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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO OSTEOPOROSE E RAQUITISMO FORTALEZA 2018 FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO EQUIPE: Keliane Colares Alves Estefanie Pereira Righi Trabalho destinado á professora Loyse Gurgel pelas alunas do curso de Fisioterapia do 5º Semestre Noite da disciplina Fisiopatologia Clínica na Saúde do Idoso. FORTALEZA 2018 OSTEOPOROSE FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................ 3 2. O que é Osteoporose ? ( Fisiologia )........................................ 4 3. Fatores de risco/Diagnóstico.................................................... 5 4. Tratamento/Objetivos/Fisioterapia.........................................6/7 5. Conclusão................................................................................. 8 FORTALEZA 2018 INTRODUÇÃO Apesar de sua aparência rígida e resistente, o osso é um tecido vivo e que está em constante processo de formação e reabsorção. Este processo é chamado de remodelação óssea. A remodelação óssea é diferente em cada fase da vida. No início da vida, a formação óssea é superior a reabsorção, e há aumento no tamanho e na resistência do osso. O inverso ocorre no envelhecimento, onde conforme passam os anos, a reabsorção óssea supera a formação, e podem surgir diversos problemas ósseos. O mais comum é a osteoporose. Nesse trabalho apontamos algumas noções importantes referentes à doença. Iniciamos com a definição de Osteoporose, sua fisiologia, seus fatores de risco, diagnóstico, tratamento e o papel da fisioterapia relacionada a Osteoporose junto com as recomendações preventivas. 3 O QUE É OSTEOPOROSE? É a perda acelerada de massa óssea, que provoca a redução da absorção de minerais e cálcio. Essa doença acomete, normalmente, todos os ossos e estima-se que, aproximadamente, uma em cada três mulheres possa apresentar uma fratura óssea durante a vida. Todos os tecidos do corpo devem se manter saudáveis para um bom funcionamento e com os ossos não é diferente. A manutenção da saúde óssea ocorre por meio da remodelação do osso velho em osso novo. Logo, se o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente para a remodelagem ou ainda quando muito do material dos ossos antigos acaba sendo reabsorvido pelo corpo, os ossos não se renovam como deveriam, tornam-se fracos e finos, aumentando a fragilidade e, consequentemente, o risco de fraturas. FISIOLOGIA DA OSTEOPOROSE A osteoporose pode ocorrer em razão de dois fatores, mas para entendê- los é preciso saber que em nosso corpo sempre há a renovação das células dos tecidos; e com o tecido ósseo não é diferente. Em nossos ossos sempre há a substituição das células velhas por células novas, e nesse processo o organismo pode precisar de substâncias (como o cálcio) para fazer essa substituição. Assim, durante esse processo, as células chamadas de osteoclastos escavam os ossos, retirando as células antigas e promovendo a reabsorção óssea; sendo que células chamadas de osteoblastos preenchem a área absorvida com um novo osso. Geralmente, até os 30 anos de idade, essa reposição de células acontece normalmente, mas a partir dessa idade, a pessoa começa a perder massa óssea lentamente. Na osteoporose senil, os osteoclastos formam as cavidades para a substituição das células ósseas, mas os osteoblastos não conseguem preencher aquela cavidade da maneira correta, o que deixa o osso fragilizado e propício a fraturas. Já a osteoporose provocada pela diminuição ou ausência dos hormônios femininos (estrógenos) ocorre na menopausa em virtude da ausência desses hormônios. Nesse caso, os osteoclastos aumentam sua atividade, produzindo cavidades cada vez mais profundas. Os osteoblastos, por sua vez, também aumentam sua atividade tentando preencher a cavidade, mas isso não é possível, em razão da grande reabsorção que os osteoclastos promovem, provocando, assim, uma diminuição significativa da massa óssea. 4 FATORES DE RISCO DA OSTEOPOROSE – Sedentarismo; – Baixo peso corporal; – Histórico familiar de osteoporose; – Tabagismo e alcoolismo; – Alguns tipos de medicamentos como hormônio tireoidiano; – Ingestão deficiente de cálcio e vitamina D; – Doenças de base como: diabetes, doenças reumáticas, doenças renais, doenças inflamatórias intestinais, etc. – Baixa exposição solar. DIAGNÓSTICO O diagnóstico correto desta doença passa por uma boa anamnese e um bom exame clínico onde, dados como uma história familiar, perda de altura, abaixa ingestão de cálcio na infância, falta de esporte na juventude, sedentarismo, menopausa precoce, usa de determinadas medicações, e a existência de doenças associadas já permitem ao clínico um primeiro diagnóstico. Somente após esta abordagem é que, a pesquisa através da propedêutica armada deva ser utilizada. DENSITOMETRIA ÓSSEA, ULTRA SONOMETRIA ÓSSEA, RX, HISTOMORFOMETRIA e PROVAS LABORATORIAIS, permitirão uma quantificação da massa óssea e possíveis causas da sua diminuição. São objetivos da medição de massa óssea quantificar a sua perda, predizer o risco de fratura, decidir sobre o tratamento mais conveniente e monitorar através de analises seriadas, os benefícios do tratamento. . 5 TRATAMENTO O tratamento da osteoporose é feito a partir da ingestão de cálcio, estrógeno, agentes antirreabsortivos, calcitonina, bisfosfonatos, vitamina D3 e estimulantes da formação óssea, como fluoreto de sódio, paratormônio e atividades físicas. Toda a medicação prescrita pelo médico atuará na diminuição da reabsorção dos ossos, aumentando a sua formação. Algumas mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida podem ajudar a prevenir o aparecimento da osteoporose. Dentre elas podemos citar o aumento na ingestão de cálcio, a prática de atividades físicas, a redução no consumo de álcool e cigarro, etc. O tratamento da Osteoporose é multifuncional e depende basicamente da existência ou não de uma fratura. Os objetivos básicos para seu tratamento são mais orientados a reabilitação do que a cura. Estes objetivos são: Evitar fraturas, Incrementar a atividade física, incrementar a massa óssea, restabelecer a massa muscular entre outros. O TRABALHO DA FISIOTERAPIA A fim de melhorar a qualidade de vida do paciente com osteoporose, a Fisioterapia oferece um trabalho de fortalecimento de músculos, ossos e articulações; ajuda na melhora do equilíbrio do paciente (indispensável para prevenção de quedas) e ajuda na prevenção das possíveis deformidades e fraturas ósseas, além de outras complicações. – Como é realizado Durante as sessões de fisioterapia (que, dependendo do caso, podem ser realizadas na clínica especializada ou em domicílio), o profissional irá trabalhar de maneira personalizada, ou seja, adaptar cada exercício às necessidades individuais de cada pacientee aos sintomas que ele apresentar. Exercícios de alongamento, de fortalecimento muscular, além de outros como Pilates, caminhada ou hidroginástica devem ser realizados sempre com a supervisão do fisioterapeuta e, uma vez realizado com a devida cautela, podem contribuir, significativamente, para retardar a perda da massa óssea que ocorre com a inatividade e melhorar a força e o equilíbrio do paciente com osteoporose. 6 CONCLUSÃO Analisamos com este trabalho, que a Osteoporose é uma doença degenerativa dos ossos que diminui bastante a qualidade de vida do doente. A população-alvo desta doença é da maioria idosa e feminina, sendo as principais “vítimas” as mulheres na menopausa. A Osteoporose é uma doença que não tem cura mas pode ser facilmente prevenida e controlada, através de exercícios físicos adequados, uma alimentação rica em cálcio e vitamina D e medicamentos próprios. Este trabalho ajudou-nos também a perceber que a prática de exercício físico contribui, não só para a prevenção da doença, mas também no seu controle, sendo os exercícios com carga os ideais para estimular a remodelação óssea. 7 RAQUITISMO FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................ 9 2. O que é Raquitismo? (Fatores de risco).................................10 3. Tipos de Raquitismo (Sintomas)........................................11/12 4.Tratamento.............................................................................13 5. Conclusão................................................................................14 FORTALEZA 2018 INTRODUÇÃO É comum associarmos o termo raquítico com uma pessoa pequena e de aparência fragilizada. Mas você sabe exatamente de onde vem essa expressão? O nome raquitismo vem de uma antiga palavra inglesa chamada “wrickken”, que literalmente significa torcer ou dobrar – esse termo faz referência a aparência curvada, uma das principais características de crianças que têm raquitismo. Nesse trabalho apontamos algumas noções importantes referentes à doença. 9 O QUE É RAQUITISMO? É uma enfermidade que surge após um processo de mutação experimentado pelos ossos infantis, ainda em desenvolvimento, decorrente da ação incorreta de substâncias minerais no campo ósseo. Esta modificação deixa os ossos das crianças mais frouxos e, portanto, frágeis, o que pode causar lesões e deformações. FATORES DE RISCO Cor da pele: a pele escura produz menos vitamina D já que não reage tão facilmente à luz do sol quanto a pele mais clara – requerem 5 a 10 vezes o comprimento da exposição solar para atingir os mesmos níveis daquelas com pigmentação mais leve; Dieta: a falta de ingestão de alimentos como peixes, ovos e leite – todos fontes de vitamina D – favorece a doença; Idade: crianças com idade entre 6 e 36 meses passam por um rápido crescimento e necessitam de maior quantidade de cálcio e fosfato para fortalecer os ossos; Amamentação exclusiva: o leite materno não contém quantidade suficiente de vitamina D para evitar o raquitismo; Localização geográfica: morar em regiões onde há menor incidência solar pode diminuir os níveis de vitamina D no organismo; Genes: casos de raquitismo hipofosfatêmico na família favorecem o surgimento desse tipo da doença; Nascimento prematuro: nascer antes do momento esperado aumenta as chances do bebê desenvolver o raquitismo; 10 TIPOS DE RAQUITISMO O raquitismo pode ser dividido em dois tipos: hipocalcêmico ou hipofosfatêmico. Apesar de apresentarem causas diferentes, em ambos os casos há hipofosfatemia – redução de fosfato no sangue. Hipocalcêmico O raquitismo hipocalcêmico é caracterizado pela deficiência de vitamina D ou resistência à sua ação. Pode ser subdividido em: Raquitismo nutricional Nessas situações, a falta do hormônio costuma ser provocado pela exposição solar inadequada ou ingestão insuficiente de vitamina D, cálcio ou fósforo. Raquitismo dependente de vitamina D tipo I Também chamado de raquitismo pseudo-deficiente em vitamina D, é um distúrbio autossômico recessivo que se manifesta com a síndrome de deficiência de vitamina D logo no primeiro ano de vida. Raquitismo dependente de vitamina D tipo II Considerado uma doença rara autossômica recessiva, geralmente é provocado por mutações no gene receptor de vitamina D, o VDR. Nesses casos, a alopecia (queda de cabelo) costuma ser um dos primeiros sintomas. Hipofosfatêmico Costuma ser causado por perda renal de fosfato e está diretamente relacionada ao fator genético. Pode ser subdividido em: Raquitismo hipofosfatêmico familiar Também chamado de raquitismo ligado ao cromossomo X, é o tipo mais comum de raquitismo hipofosfatêmico, na qual a absorção de fósforo é prejudicada e os níveis de calcitriol (forma ativa da vitamina D) são anormais. 11 Raquitismo hipofosfatêmico hereditário com hipercalciúria Distúrbio autossômico com perda renal de fosfato e concentrações elevadas de calcitriol (forma ativa da vitamina D). Nesse subtipo da doença, existem defeitos nos canais de reabsorção de fósforo, além da presença de hipercalciúria – excesso de eliminação de cálcio na urina. Raquitismo e Osteomalácia Assim como o raquitismo, a osteomalácia também é um tipo de doença caracterizada pelo defeito da mineralização óssea, provocando ossos frágeis e quebradiços. Apesar das condições geralmente estarem associadas, enquanto a osteomalácia atinge os adultos, o raquitismo se manifesta na infância, mais especificamente durante a fase de crescimento. Quando se fala em sintomas, a osteomalácia não costuma apresentar sinais claros. O adulto pode sentir dores ósseas difusas na região lombar, pelve e extremidades inferiores, além de fraqueza muscular. Já as deformidades esqueléticas, comuns no raquitismo, são raras e ocorrem somente em quadros de longa duração. SINTOMAS DO RAQUITISMO Atraso no desenvolvimento e crescimento da criança; Ossos fracos com maiores chances de fratura; Problemas nos dentes; Dores músculo-esqueléticas; Cansaço fácil; Crescimento atrofiado e baixa estatura; Irritabilidade; Hiperatividade; Fraqueza muscular; 12 TRATAMENTO O diagnóstico de raquitismo pode ser feito por um clínico geral, ortopedista, pediatra ou endocrinologista pediátrico. O tratamento pode envolver a adição de vitamina D ou cálcio na dieta, medicamentos ou, eventualmente, cirurgia. Medicamentos: Vitamina Ajuda a promover as funções, o crescimento e o desenvolvimento normais do corpo. Suplemento alimentar Atua isoladamente ou juntamente a outros tratamentos para melhorar a saúde. Cirurgia: Uma intervenção cirúrgica só será necessária em casos de deformidades esqueléticas mais severas, provocadas pelo crescimento danificado do osso e/ou fraturas. Antes disso, porém, é necessário corrigir os desequilíbrios metabólicos e nutricionais, a fim de que haja uma cicatrização adequada. Nesses casos, as cirurgias indicadas incluem a osteotomia e epifisiodese.13 CONCLUSÃO Analisamos com este trabalho, que o Raquitismo é uma doença decorrente da mineralização inadequada do osso em crescimento, ou seja, da placa epifisária. Está entre as doenças mais frequentes da infância em muitos países em desenvolvimento. A causa predominante é a deficiência de vitamina D, seja por exposição insuficiente à luz solar ou baixa ingestão através da dieta; mas a deficiência de cálcio na dieta também pode gerar um quadro de raquitismo. Concluímos que se refere a uma doença com várias causas mas que a mesma tem tratamento e cura e que não costuma trazer grandes complicações. 14
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