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Caso Concreto 5 - REDAÇÃO INSTRUMENTAL

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Plano de Aula: Produção do relatório 
REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Título 
 Produção do relatório 
 Número de Aulas por Semana 
 Número de Semana de Aula 
 5 
 Tema 
 Produção de narrativa jurídica simples: relatório. 
Produzir narrativas simples condizentes com todas as orientações dadas. 
Conhecer as especificidades da narrativa simples. 
Selecionar, relatar e descrever os fatos importantes do caso concreto para produção de narrativa 
simples e do relatório informativo. 
Identificar os fatos que constarão da narrativa jurídica. 
Compreender a necessidade de organização cronológica dos fatos na narrativa jurídica. 
 Objetivos 
 Estrutura do Conteúdo 
 1. Produção de Relatório Jurídico 
 
 1.1. Seleção de fatos 
 
 1.2. Presença dos elementos da narrativa forense (o quê, quem, onde, quando, como, por quê, por isso...) 
 
 1.3. Organização Cronológica 
 
 1.4. Correta identificação do fato gerador 
 
 1.5. Uso adequado do tempo verbal 
 
 1.6. Adequação à norma culta 
 
 1.7. Uso de polifonias 
 
 1.8. Foco narrativo na terceira pessoa 
 
 1.9. Ausência de modalizadores 
 Aplicação Prática Teórica 
 
 
 
Caso concreto 
 
Uma briga de casal na madrugada de 27 de outubro de 2013, no Condomínio Portal Sul, na Rua 
Pio Corrêa, no Humaitá, resultou na morte do porteiro Antonio Maximiniano Sales, de 38 anos. Ele foi 
assassinado com três tiros no peito após se negar a abrir o portão para um homem identificado apenas 
como Jaime, namorado da comerciante Margareth Garcia, de 46 anos, moradora do condomínio. De 
acordo com testemunhas, Jaime e Margareth discutiram por volta de 1h. O rapaz foi embora e, ao 
retornar às 2h, foi barrado na entrada principal. 
Irritado, Jaime xingou Maximiniano que, segundo amigos, tinha ordem de Margareth para não 
permitir mais a entrada do rapaz. Jaime foi embora e 20 minutos depois voltou ao condomínio. 
Um porteiro que trabalha num edifício ao lado do Portal Sul e testemunhou o crime disse que o 
rapaz aproveitou a chegada de um outro morador do prédio para entrar e seguir até a cabine da portaria 
principal. 
Ele estava completamente bêbado, chegou até mesmo a cair e machucar a testa na calçada. Em 
seguida, ele entrou e aí só escutei os estampidos dos tiros ? disse a testemunha. 
Ainda segundo a testemunha, após os disparos, Jaime foi embora imediatamente. O vidro da 
portaria apresentava marcas de sangue. 
 
QUESTÃO 2: Objetivas. 
 
 
1 - Conforme sustentam Néli Fetzner, Nelson Tavares e Alda Valverde (2013, p. 158): 
 
?Define-se o relatório como um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situação de conflito 
devam ser cronologicamente organizados, sem interpretá -los (ausência de valoração); os fatos da lide ou 
da demanda processual devam ser apenas informados?. 
 
Identifique o trecho que corresponde à definição transcrita: 
 
(A) Segundo a autora, iniciaram o relacionamento em 1975. Compraram um terreno, onde começaram a 
construir a casa. Acrescentou que contribuiu com o seu dinheiro e o dos pais para que o réu erguesse o 
imóvel. Esclareceu que ficaram noivos após quatro anos de namoro e deram entrada nos papéis para o 
A narrativa jurídica simples narra e descreve os fatos, as circunstâncias em que eles ocorreram, 
acompanhados das provas colhidas (polifonia), de maneira objetiva, com imparcialidade, em ordem
cronológica ou linear. Cumpre destacar, ainda, que as circunstâncias são de grande relevânci a porque
delas advém a tipificação da conduta, ou até a descaracterização dela, entre outros aspectos jurídicos. 
Deve apresentar as seguintes características: verbos no passado, terceira pessoa do singular, 
imparcialidade, cronologia dos fatos, polifonia e m paráfrase (discurso indireto) e os elementos da
narrativa que lhes são próprios: Quem?, O quê?, Onde?, Quando?, Como? Por quê?. 
Não se deve confundir relatar com resumir; tendo, pois, que relatar e descrever a cada parágrafo
apenas um fato, as provas referentes a ele, e as circunstâncias em que o fato ocorreu. Esse
procedimento deve ser o mesmo para todos os demais parágrafos que compõem o corpo textual do
Relatório Informativo. Ou seja, a cada parágrafo relata -se e descreve-se apenas um fato, as provas 
colhidas, e as circunstâncias em que esse fato aconteceu (Fato, Provas e Circunstâncias); lembrando -se
sempre de que a estrutura formal de qualquer texto jurídico é sempre técnica; não trazendo qualquer
semelhança com o texto ficcional ou literário. 
O Relatório Informativo também pode ser iniciado pela forma verbal ?Trata -se de...?, pois o
índice de indeterminação do sujeito-enunciador provoca distanciamento em relação ao seu enunciado ou
relato. Frisa-se, porém, que não há obrigatoriedade quanto ao uso d essa forma verbal; registra-se aqui
apenas uma marca que é recorrente na escrita jurídica. 
Ao introduzir a polifonia, faça uso dos conectores conformativos, mas com moderação e 
razoabilidade. 
Em resumo, o relatório é um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situação de 
conflito devem ser cronologicamente organizados, sem interpretá -los (ausência de valoração); apenas 
informá-los na lide ou demanda processual. Segundo De Plácido (2006, p.1192), relatório "designa a 
exposição ou a narração acerca de um fato ou de vários fatos, com a discriminação de todos os seus 
aspectos ou elementos relevantes". 
QUESTÃO 1: Leia atentamente o caso concreto e produza um relatório. Observe todas as orientações 
acumuladas ao longo do semestre. 
 
 
 
Trata-se de um caso de homicídio ocorrido no dia 29 de outubro de 2013, em uma 
briga de casal no condomínio Porto Sul, situado no Humaitá na rua Pio Corrêa. O 
crime resultou na morte do porteiro Antônio Maximiniano Salles, de 38 anos. 
A motivação do crime foi uma discussão entre o Jaime e a sua namorada Margareth 
Garcia, de 46 anos, fez com que o porteiro impedisse a entrada de Jaime no 
condomínio, e seu retorno após a briga. 
Após a recusa de entrar no edifício, Jaime retorna após 20 minutos e consegue 
adentrar junto com um morador que chegava no local. Segundo uma testemunha, um 
porteiro que trabalha no prédio ao lado, viu Jaime embriagado, chegou a cair e 
machucar a testa na calçada, logo após foi possível escutar o barulho de tiros e 
marcas de disparos no vidro da portaria. 
Este é o relatório. 
 
Questões Objetivas 
 
1) A 
2) D 
casamento religioso. 
O relacionamento da autora com o réu iniciou -se em 1975. Acreditando na boa-fé do réu, a autora 
investiu seus parcos recursos na compra de um terreno, onde começaram a construir uma casa. Ali 
ergueram um imóvel. Depois, ficaram noivos e, após quatro anos de namoro, finalmente, deram entrada 
nos papéis de casamento. 
 
O réu, demonstrando a sua boa-fé, deu entrada nos papéis de casamento. Entretanto, preocupado 
com a segurança financeira do casal, comprou um terreno e ali ergueu a casa que seria o lar de ambos. 
 
O réu agiu de má-fé, uma vez que induziu a autora a acreditar que pretendia se casar com ela. A 
compra do terreno e a posterior construção de uma casa geraram a falsa crença de que a amava. 
 
O réu deve indenizar a autora, porque lhe causou profunda dor e constrangimento. Afinal, ela se 
entregou por quinze anos a uma relação que julgava verdadeira. Além disso, distribuiu os convites de 
casamento a parentes e amigos, na certeza de que iria formalizar uma relação que considerava estável. 
Entretanto, dois dias antes do casamento, este foi rompido, sem justificativa. 
 
2. Todos os itens abaixo fazem parte da composição do relatório jurídico, EXCETO: 
 
(A) Sequência linear de fatos. 
(B) Seleção de fatos relevantes para a compreensão da lide. 
(C) A voz de uma ou mais testemunhasque possam contribuir para o conhecimen to da lide. 
(D) O uso da narrativa na primeira pessoa quando o próprio advogado for o autor da ação. 
(E) Uso dos pronomes ?como? e ?por que?.

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