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175064019 Direito Tributario OAB segunda fase

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PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
E-mail: adepintor@hotmail.com 
Profª Assistente: Arleide 
 
AULA 12/09/2012 
 
IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA ADEQUADA 
 1ª instância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Qual é a pretensão do meu cliente (mais famosas)? 
 Não pagar o tributo 
 Paga menos tributo, ou seja, pagar o tributo devido 
 Devolução de valor pago indevidamente 
 Pagar o tributo que ele não consegue por motivo alheio 
2. Causa de pedir 
 Fatos 
 Tese jurídica 
3. Pedido 
 
Linha processual 
FG -> OT Lançamento -> notificação 
do lançamento (para 
efetuar pagamento ou 
apresentar defesa) -> 
constituição do CT -> 
inscrição em dívida ativa 
Execução fiscal -> 
pagamento (156) 
Extinção 
Qual a pretensão? 
- não pagar? 
- pagar menos. 
- pretensão é pagar? 
Consignação em 
pagamento. 
 
Ocorreu lançamento? 
- quando ocorreu o 
O lançamento constitui o 
CT. Se ainda não foi 
constituído queremos 
sentença declaratória 
(Ação Declaratória) e não 
condenatória. 
Se ainda não foi 
constituído o CT e o 
direito foi líquido e certo: 
Foi citado: 
 
Pretensão é não 
pagar ou pagar 
menos: 
Embargos à 
Execução Fiscal e 
Exceção de Pré-
Executividade. 
Pretensão é 
devolução de 
tributo: 
Repetição de 
Indébito. 
PRETENSÃO PEDIDO CAUSA DE 
PEDIR 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
problema 
normalmente diz: o 
cliente foi 
notificado/foi lavrado 
auto de infração/o 
cliente foi autuado/foi 
expedida guia de 
pagamento. 
cabe MS preventivo. Como 
saber se cabe? O 
examinador coloca pontos 
indicativos. Ex.: 
instrumento célebre e que 
não acarrete ônus. 
 
Ocorreu lançamento? 
Sim -> sentença 
constitutiva negativa ou 
desconstitutiva. 
 
Quer anulação do débito? 
Ação Anulatória. 
 
MS repressivo 
(perdi a explicação). 
 
A pretensão é pagar e não 
consegue? Ação de 
consignação em 
Pagamento. 
 
 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA 
Geralmente as pretensões são: 
 Não pagar; 
 Pagar menos. 
 
Artigo 4º do CPC: 
O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I – da existência ou da inexistência de relação jurídica; 
 
 Existência: 
Declaratória positiva -> é a declaração de uma relação jurídico-tributária ou 
existência de um direito. 
 Inexistência: 
Declaratória negativa -> pedido de declaração da inexistência da relação 
jurídico-tributária. 
 
Acontece: 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
Pedido de existência de imunidade e inexistência de relação ao mesmo 
tempo -> mesmo caso prático com declaratória positiva e negativa ao 
mesmo tempo. 
 
Fundamento: 
Fundamento: art. 4º, I, do CPC c/c art. 282 e seguintes do CPC (sempre, ao terminar 
a peça, conferir se tem todos os requisitos). 
 
Verbo: 
Propor. 
 
Proposta (regra): domicílio do autor 
Pessoa jurídica: onde é a sede. 
Art. 127, CTN. 
 
Partes: Autor e Réu 
Depois da introdução: chamar por autor e réu. O réu, no caso, é o Fisco, que deve 
ser chamado de: 
 Tributo Federal: União (sem o Federal, pois é pleonasmo) 
 Tributo Estadual: Estado de... 
 Tributo Municipal: Município de... 
 
Endereçamento (regra): 
o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Cível da Subseção 
Judiciária de (domicílio do autor) – Estado de ... 
 
o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Cível da Comarca de 
(domicílio do autor) – Estado de ... 
 
o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara da Fazenda Pública 
da Comarca de ... – Estado de ... 
 
Se o examinador não informar se existe vara da Fazenda Pública -> considerar a 
existência apenas nas grande capitais. 
 
Qualificação: 
WYZ - Produtos de Couro Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ/MF sob o nº ..., com sede na rua ..., nº ..., Bairro ..., Município ..., Estado ..., Cep 
..., neste ato representada por seu sócio-administrador (nome, qualificação, 
endereço), conforme cópia do contrato social anexa, por seu advogado infra-
assinado (instrumento de mandato anexo), com endereço para receber intimações 
sede na rua ..., nº ..., Bairro ..., Município ..., Estado ..., Cep ..., conforme o artigo 39, I, 
CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 
4º, I e 282 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente 
 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA, 
pelo rito ordinário 
 
em face da UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ nº ..., com 
endereço na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Município ..., Cep ..., Estado de ..., pelos motivos 
de fato e de direito a seguir expostos. 
 
Escrever: 10 linha (não pular de verdade!) 
 
I - DOS FATOS 
 
II - DO DIREITO 
 
 É obrigatório ao advogado colocar endereço em que receberá a intimação 
(quando petição inicial ou contestação -> art. 39, I, CPC). 
 A União, como os outros entes públicos, possuem CNPJ. 
 
PEDIDO E REQUERIMENTOS 
Ante todo o exposto, o Autor pede e requer: (não precisar separar) 
-> colocar em tópicos (facilita a visualização do examinador) 
a) a procedência do pedido, a fim de que seja declarada a inexistência da relação 
jurídico-tributária entre as partes, tendo em vista ...; 
b) a condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios e reembolso das 
custas judiciais; 
c) a citação da Ré, na pessoa de seu representante judicial (a representante legal é 
a Dilma), para apresentar contestação; e 
d) a produção de provas por todos os meios admitidos em direito, principalmente 
prova documental. (pode ser genérico) 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ ... -> não há CT ainda, sendo então o valor do 
benefício – art. 260, CPC. Assim, se tivermos o valor do tributo: 
Tributo mensal: valor do tributo x12 
Tributo anual: valor do tributo. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
Local e data 
_______________ 
Advogado 
OAb... 
 
Importante: 
A mera propositura da AÇÃO DECLARATÓRIA impedirá o Fisco de propor a ação 
de EXECUÇÃO FISCAL? 
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO -> Art. 
151, do CTN. 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 Assim o Fisco não poderá cobrar/executar. Mas poderá efetivar o 
lançamento/ autuar. 
No caso da ação declaratória, as hipóteses de suspensão da exigibilidade a serem 
escolhidas são: 
 Depósito (montante integral) 
ou 
 Tutela antecipada 
 
 
TUTELA ANTECIPADA 
 
Fundamento: art. 273 do CPC 
 
Requisitos 
 Prova inequívoca da verossimilhança da alegação (o direito irrefutável que 
foi lesado). 
 Dano irreparável ou de difícil reparação (é cristalino, sendo certo que sem a 
concessão da tutela antecipada para suspender a exigibilidade do crédito, a 
Autora será inscrita na Dívida Ativa e sofrerá Execução Fiscal. Caso pague o 
infundado valor, terá que se sujeitar ao tortuoso caminho do solve et repete 
para que possa reavê-lo). 
 Reversibilidade da medida (É notório, pois a antecipação não prejudicará o 
Fisco no caso de improcedência da ação. Se for revogada a tutela e 
considerado devido o tributo, o réu poderá cobrar o valor a ele referente, 
com suas atualizações, por intermédio de Execução Fiscal). 
 
III – DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA 
1º parágrafo: art. 273 CPC -> introduzir falando do artigo. 
2º, 3º e 4º parágrafos: falar, em cada um deles, de um requisito. 
5º parágrafo: conclusão: 
Por todo o exposto, restou-se comprovada a presença dos requisitos 
autorizadores da concessão da tutela antecipada, permitindo-se que, desde já, seja 
deferido o presente pedido a fim de evitar qualquer prejuízo à Autora. 
 
 Pode-se pedir tutela antecipada e, subsidiariamente, “se Vossa Excelência 
entender pela não concessão,requer a autorização para efetuar o depósito”. 
 Devemos, na prova, pedir autorização para realizar o depósito, apesar de 
ser direito do autor, no caso de não concessão da tutela, depositar o valor a 
fim de suspender a exigibilidade do CT. 
 
 
 
AULA 14/09/2012 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 
DEPÓSITO (MONTANTE INTEGRAL) 
 
Súmula 112 do STJ: O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito 
tributário se for integral e em dinheiro. 
 
Não é necessário pedir para o juiz, pois é faculdade da parte, mas na OAB é 
bom informar. Mas depois de feito, é necessário juntar a guia para demonstrar o 
deposito e pedir a suspensão da exigibilidade. 
 
Assim, pede-se: a concessão da tutela antecipada em letra “a” e o motivo de 
sua concessão e, de forma subsidiaria, se Vossa Excelência entender não cabível a 
concessão da tutela, requer a autorização para o depósito do montante integral 
para suspender a exigibilidade do CT. 
 
III - DA SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
Informa o Autor que efetuará o depósito no montante integral, a fim de suspender 
a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do inciso II, do artigo 151 do 
Código Tributário Nacional. 
 
 
 
AÇÃO ANULATÓRIA 
 
A peça é parecida com a declaratória. 
LINHA PROCESSUAL 
FG -> OT Lançamento -> constitui-se o CT 
 Inscrição em dívida ativa. 
 
A pretensão é não pagar ou pagar 
menos? Queremos extinguir ou 
modificar a situação -> sentença 
desconstitutiva ou constitutiva 
negativa. -> Ação Anulatória de 
débito fiscal ou Ação Anulatória 
de Lançamento Tributário. 
 
 
 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
FG Lançamento (art. 142, CTN) – momento no qual a 
autoridade administração identifica a matéria a 
 
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TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
ser tributada. 
OT Tipos de lançamento: 
 
- De Ofício ou direto (art. 149, CTN) – o 
contribuinte tem zero de participação. 
 
- Por Declaração ou Misto (art. 147, CTN) – o 
sujeito passivo participa com 50 % ao entregar a 
declaração e aguardar o Fisco analisar às 
informações declaradas e calcular o valor do 
tributo e o notificar para pagar o tributo. 
 
Nem todo tributo que entregamos declaração é 
lançamento por declaração. Ex. bagagens do 
exterior – você entrega a declaração ao Fiscal e ele 
verifica se está certo para você pagar. 
 
- Homologação (art. 150, CTN) – 100% de 
participação do sujeito passivo. Característica: 
Antecipação do pagamento do tributo. O Fisco tem 
prazo para homologar o pagamento – 5 anos a 
contar do fato gerador. 
 
A maioria dos tributos se encaixa nessa 
modalidade. 
 
Sempre que houver auto de infração é lançamento 
de ofício. 
 
Art. 148 – lançamento por arbitramento é o 
lançamento de ofício. So pode ocorrer nas 
situações específicas enumeradas no artigo 148. 
Se o contribuinte não concordar ele pode arbitrar. 
 
 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 
 
Pode ser alterado apenas nas hipóteses dos incisos I, II e III do artigo 145. 
I. Por meio de impugnação/reclamação administrativa: 
 Decreto 70.235/72 (PAF) – regulamento processo administrativo federal. 
 Para os estaduais ou municipais – o examinador deve trazer os dispositivos, 
ou ocorre também de municípios não terem norma específica e ser utilizado 
o decreto federal por analogia. 
 Se o Fisco deferiu a impugnação – o lançamento será alterado. 
 
II. Por meio de recurso de ofício da autoridade administrativa julgadora (é 
equivalente ao reexame necessário do processo civil): 
 A decisão deve subir para ser reexaminada pela segunda instancia 
administrativa, que na esfera federal se chama CARF – Conselho 
Administrativo de Recursos Fiscais. 
 A própria autoridade que decidiu em primeira instancia mandará para 
reexame. 
 O CARF poderá decidir pela alteração de parte do lançamento. 
 
III. Iniciativa de Ofício da autoridade administrativa: 
 A alteridade que realizou o lançamento pode alterá-lo por sua própria 
iniciativa. 
 Ela pode alterar, porém, apenas nas hipóteses taxativas do art. 149. 
 A alteridade tem o prazo decadencial para rever o lançamento. 
 
 
Obs. Endereçamento: Subseção é município e seção é para estado. Então não pode 
colocar seção, mas tão somente subseção. 
 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
Fundamento: art. 38 da Lei 6.830/80 (LEF) e art. 282 e seguintes do CPC 
 O que muda da declaratória é o fundamento. 
 Tem que colocar! “vem, com fundamento no...” 
 Se for pleitear a tutela antecipada, colocar : “com fundamento no ... c/c 282 
e 273 do CPC...” 
 Verbo: “propor, ação anulatória de debito fiscal, pelo rito ordinário, com 
pedido de tutela antecipada.” 
 
Art. 38 da Lei 6.830/80 
A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, 
na forma da lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do 
indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do 
depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido de 
juros e multa de mora e demais encargos. 
 
 Súmula Vinculante nº 28 
É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade 
de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
 
 Como é vinculante vincula todos os órgãos do poder judiciário. 
 É inconstitucional, pois cerceia o direito de defesa. 
 
FORO: 
Proposta: domicílio do autor. 
 
PARTES: Autor e Réu 
 Tributo Federal: União (tem CNPJ) 
 Tributo Estadual: Estado de... (tem CNPJ) 
 Tributo Municipal: Município de... (tem CNPJ) 
 
Art. 38 (...) da Lei 6.830/80 
Parágrafo único. A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo 
importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência 
do recurso acaso interposto. 
 
 Posso abrir mão da esfera administrativa? Sim: Art. 5º, CF: nenhuma lesão 
poderá ser afasta de apreciação pelo Poder Judiciário. 
 
PEÇA: 
 
 ENDEREÇAMENTO 
Indicativo de 10 linhas. 
 QUALIFICAÇÃO 
Uma linha 
 NOME DA AÇÃO 
Uma linha 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 EM FACE DE (ré e sua qualificação) 
Uma linha 
 I – DOS FATOS 
Uma linha 
 II – DO DIREITO 
Uma linha 
 SE HOUVER TUTELA ANTECIPADA: III – DA TUTELA ANTECIPADA 
Uma linha 
 DO PEDIDO 
 
 
PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Ante todo o exposto, o Autor pede e requer: 
 
a) Concessão da tutela antecipada a fim de suspender a exigibilidade do 
credito tributário e, subsidiariamente, se Vossa Excelência entender pelo 
não cabimento da tutela antecipada, requer a autorização para realizar o 
depósito no valor do montante integral, conforme previsto no artigo 151, 
inciso II, do Código Tributário Nacional. 
 
b) A procedência do pedido, a fim de referido débito fiscal seja anulado, 
tendo em vista (...); 
 
c) A condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios e das custas 
judiciais; 
 
d) A citação da Ré, na pessoa de seu representante judicial, para apresentar 
contestação; e 
 
e) A produção de provas por todos os meios admitidos em direito, 
principalmente prova documental. 
 
Valor da Causa 
Dá-se à causa o valor de R$ ... 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado 
OAB ... 
 
 
 
Exercício: 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
A empresa Comex Exportadora S.A. tem por objeto social a exportação de produtos 
na área de tecnologia avançada e a comercialização de produtos de informática no 
mercado doméstico. O diretor financeiro da referida empresa consulta-o a respeito 
da constitucionalidade da incidência da CSLL sobre o lucro obtido com as 
operações de exportação.Segundo informação do aludido diretor financeiro, 
inúmeros concorrentes da Comex Exportadora S.A. deixaram de tributar os lucros 
auferidos com a exportação de produtos, tendo em vista a edição da Emenda 
Constitucional n.º 33/01. Ele, porém, tem receio de deixar de recolher tal tributo 
e sofrer sanções do Fisco Federal, uma vez que participa de várias concorrências 
para venda de seus produtos no mercado nacional, inclusive para empresas 
públicas. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, ingresse com a medida judicial 
mais apropriada para afastar a exigência da CSLL. O cliente, contudo, não 
pretende deixar de recolher a referida exação tributária, desde já, pois teme 
pelo insucesso da tese tributária que envolve o caso. Assim, solicita-lhe que 
ingresse com medida judicial apenas para resguardar os seus direitos. 
 
 Qual a pretensão? Não pagar (afastar a exigência da CSLL). 
 Ocorreu lançamento? Não falou nada -> não ocorreu lançamento (primeiro 
quadro). 
 Ação Declaratória pura. Sem tutela antecipada e sem depósito (porque o 
cliente disse que não quer parar de pagar). 
 Se ele ganhar a ação ele tentará fazer a compensação. Se não houver lei 
autorizando, terá que fazer por meio de repetição de indébito (precatório). 
 
 
Sua cliente, Aluguel de Móveis e Decoração de Interiores S.A, sediada na cidade de 
São Paulo, é empresa dedicada à: a) locação de móveis para residências; b) 
decoração de interiores. Desde sua fundação, em 1990, por orientação de seu 
contador, a referida empresa sempre pagou o ISS devido sobre a locação dos 
móveis para residências e sobre o serviço de assessoria na área de decoração. 
Basicamente, seu faturamento está dividido entre as duas atividades antes 
mencionadas. Contudo, ciente do posicionamento adotado pelo Supremo Tribunal 
Federal no sentido da não incidência do ISS sobre a operação de locação de bens 
móveis, sua cliente pretende recuperar todo o imposto pago nos anos 
antecedentes, bem como pretende deixar de pagar o tributo a partir dos meses 
subsequentes. No tocante aos valores pagos indevidamente, sua cliente requererá, 
por intermédio de seu contador, a restituição administrativa. 
 
QUESTÃO: Como advogado contratado pela empresa, ingresse com a medida 
judicial tendente a evitar o pagamento futuro de ISS sobre o valor das locações 
de móveis residenciais. 
 
 Pretensão: não pagar. 
 Ocorreu lançamento? Não (não foi mencionado) – primeiro quadro. 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 Ação Declaratória 
 O cliente não falou que quer continuar pagar. -> precisamos suspender a 
exigibilidade -> tutela antecipada. 
 
Durante o exercício de 2005, 30% do total das vendas de papel efetuadas pela 
Fábrica de Papel Paulista S.A. foram destinados à impressão de livros e jornais, 
com saídas cobertas pela imunidade tributária do ICMS, nos termos do art. 150, VI, 
“d”, da Constituição Federal. Em fiscalização, o agente fiscal estadual de São Paulo 
autuou a empresa, exigindo valores de imposto, multa e juros, por considerar que 
ela deveria ter feito o estorno proporcional de 30% dos créditos de ICMS pelas 
compras de matérias primas e componentes, utilizados na fabricação dos papéis 
vendidos. Entendeu o agente fiscal tratar-se de hipótese de não incidência ou 
isenção do tributo, que, nesse caso, se confundiria com a imunidade. O processo 
administrativo teve trânsito em julgado, tendo o órgão administrativo de 
julgamento de segunda instância — Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São 
Paulo —, em decisão não unânime, mantido a cobrança do ICMS e acréscimos. O 
débito foi inscrito em dívida ativa, mas ainda não foi ajuizada a execução 
fiscal. 
 
Questão: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado da 
Fábrica de Papel Paulista S.A., considerando que a empresa necessita, com 
urgência, de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa para a 
participação em licitações públicas, e considerando, ainda, que a empresa possui 
recursos financeiros para efetuar o depósito judicial do débito, redija a medida 
judicial cabível, com a devida fundamentação legal, para fins de se pleitearem, em 
juízo, a certidão citada e o cancelamento da cobrança fiscal. 
 
 Pretensão? Não pagar (quero cancelamento do débito, além de ter 
imunidade). 
 Ocorreu lançamento? Foi autuado, além de ter sido inscrito em 
dívida ativa. 
 Ação Anulatória (foi inscrito em dívida ativa, mas não tem execução 
fiscal, não podendo ser Embargos à Execução). 
 
 
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR 
PRINCÍPIOS 
 
Obs. Tem caído muito questões constitucionais. 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 
 
 
Art. 97 do CTN (complementa a CF): 
 
Somente a LEI pode estabelecer: 
o Instituição de tributos, ou sua extinção; 
o Majoração de tributos, ou sua redução; 
o Definição de FG da obrigação principal; 
o Fixação da alíquota do tributo e da sua BC; 
o Cominação e definição de penalidades; 
o dispensa ou redução de penalidades; 
o Hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de CT. 
 Que Lei? Via de regra, é Lei Ordinária. 
 Medida Provisória está incluída (tem força de LO) – art. 62 da CF -> 
existência de relevância e urgência e traz matérias proibidas de serem 
disciplinadas por MP. 
 Obs. Art. 59. 
 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
As exceções estão na alíquota. 
• II; IE; IPI; IOF (art. 153,§1º, CF); -> as alíquotas desses impostos podem ser 
alteradas por decreto. 
• CIDE combustível (art. 177,§4º,CF); -> a alíquota pode ser alterada por meio de 
decreto. 
• ICMS combustível monofásico (art.155,§4º,IV,CF). -> a alíquota desse ICMS será 
fixada por um convenio celebrado por intermédio do CONFAZ. 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR 
_Empréstimos compulsório – art. 148, CF 
_Tributos Residuais – art. 154, I e art. 195, §4º, CF 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
_IGF – art. 153, CF. 
Se a constituição for silente: pode ser por LO 
Art. 146, CF (tudo que estiver nele somente LC pode regulamentar) 
• Dispor sobre conflitos de competência; 
• Regular limitações ao poder de tributar; (art. 14, CTN) 
• Dispor sobre normas gerais de Direito Tributário. 
 
 
 
Art. 3º, CTN. 
Art. 5º, CTN. 
Alíquota não está na exigência da CF em relação ao imposto. 
 
 
 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 Por meio de uma única guia pagamos diversos tributos. Serve para micro 
empresas e empresas de pequeno porte. -> LC 156/2006 PEGAR SLIDE 
 
 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (ART. 96 DO CTN) 
 
Compreende: 
 
 Leis; 
 Tratados e convenções internacionais; 
 Decretos; 
 Normas complementares (art. 100, CTN). 
o Atos normativos (instrução normativa, avisos, circulares); 
o Decisões administrativas, desde que a lei atribui a essa decisão 
eficácia normativa; 
o As práticas reiteradas das autoridades administrativas (usos e 
costumes); 
o Convênios (são firmados entre os entes) 
 
 Art. 160 – não apenas as leis podem dispor sobre prazo, mas também os 
decretos, as NC e os Tratados e Convenções internacionais. 
 
 
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (NÃO CONFUNDIR COM A 
ANTERIORIDADE) 
Lembrar: Vigência (irretroatividade) e eficácia (anterioridade). 
 
Regra 
Art. 150, III, ‘a’, CF 
 
É vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. 
 
EXCEÇÕES À IRRETROATIVIDADE 
Art. 106, CTN 
 Lei expressamente interpretativa: nasce com a função de esclarecer lei que 
já existe, mas não modifica o ordenamento. Ela não prejudica o direito 
adquirido, pois não inova. 
 Art. 5º, CF – protege o direito adquirido. 
 
 Retroatividade benigna: atos não definitivamente julgados. 
 
 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
Ligarà Exigência -> poder cobrar. 
 
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Ligada à aumento de carga tributária. 
 
Garantir a segurança jurídica e principio da não surpresa -> princípios não 
expressos na CF. 
 
1. Anual ou do exercício seguinte – art. 150, III, b. 
 
 
2. Noventena – art. 150, III, c. 
Contar como se todo mês tivesse 30 dias. 
 
 
EXCEÇÕES: 
 
Art. 150, §1º, CF. 
 
IMEDIATAMENTE (não observam a anterioridade anual nem a noventena) 
 Imposto de Importação 
 Imposto de Exportação 
 IOF 
 IEG 
 Empréstimo Compulsório(guerra externa e calamidade pública) 
 
 
Art. 150, §1º, CF 
art. 177, §4º, CF 
155, §4º, IV, c, CF 
195, §6º, CF 
 
APÓS 90 DIAS (podem ser cobrados após noventa dias, mas não precisa ser no 
exercício seguinte) 
 IPI 
 CIDE – combustível 
 ICMS – combustível e monofásico 
 Contribuições p/Seguridade Social 
 
 
Art. 150, §1º 
 
1º DE JANEIRO (não precisa esperar 90 dias, mas deve ser no exercício seguinte) 
 IR 
 BC IPVA (apenas se o aumento ocorrer pela BC) 
 BC IPTU (apenas se o aumento ocorrer pela BC) 
 
Obs. Pode-se majorar um tributo pela alíquota ou pela BC. 
 
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Art. 62, §2º, CF 
Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os 
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício 
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele 
(ano) em que foi editada. -> EC nº 32/2001. 
 
Devemos saber que além de observas a anterioridade anual, devemos observar a 
noventena. 
 
Ex. EC editada em 2009 e convertida em lei em 2010 -> só pode cobrar em 2011. 
***Conta o prazo de noventa dias de onde? STF (jurisprudência): a noventena, no 
caso de instituição ou aumento de tributo por MP, será contado da data da edição 
da MP. 
 
Anterioridade Nonagesimal-> acrescentada pela EC 42 de 2003. 
 
Mudando a ordem do texto: 
Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só 
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida 
em lei até o último dia daquele (ano) em que foi editada, exceto os previstos nos 
arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II. (II, IE, IPI**, IOF e IEG – imposto extraordinário de 
guerra). 
 
**IPI -> deve observar a noventena -> está no segundo quadro. 
 
Para casa: PONTO 2. 
Para segunda fazer os PONTOS 1 e 2. 
 
 
 
AULA 18/09/2012 
 
Súmula 669 do STF: 
“Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se 
sujeita ao princípio da anterioridade”. 
 
PRINCÍPIOS RELACIONADOS À ISONOMIA 
 
 Artigo 5º, caput, da CF 
 
Para o direito tributário: 
 Isonomia tributária- art. 150, II, da CF 
Pautada na Capacidade econômica do contribuinte -> princípio da 
capacidade contributiva-> art. 145, §1º -> se aplica apenas aos impostos 
pessoais (são aqueles que levam em conta, para sua incidência, aspectos 
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relacionados à pessoa do contribuinte. Ex. IR). O imposto real incidência 
exclusivamente sobre a coisa. Ex. IPTU, IPI. 
Direito de propriedade -> art. 5º, XXII, CF 
Dignidade humana 
 
 Capacidade Contributiva – art. 145, §1º, da CF 
 
 Não Confisco - art. 150, IV, da CF 
Carga tributária tão pesada que 
Deve-se relacionar ao direito de propriedade e a dignidade humana. 
Art. 170, CF -> livre iniciativa econômica. Se o Estado confisca o patrimônio 
da empresa, ele está impedindo a livre iniciativa. 
 
E no caso de multa, deve ser aplicado? 
Na letra da lei não abrange. Segundo entendimento do STF, o princípio do 
não confisco deve ser observado no caso de aplicação de multa, tendo em 
vista os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. 
 
Esse princípio tem alto grau de subjetividade. Ex. a alíquota do IPI incidente 
na produção do cigarro é de 300%, mas não é confiscatório. 
 
 Uniformidade Geográfica – art. 151, I, da CF 
Deve ser observado tão somente pela União. Veda a União tributar de maneira não 
uniforme. 
 
É vedado à União tributar de maneira não uniforme em todo o território nacional 
ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, DF ou a Município, 
em detrimento de outro. 
 
EXCETO: 
É admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Ex. Zona 
Franca de Manaus, os produtos ali produzidos que tem uma tributação 
diferenciada. 
 
 
 Não Diferenciação Tributária – art. 152 da CF 
 
É vedado aos Estados, DF e Municípios estabelecer diferenciação tributária para 
bens e serviços em razão da sua procedência ou destino. 
 
Ex. estabelecer alíquota maior para os carros de procedência externa, e menor dos 
provenientes do estado X. 
 
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS 
 Progressividade (IR / ITR / IPTU) 
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 Seletividade (ICMS / IPVA / IPI / IPTU) 
 Não-cumulatividade (ICMS / IPI / Residuais /PIS / COFINS) 
 
Ela falará quando for explicar tributos em espécie. 
 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO -> Art. 150, V, CF 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas e bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais. 
É vedado tributar o ir e vir de pessoas e bens dentro do território nacional. Direito 
constitucional fundamental de ir e vir do cidadão. 
 
Exceção 
Cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 
 
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR 
 Imunidades 
 
IMUNIDADE X ISENÇÃO X NÃO INCIDÊNCIA 
Imunidade: limitação ao poder de tributar. A constituição federal, ao momento que 
outorgou a competência tributaria aos entes políticos, para determinadas pessoas, 
fatos e objeto, ela colocou uma barreira impedindo que o ente alcançasse-os. Tem 
autores que a chama de competência tributária negativa. 
Na CF é sempre imunidade. 
 
Isenção: hipótese de exclusão do credito tributário (art. 175 e 176 do CTN). As 
pessoas realizam o fato gerador, mas o credito não será constituído, pois há 
hipótese de exclusão dele. 
Isenção está na Lei. 
 
Não incidência: fato que não incide a cobrança de tributo, ou seja, não esta 
instituído como fato gerador. 
 
 
IMUNIDADES GENÉRICAS – ART. 150, VI, CF 
É vedado à União, Estados, DF e Municípios cobrar impostos. 
 
a) Recíproca: afasta a cobrança de impostos de um ente da administração 
direta (União, município, DF e estados) sobre o outro. 
Esta relacionada ao artigo 1º da CF -> existe para proteger o princípio federativo. -
> Os entes políticos, dentro de uma federação, possuem autonomia (art. 18, CF). 
não existe relação de hierarquia entre os entes políticos (federalismo!!). 
 Art. 60, §4º -> cláusula pétrea!! Pois protege valores nobres -> o 
federalismo. 
Art. 150, §2º -> foi estendida para as autarquias e fundações públicas (geralmente 
prestam serviços de natureza pública, ou seja, são serviços que obrigatoriamente 
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deveriam ser prestados pelo Estado). Mas há condição: que o patrimônio, a renda e 
os serviços prestados estejam vinculados às suas finalidades essenciais ou sejam 
decorrentes delas. 
Art. 150, §3º: se atuarem no âmbito econômico não poderão gozar da imunidade. 
Empresa pública e sociedade de economia mista, que também fazem parte da 
Administração Indireta: na maioria dos casos atua no campo econômico. -> art. 170 
e ss, CF. 
Entendimento do STF (imunidade é sempre STF): se a empresa pública e a 
sociedade de economia mista prestarem serviço de natureza pública, gozarão da 
imunidade recíproca. Assim entendeu, pois estaria atendendo o fundamento do 
princípio.b) Religiosa: imunidade dos templos de qualquer culto. 
Objetivo: proteger um valor mais nobre: liberdade de crença, de culto. 
§4º - o patrimônio, a renda e os serviços das entidades religiosas estarão imune 
aos impostos desde que estejam relacionados às suas finalidades essências. 
Apenas em relação ao contribuinte de direito, não podendo descontar os impostos 
pagos como contribuintes de fato. 
 
c) Condicional: partidos políticos e suas associações, sindicatos dos 
trabalhadores, ... 
Que lei? LC. -> CTN, Art. 14. 
 
Requisitos – ART. 14, CTN 
o Sem fins lucrativos 
o Aplicação dos recursos no País 
o Escrituração contábil regular 
Art. 146, II, 
Obs. As Obrigações acessórias devem ser cumpridas 
 
Súmula 124, STF (vale para IR também/também se estende às entidades 
religiosas). 
 
Súmula 730. 
 
d) Objetiva: também chamada de imprensa. 
Livros, jornais, etc. 
Cuidado: o STF está sendo restrito. 
Obs. Insumos 
Súmula 657. Exceção: off-07 (placa utilizada para a impressão do jornal). Tintas e 
etc não tem imudida. 
 
 
Súmula 724 do STF 
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Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente 
a qualquer das entidades referidas no art. 150, VI, ‘c’, da Constituição, desde que o 
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. 
 
Súmula 730 do STF 
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins 
lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança entidades fechadas 
de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. 
 
Súmula 657 do STF 
A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal abrange os filmes e 
papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. 
 
 
Exercícios 
 
1) A empresa Comex Exportadora S.A. tem por objeto social a exportação de 
produtos na área de tecnologia avançada e a comercialização de produtos de 
informática no mercado doméstico. O diretor financeiro da referida empresa 
consultao a respeito da constitucionalidade da incidência da CSLL sobre o lucro 
obtido com as operações de exportação. Segundo informação do aludido diretor 
financeiro, inúmeros concorrentes da Comex Exportadora S.A. deixaram de 
tributar os lucros auferidos com a exportação de produtos, tendo em vista a edição 
da Emenda Constitucional n.º 33/01. Ele, porém, tem receio de deixar de recolher 
tal tributo e sofrer sanções do Fisco Federal, uma vez que participa de várias 
concorrências para venda de seus produtos no mercado nacional, inclusive para 
empresas públicas. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, ingresse com a medida judicial 
mais apropriada para afastar a exigência da CSLL. O cliente, contudo, não 
pretende deixar de recolher a referida exação tributária, desde já, pois teme 
pelo insucesso da tese tributária que envolve o caso. Assim, solicita-lhe que 
ingresse com medida judicial apenas para resguardar os seus direitos. 
 
Resposta: 
Art. 149, §2º, CF 
 
2) Durante o exercício de 2005, 30% do total das vendas de papel efetuadas pela 
Fábrica de Papel Paulista S.A. foram destinados à impressão de livros e jornais, 
com saídas cobertas pela imunidade tributária do ICMS, nos termos do art. 150, VI, 
“d”, da Constituição Federal. Em fiscalização, o agente fiscal estadual de São Paulo 
autuou a empresa, exigindo valores de imposto, multa e juros, por considerar que 
ela deveria ter feito o estorno proporcional de 30% dos créditos de ICMS pelas 
compras de matérias primas e componentes, utilizados na fabricação dos papéis 
vendidos. Entendeu o agente fiscal tratar-se de hipótese de não-incidência ou 
isenção do tributo, que, nesse caso, se confundiria com a imunidade. O processo 
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administrativo teve trânsito em julgado, tendo o órgão administrativo de 
julgamento de segunda instância — Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São 
Paulo —, em decisão não unânime, mantido a cobrança do ICMS e acréscimos. O 
débito foi inscrito em dívida ativa, mas ainda não foi ajuizada a execução 
fiscal. 
 
Questão: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado da 
Fábrica de Papel Paulista S.A., considerando que a empresa necessita, com 
urgência, de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa para a 
participação em licitações públicas, e considerando, ainda, que a empresa possui 
recursos financeiros para efetuar o depósito judicial do débito, redija a medida 
judicial cabível, com a devida fundamentação legal, para fins de se pleitearem, em 
juízo, a certidão citada e o cancelamento da cobrança fiscal. 
 
Resposta: 
Ação anulatória (fundamento: art. 38 da LEF c/c 282 do CPC e art. 39, I, CPC – 
endereço do patrono). 
ICMS -> justiça estadual 
Domicílio do autor 
Art. 205 e 206, CTN. 
 
b) requer a expedição de oficio ao órgão competente para que seja emitida a 
certidão positiva com efeitos de negativa, tendo em vista a suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário, conforme disposto no art. 151, II do CTN. 
c) condenação à ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios 
d) citação (pesso do seu representate judicial) 
e) provas 
Valor da causa 
Encerramento 
 
 
3) O Poder Executivo Federal, por intermédio do Decreto nº 82.357, de 25/07/10, 
publicado no Diário Oficial da União de 05/08/10, elevou a alíquota de IPI 
incidente sobre calçados de couro fabricados no Estado do Rio Grande do Sul, 
passando a exigir o referido aumento já a partir da publicação do ato normativo. A 
empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., com sede em São Paulo, mas com 
estabelecimento industrial, que 
produz calçados de couro, situado no Município de Caxias – RS, entende que tal 
exigência seja inconstitucional. 
QUESTÃO: Como advogado da empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., ingressar 
com a medida judicial apropriada que objetive resguardar os interesses do seu 
cliente. 
 
Pretensão: pagar menos. 
Ocorreu lançamento? Não. 
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Ação Declaratória com pedido de tutela antecipada, com pedido subsidiário para 
depositar. 
Art. 153, §1º -> exceções à legalidade. 
A alíquota do IPI pode ser majorada por decreto. 
Exigência a partir da publicação: 150, §1º -> IPI :exceção da anterioridade anual, 
mas deve observar a noventena. 
Tese principal: principio da uniformidade geográfica. Art. 151, I, CF. obs.não é o 
caso da exceção. 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
Para saber se é: olhar o prazo de 120 dias e se tem prova constituída do 
direito líquido e certo. 
 
Fundamento: art. 5º, LXIX, da CF c/c Lei 12.016/09. 
*Art. 6º da Lei do MS 
 Ler a lei inteira, pois ela é pequena. 
Proteção ao direito líquido e certo (ou seja, o direito alega é incontroverso) – 
qualquer pessoa física ou jurídica que sofrer violação ou houver justo receio de 
sofrê-la. 
 No MS a prova é pré-constituída, não devendo pedir produção de provas, pois as 
provas juntadas ao MS já deverão ser suficientes para demonstrar o direito líquido 
e certo. 
 
Impetrado: no local do ato ou fato coator. 
Partes: Impetrante e Impetrado (*) 
Verbo: impetrar. 
Obs. O impetrado é a autoridade coatora (aquela que praticou o ato ou aquela que 
tem o poder de mandar que o outro execute, como p. ex., o delegado da receita 
federal, que tem o poder de mandar o fiscal. 
 
AUTORIDADE COATORA 
 FEDERAL: 
o Delegado da Receita Federal do Brasil 
o Inspetor da Receita Federal do Brasil (verifica os produtos 
incidentes na importação. Assim, os produtos, na importação, quem 
verifica o pagamento dos tributos é o inspetor, sendo ele a 
autoridade coatora, nesse caso). 
 
 ESTADUAL: 
o Delegado Regional Tributário 
 
 MUNICIPAL 
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o Diretor de Departamento de Rendas Mobiliárias (caso de ISS) 
o Diretor de Departamento de Rendas Imobiliárias (caso de IPTU, 
ITBI) 
 
 
 Quando o examinador dispõe a autoridade coatora, deve-se utilizar a 
autoridade informada pelo examinador. 
 
 IMPORTANTE: A competência é da justiça relacionada à autoridade coatora. Se 
a autoridade coatora é federal, a justiça será federal. 
 
 
ART. 7º. LEI 12.016/2009 
Liminar: 
III – que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento 
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da 
medida (...). 
 
Fumus boni iuris: direito que foi violado 
Dano irreparável ou de difícil reparação: via de regra é que o cliente será 
executado, ou pagar para discutir (depois ter que ajuizar repetição de indébito). 
 
Art. 7º. Lei 12.016/2009 
§2º Não será concedida medida liminar que tenha por objeto (caem mais, mas tem 
outros no parágrafo): 
 
Ou seja, não posso pleitear nesses casos. 
 
 A compensação de créditos tributários 
-Súmula 212 e 213 do STJ. Ou seja, não pode pedir liminar para compensar, 
mas pode utilizar ação do MS para o magistrado conceder a compensação. 
-Súmula 460, STJ: CONVALIDAR. O papel do magistrado é dizer o direito que 
a pessoas tem de compensar ou não, ou seja, se a pessoa tem crédito para 
compensar. Mas que convalida o ato da compensação é a autoridade 
administrativa, o ato da compensação não é feito pelo Poder Judiciário. 
 
 A entrega (liberação) de mercadorias e bens provenientes do exterior: 
 
 
NÃO ESQUEÇA! 
O MS preventivo não tem prazo. 
 
Art. 23 O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 
(cento e vinte dias), contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
Tomar cuidado, pois se já passou o prazo será anulatória. 
 
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Art. 25 Não cabem, no mandado de segurança, 
(...) condenação ao pagamento dos honorários advocatícios (...). 
Pode pedir reembolsa da custas, mas não de honorários. 
 
 
Lição de casa: 
PONTO 6. 
 
 
 
 
AULA 19/09/2012 
 
Obs. MS individual: impetrado em nome próprio para defender direito próprio. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO 
 
Fundamento: art. 5º, LXX, da CF c/c Lei 12.016/09 
 
 Não é qualquer pessoa que pode impetrar. 
 Em nome próprio para defender direito de outrem. 
 
 Impetrante: partido político com representação no CN; 
 Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados; 
 
Se partido político com representação no CN impetrar MS em nome próprio para 
defender direito próprio é MS individual, em que pese ser partido político com 
representação no CN. 
 
DA LIMINAR 
A proteção ao direito líquido e certo, quando lesado ou na iminência de o 
ser por ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público é garantido pela Constituição Federal e pela Lei 
12.016/09, através do Mandado de Segurança. 
O artigo 7º, III da Lei 12.016/09 prevê a possibilidade da concessão de 
liminar, no Mandado de Segurança, desde que presentes os requisitos do fumus 
boni iuris e do periculum in mora. 
No caso em tela, os relevantes fundamentos jurídicos, equivalentes ao 
fumus boni iuris, estão presentes, uma vez que foi violado o princípio (...), de 
modo a não ser devida a exigência do imposto em tela. 
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TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
Não restam dúvidas de que o ato da autoridade coatora é inconstitucional e 
fere direito líquido e certo da impetrante. 
Outrossim, o segundo requisito é latente, sendo certo que se não for 
concedida a medida liminar a impetrante poderá sofrer processo de Execução 
Fiscal, de forma a impedir a expedição de Certidão Negativa de Débitos, o que a 
impossibilitará de participar de licitações públicas. Caso o impetrante pague o 
infundado valor, terá que se sujeitar ao tortuoso caminho do solve et repete para 
reavê-lo. 
Assim, restou-se comprovada a presença dos requisitos autorizadores para 
a concessão da medida liminar, de modo que requer o seu deferimento desde já, 
suspendo, assim, a exigibilidade do crédito tributário conforme o artigo 151, IV do 
CTN. 
 
 
MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA – ESQUEMA DA PEÇA 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Cível da Subseção 
Judiciária de ... – Estado de ... 
 
(10 cm) 
 
(QUALIFICAÇÃO) 
 
(...) nos termos do artigo 5º, inciso LXIX da Constituição Federal e Lei 12.016/09 
combinado com o artigo 282 do Código de Processo Civil, impetrar o presente 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR (não precisa identificar 
se é repressivo ou preventivo) 
 
contra ato do Delegado da Receita Federal do Brasil, lotado (que pertence, 
vinculado – art. 6º da Lei de MS) na Delegacia da Receita Federal do Brasil, órgão 
da União, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
I. Dos Fatos 
 
II. Do Direito 
 
IV. Da Medida Liminar 
 
(Pedidos e requerimentos) 
(Art. 7, §2º - existe MS sem liminar, aliás, casos que não pode pedir liminar.) 
Diante de todo o exposto, pede e requer a Impetrante: 
a)seja concedida medida liminar, ordenando que a autoridade coatora se abstenha 
de exigir referido tributo, conforme o artigo 151, IV do CTN; 
b)seja concedida segurança em definitivo por ser inconstitucional tal exigência; 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
c)a notificação da autoridade coatora para que preste informações no prazo de 10 
(dez) dias, bem como oitiva do Ministério Público; 
d) reembolso das custas processuais; e 
e) a intimação da pessoa jurídica interessada. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ (...) 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
Local e data 
 
Advogado 
OAB nº... 
 
Exercício da apostila: 
38) A Administração Fazendária de determinado Estado, por entender que a 
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT enquadra‐se como contribuinte 
do IPVA incidente sobre os novos veículos de sua frota, adquiridos e emplacados 
em seu território, efetuou lançamento tributário direto relativo ao respectivo 
imposto de sua competência. Todavia, a aludida empresa, que se encontra no prazo 
regular para pagamento do IPVA, não quitou o imposto por discordar de sua 
cobrança, entendendo não ser seu contribuinte, ante a relevância dos serviços de 
natureza postal para a população. Sabendo‐se que a referida Empresa pretende 
viabilizar demanda judicial para a defesa dos seus interesses, uma vez que não 
houve oferecimento de defesa administrativa em tempo hábil, bem como, contados 
da data da notificação do lançamento tributário até o presente momento, 
consumaram‐se 90 (noventa) dias. 
 
Questão: Redija, na qualidade de advogado contratado pela ECT, a petição 
pertinente que traga o rito mais célere, com base no direito material e processual 
tributário, ciente da desnecessidade de outras provas, que não sejam documentais. 
 Pretensão: não pagar o IPVA. 
 Ocorreu o lançamento? Sim. 
 Segundo quadrante: consignação em pagamento, MS e anulatória. 
Consignação não pode ser, pois não quer paga. Não se passaram os 120 dias 
da ciência do ato coator (no caso: notificação do lançamento), que é prazo 
para impetrar o MS repressivo. Ele falou para utilizar o rito processual mais 
célebre e que não há necessidade de produção de provas. Então, a peça só 
pode ser MS repressivo. 
 Endereçamento: A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é empresa 
pública federal -> art. 109, I, CF -> justiça federal. 
 Autoridade coatora: delegado regional tributário. Delegacia regional 
tributária. 
 Tese: AT. 150, VI, a, CF c/c art. 150, §2º, CF. 
Deve dizer na peça: O §3° não se aplica ao caso, pois, segundoo 
entendimento do STF, empresa pública ou sociedade de economia mista 
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Prof.ª Andréa Depintor 
 
que prestarem serviço de natureza pública, também gozaram da imunidade 
recíproca. 
Deve dizer na peça: O art. 173, §2º da CF também não tem 
aplicabilidade. 
 Fumus boni iuris -> imunidade. 
 Periculum in mora-> dano irreparável ou de difícil reparação -> a empresa 
ficará exposta a ação de execução fiscal ou ter que pagar algo que é 
flagrantemente inconstitucional e ter que propor ação de indébito. 
 Seja concedida segurança em definitivo por ser inconstitucional tal exigência 
(espelho da última prova: ...com a consequente anulação do débito fiscal); 
 
 
TRIBUTO E ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 118, CTN – ex. IR-> não importa de onde vem a renda, se de ato lícito ou ilícito, 
o que não tem nada haver com o requisito: que não constitua sanção de ato ilícito. 
Não se pode pagar o tributo por prestação de serviço, p. ex. exceção: art. 156, XI 
(dação em pagamento de bens imóveis) 
Atividade administrativa plenamente vinculada: lançamento. 
 
Art. 4º 
IMPOSTOS – ART. 16 CTN 
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Características: 
• Não vinculados – conceito: art. 16. 
• Não têm destinação específica (*) – art. 167, IV, CF 
 
TAXAS – ARTS. 77 A 80,CTN 
Art. 145, II, CF. 
 
• Vinculados. 
 
Taxas de Serviço 
 Utilização de forma efetiva ou potencial 
 Serviço Público 
 Específico e Divisível (art. 79, CTN) – consegue mensurar quanto cada um 
dos contribuintes se utilizam daquele serviço. 
 Prestado ou Colocado à disposição 
 Súmula 19. 
 
Taxas de Polícia 
 Exercício regular do poder de polícia – definição: art. 78, CTN. 
 Fiscalização. Precisa ter a efetiva fiscalização para o pagamento da taxa? 
STJ: basta ter o órgão fiscalizador estruturado em funcionamento, não 
sendo necessária a efetiva fiscalização. 
 
ATENÇÃO! 
As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos (§2º, art. 145, CF). 
Súmula vinculante de nº 29. 
 
 Preço público (trataremos como sinônimo de tarifa) não é tributo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sujeito ativo da taxa: art. 7º, CTN. 
 
Importante: pedágio!!! 
Se for pedágio não precisa observas os princípios tributários, com exceção do 
antigo selo de pedágio, que foi considerado ter natureza de taxa pelo supremo (foi 
um selo pregado no vidro do carro que provava que você já havia pago o valor 
referente à taxa de pedágio). 
 
Súmula 545 do STF 
“Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, 
diferentemente daquele, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à 
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” 
Princípio da anualidade -> tinha que ter autorização orçamentária-> não existe 
mais!!! 
 
 Em virtude de o princípio da anualidade não mais ser aplicável à matéria 
tributária, tem-se prejudicada a parte final do texto da súmula, devendo ser 
desconsiderada a exigência de prévia autorização orçamentária para a 
cobrança de taxas. 
 
PONTO 1 
O estado de Minas Gerais editou a Lei n.º 123, de 4 de junho de 2008, 
estabelecendo o pagamento de taxa pela prestação do serviço de segurança pública 
em estádios de futebol (eventos esportivos), tendo a lei entrado em vigor 90 dias 
após sua publicação. Os dirigentes do Sport Club Bola Azul, clube de futebol 
sediado no estado de Minas Gerais, consideram ilegal a cobrança dessa taxa, cujo 
valor corresponde a 30% do valor do bilhete de entrada. 
 
QUESTÃO: Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) 
contratado(a) pelos dirigentes do Sport Club Bola Azul, proponha a medida judicial 
que entender cabível, diversa de mandado de segurança, para a defesa dos 
interesses do clube, com fundamento na matéria de direito aplicável ao caso, 
apresentando todos os requisitos legais pertinentes. 
 
 Não quer pagar a taxa, pois a considera ilegal. 
 Ocorreu o lançamento? Não. 
 Consignação não, pois não quer pagar. MS o examinador não quer. Cabe 
então ação declaratória. 
 Taxa estadual: justiça estadual. 
 Foro: domicílio do autor. O autor tem sede no estado de Minas Gerais, mas 
não fala o município, de forma que não há como saber a comarca. 
 Tese: 
o Art. 145, II, CF; 
o Art. 77, CTN; 
o Art. 79, CTN; 
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o Toda BC do tributo está relacionada com o seu FG. Ex. nos impostos: 
IR – renda auferida – auferir renda. 
E no caso da segurança pública (apesar de inconstitucional)? 
Art. 77, parágrafo único: o valor do bilhete é de onde vem o 
capital da empresa. E a taxa não pode ser calculada em função 
do capital da empresa e não com a prestação do serviço (FG). 
 
 
 A suspensão da exigibilidade não impede o lançamento, mas tao somente a 
execução. A suspensão pode ser pleiteada em ação declaratória, apesar de 
ainda não ter ocorrido o lançamento. 
 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
 
Art. 81 e 82, CTN 
Dec. Lei 195/67 (recepcionado com força de lei complementar) 
Art. 145, III, CF 
 
FG: A melhoria, que depende da valorização e que esta valorização tenha sido 
decorrente de obra pública. 
As obras que podem ensejar a contribuição estão elencadas no decreto nº 195/67. 
 
Art. 82, CTN: requisitos; contribuinte pode impugnar. 
 
Limites para a cobrança: 
Limite total: Valor gasto na obra, ou seja, o ente não pode arrecadar valor a maior 
do gasto. 
Limite individual: contribuição de cada contribuinte, que está limitado no valor da 
valorização do imóvel. 
 A melhoria exigida pela CF é, segundo o STF, o acréscimo de valor à 
propriedade imobiliária dos contribuintes, de forma que a base de cálculo 
do tributo será exatamente o valor acrescido, ou seja, a diferença entre os 
valores inicial e final do imóvel beneficiado. 
 
A melhoria exigida pela CF é, segundo o STF, o acréscimo de valor à 
propriedade imobiliária dos contribuintes, de forma que a base de cálculo do 
tributo será exatamente o valor acrescido, ou seja, a diferença entre os valores 
inicial e final do imóvel beneficiado. 
 
A contribuição de melhoria visa evitar o enriquecimento sem causa, pois não seria 
justo que toda a população pagar por uma .... 
 
QUESTÃO: Município situado na região XYZ do Brasil realizou serviços e obras de 
rede de água potável e esgoto de certo bairro, durante o primeiro semestre de 
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2010, o que resultou na valorização de 100 (cem) imóveis da região. O custo total 
da obra correspondeu a R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais). 
Com isso, o Município editou Decreto, em 02/09/2010, a fim de disciplinar a 
instituição e cobrança de contribuição de melhoria incidente sobre os imóveis 
alcançados pela valorização imobiliária em questão. A municipalidade, para efetuar 
a respectiva cobrança, considerou somente a diferença entre o valor venal dos 
referidos imóveis antes da realização das obras e seu valor venal ao término das 
obras públicas, com base no cadastro do IPTU local. Em 10/10/2010, os 
contribuintes foram notificados, mediante recebimento de cobrança, para, no 
prazo máximo de 30 (trinta) dias, efetuarem o pagamento da referida exação fiscal. 
Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Discuta a correção da cobrança da exação, como realizada pela 
municipalidade, justificando com base na legislação e sua interpretação. 
 Ocorreu ao princípio da legalidade tributária. 
 Não obedeceu a anterioridade. 
 Não foi publicado o edital – art. 82, CTN. “considerou somente a diferença entre o valor dos referidos imóveis antes 
das referidas obras e seu valor ao término das obras públicas”: não foi 
respeitado o limite individual. 
 
b) Analise o cálculo feito pela municipalidade para encontrar o valor devido 
pelos contribuintes, esclarecendo se é compatível com a legislação em 
vigor. 
 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
 
 
 
São hipóteses e não FG, que devem 
ser instituídos por meio de LC e não 
pela CF 
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Deve ser instituído por meio de LC 
A competência é da União. 
 
Atenção! O art. 15, III, do CTN, que prevê a instituição de empréstimos 
compulsórios numa terceira situação, qual seja a “conjuntura que exija a 
absorção temporária de poder aquisitivo”, não foi recepcionado pela nova 
Constituição Federal, de forma que os empréstimos compulsórios só podem ser 
instituídos nas hipóteses constitucionalmente previstas. -> art. 15, III, do CTN não 
foi recepcionado pela CF. o CTN é anterior à CF. 
 
IMPOSTOS MUNICIPAIS 
 
IPTU 
Aspectos Constitucionais 
 Competência: Municípios e DF (art. 156, I e art. 147, da CF). 
 Progressividade Extrafiscal: art. 182, §4º, II, da CF (para a área incluída 
no plano diretor; lei federal: estatuto da cidade) (regulada pelo Estatuto da 
Cidade – Lei 10.257/2001 – art. 7º). 
O que progride é a alíquota. 
Extrafiscal: O objetivo dela é fazer com que o sujeito cumpra com a 
função social do imóvel (prevista no plano diretor). 
Alíquota progressiva: e o princípio do não confisco? O que regula é o 
estatuto da cidade 
 
LEI 10.257/2001 
Do IPTU progressivo no tempo 
Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na 
forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no 
§ 5o do art. 5º desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a 
propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a 
majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. 
 
§ 1º. O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que 
se refere o caput do art. 5º desta Lei e não excederá a duas vezes o valor 
referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento. 
 
§ 2º. Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco 
anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se 
cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8º. 
 
Art. 8º Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo 
sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de 
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parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá 
proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos 
da dívida pública. 
 
Art. 182, §4º, II, CF, a lei do estatuto da cidade (o estatuto que 
explica a progressividade no tempo, então, apesar de a CF falar da 
desapropriação, ela não fala da progressividade – na prova deve-
se olhar o estatuto também, então. 
 
§ 3º. É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação 
progressiva de que trata este artigo. (senão não adiantaria nada). 
 
Art. 156, §1º, CF. 
I -> com base no valor venal do imóvel, então a progressividade é fiscal, 
 
Capacidade contributiva pessoal. 
 
Progressividade Fiscal: art. 156, §1º, I, da CF 
(autorizada pela EC 29/00) 
Súmula 668 do STF: “É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, 
antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo 
se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana”. 
(art. 156, §1º, II -> EC 29) 
Súmula 589 do STF: “É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do 
Imposto Predial e Territorial Urbano em função do número de imóveis do 
contribuinte”. 
 
Seletividade: art. 156, §1º, II, da CF ( alíquotas diferenciadas de acordo com o uso 
e localização do imóvel) 
(autorizada pela EC 29/00) 
Ex. quando ao uso: pode ser diferente a alíquota do imóvel residencial em relação 
ao imóvel destinado ao comércio. 
Ex. quanto à localização: imóvel na periferia e imóvel em bairro de luxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FG -> LC 
Propriedade, domínio útil e posse são institutos definidos pelo Direito Civil. 
A lei tributária não pode alterar as definições, os institutos previstos no direito 
privado, ou seja, art. 110 do CTN. 
Posse -> deve ser com animus de permanecer na propriedade. o locatário não pode 
ser considerado como contribuinte do IPTU. No caso do usucapião, p. ex., há o 
animus de permanecer. 
 
Art. 32, §1º -> zona urbana-> compete a lei municipal definir o que é zona urbana. 
A lei municipal deve observar pelo menos dois dos requisitos do §1º. 
Art. 32, §2º -> 
 Deve estar previsto em lei municipal 
 Também podem ser consideradas urbanas pela lei municipal quando se 
trata de: Inserção em loteamento aprovado pelos órgãos competentes e que 
se destine à moradia, indústria ou comércio, mesmo que sejam áreas não 
servidas por quaisquer dos melhoramentos do §1º do art. 32. 
 
Lição de casa: PONTO 3. 
 
AULA 21/09/2012 
 
PONTO 2 
A igreja São Francisco, sediada no município de Natal — RN possui um extenso 
imóvel, dividido em vários prédios. Um desses prédios é destinado aos cultos e os 
demais estão alugados, sendo o valor dos aluguéis revertido para a 
manutenção das finalidades essenciais da igreja. Por entender que o aluguel do 
imóvel a afastava da imunidade constitucional, o administrador da igreja realizou o 
pagamento do IPTU referente a todos os imóveis alugados. Certo dia, tendo tomado 
conhecimento de que outro templo não pagava tal imposto, nem mesmo com 
relação aos imóveis alugados, o administrador, entendendo indevido o pagamento 
que vinha efetuando, resolveu consultar profissional da advocacia. 
QUESTÃO: Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado (a) 
contratado (a) pela referida igreja, proponha a medida judicial que entender 
cabível para a defesa de seus interesses, abordando os aspectos de direito material 
e processual pertinentes. 
 Qual é a pretensão do cliente? Devolução do valor pago indevidamente, bem 
como não pagar mais o IPTU. 
 Súmula 274. 
 Ocorreu o lançamento? O lançamento é de ofício; o contribuinte veio ao 
escritório sem qualquer débito; 
 Ação: ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária 
cumulada com o pedido de repetição de indébito. E também deve pedir 
tutela antecipada para suspender a exigibilidade em razão da declaratória, 
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para o cliente não ser cobrada no começo do ano, pois o processo, 
provavelmente, não será julgado antes do começo do ano. 
 Fundamentação : 282/4, I/273 CPC c/c 165, CTN 
 
 
Exercício: 
Determinado contribuinte adquiriu um lote de terreno, em zona de expansão 
urbana, situado em Condomínio ainda não dotado de qualquer dos 
melhoramentos elencados no art. 32, parágrafo 1º, do CTN. A esse respeito, 
responda aos itens a seguir: 
Justifique, com a indicação dos dispositivos legais pertinentes. 
a) Sobre o bem imóvel especificado há incidência de imposto? (Valor: 0,50) 
Sim, pois ele é proprietário. 
Mas é ITR ou IPTU? Incidência do IPTU, pois, de acordo com o artigo 32, 
§2º, não tem aplicabilidade a exigência prevista no §1º. 
 
b) Havendo incidência, qual Ente o titulariza? (Valor: 0,75) 
Competência do município e do DF – artigo 156 e 147. 
 
IPTU 
Aspecto espacial ->território urbano do município. 
Aspecto temporal-> 1º de janeiro de cada ano (todo 1º de janeiro se concretiza do 
fato gerador do IPTU - fato gerador continuado) a lei utilizada é aquelavigente em 
1º de janeiro. 
 
 
 
 
 
A simples atualização do valor monetário da BC, com índices oficiais de correção 
monetária, não implica em majoração do tributo, podendo ser feita por meio de ato 
infralegal (decreto) – art. 97, §2º, CTN. 
 Atualizar não é majorar!!! 
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Súmula 160 do STJ. “É defeso ao Município atualizar o IPTU, mediante Decreto, 
em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”. 
Muitas vezes o município se utilizada dessa artimanha, ou seja, majora o ITPU 
dizendo que é atualização. Para majorar é necessário Lei. 
 
Contribuintes 
Art. 34, CTN 
 Proprietário 
 Titular do domínio útil 
 Possuidor (*) 
(*) O STJ entende que somente é contribuinte do IPTU “o possuidor por direito real 
que exerce a posse com animus definitivo” (REsp 325.489). 
 
 
PONTO 3 
No ano de 2006, Augusto, residente em Porto Alegre – RS, firmou com a imobiliária 
Delta, domiciliada em São Paulo – SP, contrato de promessa de compra e venda de 
imóvel localizado em loteamento situado em Salvador – BA. Conforme o contrato, 
Augusto deveria pagar o imóvel em 30 parcelas mensais. Após ter pago algumas 
parcelas, Augusto descobriu que o loteamento estava localizado em terra pública 
estadual e que, portanto, a empresa estava praticando crime de grilagem. Em vista 
disso, suspendeu o pagamento das prestações, antes mesmo de receber a posse do 
imóvel. 
Por determinação do fisco, a empresa enviou à respectiva secretaria municipal de 
finanças a listagem dos adquirentes. Em 2008, ao requerer certidão negativa de 
débito, Augusto foi informado de que devia ao município valor de IPTU e taxa de 
iluminação pública, relativos ao lote objeto do citado contrato, nos montantes de, 
respectivamente, R$ 1.000,00 e R$ 200,00. Inconformado, Augusto decidiu 
procurar escritório de advocacia para a proposição de ação judicial com a 
finalidade de obter o cancelamento da dívida e a expedição imediata da certidão. 
 
QUESTÃO: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado 
(a) contratado (a) por Augusto, elabore a peça processual que entender cabível 
para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando, em seu texto, todos os 
aspectos pertinentes, com base na lei, doutrina e jurisprudência (não pode utilizar 
mais). 
 
 Qual a pretensão? Não pagar. 
 Ocorreu o lançamento? Sim. Na época cabia MS, pois se conheceu em 2008. 
Mas no caso de ser a data de hoje (2012), não cabe mais. 
 Art. 95, CPC -> nas ações fundada em direitos reais sobre imóveis (...) – 
endereçamento: salvador – BA. 
 Ação anulatória ou anulatória com pedido de declaratória ou declaratória 
com pedido de anulatória. 
 Tese: 
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o O fato gerador não ocorreu: não houve posse, propriedade nem 
domínio útil – art. 32 e 34, CTN. 
o Em relação à taxa: art. 145, II, CF + art. 70, CTN + art. 79, CTN + 
súmula 670 STF. 
o Imediata expedição da certidão -> certidão positiva com efeitos de 
negativa (206, CTN), pois se pede que seja imediatamente e, como há 
débito, tem que ser positiva com efeito de negativa. Pede-se a tutela 
antecipada. 
o Pedido: 
o Concessão da tutela antecipada para suspender a exigibilidade do 
crédito tributátio 
o Procedência do pedido para anular o debito fiscal referente IPTU e a 
taxa por violarem preceitos constitucionais e legais. 
o Expedição de oficio ao órgão competente para que expeça a certidão 
positiva com efeitos de negativa, uma vez que a exigibilidade do 
credito tributário foi suspenda, nos termos do art. 151, V do Código 
Tributário Nacional. 
o Condenação da ré, na pessoa do seu representante judicial 
o Citação 
o Provas 
o Valor da causa 
 
 
 
ITBI 
 
Aspectos Constitucionais 
 Competência: Municípios e DF – art. 156, II e art. 147, da CF. 
 Imunidades: Art. 156, §2º, I, da CF e art. 184, §5º, da CF. 
 
A constituição que tem que autorizar a possível alíquota progressiva. 
 Súmula STF 656 – “É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas 
progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – 
ITBI com base no valor venal do imóvel”. 
 
 
Regra Matriz - ITBI 
FG -> Art. 35, CTN 
 Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de: 
o Bens imóveis, por natureza ou acessão física; 
o Direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia (art. 1225, CC); 
o Cessão de direitos a sua aquisição. 
 
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No direito brasileiro, a transmissão da propriedade imobiliária ocorre mediante o 
registro do título translativo no Registro de Imóveis. (art. 1245, CC – o Código de 
Direito Civil que regula a transmissão da propriedade imobiliária). + art. 110, CTN 
+ STJ: 
 
“1. O fato gerador do imposto de transmissão de bens imóveis ocorre com a 
transferência efetiva da propriedade ou do domínio útil, na conformidade da lei 
civil, com o registro no cartório imobiliário. 
2. A cobrança do ITBI sem obediência dessa formalidade ofende o ordenamento 
jurídico em vigor”. 
(STJ – RMS 10.650- 2ª T. – rel. Min. Peçanha Martins, j. 16.6.2000, DJU 1-E, 
4.9.2000) 
 
Aspecto Espacial: é o território do Município da situação do bem (art. 156, §2º, II, 
da CF). 
Aspecto Temporal: é o momento da transmissão ou da cessão. 
 
BC -> art. 38, CTN -> Valor venal dos bens imóveis transmitidos ou cedidos. 
 
Contribuinte -> art. 42, CTN -> Qualquer das partes da operação tributária de 
transmissão de bem imóvel, tanto o transmitente quanto o adquirente (*). 
(*) Geralmente é o adquirente do bem ou direito. 
Entregou competência ao legislador municipal para eleger qual deles é 
contribuinte. Normalmente é o adquirente. 
 
 
Exercício: 
A sociedade de advogados “A”, estabelecida na capital do Rio de Janeiro há mais de 
20 anos, resolveu adquirir um imóvel para onde pretende transferir suas 
atividades. A referida sociedade, durante todos os anos de sua existência, auferiu, 
tão-somente, receita decorrente do exercício da advocacia. Ao pretender realizar a 
operação de compra e venda do referido imóvel com a lavratura da competente 
escritura pública, “A” surpreendeu-se com a notícia de que teria de pagar o 
imposto previsto no artigo 156, inciso II, da Constituição Federal. 
 Não se conformando com tal exigência, os sócios de “A”, por não 
atuarem na área tributária, resolveram contratar advogado especializado nessa 
área, para ingressar com medida judicial que vise a inibir essa exigência da 
municipalidade do Rio de Janeiro. Segundo solicitação dos sócios de “A”, a medida 
judicial não deve causar qualquer contingência pecuniária futura, no que se refere 
a honorários da parte contrária. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição de 
advogado contratado pelos sócios de “A”, a medida judicial que entender cabível, 
com fundamentação na matéria de direito pertinente, apresentando todos os 
requisitos legais que a peça exigir. 
 
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 Pretensão: não pagar. 
 Houve lançamento? MS (não dever causar qualquer contingência futura no 
que se refere a honorários da parte contrária). 
 Foro: local do ato ou fato coator, que ocorreu na municipalidade do Rio de 
Janeiro. 
 Vara da Fazenda Pública (é capital) da comarca do Rio de Janeiro – RJ 
 Contra ou em face de ato de quem? Diretor de Departamento de Rendas 
Imobiliárias, lotado no departamento de rendas imobiliárias, órgão 
pertencente ao município do Rio de Janeiro. 
 Tese: 156, §2º, I - a atividade preponderante da empresa é o exercício da 
advocacia (não é o caso do salvo se...). + artigo 37, §1º, CTN (para 
demonstrar que não é caso das atividades). 
 
 Liminar: introdução: 1º parágrafo: art. 7º, III da Lei + presençados dois 
requisitos nos dois parágrafos seguintes + ele não vai ser executado, mas 
não vai conseguir transferir o imóvel. 
 Pedido: concessão da liminar, ordenando a autoridade coatora que se 
abstenha de exigir o ITBI na situação em comento + Concessão da segurança 
em definitivo. 
 Notificação da autoridade competente. 
 Intimação do MP. 
 Reembolso das custas processuais. 
 Intimação da PJ de direito público interessada. 
 Valor da causa. 
 Encerramento. 
 
 
 
Exercício: 
Caio e Tício pretendem celebrar contrato de compra e venda de bem imóvel. 
Contudo, para consumarem o negócio, constituem previamente a pessoa jurídica 
Provisória Ltda. formada por eles apenas, tendo por fito única e exclusivamente 
não fazer incidir o ITBI sobre a operação, com amparo no art.156, §2º, I, da 
CRFB, que prevê hipótese de imunidade da referida exação sobre o imóvel 
utilizado na integralização do capital social. Nesse sentido, Caio, originalmente 
proprietário alienante do bem, integraliza suas quotas na forma do imóvel, e Tício 
completa o capital social da empresa depositando o montante correspondente ao 
valor do bem objeto da alienação. Após pouco mais de duas semanas, Caio e Tício 
dissolvem a sociedade e, como consequência, Caio recebe sua parcela do capital em 
dinheiro, ao passo que Tício recebe o seu quinhão na forma do imóvel. Analise a 
conduta adotada pelos particulares e responda se, e como, poderia a Fazenda 
Municipal satisfazer seu crédito com relação à situação apresentada, uma vez 
descoberta a real intenção dos dois agentes. 
 
 Constituem a pessoa jurídica apenas por eles com o fito de não incidir ITBI -
> querem sonegar -> ele dissimulam o ato de compra e venda. 
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 FG -> art. 114 e ss do CTN 
 **116, p. ún. Do CTN -> a situação deixa explícito. 
 Lei nº 6.830/80 -> art. 1º 
 
 Para falar como a Fazenda Pública deve satisfazer seu crédito, não precisa 
dizer a respeito da notificação e da CDA, pode ir diretamente para a 
execução, pois está implícito. 
 
 
 
Lição de casa: PONTO 3 
 
 
AULA 25/09/2012 
 
PONTO 6 
Equipamentos (partes e peças) que estavam sendo transportados para a empresa 
Micro Informática Ltda. e que seriam utilizados em sua produção foram 
apreendidos, sob a alegação da Secretaria de Arrecadação Estadual de que a 
nota fiscal que os acompanhava não registrava uma diferença de alíquota devida 
ao Fisco e não teria havido, portanto, o recolhimento do imposto. Na ocasião, 
houve o auto de infração e foi realizado o respectivo lançamento. A empresa, que 
tem uma encomenda para entregar, procura você, na condição de advogado, para a 
defesa de seus interesses. 
 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa Micro Informática, apresente a 
peça processual cabível para a defesa dos interesses da empresa, empregando 
todos os argumentos e fundamentos jurídicos cabíveis. 
 
 Pretensão: não pagar, pois se a intenção fosse pagar, ele não teria 
procurado o escritório. 
 
 Houve lançamento? Sim.” houve o auto de infração e foi realizado o 
respectivo lançamento”. 
 
 Liberação de mercadoria: deve ser célebre e não tem datas (não ultrapassou 
120 dias, na teoria). 
 
 Endereçamento: impetrado no local do ato ou do fato coator. Mas no caso 
não é informado. 
 
 É estadual: Secretaria de Arrecadação Estadual 
 
 Unidade coatora: foi aceita aquela por nós estudada, ou seja, o Delegado 
regional tributário. Mas o examinador colocou como padrão: diretor de 
secretaria de arrecadação estadual. 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 
 Diferença de alíquota: o examinador sequer identificou o imposto, ou seja, a 
tese não deve estar na diferença da alíquota. 
 
 Art. 150, IV -> princípio do não confisco. 
Súmula 323, STF. 
Apreender a mercadoria é uma forma indireta de coagir o contribuinte a 
pagar. Para tanto o Fisco deve executar e não apreende-la. 
 
 Liminar: fumus: principio ao não confisco. Periculum in mora: a necessidade 
da liberação da mercadoria sem a necessidade de pagar, pois senão teria 
que se submeter ao tortuoso caminho de uma repetição de indébito. Outra 
coisa é que se ele não pagar ele será executado. 
 
 
 
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) 
 
 
 Norma que concede competência: art. 156, III, CF. 
 
 Lei complementar que define fato gerador, contribuinte e base de cálculo: 
LC 116/03. Atenção! 
Decreto-lei 406/68 – Súmula 663 do STF. 
 
 O Decreto não foi inteiramente revogado-> olhar o último artigo da LC 
116/03 (falam-se quais foram os artigos revogados do decreto). 
 
 Aspecto material: prestar serviços (*) de qualquer natureza, não 
compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar (116/2003 – os 
itens são taxativos na vertical, mas na horizontal ela é exemplificativa, pois 
tem os congêneres/assemelhados). 
 
Locação implica em dar e não em obrigação de fazer (art. 110, CTN). 
 Súmula vinculante de nº 31. 
 
 
 Alíquota máxima: LC 116/03 – art.8º (5%). 
 
 Alíquota mínima: art. 88 do ADCT (2%). 
 
 Isenção heterônoma – art. 156, §3º, III, da CF (cabe à Lei Complementar ...) 
c/c art. 2º, I, LC 116/03 (isenção e não imunidade - CF). 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
 Art. 151, III: quando a LC 116 isenta ela não bate de frente ao art. 151, 
III, pois o legislador não estava representando os interesses específicos 
da União, mas é uma LC de norma geral, ou seja, tem caráter nacional. 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 
LC 116/03: 
 
 Art. 1º 
§1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do 
País, ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. 
 
 Atitude protecionista-> Não cobra da exportação, mas tão somente da 
importação. 
 
§2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela 
mencionados não ficam sujeitos ao “ICMS”, ainda que sua prestação envolva 
fornecimento de mercadorias. 
 
Ex.: item 14.03 da lista de serviços. -> itens que poderão ter o ISS cobrado. 
 
Na prestação de serviço so poderá ser cobrado o ICMS quando a lei autorizar. 
Senão será cobrado apenas o ICMDS sobre o preço da mercadoria e do serviço. 
 
Obs. Serviço de internet -> não está taxado... 
 
 
ATENÇÃO: Art. 2º da LC 116/03. O imposto NÃO incide!! 
 
 
LOCAL DE RECOLHIMENTO DO ISS 
Art. 3º da LC 116/03. Local do estabelecimento prestador ou, na falta do 
estabelecimento, no local do domicílio do prestador. 
 Exceções: I ao XXII. -> local da execução do serviço. 
 
Art. 4º da LC 116/03. Considera-se estabelecimento prestador (...) departamentos 
importantes que possibilitam a prestação do serviço. 
Tal art. Visa também evitar a sonegação. 
 
CONTRIBUINTE 
_Art. 5º da LC 116/03. Prestador de serviço. 
_Art. 6º da LC 116/03. Responsabilidade tributária. -> tomador do serviço. 
 
BASE DE CÁLCULO 
PRÁTICA JURÍDICA 
TRIBUTÁRIO 
Prof.ª Andréa Depintor 
 
_Art. 7º da LC 116/03. Preço do serviço. 
_Art. 9º do Decreto Lei nº 406/68 (não foi revogado). 
§1º - ex. sociedade de dentista, médicos, advogados -> sociedade uniprofissionais. 
Maneira pessoal: você mesmo vai e presta. 
Deve-se pegar o valor fixo e multiplicar pela quantidade de profissionais que 
prestam o determinado serviço. 
 
§3º 
 
 
O Laboratório de Análises Clínicas Almeida Silva Ltda., cuja sociedade é constituída 
por 3 (três) sócios, um médico, um farmacêutico e uma empresária, explora, no 
ramo da medicina, serviços de análises clínicas, em caráter empresarial, mantendo, 
para tanto, várias filiais em funcionamento em diversas municipalidades de 
determinada região do país. Ocorre que, a partir de março/2011, a referida 
empresa, na qualidade de contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza – ISSQN, deixou de recolher o respectivo

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