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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Jéssica Caroline Dupont, 1227178
PORTFÓLIO
UTA CALCULOS E METODOLOGIAS / 
MÓDULO A – FASE I: CICLO 2
TOLEDO
2018
OBSERVAÇÕES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A lei da inclusão de pessoa com deficiência já está em vigor desde 2015, com o objetivo de promover condições de igualdade entre todos as pessoas, visando assim a inclusão social. Porém em muitos locais a lei ainda não está em vigor, devido à falta de condições, especializações, profissionalismo ou falta de verbas.
O diário de campo foi feito na escola de Vila Nova, em Toledo, que busca verificar como que a Lei do Direito da Educação, está sendo desenvolvida e em que condições ela se encontra. Sob a perspectiva de observar a escola, os alunos, os recursos, os profissionais e que tipos de deficiências existem.
Na Escola Municipal Osvaldo Cruz (EMOC), de Vila Nova, pode-se observar uma estrutura física organizada, com sala de informática, sala de leitura, biblioteca, refeitório, salão, banheiros, e uma sala para cada turma. Os corredores possuem rampas de acesso fácil, colagens das atividades feitas por alunos, sala de psicopedagogia com apoio para alunos com defit de atenção, com problemas de leituras, de escrita, visão, famílias e demais contribuições, e também a escola é bastante colorida, com mata verde e alegria das crianças.
A EMOC atende alunos no período matutino e vespertino, a observação ocorreu no período matutino onde a escola atende um aluno cadeirante, surdo e mudo, que hoje está no 1º ano, atende também dois alunos com autismo, um inserido no 5º ano, e o outro no 2º ano e existindo também vários casos de pequenos graus como defasagem de conteúdo, visão fraca, família desestruturada, e assim por diante. As salas de aulas são compostas por no máximo 30 alunos, variando de no mínimo 19 alunos e no máximo 30 por sala, nelas estão disponíveis livros de leitura e didáticos, quadro de giz, tevê, material para trabalho, como lápis, borracha, cola, tesoura, calendário, alfabeto e outros serviços que possam auxiliar no aprendizado da criança.
As proporções desta instituição de ensino, não são tão abrangentes no quesito material de apoio e profissionais na área, devido ela ser uma instituição pública e de ensino regular. Sua estrutura por exemplo, para alunos cadeirantes é uma boa, com rampas de fácil acesso, com banheiro apropriado, com a cadeira especial para estudo, em alguns lugares piso antiderrapante, porém não existe um professor capacitado para atende-lo, com atividades que lhe proporcionam evoluir, e lhe façam se sentir melhor. Uma professora entrevista cita “ é um aluno fantástico, você conversa com ele, ele presta atenção, reconhece a minha voz, adora ganhar um carinho, porém é um aluno que não irá ter uma evolução sem um profissional adequado e materiais de apoio, devido ao fato de não podermos colocar nada na mão dele, como massinha, papeis, materiais para o uso do tato, pois tudo vai para a boca, materiais que desbotam, que solta pedaços, nada podíamos dar para ele. Ano passado, conseguimos ajuda de pessoas profissionalizantes que vieram até a escola para fazer um trabalho diferenciado com ele, e observamos um avanço bem grande dele, mas como o ensino é público, ganhamos poucas vezes, e eu sem especialização consigo ajudar pouco na aprendizagem dele” A fala de outra professora me chamou bastante atenção também “conseguíamos interagir com ele, apenas com cantigas e gesto de músicas, que por sinal ele adorava; nas apresentações da escola, sempre colocamos ele para ajudar, e ele por sinal adorava a bagunça, porém era o único modo de interação com ele.”
Mantoan (2006) afirma que é necessário recuperar, urgentemente, a confiança dos professores em saberem lidar e desenvolver o processo de ensino aprendizagem com todos os alunos, sem exceções. Para isso, é oportuno possibilitar aos docentes a participação em cursos que discutam estratégias educacionais visando à participação ativa e consciente de todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem. 
Assim também é com os alunos autistas da escola, eles não tem uma auxiliar que possam ajuda-los a realizar as tarefas e acompanham eles todo o tempo, o único apoio deles é a psicopedagoga e uma aula de AEE (atendimento Educacional Especializado) uma única vez na semana, que não vejo avanço nenhum, no sentido de aprendizado, por ser poucas vezes e por eles já serem de grande avanço. A professora do 5º ano do aluno autista diz “Às vezes, eu me sinto um peixinho fora d’água que pra você passar a lidar com um certo grau de dificuldade que o aluno tem, você está com esse tipo de deficiência, não é? A gente se sente despreparada pra agir. Às vezes, a gente fica pensando: será que realmente esse é o caminho? Eu acho que tem que ter as capacitações específicas para todos os professores, não só aqueles que tem alunos com deficiência, mas para todos.”
A escola tem um esforço e uma luta muito grande, para ajudar estes alunos, com atividades diferentes, apoios de professoras, ajuda da sociedade, participação em formações (de baixo rendimento), sempre comprando recursos para ajuda-los, mas como já citado a verba do governo nem sempre permite. A escola também organiza vários eventos para envolver a família destas e das demais crianças, para lhes mostrar o quão gratificante é o olhar de uma criança, o aprender e ser de grande importância.
De acordo com o artigo de Frias Elzabel, que diz que o movimento de inclusão traz como premissa básica, propiciar a Educação para todos, uma vez que, o direito do aluno com necessidades educacionais especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. No entanto, sabemos que a realidade desse processo inclusivo, em especial na EMOC de Vila Nova ainda é bem diferente do que se propõe na legislação e requer ainda muitas discussões relativas ao tema. O que podemos perceber é que numa comparação entre a legislação e a realidade educacional, a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais no ensino regular não se consolidou da forma desejada, a proposta de educação atual vigente ainda não oferece nem garante condições satisfatórias para ser considerada efetivamente inclusiva, sendo assim os alunos acabam por serem levados pra frente por não ter condições de aprendizagem. Ainda, se faz necessária uma maior competência profissional, projetos educacionais mais elaborados, uma maior gama de possibilidades de recursos educacionais e profissionais capacitados nesta área.
	 
Referencias bibliográficas
FRIAS, Elzabel, INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS; 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon, 1997

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