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A SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Tema
O PAPEL DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
1 Introdução (+Problema)
A construção civil é um setor de grande empregabilidade e de grande demanda no Brasil, empregando 13 milhões de pessoas. 
Por outro lado, é um dos principais responsáveis pela geração de prejuízos ao Brasil, devido aos Acidentes de Trabalho (AT) gerados, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Previdência e Assistência Social (DRAGONI, 2005). De acordo com dados estatísticos do Ministério da Previdência Social (MPS), o setor da construção civil registrou 34.786 acidentes de trabalho no Brasil em 2016. 
No Brasil, a preocupação com a Segurança do Trabalho ganhou ênfase a partir de 1970, quando o país passou a ser recordista mundial em número de acidentes, decorrentes das más condições do trabalho e da ausência de uma política preventiva eficiente. A partir daí, trabalhadores, empresários e governo passaram a reunir esforços para reverter tal quadro adverso (MICHEL, 2001).
A temática e os dados apresentados nos trazem as seguintes indagações: Quais as principais causas dos acidentes na Construção Civil e como evitá-los?
Diante das indagações feitas, o presente artigo busca resposta para as mesmas através da análise em diversos artigos científicos com temática relacionada, através de uma busca sistemática. Tendo base também a NR-18 que afirma estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
Objetivos
Objetivos Gerais
Trazer ao conhecimento as causas dos acidentes de trabalho e buscar uma solução para a redução dos mesmos.
Objetivos Específicos
Informar sobre as causas dos Acidentes de Trabalho e ilustrar a importância da segurança nos âmbitos da Construção Civil;
Propor melhorias e fornecer informações, de acordo com as normas de segurança;
Justificativa
A Construção Civil é responsável por muitos acidentes no trabalho, pois exige que seus funcionários se exponham a fatores de risco, como calor, altura, ruídos e esforços repetitivos, contribuindo para aumentar os riscos de acidentes no trabalho. Nota-se ainda que a falta de cultura, de exigência e de consciência profissional, além da despreocupação com o trabalhador, gera números elevados de acidentes e doenças do trabalho, que muitas vezes podem ser fatais. Desta forma, percebe-se a importância da implantação de medidas preventivas a fim de conscientizar empresários e profissionais da área para a importância do estudo e para que se desperte o interesse do próprio trabalhador à preservação da vida, visto que o Brasil já foi considerado um dos países com altos índices de acidentes e mortes no trabalho da construção civil.
Metodologia
O presente estudo tratará de uma pesquisa de revisão bibliográfica, que terá como base uma abordagem qualitativa, que buscará traduzir as informações coletadas em monografias, artigos, internet, entre outros, sobre as causas dos Acidentes de Trabalho e as medidas a serem tomadas para evitar os mesmos na construção civil. Para coletas de dados, serão utilizados os sites da Previdência Social.
 
2. Referencial Teórico
A Indústria da Construção Civil (ICC) mantém elevados índices de Acidentes de Trabalho (AT) e apresenta uma das piores condições de segurança do trabalho, em nível mundial. A baixa qualificação, a elevada rotatividade e o reduzido investimento por parte das empresas em treinamento e desenvolvimento costumam ser característicos dessa indústria, justificando tais afirmativas (ANDRADE; BASTOS, 1999). 
O artigo 19 da Lei nº. 8. 213 publicada em 24 de julho de 1991, que trata sobre os planos de benefícios da previdência social, traz a definição de acidente de trabalho, como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (BRASIL, 1991).
A construção civil, segundo Farah (1993) tem sido responsável por muitos acidentes no
trabalho pelo fato de exigir que os trabalhadores se exponham a fatores de risco, tais
como, calor, altura, ruídos, esforços repetitivos e outros.
Do ponto de vista de concepções mais recentes, os acidentes de trabalho resultam de modificações ou desvios que ocorrem no interior de sistemas de produção, modificações ou desvios esses que por sua vez resultam da interação de múltiplos fatores. Concebendo a empresa como um sistema sócio-técnico aberto e o acidente como um sinal de mau funcionamento desse sistema, investigá-lo implica em analisar aspectos do sub-sistema técnico (instalações, máquinas, lay-out, tecnologia, produtos) e do sub-sistema social da empresa (idade e sexo dos trabalhadores, qualificação profissional, organização do trabalho, relações pessoais e hierárquicas, cultura da empresa, contexto psico-sociológico, etc.) (ALMEIDA; BINDER, 2000). 
No interior de uma empresa, a aceitação de determinados riscos é decidida em nível gerencial, porém, quem arca com os custos humanos é o trabalhador, cabendo à sociedade como um todo, arcar com os custos sociais e econômicos (mecanismo de socialização das perdas) (ALMEIDA; BINDER, 2000). 
De acordo com Froes (2003), existem três fatores determinantes para incidência de acidente: 
Condições Inseguras: correspondem aos problemas físicos como, irregularidades técnicas, ausência de dispositivos de segurança, que põem em risco a integridade física e a saúde de seus colaboradores, além de comprometer a própria segurança de máquinas e equipamentos. 
Ato Inseguro: são aqueles inerentes ao trabalhador, é a forma como ele se expõe ao risco de acidente consciente ou não. 
Eventos Catastróficos: referem-se a situações difíceis de serem previstas, podem ter sua origem em fenômenos naturais (tempestades e inundações).
 Dalcul (2001) afirma que a busca constante dos empresários pela manutenção da competitividade através da redução de custos globais e do aumento da produtividade, acaba deixando de lado a qualidade, de um modo geral, e a segurança do trabalho.
De acordo com Dragoni (2005), a Segurança no Trabalho deve ser abordada
como investimento, e não como despesa, para empresa, uma vez que a prevenção de AT reduz despesas, pois evita gastos com acidentes envolvendo funcionários,
patrimônio, máquinas e equipamentos, além de indenizações por acidente podendo
representar perdas consideráveis.
A Norma Regulamentadora (NR9) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (BRUSIUS, 2010).
Dobrovolski, Witkowski e Alamanczuk (2008) destacam que o uso dos EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) é uma das formas previstas em lei de prevenir as lesões provocadas pelos acidentes de trabalho, então pode-se definir, no contexto de suas colocações, os Equipamentos de Proteção Individual como todos os instrumentos de uso pessoal fornecidos pelos empregadores aos seus trabalhadores que fornecem segurança e saúde ao trabalhador, pois apresentam como objetivo diminuir e evitar lesões em casos de acidentes ou exposição dos trabalhadores a riscos. 
Franz (2006) considera o EPI como um instrumento de uso pessoal cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acontecimentos que podem causar lesão ao trabalhador. Enquanto Grohmann (2002) define os EPI’s como equipamentos que protegem operários durantea realização do seu trabalho. 
Resultados Esperados
A conscientização sobre a importância da Segurança do Trabalho na Construção Civil
Cronograma
Referências
ZAGO, Victor Guimarães Salum et al; "A segurança do trabalho na construção civil", p. 29-30 . In: Anais do 8º Encontro de Tecnologia: Empreendedorismo, Inovação e Sustentabilidade [= Blucher Engineering Proceedings, v.1, n.3]. São Paulo: Blucher, 2015. 
JUNIOR ,Antônio Carlos Cardoso Lobo; Segurança do Trabalho: Perfil das Empresas de Médio Porte da Construção Civil de Feira de Santana. Bahia, 2008.
CISZ, Cleiton Rodrigo; Conscientização do uso de EPI’S, quanto à Segurança pessoal e coletiva. Curitiba, 2015.

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