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PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor E-mail: adepintor@hotmail.com Profª Assistente: Arleide AULA 12/09/2012 IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA ADEQUADA 1ª instância 1. Qual é a pretensão do meu cliente (mais famosas)? Não pagar o tributo Paga menos tributo, ou seja, pagar o tributo devido Devolução de valor pago indevidamente Pagar o tributo que ele não consegue por motivo alheio 2. Causa de pedir Fatos Tese jurídica 3. Pedido Linha processual FG -> OT Lançamento -> notificação do lançamento (para efetuar pagamento ou apresentar defesa) -> constituição do CT -> inscrição em dívida ativa Execução fiscal -> pagamento (156) Extinção Qual a pretensão? - não pagar? - pagar menos. - pretensão é pagar? Consignação em pagamento. Ocorreu lançamento? - quando ocorreu o O lançamento constitui o CT. Se ainda não foi constituído queremos sentença declaratória (Ação Declaratória) e não condenatória. Se ainda não foi constituído o CT e o direito foi líquido e certo: Foi citado: Pretensão é não pagar ou pagar menos: Embargos à Execução Fiscal e Exceção de Pré- Executividade. Pretensão é devolução de tributo: Repetição de Indébito. PRETENSÃO PEDIDO CAUSA DE PEDIR PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor problema normalmente diz: o cliente foi notificado/foi lavrado auto de infração/o cliente foi autuado/foi expedida guia de pagamento. cabe MS preventivo. Como saber se cabe? O examinador coloca pontos indicativos. Ex.: instrumento célebre e que não acarrete ônus. Ocorreu lançamento? Sim -> sentença constitutiva negativa ou desconstitutiva. Quer anulação do débito? Ação Anulatória. MS repressivo (perdi a explicação). A pretensão é pagar e não consegue? Ação de consignação em Pagamento. AÇÃO DECLARATÓRIA Geralmente as pretensões são: Não pagar; Pagar menos. Artigo 4º do CPC: O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I – da existência ou da inexistência de relação jurídica; Existência: Declaratória positiva -> é a declaração de uma relação jurídico-tributária ou existência de um direito. Inexistência: Declaratória negativa -> pedido de declaração da inexistência da relação jurídico-tributária. Acontece: PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Pedido de existência de imunidade e inexistência de relação ao mesmo tempo -> mesmo caso prático com declaratória positiva e negativa ao mesmo tempo. Fundamento: Fundamento: art. 4º, I, do CPC c/c art. 282 e seguintes do CPC (sempre, ao terminar a peça, conferir se tem todos os requisitos). Verbo: Propor. Proposta (regra): domicílio do autor Pessoa jurídica: onde é a sede. Art. 127, CTN. Partes: Autor e Réu Depois da introdução: chamar por autor e réu. O réu, no caso, é o Fisco, que deve ser chamado de: Tributo Federal: União (sem o Federal, pois é pleonasmo) Tributo Estadual: Estado de... Tributo Municipal: Município de... Endereçamento (regra): o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Cível da Subseção Judiciária de (domicílio do autor) – Estado de ... o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Cível da Comarca de (domicílio do autor) – Estado de ... o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara da Fazenda Pública da Comarca de ... – Estado de ... Se o examinador não informar se existe vara da Fazenda Pública -> considerar a existência apenas nas grande capitais. Qualificação: WYZ - Produtos de Couro Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº ..., com sede na rua ..., nº ..., Bairro ..., Município ..., Estado ..., Cep ..., neste ato representada por seu sócio-administrador (nome, qualificação, endereço), conforme cópia do contrato social anexa, por seu advogado infra- assinado (instrumento de mandato anexo), com endereço para receber intimações sede na rua ..., nº ..., Bairro ..., Município ..., Estado ..., Cep ..., conforme o artigo 39, I, CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 4º, I e 282 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA, pelo rito ordinário em face da UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ nº ..., com endereço na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Município ..., Cep ..., Estado de ..., pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. Escrever: 10 linha (não pular de verdade!) I - DOS FATOS II - DO DIREITO É obrigatório ao advogado colocar endereço em que receberá a intimação (quando petição inicial ou contestação -> art. 39, I, CPC). A União, como os outros entes públicos, possuem CNPJ. PEDIDO E REQUERIMENTOS Ante todo o exposto, o Autor pede e requer: (não precisar separar) -> colocar em tópicos (facilita a visualização do examinador) a) a procedência do pedido, a fim de que seja declarada a inexistência da relação jurídico-tributária entre as partes, tendo em vista ...; b) a condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios e reembolso das custas judiciais; c) a citação da Ré, na pessoa de seu representante judicial (a representante legal é a Dilma), para apresentar contestação; e d) a produção de provas por todos os meios admitidos em direito, principalmente prova documental. (pode ser genérico) Dá-se à causa o valor de R$ ... -> não há CT ainda, sendo então o valor do benefício – art. 260, CPC. Assim, se tivermos o valor do tributo: Tributo mensal: valor do tributo x12 Tributo anual: valor do tributo. Nesses termos, pede deferimento. Local e data _______________ Advogado OAb... Importante: A mera propositura da AÇÃO DECLARATÓRIA impedirá o Fisco de propor a ação de EXECUÇÃO FISCAL? HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO -> Art. 151, do CTN. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Assim o Fisco não poderá cobrar/executar. Mas poderá efetivar o lançamento/ autuar. No caso da ação declaratória, as hipóteses de suspensão da exigibilidade a serem escolhidas são: Depósito (montante integral) ou Tutela antecipada TUTELA ANTECIPADA Fundamento: art. 273 do CPC Requisitos Prova inequívoca da verossimilhança da alegação (o direito irrefutável que foi lesado). Dano irreparável ou de difícil reparação (é cristalino, sendo certo que sem a concessão da tutela antecipada para suspender a exigibilidade do crédito, a Autora será inscrita na Dívida Ativa e sofrerá Execução Fiscal. Caso pague o infundado valor, terá que se sujeitar ao tortuoso caminho do solve et repete para que possa reavê-lo). Reversibilidade da medida (É notório, pois a antecipação não prejudicará o Fisco no caso de improcedência da ação. Se for revogada a tutela e considerado devido o tributo, o réu poderá cobrar o valor a ele referente, com suas atualizações, por intermédio de Execução Fiscal). III – DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA 1º parágrafo: art. 273 CPC -> introduzir falando do artigo. 2º, 3º e 4º parágrafos: falar, em cada um deles, de um requisito. 5º parágrafo: conclusão: Por todo o exposto, restou-se comprovada a presença dos requisitos autorizadores da concessão da tutela antecipada, permitindo-se que, desde já, seja deferido o presente pedido a fim de evitar qualquer prejuízo à Autora. Pode-se pedir tutela antecipada e, subsidiariamente, “se Vossa Excelência entender pela não concessão,requer a autorização para efetuar o depósito”. Devemos, na prova, pedir autorização para realizar o depósito, apesar de ser direito do autor, no caso de não concessão da tutela, depositar o valor a fim de suspender a exigibilidade do CT. AULA 14/09/2012 PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor DEPÓSITO (MONTANTE INTEGRAL) Súmula 112 do STJ: O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. Não é necessário pedir para o juiz, pois é faculdade da parte, mas na OAB é bom informar. Mas depois de feito, é necessário juntar a guia para demonstrar o deposito e pedir a suspensão da exigibilidade. Assim, pede-se: a concessão da tutela antecipada em letra “a” e o motivo de sua concessão e, de forma subsidiaria, se Vossa Excelência entender não cabível a concessão da tutela, requer a autorização para o depósito do montante integral para suspender a exigibilidade do CT. III - DA SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Informa o Autor que efetuará o depósito no montante integral, a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do inciso II, do artigo 151 do Código Tributário Nacional. AÇÃO ANULATÓRIA A peça é parecida com a declaratória. LINHA PROCESSUAL FG -> OT Lançamento -> constitui-se o CT Inscrição em dívida ativa. A pretensão é não pagar ou pagar menos? Queremos extinguir ou modificar a situação -> sentença desconstitutiva ou constitutiva negativa. -> Ação Anulatória de débito fiscal ou Ação Anulatória de Lançamento Tributário. CRÉDITO TRIBUTÁRIO FG Lançamento (art. 142, CTN) – momento no qual a autoridade administração identifica a matéria a PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor ser tributada. OT Tipos de lançamento: - De Ofício ou direto (art. 149, CTN) – o contribuinte tem zero de participação. - Por Declaração ou Misto (art. 147, CTN) – o sujeito passivo participa com 50 % ao entregar a declaração e aguardar o Fisco analisar às informações declaradas e calcular o valor do tributo e o notificar para pagar o tributo. Nem todo tributo que entregamos declaração é lançamento por declaração. Ex. bagagens do exterior – você entrega a declaração ao Fiscal e ele verifica se está certo para você pagar. - Homologação (art. 150, CTN) – 100% de participação do sujeito passivo. Característica: Antecipação do pagamento do tributo. O Fisco tem prazo para homologar o pagamento – 5 anos a contar do fato gerador. A maioria dos tributos se encaixa nessa modalidade. Sempre que houver auto de infração é lançamento de ofício. Art. 148 – lançamento por arbitramento é o lançamento de ofício. So pode ocorrer nas situações específicas enumeradas no artigo 148. Se o contribuinte não concordar ele pode arbitrar. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Pode ser alterado apenas nas hipóteses dos incisos I, II e III do artigo 145. I. Por meio de impugnação/reclamação administrativa: Decreto 70.235/72 (PAF) – regulamento processo administrativo federal. Para os estaduais ou municipais – o examinador deve trazer os dispositivos, ou ocorre também de municípios não terem norma específica e ser utilizado o decreto federal por analogia. Se o Fisco deferiu a impugnação – o lançamento será alterado. II. Por meio de recurso de ofício da autoridade administrativa julgadora (é equivalente ao reexame necessário do processo civil): A decisão deve subir para ser reexaminada pela segunda instancia administrativa, que na esfera federal se chama CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A própria autoridade que decidiu em primeira instancia mandará para reexame. O CARF poderá decidir pela alteração de parte do lançamento. III. Iniciativa de Ofício da autoridade administrativa: A alteridade que realizou o lançamento pode alterá-lo por sua própria iniciativa. Ela pode alterar, porém, apenas nas hipóteses taxativas do art. 149. A alteridade tem o prazo decadencial para rever o lançamento. Obs. Endereçamento: Subseção é município e seção é para estado. Então não pode colocar seção, mas tão somente subseção. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Fundamento: art. 38 da Lei 6.830/80 (LEF) e art. 282 e seguintes do CPC O que muda da declaratória é o fundamento. Tem que colocar! “vem, com fundamento no...” Se for pleitear a tutela antecipada, colocar : “com fundamento no ... c/c 282 e 273 do CPC...” Verbo: “propor, ação anulatória de debito fiscal, pelo rito ordinário, com pedido de tutela antecipada.” Art. 38 da Lei 6.830/80 A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma da lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido de juros e multa de mora e demais encargos. Súmula Vinculante nº 28 É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. Como é vinculante vincula todos os órgãos do poder judiciário. É inconstitucional, pois cerceia o direito de defesa. FORO: Proposta: domicílio do autor. PARTES: Autor e Réu Tributo Federal: União (tem CNPJ) Tributo Estadual: Estado de... (tem CNPJ) Tributo Municipal: Município de... (tem CNPJ) Art. 38 (...) da Lei 6.830/80 Parágrafo único. A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. Posso abrir mão da esfera administrativa? Sim: Art. 5º, CF: nenhuma lesão poderá ser afasta de apreciação pelo Poder Judiciário. PEÇA: ENDEREÇAMENTO Indicativo de 10 linhas. QUALIFICAÇÃO Uma linha NOME DA AÇÃO Uma linha PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor EM FACE DE (ré e sua qualificação) Uma linha I – DOS FATOS Uma linha II – DO DIREITO Uma linha SE HOUVER TUTELA ANTECIPADA: III – DA TUTELA ANTECIPADA Uma linha DO PEDIDO PEDIDOS E REQUERIMENTOS Ante todo o exposto, o Autor pede e requer: a) Concessão da tutela antecipada a fim de suspender a exigibilidade do credito tributário e, subsidiariamente, se Vossa Excelência entender pelo não cabimento da tutela antecipada, requer a autorização para realizar o depósito no valor do montante integral, conforme previsto no artigo 151, inciso II, do Código Tributário Nacional. b) A procedência do pedido, a fim de referido débito fiscal seja anulado, tendo em vista (...); c) A condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios e das custas judiciais; d) A citação da Ré, na pessoa de seu representante judicial, para apresentar contestação; e e) A produção de provas por todos os meios admitidos em direito, principalmente prova documental. Valor da Causa Dá-se à causa o valor de R$ ... Nesses termos, pede deferimento. Local e data Advogado OAB ... Exercício: PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor A empresa Comex Exportadora S.A. tem por objeto social a exportação de produtos na área de tecnologia avançada e a comercialização de produtos de informática no mercado doméstico. O diretor financeiro da referida empresa consulta-o a respeito da constitucionalidade da incidência da CSLL sobre o lucro obtido com as operações de exportação.Segundo informação do aludido diretor financeiro, inúmeros concorrentes da Comex Exportadora S.A. deixaram de tributar os lucros auferidos com a exportação de produtos, tendo em vista a edição da Emenda Constitucional n.º 33/01. Ele, porém, tem receio de deixar de recolher tal tributo e sofrer sanções do Fisco Federal, uma vez que participa de várias concorrências para venda de seus produtos no mercado nacional, inclusive para empresas públicas. QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, ingresse com a medida judicial mais apropriada para afastar a exigência da CSLL. O cliente, contudo, não pretende deixar de recolher a referida exação tributária, desde já, pois teme pelo insucesso da tese tributária que envolve o caso. Assim, solicita-lhe que ingresse com medida judicial apenas para resguardar os seus direitos. Qual a pretensão? Não pagar (afastar a exigência da CSLL). Ocorreu lançamento? Não falou nada -> não ocorreu lançamento (primeiro quadro). Ação Declaratória pura. Sem tutela antecipada e sem depósito (porque o cliente disse que não quer parar de pagar). Se ele ganhar a ação ele tentará fazer a compensação. Se não houver lei autorizando, terá que fazer por meio de repetição de indébito (precatório). Sua cliente, Aluguel de Móveis e Decoração de Interiores S.A, sediada na cidade de São Paulo, é empresa dedicada à: a) locação de móveis para residências; b) decoração de interiores. Desde sua fundação, em 1990, por orientação de seu contador, a referida empresa sempre pagou o ISS devido sobre a locação dos móveis para residências e sobre o serviço de assessoria na área de decoração. Basicamente, seu faturamento está dividido entre as duas atividades antes mencionadas. Contudo, ciente do posicionamento adotado pelo Supremo Tribunal Federal no sentido da não incidência do ISS sobre a operação de locação de bens móveis, sua cliente pretende recuperar todo o imposto pago nos anos antecedentes, bem como pretende deixar de pagar o tributo a partir dos meses subsequentes. No tocante aos valores pagos indevidamente, sua cliente requererá, por intermédio de seu contador, a restituição administrativa. QUESTÃO: Como advogado contratado pela empresa, ingresse com a medida judicial tendente a evitar o pagamento futuro de ISS sobre o valor das locações de móveis residenciais. Pretensão: não pagar. Ocorreu lançamento? Não (não foi mencionado) – primeiro quadro. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Ação Declaratória O cliente não falou que quer continuar pagar. -> precisamos suspender a exigibilidade -> tutela antecipada. Durante o exercício de 2005, 30% do total das vendas de papel efetuadas pela Fábrica de Papel Paulista S.A. foram destinados à impressão de livros e jornais, com saídas cobertas pela imunidade tributária do ICMS, nos termos do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal. Em fiscalização, o agente fiscal estadual de São Paulo autuou a empresa, exigindo valores de imposto, multa e juros, por considerar que ela deveria ter feito o estorno proporcional de 30% dos créditos de ICMS pelas compras de matérias primas e componentes, utilizados na fabricação dos papéis vendidos. Entendeu o agente fiscal tratar-se de hipótese de não incidência ou isenção do tributo, que, nesse caso, se confundiria com a imunidade. O processo administrativo teve trânsito em julgado, tendo o órgão administrativo de julgamento de segunda instância — Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo —, em decisão não unânime, mantido a cobrança do ICMS e acréscimos. O débito foi inscrito em dívida ativa, mas ainda não foi ajuizada a execução fiscal. Questão: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado da Fábrica de Papel Paulista S.A., considerando que a empresa necessita, com urgência, de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa para a participação em licitações públicas, e considerando, ainda, que a empresa possui recursos financeiros para efetuar o depósito judicial do débito, redija a medida judicial cabível, com a devida fundamentação legal, para fins de se pleitearem, em juízo, a certidão citada e o cancelamento da cobrança fiscal. Pretensão? Não pagar (quero cancelamento do débito, além de ter imunidade). Ocorreu lançamento? Foi autuado, além de ter sido inscrito em dívida ativa. Ação Anulatória (foi inscrito em dívida ativa, mas não tem execução fiscal, não podendo ser Embargos à Execução). LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR PRINCÍPIOS Obs. Tem caído muito questões constitucionais. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Art. 97 do CTN (complementa a CF): Somente a LEI pode estabelecer: o Instituição de tributos, ou sua extinção; o Majoração de tributos, ou sua redução; o Definição de FG da obrigação principal; o Fixação da alíquota do tributo e da sua BC; o Cominação e definição de penalidades; o dispensa ou redução de penalidades; o Hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de CT. Que Lei? Via de regra, é Lei Ordinária. Medida Provisória está incluída (tem força de LO) – art. 62 da CF -> existência de relevância e urgência e traz matérias proibidas de serem disciplinadas por MP. Obs. Art. 59. EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE As exceções estão na alíquota. • II; IE; IPI; IOF (art. 153,§1º, CF); -> as alíquotas desses impostos podem ser alteradas por decreto. • CIDE combustível (art. 177,§4º,CF); -> a alíquota pode ser alterada por meio de decreto. • ICMS combustível monofásico (art.155,§4º,IV,CF). -> a alíquota desse ICMS será fixada por um convenio celebrado por intermédio do CONFAZ. PRINCIPAIS FUNÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR _Empréstimos compulsório – art. 148, CF _Tributos Residuais – art. 154, I e art. 195, §4º, CF PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor _IGF – art. 153, CF. Se a constituição for silente: pode ser por LO Art. 146, CF (tudo que estiver nele somente LC pode regulamentar) • Dispor sobre conflitos de competência; • Regular limitações ao poder de tributar; (art. 14, CTN) • Dispor sobre normas gerais de Direito Tributário. Art. 3º, CTN. Art. 5º, CTN. Alíquota não está na exigência da CF em relação ao imposto. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Por meio de uma única guia pagamos diversos tributos. Serve para micro empresas e empresas de pequeno porte. -> LC 156/2006 PEGAR SLIDE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (ART. 96 DO CTN) Compreende: Leis; Tratados e convenções internacionais; Decretos; Normas complementares (art. 100, CTN). o Atos normativos (instrução normativa, avisos, circulares); o Decisões administrativas, desde que a lei atribui a essa decisão eficácia normativa; o As práticas reiteradas das autoridades administrativas (usos e costumes); o Convênios (são firmados entre os entes) Art. 160 – não apenas as leis podem dispor sobre prazo, mas também os decretos, as NC e os Tratados e Convenções internacionais. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (NÃO CONFUNDIR COM A ANTERIORIDADE) Lembrar: Vigência (irretroatividade) e eficácia (anterioridade). Regra Art. 150, III, ‘a’, CF É vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. EXCEÇÕES À IRRETROATIVIDADE Art. 106, CTN Lei expressamente interpretativa: nasce com a função de esclarecer lei que já existe, mas não modifica o ordenamento. Ela não prejudica o direito adquirido, pois não inova. Art. 5º, CF – protege o direito adquirido. Retroatividade benigna: atos não definitivamente julgados. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Ligarà Exigência -> poder cobrar. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Ligada à aumento de carga tributária. Garantir a segurança jurídica e principio da não surpresa -> princípios não expressos na CF. 1. Anual ou do exercício seguinte – art. 150, III, b. 2. Noventena – art. 150, III, c. Contar como se todo mês tivesse 30 dias. EXCEÇÕES: Art. 150, §1º, CF. IMEDIATAMENTE (não observam a anterioridade anual nem a noventena) Imposto de Importação Imposto de Exportação IOF IEG Empréstimo Compulsório(guerra externa e calamidade pública) Art. 150, §1º, CF art. 177, §4º, CF 155, §4º, IV, c, CF 195, §6º, CF APÓS 90 DIAS (podem ser cobrados após noventa dias, mas não precisa ser no exercício seguinte) IPI CIDE – combustível ICMS – combustível e monofásico Contribuições p/Seguridade Social Art. 150, §1º 1º DE JANEIRO (não precisa esperar 90 dias, mas deve ser no exercício seguinte) IR BC IPVA (apenas se o aumento ocorrer pela BC) BC IPTU (apenas se o aumento ocorrer pela BC) Obs. Pode-se majorar um tributo pela alíquota ou pela BC. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Art. 62, §2º, CF Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele (ano) em que foi editada. -> EC nº 32/2001. Devemos saber que além de observas a anterioridade anual, devemos observar a noventena. Ex. EC editada em 2009 e convertida em lei em 2010 -> só pode cobrar em 2011. ***Conta o prazo de noventa dias de onde? STF (jurisprudência): a noventena, no caso de instituição ou aumento de tributo por MP, será contado da data da edição da MP. Anterioridade Nonagesimal-> acrescentada pela EC 42 de 2003. Mudando a ordem do texto: Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele (ano) em que foi editada, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II. (II, IE, IPI**, IOF e IEG – imposto extraordinário de guerra). **IPI -> deve observar a noventena -> está no segundo quadro. Para casa: PONTO 2. Para segunda fazer os PONTOS 1 e 2. AULA 18/09/2012 Súmula 669 do STF: “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade”. PRINCÍPIOS RELACIONADOS À ISONOMIA Artigo 5º, caput, da CF Para o direito tributário: Isonomia tributária- art. 150, II, da CF Pautada na Capacidade econômica do contribuinte -> princípio da capacidade contributiva-> art. 145, §1º -> se aplica apenas aos impostos pessoais (são aqueles que levam em conta, para sua incidência, aspectos PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor relacionados à pessoa do contribuinte. Ex. IR). O imposto real incidência exclusivamente sobre a coisa. Ex. IPTU, IPI. Direito de propriedade -> art. 5º, XXII, CF Dignidade humana Capacidade Contributiva – art. 145, §1º, da CF Não Confisco - art. 150, IV, da CF Carga tributária tão pesada que Deve-se relacionar ao direito de propriedade e a dignidade humana. Art. 170, CF -> livre iniciativa econômica. Se o Estado confisca o patrimônio da empresa, ele está impedindo a livre iniciativa. E no caso de multa, deve ser aplicado? Na letra da lei não abrange. Segundo entendimento do STF, o princípio do não confisco deve ser observado no caso de aplicação de multa, tendo em vista os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Esse princípio tem alto grau de subjetividade. Ex. a alíquota do IPI incidente na produção do cigarro é de 300%, mas não é confiscatório. Uniformidade Geográfica – art. 151, I, da CF Deve ser observado tão somente pela União. Veda a União tributar de maneira não uniforme. É vedado à União tributar de maneira não uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, DF ou a Município, em detrimento de outro. EXCETO: É admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Ex. Zona Franca de Manaus, os produtos ali produzidos que tem uma tributação diferenciada. Não Diferenciação Tributária – art. 152 da CF É vedado aos Estados, DF e Municípios estabelecer diferenciação tributária para bens e serviços em razão da sua procedência ou destino. Ex. estabelecer alíquota maior para os carros de procedência externa, e menor dos provenientes do estado X. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS Progressividade (IR / ITR / IPTU) PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Seletividade (ICMS / IPVA / IPI / IPTU) Não-cumulatividade (ICMS / IPI / Residuais /PIS / COFINS) Ela falará quando for explicar tributos em espécie. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO -> Art. 150, V, CF É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas e bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. É vedado tributar o ir e vir de pessoas e bens dentro do território nacional. Direito constitucional fundamental de ir e vir do cidadão. Exceção Cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR Imunidades IMUNIDADE X ISENÇÃO X NÃO INCIDÊNCIA Imunidade: limitação ao poder de tributar. A constituição federal, ao momento que outorgou a competência tributaria aos entes políticos, para determinadas pessoas, fatos e objeto, ela colocou uma barreira impedindo que o ente alcançasse-os. Tem autores que a chama de competência tributária negativa. Na CF é sempre imunidade. Isenção: hipótese de exclusão do credito tributário (art. 175 e 176 do CTN). As pessoas realizam o fato gerador, mas o credito não será constituído, pois há hipótese de exclusão dele. Isenção está na Lei. Não incidência: fato que não incide a cobrança de tributo, ou seja, não esta instituído como fato gerador. IMUNIDADES GENÉRICAS – ART. 150, VI, CF É vedado à União, Estados, DF e Municípios cobrar impostos. a) Recíproca: afasta a cobrança de impostos de um ente da administração direta (União, município, DF e estados) sobre o outro. Esta relacionada ao artigo 1º da CF -> existe para proteger o princípio federativo. - > Os entes políticos, dentro de uma federação, possuem autonomia (art. 18, CF). não existe relação de hierarquia entre os entes políticos (federalismo!!). Art. 60, §4º -> cláusula pétrea!! Pois protege valores nobres -> o federalismo. Art. 150, §2º -> foi estendida para as autarquias e fundações públicas (geralmente prestam serviços de natureza pública, ou seja, são serviços que obrigatoriamente PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor deveriam ser prestados pelo Estado). Mas há condição: que o patrimônio, a renda e os serviços prestados estejam vinculados às suas finalidades essenciais ou sejam decorrentes delas. Art. 150, §3º: se atuarem no âmbito econômico não poderão gozar da imunidade. Empresa pública e sociedade de economia mista, que também fazem parte da Administração Indireta: na maioria dos casos atua no campo econômico. -> art. 170 e ss, CF. Entendimento do STF (imunidade é sempre STF): se a empresa pública e a sociedade de economia mista prestarem serviço de natureza pública, gozarão da imunidade recíproca. Assim entendeu, pois estaria atendendo o fundamento do princípio.b) Religiosa: imunidade dos templos de qualquer culto. Objetivo: proteger um valor mais nobre: liberdade de crença, de culto. §4º - o patrimônio, a renda e os serviços das entidades religiosas estarão imune aos impostos desde que estejam relacionados às suas finalidades essências. Apenas em relação ao contribuinte de direito, não podendo descontar os impostos pagos como contribuintes de fato. c) Condicional: partidos políticos e suas associações, sindicatos dos trabalhadores, ... Que lei? LC. -> CTN, Art. 14. Requisitos – ART. 14, CTN o Sem fins lucrativos o Aplicação dos recursos no País o Escrituração contábil regular Art. 146, II, Obs. As Obrigações acessórias devem ser cumpridas Súmula 124, STF (vale para IR também/também se estende às entidades religiosas). Súmula 730. d) Objetiva: também chamada de imprensa. Livros, jornais, etc. Cuidado: o STF está sendo restrito. Obs. Insumos Súmula 657. Exceção: off-07 (placa utilizada para a impressão do jornal). Tintas e etc não tem imudida. Súmula 724 do STF PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas no art. 150, VI, ‘c’, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. Súmula 730 do STF A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. Súmula 657 do STF A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. Exercícios 1) A empresa Comex Exportadora S.A. tem por objeto social a exportação de produtos na área de tecnologia avançada e a comercialização de produtos de informática no mercado doméstico. O diretor financeiro da referida empresa consultao a respeito da constitucionalidade da incidência da CSLL sobre o lucro obtido com as operações de exportação. Segundo informação do aludido diretor financeiro, inúmeros concorrentes da Comex Exportadora S.A. deixaram de tributar os lucros auferidos com a exportação de produtos, tendo em vista a edição da Emenda Constitucional n.º 33/01. Ele, porém, tem receio de deixar de recolher tal tributo e sofrer sanções do Fisco Federal, uma vez que participa de várias concorrências para venda de seus produtos no mercado nacional, inclusive para empresas públicas. QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, ingresse com a medida judicial mais apropriada para afastar a exigência da CSLL. O cliente, contudo, não pretende deixar de recolher a referida exação tributária, desde já, pois teme pelo insucesso da tese tributária que envolve o caso. Assim, solicita-lhe que ingresse com medida judicial apenas para resguardar os seus direitos. Resposta: Art. 149, §2º, CF 2) Durante o exercício de 2005, 30% do total das vendas de papel efetuadas pela Fábrica de Papel Paulista S.A. foram destinados à impressão de livros e jornais, com saídas cobertas pela imunidade tributária do ICMS, nos termos do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal. Em fiscalização, o agente fiscal estadual de São Paulo autuou a empresa, exigindo valores de imposto, multa e juros, por considerar que ela deveria ter feito o estorno proporcional de 30% dos créditos de ICMS pelas compras de matérias primas e componentes, utilizados na fabricação dos papéis vendidos. Entendeu o agente fiscal tratar-se de hipótese de não-incidência ou isenção do tributo, que, nesse caso, se confundiria com a imunidade. O processo PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor administrativo teve trânsito em julgado, tendo o órgão administrativo de julgamento de segunda instância — Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo —, em decisão não unânime, mantido a cobrança do ICMS e acréscimos. O débito foi inscrito em dívida ativa, mas ainda não foi ajuizada a execução fiscal. Questão: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado da Fábrica de Papel Paulista S.A., considerando que a empresa necessita, com urgência, de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa para a participação em licitações públicas, e considerando, ainda, que a empresa possui recursos financeiros para efetuar o depósito judicial do débito, redija a medida judicial cabível, com a devida fundamentação legal, para fins de se pleitearem, em juízo, a certidão citada e o cancelamento da cobrança fiscal. Resposta: Ação anulatória (fundamento: art. 38 da LEF c/c 282 do CPC e art. 39, I, CPC – endereço do patrono). ICMS -> justiça estadual Domicílio do autor Art. 205 e 206, CTN. b) requer a expedição de oficio ao órgão competente para que seja emitida a certidão positiva com efeitos de negativa, tendo em vista a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, conforme disposto no art. 151, II do CTN. c) condenação à ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios d) citação (pesso do seu representate judicial) e) provas Valor da causa Encerramento 3) O Poder Executivo Federal, por intermédio do Decreto nº 82.357, de 25/07/10, publicado no Diário Oficial da União de 05/08/10, elevou a alíquota de IPI incidente sobre calçados de couro fabricados no Estado do Rio Grande do Sul, passando a exigir o referido aumento já a partir da publicação do ato normativo. A empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., com sede em São Paulo, mas com estabelecimento industrial, que produz calçados de couro, situado no Município de Caxias – RS, entende que tal exigência seja inconstitucional. QUESTÃO: Como advogado da empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., ingressar com a medida judicial apropriada que objetive resguardar os interesses do seu cliente. Pretensão: pagar menos. Ocorreu lançamento? Não. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Ação Declaratória com pedido de tutela antecipada, com pedido subsidiário para depositar. Art. 153, §1º -> exceções à legalidade. A alíquota do IPI pode ser majorada por decreto. Exigência a partir da publicação: 150, §1º -> IPI :exceção da anterioridade anual, mas deve observar a noventena. Tese principal: principio da uniformidade geográfica. Art. 151, I, CF. obs.não é o caso da exceção. MANDADO DE SEGURANÇA Para saber se é: olhar o prazo de 120 dias e se tem prova constituída do direito líquido e certo. Fundamento: art. 5º, LXIX, da CF c/c Lei 12.016/09. *Art. 6º da Lei do MS Ler a lei inteira, pois ela é pequena. Proteção ao direito líquido e certo (ou seja, o direito alega é incontroverso) – qualquer pessoa física ou jurídica que sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la. No MS a prova é pré-constituída, não devendo pedir produção de provas, pois as provas juntadas ao MS já deverão ser suficientes para demonstrar o direito líquido e certo. Impetrado: no local do ato ou fato coator. Partes: Impetrante e Impetrado (*) Verbo: impetrar. Obs. O impetrado é a autoridade coatora (aquela que praticou o ato ou aquela que tem o poder de mandar que o outro execute, como p. ex., o delegado da receita federal, que tem o poder de mandar o fiscal. AUTORIDADE COATORA FEDERAL: o Delegado da Receita Federal do Brasil o Inspetor da Receita Federal do Brasil (verifica os produtos incidentes na importação. Assim, os produtos, na importação, quem verifica o pagamento dos tributos é o inspetor, sendo ele a autoridade coatora, nesse caso). ESTADUAL: o Delegado Regional Tributário MUNICIPAL PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ªAndréa Depintor o Diretor de Departamento de Rendas Mobiliárias (caso de ISS) o Diretor de Departamento de Rendas Imobiliárias (caso de IPTU, ITBI) Quando o examinador dispõe a autoridade coatora, deve-se utilizar a autoridade informada pelo examinador. IMPORTANTE: A competência é da justiça relacionada à autoridade coatora. Se a autoridade coatora é federal, a justiça será federal. ART. 7º. LEI 12.016/2009 Liminar: III – que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida (...). Fumus boni iuris: direito que foi violado Dano irreparável ou de difícil reparação: via de regra é que o cliente será executado, ou pagar para discutir (depois ter que ajuizar repetição de indébito). Art. 7º. Lei 12.016/2009 §2º Não será concedida medida liminar que tenha por objeto (caem mais, mas tem outros no parágrafo): Ou seja, não posso pleitear nesses casos. A compensação de créditos tributários -Súmula 212 e 213 do STJ. Ou seja, não pode pedir liminar para compensar, mas pode utilizar ação do MS para o magistrado conceder a compensação. -Súmula 460, STJ: CONVALIDAR. O papel do magistrado é dizer o direito que a pessoas tem de compensar ou não, ou seja, se a pessoa tem crédito para compensar. Mas que convalida o ato da compensação é a autoridade administrativa, o ato da compensação não é feito pelo Poder Judiciário. A entrega (liberação) de mercadorias e bens provenientes do exterior: NÃO ESQUEÇA! O MS preventivo não tem prazo. Art. 23 O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte dias), contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Tomar cuidado, pois se já passou o prazo será anulatória. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Art. 25 Não cabem, no mandado de segurança, (...) condenação ao pagamento dos honorários advocatícios (...). Pode pedir reembolsa da custas, mas não de honorários. Lição de casa: PONTO 6. AULA 19/09/2012 Obs. MS individual: impetrado em nome próprio para defender direito próprio. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO Fundamento: art. 5º, LXX, da CF c/c Lei 12.016/09 Não é qualquer pessoa que pode impetrar. Em nome próprio para defender direito de outrem. Impetrante: partido político com representação no CN; Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Se partido político com representação no CN impetrar MS em nome próprio para defender direito próprio é MS individual, em que pese ser partido político com representação no CN. DA LIMINAR A proteção ao direito líquido e certo, quando lesado ou na iminência de o ser por ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público é garantido pela Constituição Federal e pela Lei 12.016/09, através do Mandado de Segurança. O artigo 7º, III da Lei 12.016/09 prevê a possibilidade da concessão de liminar, no Mandado de Segurança, desde que presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora. No caso em tela, os relevantes fundamentos jurídicos, equivalentes ao fumus boni iuris, estão presentes, uma vez que foi violado o princípio (...), de modo a não ser devida a exigência do imposto em tela. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Não restam dúvidas de que o ato da autoridade coatora é inconstitucional e fere direito líquido e certo da impetrante. Outrossim, o segundo requisito é latente, sendo certo que se não for concedida a medida liminar a impetrante poderá sofrer processo de Execução Fiscal, de forma a impedir a expedição de Certidão Negativa de Débitos, o que a impossibilitará de participar de licitações públicas. Caso o impetrante pague o infundado valor, terá que se sujeitar ao tortuoso caminho do solve et repete para reavê-lo. Assim, restou-se comprovada a presença dos requisitos autorizadores para a concessão da medida liminar, de modo que requer o seu deferimento desde já, suspendo, assim, a exigibilidade do crédito tributário conforme o artigo 151, IV do CTN. MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA – ESQUEMA DA PEÇA Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Cível da Subseção Judiciária de ... – Estado de ... (10 cm) (QUALIFICAÇÃO) (...) nos termos do artigo 5º, inciso LXIX da Constituição Federal e Lei 12.016/09 combinado com o artigo 282 do Código de Processo Civil, impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR (não precisa identificar se é repressivo ou preventivo) contra ato do Delegado da Receita Federal do Brasil, lotado (que pertence, vinculado – art. 6º da Lei de MS) na Delegacia da Receita Federal do Brasil, órgão da União, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. I. Dos Fatos II. Do Direito IV. Da Medida Liminar (Pedidos e requerimentos) (Art. 7, §2º - existe MS sem liminar, aliás, casos que não pode pedir liminar.) Diante de todo o exposto, pede e requer a Impetrante: a)seja concedida medida liminar, ordenando que a autoridade coatora se abstenha de exigir referido tributo, conforme o artigo 151, IV do CTN; b)seja concedida segurança em definitivo por ser inconstitucional tal exigência; PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor c)a notificação da autoridade coatora para que preste informações no prazo de 10 (dez) dias, bem como oitiva do Ministério Público; d) reembolso das custas processuais; e e) a intimação da pessoa jurídica interessada. Dá-se à causa o valor de R$ (...) Nesses termos, pede deferimento. Local e data Advogado OAB nº... Exercício da apostila: 38) A Administração Fazendária de determinado Estado, por entender que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT enquadra‐se como contribuinte do IPVA incidente sobre os novos veículos de sua frota, adquiridos e emplacados em seu território, efetuou lançamento tributário direto relativo ao respectivo imposto de sua competência. Todavia, a aludida empresa, que se encontra no prazo regular para pagamento do IPVA, não quitou o imposto por discordar de sua cobrança, entendendo não ser seu contribuinte, ante a relevância dos serviços de natureza postal para a população. Sabendo‐se que a referida Empresa pretende viabilizar demanda judicial para a defesa dos seus interesses, uma vez que não houve oferecimento de defesa administrativa em tempo hábil, bem como, contados da data da notificação do lançamento tributário até o presente momento, consumaram‐se 90 (noventa) dias. Questão: Redija, na qualidade de advogado contratado pela ECT, a petição pertinente que traga o rito mais célere, com base no direito material e processual tributário, ciente da desnecessidade de outras provas, que não sejam documentais. Pretensão: não pagar o IPVA. Ocorreu o lançamento? Sim. Segundo quadrante: consignação em pagamento, MS e anulatória. Consignação não pode ser, pois não quer paga. Não se passaram os 120 dias da ciência do ato coator (no caso: notificação do lançamento), que é prazo para impetrar o MS repressivo. Ele falou para utilizar o rito processual mais célebre e que não há necessidade de produção de provas. Então, a peça só pode ser MS repressivo. Endereçamento: A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é empresa pública federal -> art. 109, I, CF -> justiça federal. Autoridade coatora: delegado regional tributário. Delegacia regional tributária. Tese: AT. 150, VI, a, CF c/c art. 150, §2º, CF. Deve dizer na peça: O §3° não se aplica ao caso, pois, segundoo entendimento do STF, empresa pública ou sociedade de economia mista PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor que prestarem serviço de natureza pública, também gozaram da imunidade recíproca. Deve dizer na peça: O art. 173, §2º da CF também não tem aplicabilidade. Fumus boni iuris -> imunidade. Periculum in mora-> dano irreparável ou de difícil reparação -> a empresa ficará exposta a ação de execução fiscal ou ter que pagar algo que é flagrantemente inconstitucional e ter que propor ação de indébito. Seja concedida segurança em definitivo por ser inconstitucional tal exigência (espelho da última prova: ...com a consequente anulação do débito fiscal); TRIBUTO E ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS Art. 118, CTN – ex. IR-> não importa de onde vem a renda, se de ato lícito ou ilícito, o que não tem nada haver com o requisito: que não constitua sanção de ato ilícito. Não se pode pagar o tributo por prestação de serviço, p. ex. exceção: art. 156, XI (dação em pagamento de bens imóveis) Atividade administrativa plenamente vinculada: lançamento. Art. 4º IMPOSTOS – ART. 16 CTN PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Características: • Não vinculados – conceito: art. 16. • Não têm destinação específica (*) – art. 167, IV, CF TAXAS – ARTS. 77 A 80,CTN Art. 145, II, CF. • Vinculados. Taxas de Serviço Utilização de forma efetiva ou potencial Serviço Público Específico e Divisível (art. 79, CTN) – consegue mensurar quanto cada um dos contribuintes se utilizam daquele serviço. Prestado ou Colocado à disposição Súmula 19. Taxas de Polícia Exercício regular do poder de polícia – definição: art. 78, CTN. Fiscalização. Precisa ter a efetiva fiscalização para o pagamento da taxa? STJ: basta ter o órgão fiscalizador estruturado em funcionamento, não sendo necessária a efetiva fiscalização. ATENÇÃO! As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos (§2º, art. 145, CF). Súmula vinculante de nº 29. Preço público (trataremos como sinônimo de tarifa) não é tributo. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Sujeito ativo da taxa: art. 7º, CTN. Importante: pedágio!!! Se for pedágio não precisa observas os princípios tributários, com exceção do antigo selo de pedágio, que foi considerado ter natureza de taxa pelo supremo (foi um selo pregado no vidro do carro que provava que você já havia pago o valor referente à taxa de pedágio). Súmula 545 do STF “Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daquele, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” Princípio da anualidade -> tinha que ter autorização orçamentária-> não existe mais!!! Em virtude de o princípio da anualidade não mais ser aplicável à matéria tributária, tem-se prejudicada a parte final do texto da súmula, devendo ser desconsiderada a exigência de prévia autorização orçamentária para a cobrança de taxas. PONTO 1 O estado de Minas Gerais editou a Lei n.º 123, de 4 de junho de 2008, estabelecendo o pagamento de taxa pela prestação do serviço de segurança pública em estádios de futebol (eventos esportivos), tendo a lei entrado em vigor 90 dias após sua publicação. Os dirigentes do Sport Club Bola Azul, clube de futebol sediado no estado de Minas Gerais, consideram ilegal a cobrança dessa taxa, cujo valor corresponde a 30% do valor do bilhete de entrada. QUESTÃO: Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelos dirigentes do Sport Club Bola Azul, proponha a medida judicial que entender cabível, diversa de mandado de segurança, para a defesa dos interesses do clube, com fundamento na matéria de direito aplicável ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes. Não quer pagar a taxa, pois a considera ilegal. Ocorreu o lançamento? Não. Consignação não, pois não quer pagar. MS o examinador não quer. Cabe então ação declaratória. Taxa estadual: justiça estadual. Foro: domicílio do autor. O autor tem sede no estado de Minas Gerais, mas não fala o município, de forma que não há como saber a comarca. Tese: o Art. 145, II, CF; o Art. 77, CTN; o Art. 79, CTN; PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor o Toda BC do tributo está relacionada com o seu FG. Ex. nos impostos: IR – renda auferida – auferir renda. E no caso da segurança pública (apesar de inconstitucional)? Art. 77, parágrafo único: o valor do bilhete é de onde vem o capital da empresa. E a taxa não pode ser calculada em função do capital da empresa e não com a prestação do serviço (FG). A suspensão da exigibilidade não impede o lançamento, mas tao somente a execução. A suspensão pode ser pleiteada em ação declaratória, apesar de ainda não ter ocorrido o lançamento. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA Art. 81 e 82, CTN Dec. Lei 195/67 (recepcionado com força de lei complementar) Art. 145, III, CF FG: A melhoria, que depende da valorização e que esta valorização tenha sido decorrente de obra pública. As obras que podem ensejar a contribuição estão elencadas no decreto nº 195/67. Art. 82, CTN: requisitos; contribuinte pode impugnar. Limites para a cobrança: Limite total: Valor gasto na obra, ou seja, o ente não pode arrecadar valor a maior do gasto. Limite individual: contribuição de cada contribuinte, que está limitado no valor da valorização do imóvel. A melhoria exigida pela CF é, segundo o STF, o acréscimo de valor à propriedade imobiliária dos contribuintes, de forma que a base de cálculo do tributo será exatamente o valor acrescido, ou seja, a diferença entre os valores inicial e final do imóvel beneficiado. A melhoria exigida pela CF é, segundo o STF, o acréscimo de valor à propriedade imobiliária dos contribuintes, de forma que a base de cálculo do tributo será exatamente o valor acrescido, ou seja, a diferença entre os valores inicial e final do imóvel beneficiado. A contribuição de melhoria visa evitar o enriquecimento sem causa, pois não seria justo que toda a população pagar por uma .... QUESTÃO: Município situado na região XYZ do Brasil realizou serviços e obras de rede de água potável e esgoto de certo bairro, durante o primeiro semestre de PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor 2010, o que resultou na valorização de 100 (cem) imóveis da região. O custo total da obra correspondeu a R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais). Com isso, o Município editou Decreto, em 02/09/2010, a fim de disciplinar a instituição e cobrança de contribuição de melhoria incidente sobre os imóveis alcançados pela valorização imobiliária em questão. A municipalidade, para efetuar a respectiva cobrança, considerou somente a diferença entre o valor venal dos referidos imóveis antes da realização das obras e seu valor venal ao término das obras públicas, com base no cadastro do IPTU local. Em 10/10/2010, os contribuintes foram notificados, mediante recebimento de cobrança, para, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, efetuarem o pagamento da referida exação fiscal. Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Discuta a correção da cobrança da exação, como realizada pela municipalidade, justificando com base na legislação e sua interpretação. Ocorreu ao princípio da legalidade tributária. Não obedeceu a anterioridade. Não foi publicado o edital – art. 82, CTN. “considerou somente a diferença entre o valor dos referidos imóveis antes das referidas obras e seu valor ao término das obras públicas”: não foi respeitado o limite individual. b) Analise o cálculo feito pela municipalidade para encontrar o valor devido pelos contribuintes, esclarecendo se é compatível com a legislação em vigor. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO São hipóteses e não FG, que devem ser instituídos por meio de LC e não pela CF PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Deve ser instituído por meio de LC A competência é da União. Atenção! O art. 15, III, do CTN, que prevê a instituição de empréstimos compulsórios numa terceira situação, qual seja a “conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo”, não foi recepcionado pela nova Constituição Federal, de forma que os empréstimos compulsórios só podem ser instituídos nas hipóteses constitucionalmente previstas. -> art. 15, III, do CTN não foi recepcionado pela CF. o CTN é anterior à CF. IMPOSTOS MUNICIPAIS IPTU Aspectos Constitucionais Competência: Municípios e DF (art. 156, I e art. 147, da CF). Progressividade Extrafiscal: art. 182, §4º, II, da CF (para a área incluída no plano diretor; lei federal: estatuto da cidade) (regulada pelo Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001 – art. 7º). O que progride é a alíquota. Extrafiscal: O objetivo dela é fazer com que o sujeito cumpra com a função social do imóvel (prevista no plano diretor). Alíquota progressiva: e o princípio do não confisco? O que regula é o estatuto da cidade LEI 10.257/2001 Do IPTU progressivo no tempo Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5º desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. § 1º. O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art. 5º desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento. § 2º. Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8º. Art. 8º Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública. Art. 182, §4º, II, CF, a lei do estatuto da cidade (o estatuto que explica a progressividade no tempo, então, apesar de a CF falar da desapropriação, ela não fala da progressividade – na prova deve- se olhar o estatuto também, então. § 3º. É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este artigo. (senão não adiantaria nada). Art. 156, §1º, CF. I -> com base no valor venal do imóvel, então a progressividade é fiscal, Capacidade contributiva pessoal. Progressividade Fiscal: art. 156, §1º, I, da CF (autorizada pela EC 29/00) Súmula 668 do STF: “É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana”. (art. 156, §1º, II -> EC 29) Súmula 589 do STF: “É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do Imposto Predial e Territorial Urbano em função do número de imóveis do contribuinte”. Seletividade: art. 156, §1º, II, da CF ( alíquotas diferenciadas de acordo com o uso e localização do imóvel) (autorizada pela EC 29/00) Ex. quando ao uso: pode ser diferente a alíquota do imóvel residencial em relação ao imóvel destinado ao comércio. Ex. quanto à localização: imóvel na periferia e imóvel em bairro de luxo. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor FG -> LC Propriedade, domínio útil e posse são institutos definidos pelo Direito Civil. A lei tributária não pode alterar as definições, os institutos previstos no direito privado, ou seja, art. 110 do CTN. Posse -> deve ser com animus de permanecer na propriedade. o locatário não pode ser considerado como contribuinte do IPTU. No caso do usucapião, p. ex., há o animus de permanecer. Art. 32, §1º -> zona urbana-> compete a lei municipal definir o que é zona urbana. A lei municipal deve observar pelo menos dois dos requisitos do §1º. Art. 32, §2º -> Deve estar previsto em lei municipal Também podem ser consideradas urbanas pela lei municipal quando se trata de: Inserção em loteamento aprovado pelos órgãos competentes e que se destine à moradia, indústria ou comércio, mesmo que sejam áreas não servidas por quaisquer dos melhoramentos do §1º do art. 32. Lição de casa: PONTO 3. AULA 21/09/2012 PONTO 2 A igreja São Francisco, sediada no município de Natal — RN possui um extenso imóvel, dividido em vários prédios. Um desses prédios é destinado aos cultos e os demais estão alugados, sendo o valor dos aluguéis revertido para a manutenção das finalidades essenciais da igreja. Por entender que o aluguel do imóvel a afastava da imunidade constitucional, o administrador da igreja realizou o pagamento do IPTU referente a todos os imóveis alugados. Certo dia, tendo tomado conhecimento de que outro templo não pagava tal imposto, nem mesmo com relação aos imóveis alugados, o administrador, entendendo indevido o pagamento que vinha efetuando, resolveu consultar profissional da advocacia. QUESTÃO: Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado (a) contratado (a) pela referida igreja, proponha a medida judicial que entender cabível para a defesa de seus interesses, abordando os aspectos de direito material e processual pertinentes. Qual é a pretensão do cliente? Devolução do valor pago indevidamente, bem como não pagar mais o IPTU. Súmula 274. Ocorreu o lançamento? O lançamento é de ofício; o contribuinte veio ao escritório sem qualquer débito; Ação: ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária cumulada com o pedido de repetição de indébito. E também deve pedir tutela antecipada para suspender a exigibilidade em razão da declaratória, PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor para o cliente não ser cobrada no começo do ano, pois o processo, provavelmente, não será julgado antes do começo do ano. Fundamentação : 282/4, I/273 CPC c/c 165, CTN Exercício: Determinado contribuinte adquiriu um lote de terreno, em zona de expansão urbana, situado em Condomínio ainda não dotado de qualquer dos melhoramentos elencados no art. 32, parágrafo 1º, do CTN. A esse respeito, responda aos itens a seguir: Justifique, com a indicação dos dispositivos legais pertinentes. a) Sobre o bem imóvel especificado há incidência de imposto? (Valor: 0,50) Sim, pois ele é proprietário. Mas é ITR ou IPTU? Incidência do IPTU, pois, de acordo com o artigo 32, §2º, não tem aplicabilidade a exigência prevista no §1º. b) Havendo incidência, qual Ente o titulariza? (Valor: 0,75) Competência do município e do DF – artigo 156 e 147. IPTU Aspecto espacial ->território urbano do município. Aspecto temporal-> 1º de janeiro de cada ano (todo 1º de janeiro se concretiza do fato gerador do IPTU - fato gerador continuado) a lei utilizada é aquelavigente em 1º de janeiro. A simples atualização do valor monetário da BC, com índices oficiais de correção monetária, não implica em majoração do tributo, podendo ser feita por meio de ato infralegal (decreto) – art. 97, §2º, CTN. Atualizar não é majorar!!! PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Súmula 160 do STJ. “É defeso ao Município atualizar o IPTU, mediante Decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”. Muitas vezes o município se utilizada dessa artimanha, ou seja, majora o ITPU dizendo que é atualização. Para majorar é necessário Lei. Contribuintes Art. 34, CTN Proprietário Titular do domínio útil Possuidor (*) (*) O STJ entende que somente é contribuinte do IPTU “o possuidor por direito real que exerce a posse com animus definitivo” (REsp 325.489). PONTO 3 No ano de 2006, Augusto, residente em Porto Alegre – RS, firmou com a imobiliária Delta, domiciliada em São Paulo – SP, contrato de promessa de compra e venda de imóvel localizado em loteamento situado em Salvador – BA. Conforme o contrato, Augusto deveria pagar o imóvel em 30 parcelas mensais. Após ter pago algumas parcelas, Augusto descobriu que o loteamento estava localizado em terra pública estadual e que, portanto, a empresa estava praticando crime de grilagem. Em vista disso, suspendeu o pagamento das prestações, antes mesmo de receber a posse do imóvel. Por determinação do fisco, a empresa enviou à respectiva secretaria municipal de finanças a listagem dos adquirentes. Em 2008, ao requerer certidão negativa de débito, Augusto foi informado de que devia ao município valor de IPTU e taxa de iluminação pública, relativos ao lote objeto do citado contrato, nos montantes de, respectivamente, R$ 1.000,00 e R$ 200,00. Inconformado, Augusto decidiu procurar escritório de advocacia para a proposição de ação judicial com a finalidade de obter o cancelamento da dívida e a expedição imediata da certidão. QUESTÃO: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado (a) contratado (a) por Augusto, elabore a peça processual que entender cabível para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando, em seu texto, todos os aspectos pertinentes, com base na lei, doutrina e jurisprudência (não pode utilizar mais). Qual a pretensão? Não pagar. Ocorreu o lançamento? Sim. Na época cabia MS, pois se conheceu em 2008. Mas no caso de ser a data de hoje (2012), não cabe mais. Art. 95, CPC -> nas ações fundada em direitos reais sobre imóveis (...) – endereçamento: salvador – BA. Ação anulatória ou anulatória com pedido de declaratória ou declaratória com pedido de anulatória. Tese: PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor o O fato gerador não ocorreu: não houve posse, propriedade nem domínio útil – art. 32 e 34, CTN. o Em relação à taxa: art. 145, II, CF + art. 70, CTN + art. 79, CTN + súmula 670 STF. o Imediata expedição da certidão -> certidão positiva com efeitos de negativa (206, CTN), pois se pede que seja imediatamente e, como há débito, tem que ser positiva com efeito de negativa. Pede-se a tutela antecipada. o Pedido: o Concessão da tutela antecipada para suspender a exigibilidade do crédito tributátio o Procedência do pedido para anular o debito fiscal referente IPTU e a taxa por violarem preceitos constitucionais e legais. o Expedição de oficio ao órgão competente para que expeça a certidão positiva com efeitos de negativa, uma vez que a exigibilidade do credito tributário foi suspenda, nos termos do art. 151, V do Código Tributário Nacional. o Condenação da ré, na pessoa do seu representante judicial o Citação o Provas o Valor da causa ITBI Aspectos Constitucionais Competência: Municípios e DF – art. 156, II e art. 147, da CF. Imunidades: Art. 156, §2º, I, da CF e art. 184, §5º, da CF. A constituição que tem que autorizar a possível alíquota progressiva. Súmula STF 656 – “É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel”. Regra Matriz - ITBI FG -> Art. 35, CTN Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de: o Bens imóveis, por natureza ou acessão física; o Direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia (art. 1225, CC); o Cessão de direitos a sua aquisição. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor No direito brasileiro, a transmissão da propriedade imobiliária ocorre mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. (art. 1245, CC – o Código de Direito Civil que regula a transmissão da propriedade imobiliária). + art. 110, CTN + STJ: “1. O fato gerador do imposto de transmissão de bens imóveis ocorre com a transferência efetiva da propriedade ou do domínio útil, na conformidade da lei civil, com o registro no cartório imobiliário. 2. A cobrança do ITBI sem obediência dessa formalidade ofende o ordenamento jurídico em vigor”. (STJ – RMS 10.650- 2ª T. – rel. Min. Peçanha Martins, j. 16.6.2000, DJU 1-E, 4.9.2000) Aspecto Espacial: é o território do Município da situação do bem (art. 156, §2º, II, da CF). Aspecto Temporal: é o momento da transmissão ou da cessão. BC -> art. 38, CTN -> Valor venal dos bens imóveis transmitidos ou cedidos. Contribuinte -> art. 42, CTN -> Qualquer das partes da operação tributária de transmissão de bem imóvel, tanto o transmitente quanto o adquirente (*). (*) Geralmente é o adquirente do bem ou direito. Entregou competência ao legislador municipal para eleger qual deles é contribuinte. Normalmente é o adquirente. Exercício: A sociedade de advogados “A”, estabelecida na capital do Rio de Janeiro há mais de 20 anos, resolveu adquirir um imóvel para onde pretende transferir suas atividades. A referida sociedade, durante todos os anos de sua existência, auferiu, tão-somente, receita decorrente do exercício da advocacia. Ao pretender realizar a operação de compra e venda do referido imóvel com a lavratura da competente escritura pública, “A” surpreendeu-se com a notícia de que teria de pagar o imposto previsto no artigo 156, inciso II, da Constituição Federal. Não se conformando com tal exigência, os sócios de “A”, por não atuarem na área tributária, resolveram contratar advogado especializado nessa área, para ingressar com medida judicial que vise a inibir essa exigência da municipalidade do Rio de Janeiro. Segundo solicitação dos sócios de “A”, a medida judicial não deve causar qualquer contingência pecuniária futura, no que se refere a honorários da parte contrária. QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição de advogado contratado pelos sócios de “A”, a medida judicial que entender cabível, com fundamentação na matéria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a peça exigir. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Pretensão: não pagar. Houve lançamento? MS (não dever causar qualquer contingência futura no que se refere a honorários da parte contrária). Foro: local do ato ou fato coator, que ocorreu na municipalidade do Rio de Janeiro. Vara da Fazenda Pública (é capital) da comarca do Rio de Janeiro – RJ Contra ou em face de ato de quem? Diretor de Departamento de Rendas Imobiliárias, lotado no departamento de rendas imobiliárias, órgão pertencente ao município do Rio de Janeiro. Tese: 156, §2º, I - a atividade preponderante da empresa é o exercício da advocacia (não é o caso do salvo se...). + artigo 37, §1º, CTN (para demonstrar que não é caso das atividades). Liminar: introdução: 1º parágrafo: art. 7º, III da Lei + presençados dois requisitos nos dois parágrafos seguintes + ele não vai ser executado, mas não vai conseguir transferir o imóvel. Pedido: concessão da liminar, ordenando a autoridade coatora que se abstenha de exigir o ITBI na situação em comento + Concessão da segurança em definitivo. Notificação da autoridade competente. Intimação do MP. Reembolso das custas processuais. Intimação da PJ de direito público interessada. Valor da causa. Encerramento. Exercício: Caio e Tício pretendem celebrar contrato de compra e venda de bem imóvel. Contudo, para consumarem o negócio, constituem previamente a pessoa jurídica Provisória Ltda. formada por eles apenas, tendo por fito única e exclusivamente não fazer incidir o ITBI sobre a operação, com amparo no art.156, §2º, I, da CRFB, que prevê hipótese de imunidade da referida exação sobre o imóvel utilizado na integralização do capital social. Nesse sentido, Caio, originalmente proprietário alienante do bem, integraliza suas quotas na forma do imóvel, e Tício completa o capital social da empresa depositando o montante correspondente ao valor do bem objeto da alienação. Após pouco mais de duas semanas, Caio e Tício dissolvem a sociedade e, como consequência, Caio recebe sua parcela do capital em dinheiro, ao passo que Tício recebe o seu quinhão na forma do imóvel. Analise a conduta adotada pelos particulares e responda se, e como, poderia a Fazenda Municipal satisfazer seu crédito com relação à situação apresentada, uma vez descoberta a real intenção dos dois agentes. Constituem a pessoa jurídica apenas por eles com o fito de não incidir ITBI - > querem sonegar -> ele dissimulam o ato de compra e venda. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor FG -> art. 114 e ss do CTN **116, p. ún. Do CTN -> a situação deixa explícito. Lei nº 6.830/80 -> art. 1º Para falar como a Fazenda Pública deve satisfazer seu crédito, não precisa dizer a respeito da notificação e da CDA, pode ir diretamente para a execução, pois está implícito. Lição de casa: PONTO 3 AULA 25/09/2012 PONTO 6 Equipamentos (partes e peças) que estavam sendo transportados para a empresa Micro Informática Ltda. e que seriam utilizados em sua produção foram apreendidos, sob a alegação da Secretaria de Arrecadação Estadual de que a nota fiscal que os acompanhava não registrava uma diferença de alíquota devida ao Fisco e não teria havido, portanto, o recolhimento do imposto. Na ocasião, houve o auto de infração e foi realizado o respectivo lançamento. A empresa, que tem uma encomenda para entregar, procura você, na condição de advogado, para a defesa de seus interesses. QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa Micro Informática, apresente a peça processual cabível para a defesa dos interesses da empresa, empregando todos os argumentos e fundamentos jurídicos cabíveis. Pretensão: não pagar, pois se a intenção fosse pagar, ele não teria procurado o escritório. Houve lançamento? Sim.” houve o auto de infração e foi realizado o respectivo lançamento”. Liberação de mercadoria: deve ser célebre e não tem datas (não ultrapassou 120 dias, na teoria). Endereçamento: impetrado no local do ato ou do fato coator. Mas no caso não é informado. É estadual: Secretaria de Arrecadação Estadual Unidade coatora: foi aceita aquela por nós estudada, ou seja, o Delegado regional tributário. Mas o examinador colocou como padrão: diretor de secretaria de arrecadação estadual. PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Diferença de alíquota: o examinador sequer identificou o imposto, ou seja, a tese não deve estar na diferença da alíquota. Art. 150, IV -> princípio do não confisco. Súmula 323, STF. Apreender a mercadoria é uma forma indireta de coagir o contribuinte a pagar. Para tanto o Fisco deve executar e não apreende-la. Liminar: fumus: principio ao não confisco. Periculum in mora: a necessidade da liberação da mercadoria sem a necessidade de pagar, pois senão teria que se submeter ao tortuoso caminho de uma repetição de indébito. Outra coisa é que se ele não pagar ele será executado. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) Norma que concede competência: art. 156, III, CF. Lei complementar que define fato gerador, contribuinte e base de cálculo: LC 116/03. Atenção! Decreto-lei 406/68 – Súmula 663 do STF. O Decreto não foi inteiramente revogado-> olhar o último artigo da LC 116/03 (falam-se quais foram os artigos revogados do decreto). Aspecto material: prestar serviços (*) de qualquer natureza, não compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar (116/2003 – os itens são taxativos na vertical, mas na horizontal ela é exemplificativa, pois tem os congêneres/assemelhados). Locação implica em dar e não em obrigação de fazer (art. 110, CTN). Súmula vinculante de nº 31. Alíquota máxima: LC 116/03 – art.8º (5%). Alíquota mínima: art. 88 do ADCT (2%). Isenção heterônoma – art. 156, §3º, III, da CF (cabe à Lei Complementar ...) c/c art. 2º, I, LC 116/03 (isenção e não imunidade - CF). PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor Art. 151, III: quando a LC 116 isenta ela não bate de frente ao art. 151, III, pois o legislador não estava representando os interesses específicos da União, mas é uma LC de norma geral, ou seja, tem caráter nacional. ATENÇÃO! LC 116/03: Art. 1º §1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País, ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. Atitude protecionista-> Não cobra da exportação, mas tão somente da importação. §2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao “ICMS”, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. Ex.: item 14.03 da lista de serviços. -> itens que poderão ter o ISS cobrado. Na prestação de serviço so poderá ser cobrado o ICMS quando a lei autorizar. Senão será cobrado apenas o ICMDS sobre o preço da mercadoria e do serviço. Obs. Serviço de internet -> não está taxado... ATENÇÃO: Art. 2º da LC 116/03. O imposto NÃO incide!! LOCAL DE RECOLHIMENTO DO ISS Art. 3º da LC 116/03. Local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador. Exceções: I ao XXII. -> local da execução do serviço. Art. 4º da LC 116/03. Considera-se estabelecimento prestador (...) departamentos importantes que possibilitam a prestação do serviço. Tal art. Visa também evitar a sonegação. CONTRIBUINTE _Art. 5º da LC 116/03. Prestador de serviço. _Art. 6º da LC 116/03. Responsabilidade tributária. -> tomador do serviço. BASE DE CÁLCULO PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIO Prof.ª Andréa Depintor _Art. 7º da LC 116/03. Preço do serviço. _Art. 9º do Decreto Lei nº 406/68 (não foi revogado). §1º - ex. sociedade de dentista, médicos, advogados -> sociedade uniprofissionais. Maneira pessoal: você mesmo vai e presta. Deve-se pegar o valor fixo e multiplicar pela quantidade de profissionais que prestam o determinado serviço. §3º O Laboratório de Análises Clínicas Almeida Silva Ltda., cuja sociedade é constituída por 3 (três) sócios, um médico, um farmacêutico e uma empresária, explora, no ramo da medicina, serviços de análises clínicas, em caráter empresarial, mantendo, para tanto, várias filiais em funcionamento em diversas municipalidades de determinada região do país. Ocorre que, a partir de março/2011, a referida empresa, na qualidade de contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, deixou de recolher o respectivo
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