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Oficina de biologia

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Parte II
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oficina
3
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Leitura Fundamental
Oficina 
Biologia
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Aula 7 – Conceitos Ecológicos
“Os grandes problemas da conservação da natureza estão, na realidade, intimamente ligados 
aos da sobrevivência do próprio ser humano na Terra” (Jean Dorst)
Você sabia que a Ecologia é a ciência que procura entender os organismos e suas relações com o meio 
ambiente, as populações, as comunidades, os ecossistemas e a biosfera?
O termo “ecologia”, empregado em 1866 pelo alemão Ernst Haeckel, vem do grego e significa: 
“oikos”, casa ou ambiente, e “logos”, ciência ou estudo.
Conceitos
- População: corresponde ao conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem juntos em 
uma mesma área geográfica no mesmo intervalo de tempo.
Espécie: Conjunto de seres vivos, que possuem características semelhantes, se reproduzem entre si, gerando 
proles férteis.
- Comunidade (ou biocenose): conjunto de todas as populações que vivem em uma mesma área. 
Sobre uma comunidade atuam vários fatores físicos, químicos e geológicos do ambiente. Os fatores 
abióticos são a luz, a umidade, a temperatura, os nutrientes, o solo, a água. Já os seres vivos são os 
fatores bióticos.
- Ecossistema: conjunto formado pela comunidade e pelos fatores abióticos que atuam sobre ela. Além 
dos fatores bióticos e abióticos presentes nos Ecossistema, são estudados também as relações entre 
eles. Os elementos que compõem os ecossistemas estão intimamente relacionados entre si, de modo 
que um interfere nas propriedades do outro e cada um é necessário para a manutenção da vida na 
Terra. Os ecossistemas são, portanto, unidades funcionais básicas em que os componentes bióticos e 
abióticos interagem e estão inseparavelmente relacionados. 
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oficina
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/acordo-petrobras-google-disponibiliza-ecossistema-da-amazonia-na-internet/ 
Floresta Amazônica
Ecossistema = Fatores Bióticos (comunidade) + Fatores Abióticos
- Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas da Terra.
(A figura abaixo foi retirada do livro do AMABIS & MARTHO)
Níveis de Organização em Biologia, em ordem crescente de abrangência. Em Ecologia são estudados os 
níveis: organismo → população → comunidade → ecossistema → biosfera.
- Hábitat: local de um ecossistema em que determinado organismo vive.
- Nicho ecológico: descrição do modo de vida de um organismo no ecossistema.
 
 
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oficina
Os pandas vivem no centro-sul da China, se alimentam 
quase que exclusivamente das folhas de bambu, 
mas também comem alguns insetos e ovos. São 
extremamente dóceis e tímidos, a época da reprodução 
se dá na primavera, quando o macho compete pela 
fêmea fértil.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/
Ecologia2.php
Cadeia e Teia Alimentares
A sequência de seres vivos em que um serve de alimento para o outro recebe o nome de cadeia 
alimentar, porém, em um ecossistema, as relações alimentares não são lineares. Na realidade, existem 
várias cadeias alimentares que se relacionam, formando uma complexa rede de transferência de matéria 
e de energia: as teias (ou redes) alimentares.
Níveis Tróficos
Os seres autótrofos produzem toda a matéria orgânica consumida como alimento pelos seres 
heterótrofos. Por isso os primeiros são chamados produtores e ocupam o primeiro nível trófico em 
uma cadeia alimentar, e os segundos são os consumidores e podem ocupar o segundo nível trófico, o 
terceiro e assim por diante. Os consumidores podem ser primário (herbívoros), secundário, terciário, 
dependendo da posição em que estão na cadeia alimentar.
Ao morrer, tanto os produtores como os consumidores servem de alimento a certos fungos e bactérias. 
Estes decompõem a matéria orgânica dos cadáveres, e por isso são chamados decompositores.
Autótrofos: produzem, a partir de moléculas simples e inorgânicas, moléculas complexas, 
orgânicas (alimento), para isso, alguns autótrofos realizam fotossíntese e outros, 
quimiossíntese. Ex: algas, plantas e certas bactérias.
Heterótrofos: necessitam obter substâncias orgânicas (alimento) a partir de outros seres 
vivos. Ex: animais, fungos, protozoários.
 
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  Cadeia alimentar
(http://sustentabilidadenaterra8.blogspot.com/2008/11/teia-alimentar.html)
Teia alimentar (http://www.tosabendomais.com.br/portal/assuntos-quentes.php?secao=&idAssunto=13&id
Area=3&acao=VerCompleto)
A transferência de energia entre os seres vivos não é reaproveitada, assim, o fluxo de energia é 
unidirecional e parte dos produtores para os consumidores. Os consumidores correspondem 
ao último elo dessa transferência de energia. Enquanto se verifica um fluxo de energia, a matéria 
pode ser reciclada, fala-se então em ciclo biogeoquímico.
Relações Ecológicas
Os seres vivos de uma comunidade mantêm interações tanto entre indivíduos de mesma 
população e que, portanto, pertence à mesma espécie (relações intra-específicas), quanto 
entre indivíduos de espécies diferentes (Interações interespecíficas). Essas relações podem ser 
harmônicas ou positivas em que não há prejuízo para nenhum dos indivíduos envolvidos, ou 
podem ser desarmônicas ou negativas onde, pelo menos um indivíduo envolvido sai prejudicado.
 
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Predatismo (http://acmestudosdavida.blogspot.com/2011/04/isso-e-uma-imagem-de-predatismo-e.html)
Mutualismo ou simbiose (micorrizas)
 http://vaniasasada.wikispaces.com/
Atividades
1- Qual é o objeto de estudo da Ecologia?
2- Conceitue Ecossistema. Dê exemplo de um ecossistema.
3- Explique o que são componentes bióticos e abióticos de um ecossistema.
4- Diferencie hábitat de nicho ecológico.
5- O que são produtores e qual a sua importância para o ecossistema?
Links Interessantes
Sobre Ecologia:
Acesse o site Educar. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/ciencias/ecologia/ecologia.html>. Acesso 
em: 09 de fev. 2012. Confira as definições de ecossistemas assim como os principais exemplos de 
ecossistemas brasileiros e mundiais.
 
 
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Sobre Biodiversidade:
Acesse o site Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.
ib.usp.br/ecosteiros/costao%20web/costao/biodiver/biodiversidade.htm>. Acesso em: 09 de fev. 2012. 
Leia o conceito de biodiversidade e veja as fotos dos principais filos dos reinos animal e vegetal.
Curiosidades
A Carta do Cacique Seattle, em 1855
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, 
enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois 
de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território 
ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo 
do cacique tem uma incrível atualidade. A carta: 
 
 “O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a 
nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e 
benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita 
da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que 
se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de 
Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos 
brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não 
empalidecem. 
Como se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos 
da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre 
as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as 
praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetosa zumbir 
são sagrados nas tradições e na crença do meu povo. 
 Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de 
terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto 
necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para 
trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os 
antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. 
 
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Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o 
homem vermelho um selvagem que nada compreende. 
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o 
desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem 
que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é 
aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à 
noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d’água e o próprio cheiro do vento, 
purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, 
porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o 
homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro. 
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como 
se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi 
milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a 
tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro 
possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a 
nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens 
morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os 
homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra. 
 Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso 
da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos 
adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos 
dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos 
das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos 
bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de 
confiança como o nosso. 
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o 
mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa 
terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho 
como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. 
O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua 
sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois 
de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas 
federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os 
sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à 
caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência. 
 Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças 
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que 
possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem 
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branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se 
consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver 
os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a 
sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu 
povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido 
ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. 
Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E 
com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a 
como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é 
querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
LOPES, S. Bio Volume 3. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
Respostas das Atividades
1- A ecologia estuda os seres vivos (fatores bióticos), o meio ambiente (fatores abióticos) e as interações 
entre eles como: cadeias e teias alimentares, interações intra e interespecíficas e ciclos biogeoquímicos.
2- Ecossistema é o conjunto formado pelos fatores bióticos e abióticos em interação. Uma floresta, com 
seus fatores abióticos e comunidades de seres vivos em interação, é um exemplo de ecossistema.
3- Componentes bióticos são os seres vivos (as comunidades) que compõem o ecossistema, já os 
fatores abióticos não possuem vida, são exemplos de fatores abióticos a luz, a temperatura, o solo, os 
nutrientes, a água.
4- Hábitat é a região mais provável de se encontrar a espécie em questão e nicho ecológico é o conjunto 
de atividades dessa espécie, como por exemplo, como ela se reproduz, como obtém seu alimento, onde 
se esconde, se tem hábito diurno ou noturno.
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5- Os produtores, por serem autótrofos e, a grande maioria, fotossintetizantes, absorvem energia solar e 
a convertem em alimento, portanto, são a porta de entrada da energia no ecossistema e transformam a 
matéria inorgânica em matéria orgânica, ou seja, disponibilizam alimento a todos os outros seres vivos.
Aula 8 – Fluxo de Energia e o Ciclo da Matéria nos Ecossistemas
Todos os seres vivos necessitam de matéria-prima para o seu crescimento, reprodução, desenvolvimento 
e reparação de perdas, além de energia para a realização de seu metabolismo. Essas necessidades 
são supridas pelos alimentos que os seres vivos ingerem (heterótrofos) ou produzem (autótrofos).
Como você aprendeu na aula anterior, os autótrofos, por meio da fotossíntese ou da quimiossíntese, 
sintetizam o próprio alimento e disponibilizam matéria orgânica para os seres heterótrofos, que a 
consomem, assim, a matéria é transferida entre os seres vivos nos ecossistemas. Toda matéria 
incorporada pelos seres vivos é, antes de ser transformada em alimento, retirada do meio ambiente 
e só é devolvida pela ação dos decompositores após a morte dos indivíduos. O processo de 
decomposição é fundamental para a reciclagem da matéria nos ecossistemas.
Para produzirem a matéria orgânica, os autótrofos fotossintetizantes absorvem energia solar (luz), 
essa energia é usada no metabolismo fotossintético, transformada em energia química (moléculas 
orgânicas) e passa a ficar disponível para outros seres vivos nas cadeias alimentares. Nos seres 
vivos, parte dessa energia é gasta para manter o funcionamento do organismo como, por exemplo, 
para respiração, digestão dos alimentos ingeridos, para locomoção, para reprodução. Então, a energiaabsorvida pelos autótrofos e transferida aos heterótrofos diminui de um nível trófico para outro.
A matéria retirada do meio ambiente é devolvida através do processo de decomposição, 
portanto, fala-se em CICLO da MATÉRIA, já que ela pode ser reutilizada.
A energia absorvida pelos produtores e transferida ao longo da cadeia alimentar é gasta em 
cada nível trófico e não pode ser reutilizada, assim, a energia diminui a cada transferência e o 
FLUXO ENERGÉTICO é unidirecional. 
 
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Fluxo de energia
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1261
Pirâmides Ecológicas
As transferências de matéria e de energia nas cadeias alimentares são frequentemente representadas 
de maneira gráfica, mostrando as relações entre os diferentes níveis tróficos em termos de quantidade. 
Essas representações são na forma de pirâmides, ou seja, retângulos sobrepostos.
As pirâmides podem ser de Biomassa ou de Energia.
Pirâmide de Biomassa
Representa a quantidade de matéria orgânica por unidade de área em um determinado momento.
Exemplo: Para calcular a biomassa de gramíneas (produtores) em uma área de 1m2, coletamos toda 
a vegetação dessa área, colocamos o material coletado em uma balança e obtemos a massa úmida. 
Como a água não é usada como fonte de energia, o material coletado é colocado em uma estufa para 
secar, obtendo-se o peso seco. O peso seco por unidade de área representa a biomassa do campo, que 
pode ser expressa em g/m2 ou em kg/m2.
Pirâmide de biomassa
 
 
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Pirâmide de Energia
Representa a quantidade de energia em cada nível trófico. O primeiro nível da pirâmide – base da pirâmide 
– corresponde à quantidade de alimento (energia) produzida pelos autótrofos de um ecossistema. Parte 
dessa produção é consumida pelos próprios autótrofos para sua manutenção e sobrevivência, outra 
parte é liberada na forma de calor. A matéria orgânica que não foi transformada em energia é incorporada 
aos tecidos dos autótrofos, estando disponível para os níveis tróficos seguintes.
Como parte da energia é perdida de um nível trófico para outro, os retângulos da pirâmide diminuem 
de um nível trófico para outro.
Pirâmide de energia
Atividades
1- Explique por que a energia luminosa do sol é importante para todos os organismos que vivem na 
Terra.
2- Por que há um ciclo de matéria nos ecossistemas?
3- Por que se diz que há um fluxo de energia nos ecossistemas?
4- Por que os retângulos das pirâmides de energia sempre diminuem da base em direção ao topo?
Links Interessantes
Acesse o site Colégio Web. Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/biologia/piramides-
ecologicas.html>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Leia o texto que fala sobre os tipos de pirâmides 
ecológicas: pirâmide de Massa e pirâmide de energia. Veja as diferenças entre elas.
 
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Acesse o site: Só Biologia. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/
ecologia7.php>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Nele você pode entender a diferença entre as pirâmides 
de números e de massa através de exemplos
 
Acesse o site Aluno Online. Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/biologia/piramides-
ecologicas.html>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Veja os tipos de pirâmides ecológicas.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Fluxo de energia. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=zuPCWbRU4R
0&feature=results_video&playnext=1&list=PLC31408441F894210>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo 
traz a explicação sobre origem da energia, responsável pela existência da vida.
Curiosidades
Magnificação Trófica
Alguns produtos, por não serem biodegradáveis, permanecem nos ecossistemas e entram nas cadeias 
alimentares, passando dos produtores aos consumidores dos diversos níveis.
Como apenas cerca de 10% da matéria e energia de um determinado nível trófico são efetivamente 
aproveitados pelo nível imediatamente superior, os componentes de um certo nível trófico têm 
que consumir uma biomassa dez vezes maior do que a sua própria. Assim, produtos tóxicos não-
biodegradáveis, como o DDT e o mercúrio, vão passando do ambiente para os produtores e desses 
para os consumidores, sempre numa concentração acumulativa e crescente.
O DDT (dimetil-difenil-tricloroetano) era largamente usado como inseticida no combate aos piolhos, 
moscas, mosquitos e pragas da lavoura no mundo todo. Ele é um produto sintético que atua sobre o 
sistema nervoso dos insetos, lhes causado a morte. Logo aumentou o número de espécies resistentes ao 
DDT. Criou-se então o BHC (benzeno-hexaclorito), mais venenoso e também não-biodegradável. Embora 
proibidos, esses e outros pesticidas e agrotóxicos continuam a ser industrializados e comercializados, 
pondo em risco a saúde do homem, dos outros animais e o próprio ambiente.
O estrôncio-90 (Sr-90), resultado da fissão do urânio em experiências nucleares, atua competitivamente 
com o cálcio. Os átomos de Sr-90 são radioativos e circulam na natureza entre os átomos de cálcio (Ca). 
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São absorvidos pelas plantas, passam para os animais, através das cadeias alimentares, e se instalam 
nos ossos, afetando as estruturas hematopoéticas e se tornando responsáveis por grande incidência de 
leucemias e cânceres ósseos. O homem adquire o Sr-90 principalmente através do leite contaminado 
por esse radioisótopo, proveniente de vacas que ingeriram vegetais que, por sua vez, haviam absorvido 
tal elemento do solo.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
LOPES, S. Bio Volume 3. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
Respostas das Atividades
1- A energia luminosa é transformada em energia química (matéria orgânica, alimento) pelos autótrofos 
fotossintetizantes e fica disponível para todos os outros seres vivos.
2- A matéria orgânica produzida pelos autótrofos (produtores) ou incorporada pelos heterótrofos 
(consumidores) é devolvida ao meio ambiente sob a forma de matéria inorgânica por meio da ação 
dos decompositores. Essa matéria inorgânica presente no solo, no ar ou na água é absorvida pelos 
produtores para que possam utilizá-la como matéria prima para a produção de matéria orgânica, assim, 
a matéria pode ser reciclada, por isso fala-se em ciclo.
3- A quantidade de energia que os produtores absorvem não é a mesma quantidade transferida aos 
consumidores em uma cadeia alimentar, pois parte dessa energia absorvida é perdida para a realização 
de reações químicas metabólicas necessárias à sobrevivência dos seres. Assim, a energia diminui de 
um nível trófico para outro.
4- Porque a energia disponível de um nível trófico para outro diminui ao longo da cadeia alimentar.
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Aula 9 – Ciclos Biogeoquímicos
Você sabe o que é, e como surgem os Ciclos Biogeoquímicos? Nessa aula você aprenderá sobre eles.
Com a morte dos organismos ou a perda de partes do seu corpo, a matéria orgânica é degradada por 
ação dos microorganismos decompositores e os átomos que a constituíam retornam ao ambiente, onde 
poderão ser incorporados por outros seres vivos.
Essa circulação de átomos de diversos elementos químicos, entre as substâncias orgânicas dos seres 
vivos e as substâncias inorgânicas do meio ambiente, recebe a denominação de Ciclo Biogeoquímico.
O processo de reciclagem dos átomos na natureza é realizado, principalmente, por certos fungos e 
bactérias decompositores. Nutrindo-se dos cadáveres, das partes mortas e das fezes dos mais diversos 
seres vivos, os decompositores promovem sua degradação, transformando as moléculas orgânicas de 
cadáveres e resíduos em substâncias mais simples, que retornam ao ambiente e podem ser reutilizadas 
por outros seres, como matéria-prima para a produção de suassubstâncias orgânicas.
Ciclo da Água
O ciclo da água (molécula: H2O) é importante porque essa substância está associada aos processos 
metabólicos de todos os seres vivos.
Os fenômenos que fazem parte do ciclo da água são:
- Evaporação: a evaporação da água dos oceanos, rios, lagos, geleiras e até mesmo da água presente 
no solo leva à formação de vapor d’água na atmosfera.
- Condensação: a água presente nas camadas mais altas da atmosfera, forma nuvens e retorna à 
crosta terrestre sob forma de chuva.
O ciclo das chuvas contribui para tornar o clima da Terra favorável à vida!
- Absorção: as raízes das plantas absorvem a água presente no solo. Essa água é matéria-prima 
utilizada pela planta para a realização da fotossíntese – os átomos de hidrogênio vão compor as 
moléculas de glicose (C6H12O6) e os átomos de oxigênio, as moléculas de gás oxigênio (O2), que é 
ASSISTA A VIDEOAULA 9
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- Transpiração: as plantas e os animais perdem água sob a forma de vapor para a atmosfera.
- Excreção: os animais também perdem água na forma líquida – urina.
- Ingestão: os animais obtêm água bebendo-a ou ingerindo-a por meio dos alimentos.
- Decomposição: os átomos da água ficam incorporados aos tecidos animais e vegetais sob forma de 
moléculas orgânicas e após morrerem, esses átomos são devolvidos ao meio ambiente pela ação dos 
decompositores.
Ciclo da água
(Sônia Lopes)
Ciclo do Carbono
O ciclo do carbono (elemento químico: C) consiste na passagem dos átomos de carbono (C) componentes 
do gás carbônico (CO2) para moléculas que constituem as substâncias orgânicas dos seres vivos 
(proteínas, carboidratos e lipídios) e vice-versa.
No ciclo do carbono ocorrem:
- Fotossíntese: as plantas absorvem gás carbônico atmosférico que é matéria-prima para a síntese de 
moléculas orgânicas.
- Respiração: plantas e animais liberam gás carbônico para a atmosfera através da respiração.
- Ingestão: animais ingerem o elemento químico carbono através da alimentação.
- Defecação: parte das moléculas ingeridas pelos animais não são incorporadas e são eliminadas sob 
a forma de fezes.
- Decomposição: decompositores devolvem o elemento químico carbono para a atmosfera através 
da decomposição de organismos mortos.
 
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O elemento químico carbono também é transferido de um nível trófico para outro na cadeia 
alimentar através da alimentação.
Ciclo do carbono
(Sônia Lopes)
Ciclo do Nitrogênio
O ciclo do nitrogênio (elemento químico: N) consiste na incorporação de átomos de nitrogênio de 
substâncias inorgânicas do ambiente em moléculas orgânicas de seres vivos, e sua posterior devolução 
ao meio. Átomos de nitrogênio fazem parte de diversas substâncias orgânicas, entre elas as proteínas, 
os aminoácidos e os ácidos nucleicos (material genético).
O maior reservatório de nitrogênio do planeta é a atmosfera, onde esse elemento químico ocorre 
na forma de gás nitrogênio (N2). A grande maioria dos seres vivos, inclusive os seres humanos, não 
consegue absorver o gás nitrogênio e incorporá-lo ao seu organismo, somente algumas bactérias 
conseguem e por isso essas bactérias são fundamentais para todos os seres vivos. As bactérias 
capazes de absorver o gás nitrogênio atmosférico são chamadas de fixadoras e pertencem ao gênero 
Rhizobium. Essas bactérias vivem livres no solo ou associadas com as raízes de plantas leguminosas, 
essa associação é chamada de simbiose ou de mutualismo.
Outras bactérias participam do ciclo do nitrogênio: as bactérias nitrificantes, dos gêneros 
Nitrosomonas e Nitrobacter, e as bactérias desnitrificantes.
No ciclo do nitrogênio ocorrem:
- Fixação do nitrogênio: as bactérias fixadoras incorporam o gás nitrogênio presente na atmosfera e 
disponibilizam o elemento químico nitrogênio para as plantas com a qual vivem associadas, ou seja, as 
leguminosas.
 
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Plantas leguminosas (feijão, ervilha, soja, etc.) são ricas em aminoácidos e proteínas porque 
em suas raízes estão as bactérias fixadoras de nitrogênio, elemento químico fundamental para 
a síntese dessas substâncias.
- Nitrificação: processo de formação de nitratos no solo, realizado pelas bactérias nitrificantes, que 
transformam amônia (NH3) em nitrito (NO2) e nitrito em nitrato (NO3).
- Absorção: as plantas, através de suas raízes, absorvem nitrito e nitrato e os incorporam.
- Ingestão: ao longo da cadeia alimentar, o nitrogênio, que constitui moléculas orgânicas, é ingerido, e 
passa de um nível trófico para outro.
- Excreção: eliminação de resíduos que contém o elemento nitrogênio (amônia, uréia e ácido úrico), na 
forma de urina.
- Decomposição: microorganismos decompositores devolvem o elemento químico nitrogênio, na forma 
de amônia, para o solo através da decomposição de organismos mortos.
- Desnitrificação: parte dos compostos nitrogenados presentes no solo sofre desnitrificação, processo 
realizado por bactérias desnitrificantes, que degradam compostos nitrogenados, liberando gás nitrogênio 
(N2), que retorna para a atmosfera.
Ciclo do nitrogênio
(Sônia Lopes)
 
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Atividades
1- Qual é a importância dos ciclos biogeoquímicos para os seres vivos?
2- Qual é a importância dos microorganismos decompositores nos ciclos biogeoquímicos?
3- Por que o ciclo da água é importante para os seres vivos e para o planeta?
4- Como se chama a associação entre as bactérias do gênero Rhizobium e as raízes das plantas 
leguminosas?
5- Por que as plantas leguminosas são ricas em aminoácidos e proteínas?
Links Interessantes
Acesse o site Cola da Web. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/ciclos-
biogeoquimicos>. Acesso e m: 09 de fev. 2012. Veja os principais ciclos biogeoquímicos que ocorrem 
na natureza.
Acesse o artigo Importância da Compreensão dos ciclos biogeoquímicos para o Desenvolvimento 
sustentável, do Instituto de Química, da Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.iqsc.
usp.br/iqsc/servidores/docentes/pessoal/mrezende/arquivos/EDUC-AMB-Ciclos-Biogeoquimicos.pdf>. 
Acesso em: 09 de fev. 2012. Nesse artigo é possível compreender como são os ciclos biogeoquímicos 
e sua importância na ciclagem de nutrientes e na manutenção da vida na terra. 
Acesse o site Curso de extensão em ecologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível 
em: <http://ecologia.icb.ufmg.br/aula_ex.htm>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Confira nesse site as 
diferentes formas do ciclo da água e entenda a importância deste ciclo para os seres vivos.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Ciclo do Carbono. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=1MQ4au-
J3B8>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo traz as mudanças ambientais climáticas, estabelecendo as 
mudanças que o carbono sobre ao longo do tempo. 
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Assista ao vídeo Ciclo do Nitrogênio. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=FgWJZuWRLug&feature=mfu_in_order&list=UL>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo traz 
as mudanças ambientais climáticas, estabelecendo as mudanças que o nitrogênio e a importância da 
reciclagem que ele passa na natureza.
Curiosidades
- Em certas condições ocorridas no passado, restos e cadáveres de grande quantidade de organismos 
de diversos níveis tróficos não sofreram decomposição, em geral por terem sido rapidamente 
sepultados no fundo do mar, sob depósitos de sedimentos que depois se tornaram rochas. Nessas 
condições especiais, as substâncias orgânicas soterradas sofreram lentas transformações, originando 
combustíveis fósseis, como carvão mineral, o gás natural e o petróleo.
- Uma maneira de aumentar a quantidade de compostos nitrogenados disponíveis no solo é por meio 
de cultivo de plantas leguminosas, como feijão e ervilha, por exemplo, que abrigam em suas raízes 
bactérias fixadoras de nitrogênio. As leguminosas podem ser plantadasao lado de plantas não-
leguminosas (plantações consorciadas) ou em períodos alternados como cultivo de outras plantas 
(rotação de cultura). Essa utilização de leguminosas como método de fertilização do solo é conhecida 
como adubação verde.
- Pessoas que se alimentam de vegetais exclusivamente, os chamados vegetarianos, precisam ingerir 
diariamente as leguminosas para suprirem suas necessidades de proteínas e aminoácidos, uma vez 
que essas pessoas não se alimentam de carne.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 4.ed. São Paulo: Moderna, 
2006.
 
LOPES, S. Bio Volume 3. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
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Respostas das Atividades
1- Com a morte dos organismos ou a perda de partes do seu corpo, a matéria orgânica é degradada por 
ação dos microorganismos decompositores e os átomos que a constituíam retornam ao ambiente, onde 
poderão ser incorporados por outros seres vivos.
2- Nutrindo-se dos cadáveres, das partes mortas e das fezes dos mais diversos seres vivos, os 
decompositores promovem sua degradação, transformando as moléculas orgânicas de cadáveres e 
resíduos em substâncias mais simples, que retornam ao ambiente e podem ser reutilizadas por outros 
seres, como matéria-prima para a produção de suas substâncias orgânicas.
3- É importante porque essa substância está associada aos processos metabólicos de todos os seres 
vivos e o ciclo das chuvas regula o clima dos ecossistemas.
4- Essa associação é chamada de simbiose ou de mutualismo.
5- Porque em suas raízes estão as bactérias fixadoras de nitrogênio, elemento químico fundamental 
para a síntese dessas substâncias.
Aula 10 – Poluição do ar
O que é poluente? Quais são suas formas e classificações? Essas perguntas serão respondidas por 
você, após o estudo dessa aula. 
Poluente é qualquer substância presente no ar que, pela sua concentração, possa torná-lo impróprio, 
nocivo ou ofensivo à saúde, causando inconveniente ao bem-estar público, danos aos materiais, 
à fauna e à flora, ou seja, prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades 
normais da comunidade (Conselho Nacional do Meio Ambiente, Resolução n° 03/90).
Os poluentes atmosféricos existem sob a forma de gases e de partículas e podem ser naturais 
e artificiais, provenientes de fontes fixas (indústrias, usinas termoelétricas, incineradores de 
lixo, vulcões) e móveis (veículos automotores, trem, avião, embarcação marítima).
Dentre os poluentes naturais, estão as cinzas e gases de emissões vulcânicas altamente tóxicas 
compostas principalmente de enxofre, partículas do solo ou gotículas de água salgada do mar, 
partículas e gases de incêndios florestais e os grãos de pólen.
Além dos poluente naturais, existem os poluentes artificiais, produzidos pelas atividades humanas e 
“jogados na atmosfera”, são, na sua grande maioria, aqueles produzidos pela queima de combustíveis 
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fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral) ou recicláveis (lenha, álcool etc.).
Composição do ar limpo
Existem muitas maneiras de se classificar os poluentes. Entretanto, antes de se analisar qualquer delas, 
é oportuno conhecer a composição do “ar atmosférico limpo”.
A atmosfera é a camada gasosa da biosfera, indispensável para a vida na Terra. Além de partículas de 
poeira, grãos de pólen, microorganismos e sais marinhos, entre outros, ela é composta por uma mistura 
de gases: 79% de nitrogênio, 20% de oxigênio e 1% de outros gases, entre os quais incluem-se dióxido 
de carbono, vapor d’água e gases raros (argônio, neônio, hélio, criptônio, ozônio, etc.), assim chamados 
porque existem em quantidades muito pequenas.
Devido a sua extensão, cerca de pouco mais de 800 quilômetros de altitude, a atmosfera é dividida 
em camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. Mas é na baixa atmosfera ou 
troposfera, porção onde vivemos, que ocorrem os efeitos nocivos dos produtos das atividades humanas.
Classificação dos poluentes atmosféricos
Os poluentes são divididos em duas categorias: primários e secundários. Os poluentes primários são 
aqueles liberados diretamente das fontes de emissão, como o dióxido de enxofre (SO2), o sulfeto de 
hidrogênio (H2S), os óxidos de nitrogênio (NOx), a amônia (NH3), o monóxido de carbono (CO), o dióxido 
de carbono (CO2) e o metano (CH4). 
Os poluentes secundários são aqueles formados na atmosfera através de reação química entre 
poluentes primários e componentes naturais da atmosfera, se destacando o peróxido de hidrogênio 
(H2O2), o ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido nítrico (HNO3), o trióxido de enxofre (SO3), os nitratos (NO3
ˉ), 
os sulfatos (SO4
2-), o ozônio (O3) e o nitrato de peroxiacetila - PAN - (CH3=OO2NO2).
Somam-se ainda a esses poluentes os álcoóis, aldeídos, hidrocarbonetos (HC), compostos orgânicos 
voláteis (COVs), mercúrio (Hg) e material particulado (MP). O termo material particulado abarca um 
conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se 
mantém suspenso na atmosfera por causa do seu pequeno tamanho. 
Dependendo do tamanho, suas partículas podem ser classificadas como Partículas Totais em 
Suspensão ou Partículas Inaláveis e Fumaça.
Efeitos da poluição atmosférica
Os efeitos da poluição atmosférica são numerosos e diversos, estendendo-se dos toxicológicos aos 
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econômicos. Materiais, animais, vegetais e pessoas podem ser indiscriminadamente molestados pelos 
efeitos de poluentes, quer direta, quer indiretamente.
Nos humanos, os poluentes atmosféricos gasosos ou particulados normalmente entram no organismo 
por via respiratória, afetando os pulmões e o trato respiratório.
Nas plantas, os poluentes são absorvidos pelas folhas através dos estômatos, que permitem as trocas 
gasosas entre a planta e o meio ambiente, alterando-se assim a fotossíntese.
Nos materiais, os poluentes corroem e escurecem metais, partem borrachas, sujam roupas, danificam 
mármores, descolorem vários tipos de materiais, enfraquecem algodão, lã e fibra de seda e destroem 
o nylon.
Os poluentes também causam efeitos no tempo atmosférico, como a redução da visibilidade, a 
descoloração da atmosfera, a dispersão da luz solar quando há grande quantidade de particulados no 
ar, e o aumento da formação de neblina e precipitação.
Também existem substâncias que provocam alterações na atmosfera, produzindo efeitos nocivos 
a grandes distâncias ou até sobre o planeta como um todo. Essas substâncias são denominadas 
de poluentes de efeito global.
Esses efeitos são, principalmente, as chuvas ácidas, a destruição da camada de ozônio e o efeito estufa.
Chuva ácida
 O dióxido de enxofre (SO2) é um gás venenoso, proveniente da queima industrial de combustíveis, 
como o carvão mineral e o óleo diesel, que tem enxofre como impureza.
 O dióxido de enxofre, juntamente com o óxido de nitrogênio, também liberado pela atividade 
industrial, provocam bronquite, asma e enfisema pulmonar. Além disso, reagindo com o vapor d’água 
na atmosfera, esses óxidos podem formar ácidos sulfúrico e nítrico, que se precipitam com a umidade 
e formam as chuvas ácidas.
 As chuvas ácidas, em locais com intensa atividade industrial, tem sido responsáveis por grandes 
danos à vegetação, além de corroerem construções e monumentos. Na Alemanha, por exemplo, uma 
grande parte das florestas naturais já foram destruídas pelas chuvas ácidas.
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Árvores mortas pela chuva ácida (República Tcheca)
(Sônia Lopes)
Estátua mostrando efeitos corrosivos da chuva ácida
(Sônia Lopes)
Destruição da camada de ozônio
Na atmosferaterrestre, entre 12 e 50km de altitude, existe uma camada de gás ozônio (O3). Esse gás 
envolve e protege o planeta da radiação ultravioleta, agindo como um verdadeiro “filtro solar”.
Nas últimas décadas, cientistas notaram o aparecimento de buracos, isto é, regiões sem ozônio na 
atmosfera. Esses buracos na camada de ozônio se localizam nos Pólos Sul e Norte.
Acredita-se que a destruição da camada de ozônio seja consequência da liberação de gases denominados 
clorofluorcarbonos (CFCs) para a atmosfera. Esses gases são empregados na indústria, como, por 
 
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exemplo, o freon, utilizado nos sistemas de refrigeração de geladeiras e aparelhos de ar condicionado, 
na indústria de plásticos injetados, na indústria eletrônica e como propelentes nos tubos aerossóis.
Por serem leves, os CFCs vão para as altas camadas da atmosfera, onde atrapalham a formação do 
gás ozônio.
Nas regiões próximas aos buracos na camada de ozônio, a incidência da radiação ultravioleta é cerca 
de vinte vezes maior do que o normal. Essa incidência de raios solares nocivos podem causar câncer 
de pele, cegueira, aumento da mortalidade das algas marinhas que causam prejuízo para as cadeias 
alimentares marinhas. A morte das algas também podem afetar o clima, uma vez que elas liberam 
uma substância para a atmosfera que auxiliam na formação das nuvens.
Esquema mostrando o buraco na camada de ozônio.
Efeito estufa
Muitos cientistas acreditam que, nos próximos anos, a temperatura média na superfície terrestre poderá 
sofrer elevação devido ao aumento da concentração de certos gases na atmosfera, principalmente o 
gás carbônico (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (NO2). Esse fenômeno foi denominado efeito 
estufa, pois assemelha-se ao que ocorre em uma estufa de plantas.
O efeito estufa acontece porque a maior parte da radiação solar que atinge o solo é reirradiada na forma 
de radiação infravermelha. O vapor d’água, o gás carbônico, o metano e outros gases atmosféricos 
absorvem essa radiação e reirradiam infravermelho em todas as direções, inclusive de volta para a 
superfície terrestre, que se aquece.
A quantidade de gás carbônico, um dos gases estufa, vem aumentando significamente na atmosfera 
desde a Revolução Industrial, quando o homem começou a empregar a queima de combustíveis (carvão 
e petróleo) em larga escala, para produzir energia. Com isso, a concentração de gás carbônico no ar se 
 
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elevou, nesses últimos 100 anos, aproximadamente 38%.
A decomposição da matéria orgânica, o aumento da população humana que gera maior produção de 
lixo e esgotos e o aumento das áreas de terrenos alagados estão contribuindo para o aumento da 
concentração do gás metano, outro gás estufa.
O efeito estufa pode, segundo estudos, provocar o aumento da temperatura média global e, 
consequentemente, a expansão de áreas desérticas, inundação de cidades costeiras e grandes 
alterações climáticas.
Alguns cientistas acreditam que, se os gases que provocam o efeito estufa continuarem a se acumular 
na atmosfera, devemos esperar uma elevação de até 4ºC na temperatura média mundial, nos próximos 
50 anos ou menos.
Um aumento dessa ordem provocaria grandes mudanças no clima da Terra. Nas regiões tropicais 
ocorreriam tempestades torrenciais. Nas regiões temperadas o clima poderia se tornar mais quente e 
seco. As regiões polares poderia ter grande parte do gelo derretida, com elevação do nível dos mares e 
inundação de cidades litorâneas e planícies. Uma inundação da Amazônia, com submersão da floresta, 
levaria à formação de uma imensa área de decomposição, produzindo ainda mais metano, acentuando 
o efeito estufa.
Mas, recentemente, alguns grupos de estudiosos afirmaram que até o momento não há dados de que 
o efeito estufa esteja realmente sendo intensificado.
http://www.rudzerhost.com/ambiente/estufa.h 
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Responsabilidades
A natureza utiliza recursos para proteger-se da poluição atmosférica, mas eles são limitados. Os 
principais processos que atuam na natureza, provocando a neutralização, a diluição ou a eliminação dos 
poluentes atmosféricos são: a dispersão, a precipitação, as transformações químicas e a assimilação 
biológica.
Devido aos limites dos recursos da natureza, cabe a cada um de nós a responsabilidade de ajudá-la 
nesse processo, adotando medidas em nosso cotidiano para evitar ou moderar a poluição de nossa 
própria cidade, de nosso país e, até, do mundo como um todo.
Pode-se iniciar pela escolha do nosso veículo, privilegiando os que utilizam álcool como combustível, 
por ser reciclável e gerar menos poluentes. Além disso, é necessária uma manutenção periódica para 
manter o motor do veículo regulado e, desta forma, emitir menos poluentes.
Igualmente, andar um pouco mais a pé, de bicicleta e priorizar o transporte público, como o metrô, o 
trem ou ônibus, ao invés de tirar o carro da garagem toda vez que temos de nos locomover a pequenas 
distâncias. Agindo assim, além de gastar menos combustível e poluir menos, estaremos contribuindo 
para reduzir os congestionamentos tão frequentes em nossas cidades, cooperando também com a 
nossa própria saúde.
Queimadas e indústrias
Também as pessoas que vivem no campo podem colaborar para a redução da poluição, evitando, por 
exemplo, as queimadas da roça, na época de plantio, ou do canavial, na época da colheita. Essas 
queimadas produzem grandes quantidades de gás carbônico, fuligem e cinzas, além de provocarem a 
perda da fertilidade dos solos, diminuição do teor de matéria orgânica e a falta de nutrientes.
Para concluir, não se deve esquecer das indústrias que possuem uma parte na responsabilidade com 
relação à poluição atmosférica. Algumas medidas promovem a redução da poluição, como a implantação 
e a utilização de tecnologias limpas no sistema produtivo.
Também ajuda muito a racionalização do processo industrial, no sentido de obter maior quantidade de 
produtos utilizando a mesma quantidade de matéria-prima. Vale lembrar que, na maioria das vezes, a 
poluição é resultado de desperdícios, seja de matéria, seja de energia.
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 A destruição das matas por queimadas contribui para a intensificação do efeito estufa e, 
consequentemente, com o aumento da temperatura global.
http://www.vivaterra.org.br/vivaterra_queimadas.htm
Atividades
1- O que é um poluente?
2- Quais os efeitos da poluição nos humanos?
3- Quais os efeitos da poluição nas plantas?
4- Que prejuízos podem ser causados pela destruição da camada de ozônio?
5- Quais são as conseqüências da intensificação do efeito estufa?
Links Interessantes
Acesse o site Poluição Atmosférica, da Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Polui%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Nele veja um panorama 
geral sobre a poluição do ar
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Acesse o site Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/poluicao-atmosferica.
htm>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Confira as principais fontes de emissões de poluentes atmosféricos.
 
Acesse o site: Educar. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/ee/
PoluentesAtmosfericos.htm>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Veja a tabela que mostra os limites aceitáveis 
para alguns poluentes atmosféricos.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Efeito estufa. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=soicSlswjOk&feature=mfu_in_order&list=UL>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele, você entenderá 
que o efeito estufa mantém a temperatura da terra, acima da que seria na ausência da atmosfera. 
Assista ao vídeo Mudanças Ambientais Globais. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=QCwXuEBDcU0&feature=mfu_in_order&list=UL>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo traz 
situações como aumento da poluição, queimadas,desmatamento e a formação de níveis de calor na 
cidade. 
Assista ao vídeo Buraco na Camada de Ozõnio. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Ck_
mRXHdUw4&feature=mfu_in_order&list=UL>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele, você entenderá o conceito 
da camada de ozônio, o que é o buraco na camada de ozônio e Radiação solar UVB e UVA.
Leitura Complementar
Metade das queimadas é convertida em gases de efeito estufa, diz estudo.
Um grupo de pesquisadores de diversas instituições brasileiras realizou, na última semana de setembro, uma 
queimada controlada para análise científica em quatro hectares de floresta na região de Rio Branco (Acre). 
 
O estudo, que faz parte do Projeto Temático “Combustão da biomassa em florestas Tropicais”, 
financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), tem o objetivo 
de avaliar o impacto das queimadas na atmosfera, na regeneração da floresta e no solo da Amazônia. 
 
O projeto é coordenado por João Andrade de Carvalho Junior, professor da Faculdade de Engenharia 
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da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Guaratinguetá (SP). O estudo foi feito em parceria 
com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais (Inpe), a Universidade Federal do Acre (Ufac), a Universidade de Brasília (UnB), a 
Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Washington, entre outras instituições. 
 
De acordo com Carvalho, as queimadas controladas têm sido realizadas pelo projeto no Acre e em 
Mato Grosso. Estudos sobre o tema têm sido financiados pela Fapesp desde 1993 em diversos projetos 
sucessivos. O atual Temático, iniciado em 2009, prevê a realização de três queimadas. A primeira havia sido 
realizada na região de Cruzeiro do Sul (Acre), em setembro de 2010. A terceira deverá ser realizada em 2013. 
 
“Os dados da pesquisa permitirão quantificar os teores de carbono equivalente emitidos durante a 
queima, avaliar como os nutrientes do solo reagem às altas temperaturas, entender a dinâmica de 
regeneração natural da vegetação e medir os níveis de partículas no ar que podem causar danos 
ao sistema respiratório humano, entre vários outros aspectos”, disse Carvalho à Agência Fapesp. 
 
O controle da queimada realizada pelos cientistas é rigoroso, segundo Carvalho. A pesquisa conta com 
a autorização da Justiça Federal e Estadual e dos Ministérios Públicos Federal e Estadual e as ações 
obedecem a exigências legais estabelecidas pelos órgãos de controle ambiental. O corte da vegetação 
foi autorizada pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e pela Secretaria de Meio Ambiente do 
estado.
 
Os resultados do projeto indicam até agora que a eficiência de combustão é de 50% na área onde foi 
realizada a queimada. Isto é, metade do estoque de carbono armazenado em um hectare de floresta 
se transforma, com a queimada, em gases de efeito estufa. Na queimada anterior, realizada também 
quatro hectares, mas em Cruzeiro do Sul, foram emitidas cerca de 305 toneladas de gás carbônico.
 
“Constatamos que aproximadamente metade do material que é queimado se transforma em gases de efeito 
estufa como CO2 e metano. Antes de realizar a queimada, fazemos uma caracterização de toda a biomassa 
do local. O sítio de Cruzeiro do Sul tinha 582 árvores acima de 10 centímetros de diâmetro”, disse Carvalho. 
 
Uma das árvores tinha entre 95 e 100 centímetros e uma delas tinha mais de um metro de 
diâmetro. Só essa árvore maior tinha de 8 a 9% do total da biomassa dos quatro hectares. 
Verificamos que o metano corresponde a cerca de 13% do total das emissões”, disse. 
 
Se o dado obtido em Cruzeiro do Sul pudesse ser extrapolado para toda a floresta amazônica, os 
níveis atuais de desmatamento, da ordem de 7 mil quilômetros quadrados anuais, provocariam 
uma emissão de CO2 equivalente comparável às emissões de cerca de 50 milhões de automóveis. 
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“Felizmente, o desmatamento caiu muito, mas já tivemos anos em que a devastação 
chegou a atingir 27,5 mil quilômetros quadrados. Se os dados fossem extrapolados para 
toda a Amazônia em um ano com desmatamento dessa magnitude, a emissão de CO2 
seria comparável à poluição produzida por quase 200 milhões de automóveis”, afirmou. 
 
O estudo é realizado em diversas fases e inclui uma série de avaliações antes, durante 
e depois da queima. Em Rio Branco, diversos equipamentos instalados em uma 
torre de 15 metros de altura, na área de pesquisa, ajudam na coleta de informações. 
 
Dois meses antes da queima, foi realizado o inventário florestal, para identificação e medicão 
das árvores e a coleta de amostras de solos. A etapa seguinte foi o corte da floresta. 
 
Os resultados das análises serão comparados e servirão para aferir a quantidade de carbono, nutrientes 
e microorganismos permanecem no solo após a queima. Além disso, será avaliado o que ocorre com a 
qualidade do ar.
Fábio de Castro
Da Agência Fapesp
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2006.
 
LOPES, S. Bio Volume 3. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
Respostas das Atividades
1- Poluente é qualquer substância presente no ar que, pela sua concentração, possa torná-lo impróprio, 
nocivo ou ofensivo à saúde, causando inconveniente ao bem-estar público, danos aos materiais, à 
fauna e à flora, ou seja, prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais 
da comunidade.
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2- Nos humanos, os poluentes atmosféricos gasosos ou particulados normalmente entram no organismo 
por via respiratória, afetando os pulmões e o trato respiratório.
3- Nas plantas, os poluentes são absorvidos pelas folhas através dos estômatos, que permitem as 
trocas gasosas entre a planta e o meio ambiente, alterando-se assim a fotossíntese.
4- Nas regiões próximas aos buracos na camada de ozônio, a incidência da radiação ultravioleta é cerca 
de vinte vezes maior do que o normal. Essa incidência de raios solares nocivos podem causar câncer 
de pele, cegueira, aumento da mortalidade das algas marinhas que causam prejuízo para as cadeias 
alimentares marinhas.
5- O efeito estufa pode, segundo estudos, provocar o aumento da temperatura média global e, 
consequentemente, a expansão de áreas desérticas, inundação de cidades costeiras e grandes 
alterações climáticas.
Aula 11 – Poluição da água
Um estudo elaborado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e 
Cultura) classificou 122 países em relação à qualidade de seus mananciais. A Bélgica ficou em último 
lugar, atrás de países pobres como Índia e Ruanda. O ranking ainda destacou a Bélgica com a presença 
escassa de lençóis freáticos, intensa poluição industrial e o precário sistema de tratamento de resíduos 
industriais. 
No topo da lista da qualidade de água estão Finlândia, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Japão. 
A pesquisa também mostrou disparidade relativa à água disponível nos diversos países. No Kuait, por 
exemplo, cada habitante tem à disposição apenas 10 metros cúbicos anuais de água doce. Na Guiana 
Francesa esse número sobe para 812.121 metros cúbicos por pessoa. 
De acordo com o relatório, os rios asiáticos são os mais poluídos do mundo, e metade da população dos 
países pobres está exposta à água contaminada por esgoto ou resíduos industriais.
Você sabia que doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo? 
E que atingem principalmente os países em desenvolvimento? É isso mesmo, milhões de pessoas 
ainda morrem anualmente devido ao consumo de água imprópria e pela falta de saneamento. Criançascom menos de cinco anos são as mais afetadas.
Se os governos dos países carentes de água não adotarem medidas urgentes para estabilizar a 
população e buscar elevar a produtividade hídrica, a escassez de água em pouco tempo se transformará 
em falta de alimentos. 
Os recursos hídricos disponíveis poderiam ser utilizados de forma mais eficaz e consciente. Reduzir a 
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poluição, desenvolver processos de reciclagem da água, evitar o desperdício, preocupar-se mais com 
seus usos múltiplos, quer seja o abastecimento humano, abastecimento industrial, irrigação agrícola, 
geração de energia elétrica, entre outros.
Essas e outras medidas deveriam ser buscadas de forma imediata, tentando-se atingir a sensibilização 
e conscientização para um problema cada vez mais crescente, de maneira que sua possível solução 
envolva esforços de todas as nações, passando inclusive pela educação da atual e das novas gerações.
Substâncias não-biodegradáveis
O aumento da quantidade de substâncias não-biodegradáveis no meio tem trazido sérios problemas 
aos ecossistemas, principalmente os ecossistemas aquáticos. Substâncias não-biodegradáveis não 
sofrem decomposição, como é o caso dos organoclorados (DDT) e dos metais pesados (mercúrio). 
Essas substâncias acumulam-se nos tecidos dos organismos e vão se concentrando ao longo das 
cadeias alimentares, causando grandes problemas aos seres vivos.
O DDT é o mais persistente dos organoclorados. Uma vez lançado no meio ele permanece 
por vários anos, acumulando-se nos organismos e passando de um nível trófico para outro. Usado 
nas lavouras como pesticida, o DDT pode ser incorporado ao solo e, após chuvas ou até mesmo 
pelo processo de irrigação, esse organoclorado é levado até os lagos e rios próximos, onde passa a 
contaminar plantas aquáticas e peixes. Ao alimentar-se desses peixes contaminados, o homem também 
pode ingerir DDT e apresentar problemas de saúde.
Outro poluente encontrado nas águas é o mercúrio, muito utilizado nas indústrias químicas de 
tintas, de fungicidas, de pesticidas e de papel. Quando associado a substâncias orgânicas, o mercúrio 
torna-se altamente tóxico para os seres humanos, que, se ingerido, provoca lesões no sistema nervoso 
e pode levar o indivíduo à morte. Assim como o DDT, o mercúrio acumula-se ao longo das cadeias 
alimentares.
Derramamento de petróleo
Causados principalmente por acidentes envolvendo navios petroleiros, acidentes em plataformas 
de petróleo e pela água usada na lavagem dos reservatórios de petróleo, o lançamento dessa substância 
nos mares forma extensas manchas na superfície das águas e, com isso, bloqueia a passagem de 
luz, afetando a fotossíntese e, por consequência, as cadeias alimentares marinhas, além de também 
impedir as trocas gasosas entre a água e o ar.
Os animais marinhos são afetados diretamente, pois quando o petróleo fica impregnado ao corpo 
desses organismos, provoca morte por intoxicação e quando essa impregnação ocorre nas brânquias, 
provoca a morte por asfixia.
As aves marinhas também sofrem porque o petróleo recobre suas penas e as impedem de voar e de 
regular a temperatura do seu corpo (como vimos na aula 5) e morrem por conta disso, o mesmo ocorre 
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com os mamíferos marinhos.
Os derramamentos de petróleo também podem atingir os manguezais, principais áreas de procriação 
de espécies aquáticas.
Mancha de petróleo no mar.
http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/4358-efeitos-dos-derramamentos-de-petroleo-
no-mar/
Eutrofização ou eutroficação
É o fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio) 
presentes na água provocando um aumento excessivo de algas. Em regiões com grandes quantidades 
de algas, ocorre aumento da população de consumidores primários e eventualmente de outros 
elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode levar a uma diminuição 
do oxigênio presente na água, provocando a morte e consequente decomposição de muitos organismos, 
diminuindo a qualidade da água e a alteração do ecossistema.
As principais fontes de eutrofização são as atividades humanas industriais, domésticas e agrícolas – por 
exemplo, os fertilizantes usados nas plantações podem escoar com as chuvas, infiltrarem-se nas águas 
subterrâneas e serem arrastados até aos lagos, lagoas e rios. 
Ao aumento rápido de algas relacionado com a acumulação de nutrientes dá-se o nome de “florescimento 
das águas” – dando uma coloração esverdeada.
As substâncias orgânicas que contribuem para a eutrofização também são os principais nutrientes 
do fitoplâncton (as “algas” microscópicas que vivem na água), que se pode reproduzir em grandes 
quantidades, tornando a água esverdeada. Quando estas algas - e o zooplâncton que delas se alimenta - 
começam a morrer, a sua decomposição pode tornar a água pobre em oxigênio, provocando a morte 
de peixes e outros animais e a formação de gases tóxicos ou de cheiro desagradável. Além disso, 
 
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algumas espécies de algas produzem toxinas que contaminam as fontes de água potável. 
Em suma, muitos efeitos ecológicos podem surgir da eutroficação, mas os três principais impactos 
ecológicos são: perda de biodiversidade, alterações na composição das espécies (invasão de outras 
espécies) e efeitos tóxicos.
Resultado do processo de eutrofização em um lago.
 http://guiaecologico.wordpress.com/2011/08/15/o-terror-dos-lagos-e-lagoas-a-eutrofizacao-acelerada/
Atividades
1- O que se pode fazer para diminuir a poluição das águas?
2- Por que é de interesse mundial a conservação das águas?
3- Como a espécie humana pode ser prejudicada pelo uso de organoclorados nas lavouras?
4- Explique como o derramamento de petróleo pode prejudicar as cadeias alimentares marinhas.
5- Quais são os principais efeitos ambientais o processo de eutrofização pode causar?
Links Interessantes
Acesse o artigo Poluição em Decorrência do Lançamento em Cursos D’água de Esgotos Sanitários 
sem Prévio Tratamento, do Ministério Público de Goiás. Disponível em: <http://www.mp.go.gov.br/
 
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portalweb/hp/9/docs/rsudoutrina_25.pdf>. Confira a primeira tabela que mostra as principais doenças 
decorrentes de águas poluídas e contaminadas e doenças cujos os vetores dependem da água para 
propagação.
 Acesse o site Educar. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt5.html>. Acesso 
em: 09 de fev. 2012. Nele é possível ver as conseqüências da poluição das águas.
Acesse o site Ecolnews. Disponível em: <http://www.ecolnews.com.br/agua/mata_ciliar15.htm>. Acesso 
em: 09 de fev. 2012. Veja a importância da vegetação no entorno do curso d´água para a melhoria e 
manutenção da qualidade da água.
Leitura Complementar
Apenas 3% das águas são doces
A água potável é um recurso finito, que se espalha em partes desiguais pela superfície terrestre. Se, por 
um lado, seu ciclo natural se responsabiliza pela sua manutenção tornando-a um recurso renovável, por 
outro, suas reservas são limitadas.
A quantidade de água doce produzida pelo seu ciclo natural é hoje basicamente a mesma que em 
1950 e que deverá permanecer inalterada até 2050. Essencial para a vida, a água doce tornou-se um 
problema em todos os continentes, levando a ONU (Organização das Nações Unidas) a criar em 2004 
o Dia Mundial da Água - 22 de março. 
Preocupar-se com a escassez de água em um planeta que tem 75% de sua superfície coberta por água 
parece absurdo. No entanto, a maior parte desse volume encontra-se nos mares e oceanos - água 
salgada, imprópria para o consumo humano e para a produção de alimentos.
Apesar de 75% da superfície do planeta ser recoberta por massas líquidas, a água doce não representa 
mais do que 3% desse total. Apenas um terço da água doce - presente nosrios, lagos, lençóis freáticos 
superficiais e atmosfera - é acessível. O restante está concentrado em geleiras, calotas polares e lençóis 
freáticos profundos, conforme mostra a tabela ao lado:
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Local V o l u m e (km3)
Percentual do 
total (%)
Oceanos 1.370.000 97,61
Calotas polares e 
geleiras 29.000 2,08
Água subterrânea 4.000 0,29
Água doce de 
lagos 125 0,009
Água salgada de 
lagos 104 0,008
Água misturada 
no solo 67 0,005
Rios 1,2 0,00009
Vapor d’água na 
atmosfera 14 0,0009
Fonte: R.G. Wetzel, 1983.
Consumo de água
Embora seja uma substância abundante em nosso planeta, especialistas alertam para um possível 
colapso das reservas de água doce, que vêm se tornando uma raridade em vários países. A quantidade 
de água no mundo permanece constante, ao passo que a procura aumenta a cada dia e, somada a 
essa, procura tem-se atitudes e comportamentos que vão do desperdício à poluição, resultando numa 
relação desigual entre natureza e seres humanos - enquanto as reservas de água estão diminuindo, a 
demanda cresce de forma dramática e em um ritmo insustentável.
Referências Bibliográficas
“A questão da água no Brasil e no mundo” - Nelson Bacic Olic - Revista Pangea Mundo; 
“A possível futura escassez de água doce que existe na Terra” - Rosana Camargo 
Encarte Folha Ciência - Folha de São Paulo 14/08/2002.
Escassez de água
Quais as áreas mais atingidas?
Ronaldo Decicino*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os mananciais do planeta estão secando rapidamente, o que vai se somar ao crescimento populacional, 
à poluição e ao aquecimento global, resultando na diminuição da quantidade de água disponível para 
cada pessoa no mundo. A quantidade per capita no mundo vem caindo desde 1970.
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Segundo alerta relatório das Nações Unidas, a escassez da água vai afetar diretamente a qualidade de 
vida. Atualmente já são 2 bilhões de pessoas enfrentando a falta de água, a previsão é que em 2025 
este número dobre. Em cem anos o consumo de água cresceu 6 vezes, taxa duas vezes maior que o 
crescimento demográfico. O uso intensivo na agricultura foi a principal causa do aumento.
Escassez de água e motivos
 
 
A metade dos 12.500 km3 de água doce disponíveis no planeta já está sendo utilizada e, nos próximos 
20 anos, é esperado que a média mundial de água disponível por habitante diminua um terço, fazendo 
com que duas em cada três pessoas tenham que viver numa situação crítica de escassez de água. 
Infelizmente, quase todos os 3 milhões de habitantes que devem ser adicionados à população mundial 
até 2050 nascerão em países que já sofrem com a escassez de água. Ou seja, não terão acesso a água 
de qualidade. 
As áreas mais atingidas serão a África, a Ásia Central e o Oriente Médio, local onde especialistas 
acreditam que eventuais conflitos, se vierem a ocorrer no neste século, serão causados cada vez mais 
por causa da água e cada vez menos por causa do petróleo.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2006.
 
 
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LOPES, S. Bio Volume 3. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
“A questão da água no Brasil e no mundo” - Nelson Bacic Olic - Revista Pangea Mundo; 
“A possível futura escassez de água doce que existe na Terra” - Rosana Camargo 
Encarte Folha Ciência - Folha de São Paulo 14/08/2002.
Respostas das Atividades
1- Reduzir a poluição, desenvolver processos de reciclagem da água, evitar o desperdício, preocupar-se 
mais com seus usos múltiplos, quer seja o abastecimento humano, abastecimento industrial, irrigação 
agrícola e geração de energia elétrica.
2- Doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e atingem 
principalmente os países em desenvolvimento. Milhões de pessoas ainda morrem anualmente devido 
ao consumo de água imprópria e pela falta de saneamento. Crianças com menos de cinco anos são as 
mais afetadas.
3- Usado nas lavouras como pesticida, o DDT pode ser incorporado ao solo e, após chuvas ou até 
mesmo pelo processo de irrigação, esse organoclorado é levado até os lagos e rios próximos, onde 
passa a contaminar plantas aquáticas e peixes. Ao alimentar-se desses peixes contaminados, o homem 
também pode ingerir DDT e apresentar problemas de saúde.
4- O lançamento dessa substância nos mares forma extensas manchas na superfície das águas e, com 
isso, bloqueia a passagem de luz, afetando a fotossíntese e, por consequência, as cadeias alimentares 
marinhas, além de também impedir as trocas gasosas entre a água e o ar.
5- Perda de biodiversidade, alterações na composição das espécies (invasão de outras espécies) e 
efeitos tóxicos.
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Aula 12 – Poluição do solo
Você sabe qual é a camada mais fina da crosta terrestre? 
O solo é a camada mais fina da crosta terrestre e fica na sua superfície externa. Grande parte dessa 
camada é rica em substâncias nutritivas e é onde se desenvolvem os vegetais. Quando o solo fica 
poluído, os alimentos produzidos ficam ‘envenenados’.
A poluição do solo pode ter várias causas, mas uma das principais é o uso de produtos químicos na 
agricultura. Os agrotóxicos, como são chamados, servem para fertilizar o solo, eliminar ervas daninhas 
e destruir pragas. São úteis para a produção, mas causam estragos ambientais terríveis, alterando o 
equilíbrio do solo e envenenando animais através das cadeias alimentares.
As fábricas também são outra fonte de poluição do solo. Como grandes produtoras de lixos, normalmente 
acumulados em depósitos irregulares, esses lixos, mesmo quando não tóxicos, acabam vazando pelos 
containers corroídos, contaminando a terra.
Outros grandes poluidores são os aterros, onde são jogados os lixos recolhidos nas cidades. A 
decomposição da matéria orgânica existente no lixo gera o chorume, um líquido escuro de mau cheiro 
e um alto potencial poluidor. Apesar da proteção do solo nos aterros, o chorume acaba vazando e 
contaminando o solo.
Outro problema dos aterros é o lixo tóxico. Como não há a mínima preocupação em separar o lixo, 
acabam indo para os aterros produtos perigosos, causando danos irreparáveis ao lençol freático.
Outro tipo de lixo extremamente perigoso é o produzido pelas usinas nucleares. Os lixos radioativos causam 
problemas sérios de saúde. Não há conhecimento científico até hoje sobre como descartá-lo de forma 
segura.
Lixo
A espécie humana é a maior produtora de lixo dentre todas as outras espécies. São mais de 3kg de 
lixo produzido por dia por pessoa. São lixos de todos 
os tipos: vidros, plásticos, metais, papéis, restos de 
comida e outros.
O problema do lixo é muito sério. Algumas soluções 
têm sido propostas, pois esse lixo acumulado causa 
danos aos ecossistemas.
Uma das soluções mais antigas, e que ainda é utilizada, 
são os depósitos de lixo localizados, geralmente, nas 
periferias das cidades, esses depósitos são chamados 
 
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lixões. O lixão não é uma boa solução para o problema do lixo, pois, além do mau cheiro, os lixões são 
responsáveis por intensa proliferação de insetos e ratos, causando graves problemas de saúde pública.
Atualmente existem formas mais adequadas para lidar com o lixo, como os aterros sanitários, a 
compostagem e a incineração.
Aterros sanitários
Os aterros sanitários apresentam em geral a seguinte configuração: setor de preparação, setor de 
execução e setor concluído. Alguns aterros desenvolvem esses setores concomitante em várias áreas, 
outros de menor porte desenvolvem cada setor de cada vez.
Na preparação da área são realizados, basicamente, a impermeabilizaçãoe o nivelamento do terreno, 
as obras de drenagem para captação do chorume (ou percolado) para conduzi-lo ao tratamento, além 
das vias de circulação. As áreas limítrofes do aterro devem apresentar uma cerca viva para evitar ou 
diminuir a proliferação de odores e a poluição visual.
Na execução os resíduos são separados de acordo com suas características e depositados separadamente. 
Antes de ser depositado todo o resíduo é pesado, com a finalidade de acompanhamento da quantidade 
de suporte do aterro. Os resíduos que produzem material percolado são geralmente revestidos por uma 
camada selante
Atingida a capacidade de disposição de resíduos em um setor do aterro, esse é revegetado, com os 
resíduos sendo então depositados em outro setor. Ao longo dos trabalhos de disposição e mesmo 
após a conclusão de um setor do aterro, os gases produzidos pela decomposição do lixo devem ser 
queimados e os percolados devem ser captados. Em complemento, também devem ser realizadas 
obras de drenagem das águas pluviais.
Os setores concluídos devem ser objeto de contínuo e permanente monitoramento para avaliar as 
obras de captação dos percolados e as obras de drenagem das águas superficiais, avaliar o sistema de 
queima dos gases e a eficiência dos trabalhos de revegetação. Nesse sentido, segundo IPT (1995), as 
seguintes técnicas de monitoramento são geralmente utilizadas: piezometria, poços de monitoramento, 
inclinômetro, marcos superficiais e controle da vazão.
A figura a seguir ilustra um esquema de aterro sanitário (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).
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FIGURA ESQUEMÁTICA DE UM ATERRO SANITÁRIO
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/residuos/res13.html
Como funciona o Aterro:
Após a coleta, o lixo é descarregado no Aterro Sanitário.
O lixo é compactado com trator, formando uma célula, que 
será recoberta com argila.
Ao final, o lixo fica protegido do espalhamento pelo vento e 
da ação de moscas, ratos, baratas, etc.
 
 
 
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  http://www.ambsc.com.br/serv_aterro.htm 
 
Compostagem
A compostagem é o processo de transformação de lixo orgânico, como palhada, estrume e degetos 
humanos e animais, em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. Este processo envolve a 
participação de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, 
nutrientes minerais e carbono, esses microorganismos são os decompositores.
Para realizar a compostagem é necessário separar o lixo orgânico do restante, por isso, em algumas 
cidades, é realizada a coleta seletiva do lixo e a participação da população é fundamental. Separar o 
lixo dentro das residências facilita o trabalho e também é um ato de cidadania.
O resultado da compostagem é o composto e contém substâncias orgânicas e inorgânicas que podem ser 
usadas como adubo, assim, muitos nutrientes retornam para o meio ambiente e podem ser absorvidos 
pelas plantas.
A coleta seletiva também contribui para a diminuição da quantidade de lixo que fica no ambiente. Muitos 
materiais que são jogados fora poderiam ser reutilizados ou reciclados como é o caso de plásticos, 
alumínios e até mesmo madeira. 
Incineração
A incineração, queima do lixo, é realizada principalmente no caso de lixo contaminado, como o de 
hospitais. Apesar de ser realizado em incineradores apropriados, esse processo sempre gera um pouco 
de poluição do ar pela emissão de fumaça.
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Atividades
1- Quais são as principais formas de contaminação do solo?
2- Por que os lixões não são considerados uma boa solução para o problema do lixo urbano?
3- Como os aterros podem minimizar a poluição do solo? 
4- Por que o processo de compostagem pode ser considerado ecologicamente correto?
Links Interessantes
Acesse o site Portal São Francisco. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-
ambiente-reciclagem/aterro-sanitario.php>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Confira como é construído um 
aterro sanitário e entenda o seu funcionamento.
Acesse o site Universidade Estadual Paulista. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/
ead/residuos/res13.html>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Entenda a importância do aterro sanitário e o 
seu funcionamento.
Acesse o site Planeta Sustentável. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/
lixo/conteudo_250715.shtml>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Nesse site é possível entender sobre a 
reciclagem de vidro, papel, metal e plástico, além dos tipos de lixos que precisam de reciclagem especial 
como lâmpadas e baterias.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Globo Rural - Produção de composto para cogumelos. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=kfkDt2FoTdE>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo apresenta uma matéria do 
Globo rural sobre técnicas de compostagem parra fungos e cogumelos.
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Leitura Complementar
Como montar a composteira em espaços mínimos (sacadas e áreas de serviço)
 
1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as compras no 
supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois 
de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.
 
2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas. Faça uma camada de 
mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e em floriculturas encontramos um produto 
genericamente chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de 
minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.
 
3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de verduras, não muito.
 
4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de minhocas que existe 
neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo orgânico).
 
5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar sempre úmido, caso 
contrário roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas 
semanas.
 
6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de moscas e baratas além 
de servir de barreira para um eventual rato.
 
7. Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens, hortaliças e temperos. 
Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie de planta.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2006.
 
FIGUEIREDO, P.J.M. A sociedade do lixo – Os resíduos, a questão energética e a crise 
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oficina
ambiental. Piracicaba-SP. Editora UNIMEP. 1995.
LOPES, S. Bio Volume 3. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
Respostas das Atividades
1- O uso de produtos químicos na agricultura. Os agrotóxicos, como são chamados, servem para 
fertilizar o solo, eliminar ervas daninhas e destruir pragas. São úteis para a produção, mas causam 
estragos ambientais terríveis, alterando o equilíbrio do solo e envenenando animais através das cadeias 
alimentares.
2- A decomposição da matéria orgânica existente no lixo gera o chorume, um líquido escuro de mau 
cheiro e um alto potencial poluidor, o chorume acaba vazando e contaminando o solo.
3- Na preparação da área são realizados, basicamente, a impermeabilização e o nivelamento do terreno, 
as obras de drenagem para captação do chorume (ou percolado) para conduzí-lo ao tratamento
4- O resultado da compostagem é o composto e contém substâncias orgânicas e inorgânicas que 
podem ser usadas como adubo, assim, muitos nutrientes retornam para o meio ambiente e podem ser 
absorvidos pelas plantas.
Aula 13 – Doenças

Outros materiais