse caso, fica difícil afirmar alguma coisa a respeito do nível de bem-estar, pois o bem-estar de algumas pessoas terá aumentado, mas o de outras não.
De qualquer forma, a contabilidade nacional tem, se mostrado útil para analisar o funcionamento do sistema econômico como um todo, pois fornece ao governo elementos que permite dirigir as medidas de política econômica para os objetivos estabelecidos.
RESUMO.
Produto Interno Bruto: é a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais.
Produto Interno Bruto a preço de mercado: é a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais, computando-se os impostos indiretos e subtraindo-se os subsídios.
Produto Interno Bruto a custo de fatores: é a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais, subtraindo-se os impostos indiretos e somando-se os subsídios.
Produto Interno Líquido: é o Produto Interno Bruto a custo de fatores menos a parcela correspondente à depreciação. 
Produto Nacional Líquido: é o Produto Interno Liquido a custo de fatores menos a renda enviada ao exterior, mais a renda recebida do exterior. Também denominado Renda Nacional Liquida. 
Renda Pessoal: é a Renda Nacional menos os lucros retidos pelas empresas, os impostos diretos das empresas (imposto de renda) e as contribuições feitas a previdência social, mais as transferências do governo, ou seja, as despesas com inativos, pensionistas, salário-família e outros benefícios pagos pela previdência social mais os juros pagos.
Renda Pessoal Disponível: Renda Pessoal menos os impostos diretos pagos pelas pessoas, ou seja, o imposto de renda.

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