Buscar

Da prescrição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESQUEMA DA AULA DE DIREITO PENAL�
DA PRESCRIÇÃO
I – CONSIDERAÇÕES GERAIS:
 Prática de ilícito e ius puniendi estatal
Com a prática de uma infração penal, surge para o Estado o poder – dever de punir o agente infrator. Surge para o Estado a punibilidade, que nada mais é do que a possibilidade jurídica do Estado impor a sanção ao autor do delito.
Entretanto o legislador, visando limitar o poder punitivo do Estado, bem como por questões de segurança jurídica estipulou situações que o ius puniendi estatal se extingue, impossibilitando, pois, a imposição de pena.
O CP enumera, no art. 107, várias hipóteses que impossibilitam o aparato estatal de impor pena ao agente que praticou o delito, sendo a principal delas a prescrição. Passemos a estudá-la.
II – CONCEITO:
È uma causa extintiva da punibilidade que ocorre em razão do decurso do tempo.
Noutros termos é dizer, a prescrição é a PERDA DO DIREITO DE PUNIR OU DE EXECUTAR A PENA, PELO DECURSO DO TEMPO, EM RAZÃO DO SEU NÃO EXERCÍCIO, DENTRO DO PRAZO FIXADO NA LEI.
Todo delito tem um prazo para que o Estado possa exercer seu direito de punir. Dito prazo é chamado de prazo prescricional. Referidos prazos estão elencados no art. 109 CP, podendo variar entre 02 a 20 anos. Então 03 anos é o prazo mínimo e 20 o prazo máximo.
OBS: COM A LEI 12 234/2010 O PRAZO MÍNIMO PASSOU PARA 03 ANOS.
Fundamentos políticos da prescrição, vale dizer, o que levou o legislador a criar a figura da prescrição, eis: 
o decurso do tempo leva ao esquecimento do fato
 o decurso do tempo à recuperação do criminoso
 o decurso do tempo enfraquece o suporte probatório
 o Estado deve arcar com sua inércia.
OBS INICIAL: EXISTE DELITO QUE NÃO SE SUJEITA À PRESCRIÇÃO? VALE DIZER, IMPRESCRITÍVEL???
Todavia, contrariando a orientação do moderno Direito Penal liberal, que prega a prescritibilidade de todos os ilícitos penais, a CF 88 (art. 5º, XLII e XLIV) declara que são imprescritíveis a “pratica do racismo” e a “ação de grupos armados, civis e militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático de Direito.”
III – ESPÉCIES:
Sabemos que a prática de um delito faz surgir para o Estado a pretensão punitiva. De outro lado, o indivíduo mantém o direito de liberdade. Assim, instaura-se um conflito entre o interesse do Estado de punir e o direito de liberdade do indivíduo (ius puniendi x status libertatis) durante todo o curso do processo, até a decisão final.
Após a decisão condenatória o direito de punir do Estado transmuda-se em direito de executar a pena imposta na sentença. Com efeito, a pretensão punitiva transmuda-se para pretensão executória, vale dizer, de executar a pena imposta.
Da distinção entre pretensão punitiva e pretensão executória, decorre a classificação da prescrição em: prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão executória.
III.1 – PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA:
A prescrição da pretensão punitiva só poderá ocorrer antes de transitar em julgado a condenação, vale dizer, ainda em curso o processo criminal. Tem como conseqüência A ELIMINAÇÃO DE TODOS OS EFEITOS DO CRIME: COMO SE ELE NUNCA TIVESSE ACONTECIDO.
O lapso temporal deste tipo de prescrição começa a correr a partir da data que o crime se consumou, podendo, contudo interromper ou suspender. 
Referida modalidade tem outras espécies: prescrição da pretensão punitiva abstrata, prescrição da pretensão punitiva retroativa e prescrição da pretensão punitiva intercorrente.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ABSTRATA
Denomina-se prescrição abstrata porque ainda não existe pena concretizada na sentença para ser adotada como parâmetro aferidor do lapso prescricional.
Como encontrar esse prazo prescricional? 
Devemos, já que não existe pena aplicada ao fato ilícito, considerar a pior das hipóteses entre a pena mínima e máxima, elegendo a pior das penas para verificar o prazo prescricional. Assim, devemos optar pela pena máxima e procurar o prazo prescricional correspondente no art. 109 do CP.
Se iniciado o cômputo do prazo prescricional e decorrido o tempo descrito no art. 109 do CP, estará prescrito o crime. 
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA RETROATIVA
A prescrição da pretensão punitiva retroativa é produto da construção dos tribunais, notadamente o STF, por meio de sua súmula 146, que tem o seguinte verbete:”a prescrição da ação penal (Tb chamada de prescrição da pretensão punitiva) regula-se pela pena concretizada, quando não há recurso da acusação”.
Esse entendimento leva em consideração para analisar o lapso temporal da prescrição a pena aplicada na sentença, contrariamente à prescrição abstrata (estudada antes) que leva em consideração (como referência) o máximo da pena cominada ao delito.
Referida modalidade tem por fundamento a pena justa, dado que não se prende, não leva como referência a pena máxima, e sim a pena proporcional e concreta para o infrator.
Dita prescrição tem como requisitos:
Inocorrência da prescrição abstrata
Sentença penal condenatória aplicando a pena
Trânsito em julgado para a acusação (aqui é importante destacar que o trânsito em julgado para a acusação, vale dizer, sua impossibilidade de apresentar recurso impede que a pena aplicada na sentença sofra algum aumento.) ou improvimento do seu recurso.
Para encontrar a prescrição retroativa devemos ter como referência a pena aplicada in concreto na sentença e levar para a tabela do art. 109 do CP. Se da data da consumação do crime até o recebimento da denuncia ou do recebimento da denúncia até a sentença transcorreu o referido tempo, o crime está prescrito.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA INTERCORRENTE
A prescrição intercorrente, igualmente à retroativa, leva em consideração a pena aplicada na sentença condenatória.
Elas se assemelham em tudo, com a diferença de que a retroativa volta para o passado, isto é, para os períodos anteriores à sentença, e a intercorrente dirige-se para o futuro, ou seja, para períodos posteriores à sentença condenatória recorrível.
Começa a correr da sentença condenatória, até o trânsito em julgado da condenação.
 Para encontrar a prescrição intercorrente devemos ter como referência a pena aplicada in concreto na sentença e levar para a tabela do art. 109 do CP. Se da data da sentença até o trânsito em julgado transcorreu o referido tempo, o crime está prescrito.
PRESCRIÇÃO. PENDÊNCIA. RESP. INTERESSE. 
O tribunal a quo, na ocasião do julgamento da apelação, declarou extinta a punibilidade do primeiro recorrente, pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva estatal. No Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento do Recurso Especial, o segundo recorrente também veio a ser beneficiado com o instituto da prescrição. Questionou-se, então, se a Turma julgadora, diante do reconhecimento da extinção da punibilidade dos recorrentes, poderia conhecer do apelo especial, no qual se alega, entre outros temas, a atipicidade das condutas, e prosseguir no julgamento com o exame da matéria de fundo. Nesse contexto, após a convocação sucessiva de dois Ministros da Quinta Turma para a composição do quórum, a Sexta Turma, por maioria, entendeu que, consumado o lapso prescricional na pendência do julgamento do especial, há que se declarar, preliminarmente, a extinção da punibilidade, ficando prejudicada, em consequência, a análise da matéria objeto de irresignação. Segundo o Relator, mostra-se patente a falta de interesse dos recorrentes em obter a absolvição em razão da atipicidade da conduta, diante dos amplos efeitos produzidos pelo reconhecimento daquele instituto, tal como apregoado pela doutrina e jurisprudência desta Corte. Já os votos vencidos entendiam que, nesses casos em que se busca a absolvição, o reconhecimento da prescrição poderia produzir alguns reflexos na esfera extrapenal (tal como no caso, de funcionários públicos sujeitos à decretação da perda do cargo pela Administração), devendo-se, assim, assegurar-lhes odireito de ver o mérito analisado. Precedentes citados do STF: HC 96.631-RS, DJe 20/11/2009; do STJ: AgRg no Ag 811.515-CE, DJe 23/3/2009; RHC 17.276-SP, DJ 18/2/2008; REsp 661.338-RS, DJ 14/11/2005, e REsp 691.696-PE, DJ 27/3/2006. REsp 908.863-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 8/2/2011.
III.2 – PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA:
A prescrição da pretensão executória é uma das modalidades de prescrição, ao lado da prescrição da pretensão punitiva.
Referida modalidade tem lugar só depois de ocorrer o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, regulando-se pela pena aplicada na sentença, sem deixar de verificar o prazo (que será tomado como base a sentença) no art. 109 do CP.
Sua razão de ser diz respeito ao não exercício da pretensão executória do Estado no prazo em que a lei estipula. Noutros termos é dizer, o decurso do tempo sem o exercício da pretensão executória faz com que o Estado perca o direito de executar a sanção imposta na condenação.
Diferente da prescrição da pretensão punitiva, ela só tem aplicação, só se materializa após a sentença condenatória transitada em julgado.
Os efeitos dessa prescrição se limita à extinção da pena, permanecendo inalterados todos os demais efeitos da condenação, penais e extrapenais (ex: reincidência)
Quais os seus pressupostos:
Não ocorrência da prescrição da pretensão punitiva
Sentença irrecorrível
Não – satisfação da pretensão executória
OBS: Em caso de fuga ou revogação de livramento condicional tomar-se-á por base o restante a pena a cumprir.
IV- PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA:
Pela dicção do art. 114 do CP, a prescrição da pena de multa se dará:
Em dois anos, quando a pena de multa for a única cominada ou aplicada
No mesmo prazo estabelecido para a prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou aplicada.
OBS: As causas de interrupção e suspensão estarão reguladas no CTN e na Lei de Execuções Fiscais.
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
V- TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO:
Qual a data em que devemos começar a contar o prazo da prescrição? Depende de qual prescrição. Se for a da pretensão punitiva é uma. Se, de outro lado, for a da pretensão executória será outra. Vejamos cada uma:
Termo inicial da prescrição da pretensão punitiva
Em regra será o dia em que ocorreu a consumação do crime.
 
 No caso da tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa.
 Nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência.
	
 No crime de bigamia e falsificação de assentamento de registro civil do dia em que o crime ficou conhecido.
	Por fim, a mais recente novidade em termos de prescrição foi a modificação operada pela Lei 12.650/2012, a qual inovou em termo da contagem do prazo prescricional para os crimes contra dignidade sexual de crianças e adolescente, eis: “nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.”
	
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.      (Redação dada pela Lei nº 12.650, de 2012)
Termo inicial da prescrição da pretensão executória
Do dia em que transitar em julgado a sentença para a acusação
Do dia em que se interrompe a execução da pena (ex: pela fuga do penitente)
Do dia em que transitar em julgado a decisão que revoga o sursis ou livramento (veja que nesses é comparado a fuga do acusado, que deixou de cumprir as condição e, em tese, deveria ser preso)
VI - CAUSAS MODIFICATIVAS DA PRESCRIÇÃO:
Iniciado o computo do prazo prescricional, vale dizer, em curso a prescrição, pode ocorrer alguma causa que ocasione a retomado do prazo inicial (sua recontagem) ou sua suspensão. 
Noutros termos é dizer, encontrado-se em curso o prazo prescricional, este poderá ser obstaculizado pela superveniência de determinadas causas, que podem ser suspensivas ou interruptivas. Vejamos as diferenças:
Na causa suspensiva o prazo prescricional volta a correr pelo tempo que falta. O prazo decorrido não é desprezado, permanece válido.
Já na causa interruptiva, o curso do prazo da prescrição interrompe-se, desaparecendo o lapso temporal já decorrido, recomeçando sua contagem desde o início. O prazo volta a correr por inteiro.
Além disso, o prazo poderá ser reduzido pela metade nos caso do art. 115 do CP.
Redução dos prazos de prescrição
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, A PRESCRIÇÃO NÃO CORRE: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Causas interruptivas da prescrição
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - pela sentença condenatória recorrível; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; (Redação dada pela Lei nº 11.596, de 2007).
        
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
VI - pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
VII – DA PRESCRIÇÃO ANTECIPADA VIRTUAL:È aquela que tem por base uma pena hipotética, levando em consideração as condições favoráveis do acusado, sendo que comparando com os prazos do art. 109 do CP, o crime seria alcançado pela prescrição retroativa.
Assim, inobstante a falta de previsão legal, faltaria interesse de agir por parte do órgão de acusação.
Alguns doutrinadores admitem (Fernando Capez e o Professor) outros não (Bitencourt e STF).
Questão n.1) 
Caio Mário foi denunciado pela prática do ilícito previsto no art. 126, do Código Penal, tendo sido a denuncia contra ele formulada recebida em 10 de outubro de 1987. Sobreveio sentença condenatória em 05 de fevereiro de 1989, imposta a pena de dois anos de reclusão. Caio Mário, inconformado interpôs recurso de apelação, e apreciando o recurso, o Tribunal de Justiça entendeu de reduzir a sanção imposta em primeiro grau, fixando a pena em um ano e dois meses de reclusão. O acórdão respectivo foi publicado pela imprensa oficial em 09 de fevereiro de 1991. Ante o exposto, a partir dos estudos realizados sobre o instituto da prescrição e suas espécies, é correto afirmar que houve prescrição intercorrente? Responda de forma objetiva e fundamentada de modo a diferenciá-las.(75º Exame OAB/MS. 2ª Fase – MODIFICADO).
Questão n.2) Assinale a opção incorreta: (Exame OAB/CESPE –UnB. 2007.1)
 
a) Serão contados em dobro os prazos de prescrição se o agente for reincidente
b) No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade pela prescrição incidirá sobre a pena de cada delito, isoladamente.
c) A pena de multa prescreverá em dois anos se for a única cominada.
d) Serão reduzidos de metade os prazos de prescrição se o agente era, ao tempo do crime, menor de 21 anos de idade.
Questão n.3)
A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendo por base ocorrência do fato na data de hoje, assinale a alternativa correta. (OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado 2010.2)
a) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos, independentemente do prazo estabelecido para a prescrição da pena de liberdade aplicada cumulativamente.
c) Se o réu citado por edital permanece revel e não constitui advogado, fica suspenso o processo, mantendo-se em curso o prazo prescricional, que passa a ser computado pelo dobro da pena máxima cominada ao crime.
d) São causas interruptivas do curso da prescrição previstas no Código Penal, dentre outras, o recebimento da denúncia ou da queixa, a pronúncia, a publicação da sentença condenatória ou absolutória recorrível.
 
Questão n. 4). (TJRS / Juiz de Direito Substituto. 2009) Assinale a alternativa que completa de forma INCORRETA a frase abaixo:
      “ O prazo de prescrição da pretensão punitiva dos crimes hediondos contra a vida se interrompe...”
a)    Pelo recebimento da queixa, quando possível, ou da denúncia.
b)    Pela pronúncia.
c)    Pelo inicio ou pela continuação do cumprimento da pena privativa de liberdade.
d)    Pela publicação da sentença ou do acórdão condenatório recoríveis.
e)    Pelo acórdão confirmatório da pronúncia.
 
 
A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos. 
   Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos.
Questão 1. no caso em exame, não há que se falar na incidência de qualquer das espécies de prescrição. 
Questão n.2)Letra A.
Questão n.3) Letra A.
Questão n. 4). Letra C.
� Alan Roque Souza de Araújo - Atualmente é defensor público - Defensoria Publica Geral do Estado da Bahia. Especialista em Docência do Ensino Superior pela Cairu (em andamento). Especialista Latu Senso pela Escola de Magistrados da Bahia- EMAB. Especialista em Direito Publico pela Instituto de Educação Superior UNYAHNA (em andamento). Foi presidente do Patronato de Presos e Egressos da Bahia. Exerceu a advocacia pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Estado da Bahia (2006). Graduado em Bacharelado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (2005). Lecionou no Fortium – Centro preparatório para concurso público.
� PAGE \* MERGEFORMAT �11�

Outros materiais