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Zygmunt Bauman

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Amamos todos e não amamos nada. O que é realmente amar alguém nessa sociedade tão egoísta e hipócrita? Apenas palavras vazias e passageiras.
A tecnologia tende cada vez mais a nos distanciar, nos expondo. Nada precisa durar, apenas ser profundo, talvez inesquecível, mas o novo e a transitoriedade são os mais relevantes para os tempos. Não precisamos de qualidade, o que importa é a quantidade de relacionamentos que colecionamos ao longo de nossa existência em redes sociais. Ou será que é possível uma existência fora dela? 
Zygmunt Bauman conceitua os relacionamentos atuais como líquidos que escorrem pelos dedos, os acordos são temporários, passageiros até a segunda ordem. Precisamos viver em constantes experiências e experimentos para dar sentido à vida. Não existe mais o “para sempre”, essa ideia se tornou entediante perante tantas variedades de tudo. As escolhas se tornaram permanentes, mas apenas as escolhas incontínuas. E de tantas buscas, somos vencidos por sofrimentos pelo que pensamos que nos falta. E o que nos falta é suprido pelo consumo exagerado, sem sentido.
Os distantes se tornaram mais próximos, através de confessionários virtuais e a família cada vez mais desfeitas. Somos doutrinados que a maneira mais fácil de evitar o sofrimento é não sofrer. Ser próximo sem muito apego aos outros. Ter relacionamentos rasos e superficiais é a melhor maneira de diminuir esses riscos. 
O indivíduo, hoje, dentro da mesma sociedade, tem diversas escolhas, pode ter vários papéis, sendo o sujeito líquido. A manifestação de diversos avatares em diferentes situações do cotidiano, gerando um conflito existencial.

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