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EA D Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola 7 1. OBJETIVOS • Entender o jogo como meio educativo que contemple os objetivos da escola. • Utilizar o jogo como coadjuvante no trabalho com os Te- mas Transversais. 2. CONTEÚDOS • Jogo e Temas Transversais: significados. • Jogo e Orientação Sexual. • Jogo e Ética. • Jogo e Pluralidade Cultural. • Jogo e Trabalho e Consumo. • Jogo e Meio Ambiente. • Jogo e Saúde. © Jogos e Brincadeiras I188 3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Após entrar em contato com o amplo conhecimento a respeito dos jogos e brincadeiras, você estudou formas diferentes de aplicar esse conhecimento às diferentes faixas etárias escolares. Para que este conhecimento se torne permanente, você deverá refletir sobre os exem- plos concretos, dados nesta unidade, que podem ser aplicados ao ensino dos Temas Transversais. 2) No decorrer de nosso estudo, você entrará em contato com uma literatura que é atual na escola, para todas as disciplinas, incluindo a Educação Física. Aprenderá que existem vários Temas Transversais propostos pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Educação. Pense que você poderá, também, propor outros temas, a serem discutidos e ensinados na escola. 3) Leia atentamente esta unidade, já elaborando outros temas que atendam às necessidades atuais de nossa so- ciedade. 4. INTRODUÇÃO À UNIDADE Você certamente ouviu e ouvirá falar muito a respeito dos Temas Transversais. Originalmente, os Temas Transversais foram introduzidos no Ensino Fundamental brasileiro pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1996), documento que pro- curou orientar o trabalho dos professores, levando em considera- ção a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, promulgada em 1996. Os Temas Transversais caracterizam-se como temas a serem vistos por todas as escolas do país, em todas as disciplinas, envol- vendo não apenas os atores da escola (alunos, professores e de- mais funcionários), mas também pais, governos e a sociedade em 189 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola geral. Dessa forma, você deve compreender que os Temas Trans- versais abrangem a Educação Física e todos os seus conteúdos, in- cluindo o jogo, objeto de estudo deste caderno. Observe o texto a seguir sobre esse assunto: Ao se admitir que a realidade social, por ser constituída de diferen- tes classes e grupos sociais, é contraditória, plural, polissêmica, e que isso implica na presença de diferentes pontos de vista e proje- tos políticos, será então possível compreender que seus valores e seus limites são também contraditórios. Por outro lado, a visão de que a constituição da sociedade é um processo histórico perma- nente permite compreender que esses limites são potencialmente transformáveis pela ação social. E aqui é possível pensar sobre a ação política dos educadores. A escola não muda a sociedade, mas pode, partilhando esse projeto com segmentos sociais que assu- mem os princípios democráticos, articulando-se a eles, constituir- -se não apenas como espaço de reprodução, mas também como espaço de transformação (BRASIL, 1998, p. 23). Esperamos que, ao final desta unidade, você esteja apto a utilizar jogos que envolvam os Temas Transversais, copiando, mo- dificando ou criando jogos que abranjam os Temas Transversais. Boa leitura e bom trabalho! 5. JOGO E TEMAS TRANSVERSAIS: SIGNIFICADOS Os Temas Transversais foram elaborados com a intenção de transformar nossa sociedade com base na Educação, permitindo aos jovens que cresçam com o ideal da solidariedade e da cidada- nia e que, também, respeitem as diversidades regionais, culturais e políticas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais têm como objetivos, os quais você, futuro professor, deve saber já: Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino fundamental que, ao final da escolarização, os alunos sejam capazes de: • compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e so- ciais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, coo- © Jogos e Brincadeiras I190 peração e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; • posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; • conhecer características fundamentais do Brasil nas dimen- sões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país; • conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação ba- seada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; • perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; • desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o senti- mento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cog- nitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; • conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotan- do hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da quali- dade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva; • utilizar as diferentes linguagens – verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expres- sar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produ- ções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; • saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tec- nológicos para adquirir e construir conhecimentos; • questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a cria- tividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionan- do procedimentos e verificando sua adequação (BRASIL, 1997, n. p.). Com esses objetivos, foram então definidos os principais te- mas, também denominados Temas Sociais Emergentes, que são: 191 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola ética, meio ambiente, pluralidade cultural, saúde, trabalho e con- sumo e orientação sexual. A partir deles, autores da Educação Fí- sica passaram a estudar e a projetar conteúdos que pudessem dar conta dessa complexidade. Trabalhar com os conteúdos da cultura corporal de movi- mento, com base nos Temas Transversais, não é uma tarefa fácil, porém Darido et al. (2006) criaram ou adaptaram estratégias partindo da mídia impressa. Essas estratégias foram concebidas sob a óptica das dimensões conceituais, procedimentais e atitu- dinais. Darido e Rangel (2010) elaboraram propostas abrangendo os Temas Transversais sob a óptica das dimensões dos conteúdos. Nesta unidade, você terá a oportunidade de estudar esses temas e verificar sua aproximação com o conteúdo jogo. Os demais conteúdos da cultura corporal de movimento, provavelmente, lhe fornecerão outros exemplos de aplicações. Você deve perceberque, nesta unidade, os jogos serão vis- tos como um meio para se atingir o objetivo de trabalhar os Temas Transversais. Note também que nesta unidade não trataremos de faixa etária, portanto, quando você trabalhar na escola, procurará analisar seus alunos e optar por algumas dessas sugestões. 6. JOGO E ORIENTAÇÃO SEXUAL Segundo Darido et al. (2006, p. 67): Esse tema engloba os conceitos de sexualidade ligados natural- mente à vida e à saúde, às questões de gênero, dando ênfase ao papel social de homens e mulheres e aos estereótipos da relação entre ambos, além das discussões relacionadas às doenças sexual- mente transmissíveis e à gravidez na adolescência. Pelo fato de a Educação Física estar diretamente relacionada ao corpo, principalmente, a sexualidade deve ser levada em conta. Entretanto, muito ainda teremos que estudar, principalmente em relação aos preconceitos, para que possamos ter uma atuação re- almente educadora. © Jogos e Brincadeiras I192 Não é difícil perceber os trabalhos que podem ser feitos em relação ao tema: trabalhar as questões de gênero, a discriminação dos homossexuais e mulheres no esporte, os homens na dança, o uso do doping para que algumas mulheres se tornem mais fortes, as mulheres na luta e no futebol, entre outros. Esses temas podem ser provocados ou o professor pode aproveitar conversas, apelidos pejorativos ou trejeitos discriminatórios que possam surgir em aula. Em relação aos jogos, vamos sugerir alternativas para que as meninas tenham a mesma oportunidade que os meninos, pois, como se sabe, elas são alvo de gozações ou até mesmo exclusões por parte dos meninos quando o assunto é jogar com os pés. Jogo com times mistos Delimitar uma área e um objeto a ser atingido (trave, cone, garrafa plástica): • Durante 5 minutos, apenas os meninos podem chutar tentando acertar o alvo. • Nos próximos 5 minutos, apenas as meninas podem chu- tar. • Se um chute certeiro for dado por uma menina, o próxi- mo só poderá ser dado por um menino. Times de meninos e meninas 1) Em um mesmo campo, dois times de meninos jogam en- tre si (A x B), o que também acontece com um time de meninas (C x D). 2) Quando um time faz um gol, mudam-se os times que se enfrentam (A x C) e (B x D). 3) Todas as vezes que um alvo é acertado, trocam-se os ti- mes que se enfrentam. 4) Tanto na primeira quanto na segunda forma de se jogar, são dadas oportunidades iguais para as crianças, até que 193 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola estas consigam jogar sem uma estratégia diferenciada. Esse será o objetivo do professor: dar oportunidades iguais para pessoas diferentes! 7. JOGO E ÉTICA A Ética diz respeito às questões da moral que envolvem os valores humanos, bem como ao sentido de convivência entre os seres humanos. É impossível falarmos de ética sem nos reportar- mos aos direitos e deveres dos cidadãos. A escola tem sido alvo de inúmeros exemplos, atualmente, de atitudes de jovens que a desrespeitam escrevendo em cartei- ras, livros, pichando muros e até maltratando professores e dire- tores. Isso prova que, muitas vezes, eles entendem seus direitos, mas esquecem-se de seus deveres. Como o professor de Educação Física poderá contribuir para que os alunos construam uma moral cidadã, relacionando-se paci- ficamente com os outros? Não é uma tarefa tão fácil, entretanto, os jogos apresentam várias possibilidades de trabalho nesse sen- tido. Vamos exemplificar, analisando algumas atitudes observadas durante a realização de jogos, bem como a de esportes. Lembre- -se: o professor é peça fundamental para que os alunos entendam determinadas ações ocorridas durante os jogos. Um dos pontos fundamentais desta discussão é a contri- buição para a formação do espírito de equipe. De que forma isto acontece? De forma bem simples, podemos e devemos explicar aos nossos alunos assuntos que, às vezes, parecem redundantes, mas que são fundamentais para a formação do espírito de equipe. Uma equipe necessita de todos os integrantes para jogar. A falta de um ou mais companheiros torna o jogo esportivo desmotivan- te, enfadonho ou descaracterizado. Assim, todos são importantes. Ainda nessa linha de pensamento, não importa quanto um jogador seja bom, sem o restante da equipe não pode haver o jogo. © Jogos e Brincadeiras I194 Explique isso a seus alunos, faça-os entender que todos são importantíssimos para a equipe. Aliás, o significado de equipe é justamente o de grupo de pessoas que trabalham pelo mesmo ob- jetivo. Embora possamos trabalhar outros tipos de jogos, os jogos cooperativos apresentam a característica de que todos realizam uma tarefa com o mesmo objetivo (ORLICK, 1978; BROTTO, 2000), podendo ser utilizados no trabalho com Ética. Vamos a um exem- plo: 1) Formar um círculo com todos os alunos da turma. O pro- fessor ficará do lado de fora do círculo, com um saco de bolas. 2) O objetivo do jogo é manter o maior número de bolas no ar, sem deixá-las cair. 3) O professor entregará para a primeira criança uma bola. Esta deverá passar a bola para outra criança, que a pas- sará para outra, até que todas tenham recebido uma única vez a bola. 4) A bola sempre deverá ser passada para a mesma pessoa. 5) O último a passará para o primeiro, que recomeçará o jogo. 6) O professor deverá ir introduzindo outras bolas, na me- dida em que as crianças consigam passá-las sem deixar nenhuma delas cair. Nesse jogo, as bolas podem variar conforme o tamanho, o peso e a cor. Isso também auxiliará na questão da coordenação motora. Ao final da atividade, o professor conversará com as crianças sobre o fato de todos colaborarem para o alcance do objetivo do jogo, de como todos são importantes e de como tiveram que res- peitar cada companheiro para quem lançavam a bola. Se apenas o jogo for dado, sem a análise do professor, pro- vavelmente, as crianças sairão da aula sem prestarem atenção ao que fizeram em relação à Ética. Veja o texto a seguir sobre esse assunto: 195 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola [...] devemos entender que o movimento que a criança realiza num jogo tem repercussões sobre todas as dimensões do seu compor- tamento e mais, que esta atividade veicula e faz a criança introje- tar determinados valores e normas de comportamento. Portanto, aquela idéia de que atuando sobre o físico estamos automatica- mente e magicamente atuando sobre as outras dimensões, precisa ser superada para que estas possam ser levadas efetivamente em consideração na ação pedagógica [...] (BRACHT, 1992, p. 66). Podemos compreender que o jogo é uma prática de trans- formação social, desde que o professor, principalmente, o encare como tal. Outro fator importante é mostrar aos alunos que jogar con- tra é jogar com (BELBENOIT, 1976; BRACHT, 1992). Não há jogo ou competição sem a equipe adversária e, portanto, o adversário é peça fundamental. O coletivo deve estar além do individualismo, o que equivale a compreender que o adversário é um compan- heiro tanto quanto o companheiro de sua equipe. Mesmo por que o jogo esportivo, como qualquer jogo, possui a magia de ter um começo, um meio e um final. Terminada esta magia, todos voltam à realidade, ou seja, todos os alunos se encontrarão em outras au- las, em diversos locais da escola e em outras aulas de Educação Física. Assim, o mesmo colega-adversário poderá, em dado mo- mento, estar em sua equipe. Dessa forma, no jogo encontramos várias formas de desen- volvimento da cooperação. Podemos percebê-la na cooperação interna entre o grupo (da própriaequipe e da equipe adversária) para que o jogo aconteça. Além disso, o professor pode solicitar a cooperação de seus alunos para a organização do jogo, que inclui a divisão das equipes, a organização do material necessário (trans- portar, cuidar, conservar, guardar), a arbitragem, a contagem, o tempo etc. Os alunos, então, não serão tratados como meros es- pectadores. Outra característica do esporte é a competição; não podem- os negá-la, mas podemos discuti-la. Muitas questões podem ser levantadas com os alunos, como, por exemplo: qual o valor da © Jogos e Brincadeiras I196 competição? Quais os exageros ligados à competição? O doping, a corrupção e a violência são valores a serem aproveitados? As agressões a que assistimos ultimamente entre torcidas são exem- plos a serem copiados? Os fatos que geralmente ocorrem quando a competição é exagerada podem oferecer uma oportunidade de discussão e acordo da turma. O professor não pode continuar como promotor das resoluções desses conflitos, atuando como juiz e resolvendo todos os problemas. Um momento de discórdia sempre pode ha- ver, o que deve incentivar a resolução de conflitos pelos próprios alunos. Isto pode significar, às vezes, perda de tempo em termos de horário de aula. Entretanto, deixar que estes decidam pode sig- nificar muito em ganho de vivência e participação social. Muitas vezes, os alunos acabam percebendo que a discussão sem resulta- dos faz que a aula seja perdida, e geralmente chegam a um enten- dimento. Quando o professor decide quem está certo ou errado, evita discórdias, mas impede também a participação e a tomada de decisão dos alunos. Quanto às regras, estas não devem servir como suporte para a alienação e a subserviência dos alunos. Muito pelo contrário, é necessário compreender os motivos pelos quais determinadas re- gras foram criadas e por que podemos questioná-las. A possibilida- de de discussão sobre as regras do jogo esportivo, ou a adaptação de novas regras, não faz que o jogo perca suas características, mas permite que seja entendido, e não simplesmente copiado. Nesse ponto outros esportes podem surgir adaptados às condições re- gionais da escola. O incentivo à lealdade também é, algumas vezes, esquecido, e até mesmo a deslealdade é praticada quando o interesse está em ganhar a qualquer preço. Ações como ficar na frente da bola para o juiz não enxergar corretamente, ou elevar os braços à fren- te do adversário são ensinadas aos alunos, parecendo sem muita importância ou consequências, mas que camuflam a deslealdade. 197 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola Aprender a dizer quando uma bola foi dentro ou fora e reconhecer uma falta cometida, ao contrário, são ações que incentivam o fair play, tão fora de moda ultimamente. Geralmente, comportamen- tos desleais, como os descritos, são passados aos alunos por pro- fessores frustrados que, não conseguindo ser técnicos esportivos, tentam fazer de seus alunos atletas, quando na realidade nem de atletas deveríamos aceitar tais condutas. 8. JOGO, TRABALHO E CONSUMO Este tema traz para debate o fato de vivermos em uma época na qual o trabalho é extremamente valorizado, ao mesmo tempo em que o consumo também o é. Isso é importante, uma vez que, estando dentro da escola, valorizaremos a ascensão dos alunos por meio do trabalho. A escola é entendida como um dos facilita- dores dessa ascensão. No entanto, não podemos nos esquecer de que, se existe trabalho, existem também as horas de não trabalho, que foram conseguidas com sacrifício pelos trabalhadores, mas que não têm sido muito bem aproveitadas. Chamamos de lazer as horas de não trabalho. No Caderno de Referência de Conteúdo de Jogos e Brincadeiras II, você entrará em contato mais detalhado com as questões do lazer. Por ora, quere- mos que você compreenda que pode trabalhar de diferentes for- mas, unindo os interesses do jogo aos do lazer. Seus alunos poderão dizer quais jogos praticam em suas horas de lazer, que, para eles, correspondem às horas extraesco- lares, em que não estão fazendo lição de casa, nem alimentando- se ou cuidando de sua higiene. Você ficará surpreso com as respostas. Muito provavel- mente, as crianças passam boa parte de suas horas de lazer em frente à TV. A partir daí, poderão, então, iniciar as considerações sobre as questões de movimento, unindo saúde e lazer. © Jogos e Brincadeiras I198 Mas, voltando aos jogos, que tal perguntar a eles se usam os jogos que aprenderam na escola para se divertir? Se já ensinaram a seus amigos algum jogo escolar? Que tal aprenderem um jogo o qual seus avós praticavam na rua? Ou, que tal transformar um jogo de video game que conhecem em um jogo para brincar nas horas de lazer? Não será uma tarefa fácil, mas é possível, sim. As considerações sobre o consumo também podem ser alvo das aulas de Educação Física. Para Darido et al. (2006, p. 148): Mais acentuadamente como problema social, o consumismo é uma tendência na nossa sociedade, pois as pessoas parecem ser valorizadas cada vez mais pelo que têm, e não por seus valores pes- soais ou costumes morais, enfim, pelo que são. Também a Educa- ção Física parece ter incorporado "essa tendência ao longo das últi- mas décadas do século XX, especialmente com a ênfase no esporte em fitness, que ressaltam a estética e o desempenho. Entretanto, a Educação Física também pode ser uma prática (ou um estilo de vida) associada ao ser, e não apenas ao fazer (algum esporte) ou ao ter (um corpo bonito). Com os alunos de escola fundamental, pode-se chamar a atenção para os jogos que não exigem nenhum ou pouco material. Que tal propor que façam um trabalho mostrando jogos sem uso de material? 9. JOGO E PLURALIDADE CULTURAL Iniciemos este tópico com o texto a seguir: O tema transversal 'Pluralidade Cultural' tem como objetivo o de- senvolvimento do respeito e da valorização das diversas culturas existentes no Brasil, contribuindo assim para uma convivência mais harmoniosa em sociedade, com o repúdio a todas as formas de dis- criminação (DARIDO, RANGEL, 2010, p. 90-91). Ampliar a visão sobre a Pluralidade Cultural significa, grosso modo, aceitar as diferenças, sejam elas de cunho social, étnico- racial, de gênero, entre outras, que várias culturas apresentam. Na Educação Física, significa, também, entender que as habili- 199 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola dades motoras dos alunos se apresentam de formas diferenciadas, mesmo que tenham tido a mesma oportunidade de aprendizado. Igualmente, devemos respeito aos deficientes, que são diferentes em termos motores, mas iguais em direitos. Nesta unidade, o en- foque não abrangerá a questão dos deficientes, mas ela é tão im- portante que receberá um tratamento especial em outro caderno do seu curso. Nas unidades anteriores, você pôde aprender diversos jogos indígenas, africanos e, até mesmo, de outras regiões do país. Além de jogos, que podem ser ensinados durante toda a escolarização, você deve prestar atenção às práticas preconceituosas que pos- sam ocorrer em aula, referentes a apelidos ou frases sutis, declara- ções em momentos de grande tensão em um jogo, brincadeiras e gozações sempre com as mesmas crianças, principalmente, as que diminuem não apenas as crianças, mas uma etnia inteira. Além dessas observações, o professor deve prestar atenção aos seus próprios preconceitos, lembrando que os alunos estão at- entos não apenas às palavras, mas também às ações do professor. Apresentamos, a seguir, parte de um texto que mostra como a profa. Cristiane Pereira de Souza estudoue realizou um belíssimo trabalho com jogos africanos, conseguindo vencer o preconceito étnico-racial em suas aulas. Ela fez um projeto com oito etapas. Seu texto completo pode ser encontrado em Rangel (2010, p. 261- 269) sob o título "Educação física escolar: consciência negra". As crianças participantes estavam no 5º ano de uma escola pública, com idade compreendida entre nove e dez anos. O pro- jeto durou cerca de cinco meses. As etapas 1 a 3 constituíram-se do resgate da definição do que é brincadeira e qual sua importância na 5ª etapa ––––––– Apresentação de algumas brincadeiras africanas, mostrando seu local de origem e a forma como se brinca neste lugar, deixando aberto a modificações dos alunos para aumentar o interesse e participação de todos no segundo momento. Foram elas: pisa, negação de impostos, gato come rato, terra e mar e nztho. Além de compará-las com atividades já conhecidas pelos alunos: pisa (alerta ou stop), © Jogos e Brincadeiras I200 negação de imposto (rio vermelho ou elefantinho colorido), gato come rato (gato e rato), terra e mar (vivo e morto) e nztho (pega-pega). Discussão sobre outras que são pejorativas e têm sua origem enraizada na escravidão como: belisco, cavalinho, barra-manteiga, chicotinho queimado e escravos de Jó. 5ª etapa. Resgate da definição de jogo e sua importância Apresentação de jogos africanos, mostrando seu local de origem e a forma como se joga neste lugar, deixando aberto a modificações dos alunos para aumentar o interesse e participação através da modificação do grau de dificuldade dos mesmos em um segundo momento. Foram estes: labirinto, coché, espreita calcinha e My God. Também utilizando a comparação destes com jogos já conhecidos: labirinto (os jogos de labirinto de revistas), coché (queimada), espreita calcinha (não identificaram nenhum jogo parecido com este), My God (queimada com objetos), corrida da hiena (tabuleiros de trilhas e banco imobiliário) e mancala (não conseguiram identificar um jogo parecido). Além disso, neste momento os alunos puderam construir os tabuleiros dos jogos com sucatas e materiais recicláveis, ou utilizá-los como instrumentos dos jogos, como no My God, onde utilizamos latas. Discussão e pesquisa com a família e parentes sobre brincadeiras ou jogos que estes achavam ser de origem negra. Foram levantadas as seguintes: três marias ou bugalha (não identificamos origem), pião (registro da pré-história), pipa (China), bonecas negras de pano (não descobrimos sua origem, porém está sempre interligada com a valorização da identidade das crianças negras). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– O resultado desse trabalho auxiliou a própria professora, que voltou seu olhar para a discriminação, tendo que buscar em livros, sites e estudar muito sobre o assunto. Além disso, esse tra- balho trouxe benefícios para todos os alunos, não apenas para os que se sentiam discriminados. A título de exemplo, apresentamos o jogo My God (PRISTA; TEMBE; EDMUNDO, 1992): Dividir a turma em dois grupos, A e B (no jogo original, joga- -se com grupos de oito a 12 crianças). Os dois grupos serão novamente divididos em dois, ficando metade de cada lado da quadra. Ao centro, ficarão oito latinhas de leite em pó ou similar. O objetivo do grupo A será empilhar duas pilhas de latas com quatro latas cada uma, entrando, para tanto, duas crianças por vez 201 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola ao centro. Quando conseguirem empilhar, passarão a perna por cima das latas e gritarão "My God", marcando um ponto para sua equipe, derrubando com um pontapé e sendo substituídas por ou- tras duas crianças. O objetivo do grupo B será, de posse de uma bola de meia, derrubar as latinhas ou queimar quem estiver tentando montar as colunas de latas. Principais regras: 1) O grupo B (que arremessar a bola de meia) só poderá arremessá-la atrás de uma linha delimitada, distante 9 m do centro, ou conforme distância combinada. 2) Quem estiver no centro, do grupo A, só poderá tocar na bola quando conseguir pegá-la no ar. Caso tenha êxito, poderá arremessá-la o mais longe possível, obtendo mais tempo para montarem as latinhas. 3) O jogo só terá início após três passagens de bola da equi- pe B. 4) Quem for queimado sai, entrando outro elemento do grupo. 5) Estipular um tempo para que a equipe A tente marcar o maior número de pontos. Após esse tempo, trocar: quem tentava marcar pontos, agora, tentará queimar ou derrubar as latinhas. 10. JOGO E MEIO AMBIENTE Na última década, temos presenciado o aumento do inte- resse pelas questões sobre o meio ambiente. Muito se tem falado, nem tanto se tem feito, entretanto, a população mundial está se dando conta de que é preciso, em caráter de urgência, tomarmos providências quanto ao que fazer para a melhoria de nosso plane- ta. As escolas, como sistema importantíssimo na tomada de consciência dos futuros habitantes do planeta, têm contribuído © Jogos e Brincadeiras I202 para a formação de cidadãos que, cada vez mais, procuram fórmu- las ativas na preservação do meio ambiente. A Educação Física não pode deixar de trazer sua contribuição e já tem criado alternativas para o aumento do interesse nesse assunto. Procurando essas alternativas, professores têm criado jogos, sejam eles de quadra, sejam de tabuleiro, com a premissa do cui- dado com o meio ambiente. Além dos jogos, pode haver por parte dos professores a re- flexão, por exemplo, sobre o local de prática (arborizado ou não), a qualidade do ar (poluição), da água e das condições sonoras. Vamos exemplificar o tema com um jogo. Quiz – Atividade física e meio ambiente. ––––––––––––––––– Dividir a turma em dois grupos. Cada grupo será representado por um aluno por vez para responder questões relacionadas à atividade física e ao meio ambiente. Você pode modificar a forma de jogar, por exemplo, dando um tempo para que toda a turma discuta a resposta e eleja alguém para dizê-la. As questões podem ser feitas por você ou pelos próprios alunos. Existe ainda a possibilidade de se realizar um trabalho interdisciplinar com os professores de ciências ou biologia. Exemplos de questões: A China, país onde foram realizadas as Olimpíadas de 2008, teve que combater a poluição por exigência do Comitê Olímpico. ( ) certo ( ) errado O Rio Tietê, antes de sua total poluição, era palco de competições de remo. ( ) certo ( ) errado As pessoas que praticam trekking têm consciência ambiental e não jogam lixo nas trilhas. ( ) certo ( ) errado –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Com esses exemplos, cremos que você já compreendeu as regras do jogo e poderá ampliá-lo ou modificá-lo, de acordo com seus conhecimentos. Outra possibilidade de se trabalhar com o meio ambiente é reutilizar materiais para a confecção de brinquedos ou até criar materiais que possam ser usados em aula. Vamos exemplificar fornecendo parte de uma lista apresen- tada em Rangel (2010, p. 320-322): 203 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola 1. Cabide de arame com meia de nylon: são os utilizados por tin- tureiros. Os cabides, puxados e cobertos com meia de nylon, transformam-se em raquetes. 2. Cabo de vassoura ou pedaços roliços de madeira: cortados de N tamanhos, transformam-se em bastões que podem servir para saltar, marcar ou para corridas de revezamento, suporte de redes ou barreira (cada duas com outra madeira na horizon- tal). Podem também servir para marcação de ritmos. 3. Caixa e tampinhas de garrafa: ambas podem ser encapadas e transformam-se em jogos de tabuleiro. A própria caixaserve para guardar as peças. 4. Caixas de papelão: de diferentes tamanhos. Servem para obs- táculos em saltos em distância e altura. Podem também se transformar em materiais para aulas historiadas (trem, casi- nha, castelos...). 5. Caixote: devemos tomar cuidado com os pequenos pedaços de madeira (lixar a caixa) e pregos. Servem para saltar, trans- portar, marcar etc. 6. Câmara de pneu de carro ou bicicleta: podem ser cortadas no comprimento ou na largura. Amortecem quedas, podem ser guiadas com um pedaço de madeira, tendo a ponta de arame (encapado). Servem também como obstáculos e, cheias de ci- mento com um suporte de madeira ao centro, transformam-se em mastros para redes. 7. Cone de máquina industrial, de papel higiênico ou papel de cozinha, alumínio ou filme plástico: são bem aproveitados para atividades manipulativas, marcações, equilíbrios. Podem também ser empilhados ou usados para jogos de lançamento (boliche, por exemplo). 8. Copos plásticos: de vários tamanhos. Excelentes para brinca- deiras com água e/ou areia; podem servir para marcação com areia dentro, serem empilhados, equilibrados etc. 9. Embalagens de sabão líquido ou garrafas plásticas (pet): po- dem ser utilizadas da mesma forma que os copos plásticos, bem como para boliche ou tiro ao alvo. Com alça, podem ser cortadas ao meio, servindo para receber bolinhas, por exem- plo. 10. Garrafinhas de iogurte: além de servirem para marcação de lugares e manipulação, podem ser transformadas em choca- lhos, colocando-se grãos ou pedrinhas dentro. 11. Jornal: é um dos melhores materiais que conhecemos, além de ser de fácil aquisição, é extremamente versátil. Enrolado © Jogos e Brincadeiras I204 bem fino, com as bordas para dentro, transforma-se em bas- tões de qualquer tamanho (basta cortar o jornal no tamanho desejado). Com cola, pode ser transformado em espadas, dis- cos e pelotas para arremessos, lanças, barreiras. Casinhas de jornal, chapéus, bolinhas e aviãozinhos são alguns exemplos de brinquedos que podem ser confeccionados com jornal. 12. Latinhas: (de refrigerante, cerveja, leite em pó, chocolate) ser- vem para marcar, manipular, boliche (uma sobre a outra ou uma ao lado da outra). Encher com cimento ou areia molhada para ficarem mais firmes. 13. Mangueira de jardim ou de chuveiro: caninhos para piscina, arcos de diferentes tamanhos que podem ser unidos por um toquinho de madeira. Petecas. 14. Palha de milho e penas: colchões que podem ser cobertos com lonita. 15. Pedaços de madeira: (podem ser conseguidos em fábricas), cortados de diferentes formas (quadrados, triângulos etc.) e pintados de diferentes cores com números e letras. 16. Retalhos de tecidos: marcar times, capas; cortados em tiras, servem para fazer cordas. 1) Roupas velhas: fantasias. Você já pensou sobre esse assunto e sua relação com a ativi- dade física e os jogos? Cremos que, a partir deste momento, você passará a criar e modificar jogos, com o intuito de auxiliar o trata- mento dado ao meio ambiente, não é mesmo? 11. JOGO E SAÚDE Quando se fala em atividade física, na mente de um leigo sempre virá atrelada a palavra "saúde". Essa é uma verdade in- teressante, embora outras questões, que já foram discutidas ao longo deste caderno, façam também parte da área da Educação Física. E isso não poderia ser diferente, tendo em vista que esta área está diretamente relacionada ao corpo, consequentemente, à saúde. 205 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola Outra palavra atrelada à Educação Física é a palavra movi- mento. Movimento é saúde! Assim, desde pequenos, nossos alunos devem ser incentiva- dos a se movimentar. Se ligarmos a televisão ou procurarmos em livros e na Internet, veremos que o grande mal da humanidade, atualmente, é não se movimentar. Muitas doenças que acometem os seres humanos podem ser tratadas (ou amenizados seus sinto- mas) pelo movimento, especialmente os movimentos dirigidos por um especialista. Como nossa unidade trata dos jogos, vamos sugerir que o tema saúde seja visto por meio de um jogo pouco utilizado na es- cola: o jogo de tabuleiro. Os jogos de tabuleiros são conhecidos desde a Antiguidade, muitos já foram esquecidos, outros são transformados em video games. Você, como professor, poderá incentivar seus alunos a criarem mais jogos. Essa possibilidade também foi levantada em relação ao meio ambiente e à pluralidade cultural. Como agir para que seus alunos criem jogos de tabuleiro? 1) Peça para guardarem sucatas que possam ser transfor- madas em jogos (tampinhas, latinhas, papel colorido, revistas, jornais). 2) Prepare cola, cartolina e canetas coloridas (geralmente as escolas possuem esse material). 3) Escolha um tema: no caso, relacionado à saúde. 4) Divida a turma em pequenos grupos. 5) Relembre com os alunos quais jogos de tabuleiro eles conhecem (valem os de baralho também): trilha, war, detetive, puzzle, batalha naval, mico, entre outros. Você verá como os alunos são extremamente criativos, basta deixá-los tentar... © Jogos e Brincadeiras I206 12. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu desempenho no estudo desta unidade: 1) Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) propõem os Temas Transversais a serem estudados em todas as disciplinas. Escolha um deles e faça a sua proposta para o desenvolvimento de jogos e/ou brincadeiras, optando também por uma faixa etária. 2) Por que podemos dizer que outros Temas Transversais podem ser propostos para o desenvolvimento de jogos e brincadeiras? 3) Procure um jogo e/ou uma brincadeira de outra cultura e justifique sua uti- lização para o desenvolvimento do Tema Transversal Pluralidade Cultural. 4) Procure um jogo e/ou uma brincadeira de outra cultura e justifique sua utili- zação para o desenvolvimento do Tema Transversal Saúde. 13. CONSIDERAÇÕES Nesta última unidade, você conheceu uma forma diferente de ensinar o jogo, na qual os Temas Transversais ditaram o objetivo a ser desenvolvido. Esperamos que esses exemplos sirvam para que, no futuro, você tenha condições de escolher estratégias de ensino que facilitem sua prática profissional. Esperamos, também, que, além de tais exemplos terem despertado o seu interesse pelo ensino diferenciado do jogo, você reflita atentamente sobre out- ros temas que possam surgir em relação à vida e à sociedade atual. Quem sabe daqui a alguns anos os temas sobre o meio am- biente e os preconceitos não representem mais um problema e outros estejam em voga. Porém, temos certeza de que você será capaz de enfrentá-los e, talvez, utilize o jogo para amenizá-los. Chegamos ao fim deste estudo com a esperança de que você, aluno EaD, tenha refletido sobre um conteúdo chamado jogo, que não lhe era desconhecido, já que você certamente jogou em sua infância, mas que oferece muitas outras possibilidades de trabalho. 207 Claretiano - Centro Universitário © U7 – Outras Possibilidades de Aplicação do Conteúdo Jogo na Escola Ao término deste estudo, você estará se questionando sobre as inúmeras possibilidades de aplicação e aprendizado do jogo e, também, se não seria mais fácil apenas aplicar um jogo e ... só! Respondemos a você com uma pergunta: é isso o que se espera de um professor de Educação Física competente? Ensinar um jogo é fácil, qualquer um pode fazê-lo; en- siná-lo e prestar atenção aos alunos, ter uma ou mais intenções metodológicas é que são elas. Esperamos que você, aluno do Cen- tro Universitário Claretiano, tenha conseguido perceber o quanto podeser importante na vida de seu aluno, ajudando-o a ir além do jogo. Desejamos, portanto, que você possa "fazer a diferença" no ensino da Educação Física na escola, indo "além do aprendizado deste Caderno de Referência de Conteúdo". 14. E-REFERÊNCIAS Sites pesquisados BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ seb/arquivos/pdf/livro081.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2012. ECOBSERVATÓRIO – Comunicação para um olhar sustentável. China disfarça poluição durante Olimpíadas. Disponível em: <http://ecobservatorio.blogspot.com/2008/07/ china-disfara-poluio-durante-olimpadas.html>. Acesso em: 9 mar. 2012. O GLOBO. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/08/01/china_ corre_contra_relogio_para_combater_poluicao-547520080.asp>. Acesso em: 29 jul. 2010. 15. 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Barcelona: Paidotribo, 1978. RANGEL, I. C. A. Educação Física e infância. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2010. PRISTA, A.; TEMBE, M.; EDMUNDO, H. Jogos de Moçambique. Portugal: INEF, 1992.
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