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SILVA, A.G. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO LEI 9784 DE 1999. FACULDADE MORGANA POTRICH. FAMP. 17 DE ABRIL DE 2018. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO É o vínculo jurídico para tomada de decisão. Diferentemente do procedimento, que seria uma sequência dos atos do processo “cadência”. Submete-se ao devido processo legal: Dev. Proc. Legal formal: Observar o rito, para tomar a decisão. Dev. Proc. Legal material ou substantivo: a decisão tomada deve ser razoável e proporcional. 2.1- Razoável – prerrogativas públicas com moderação e racionalidade. 2.2- Proporcional – Aplicar a justa medida ao caso concreto. (Lei 9784/1999 Art. 2º Parágrafo único, inciso VI). PRINCÍPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO Atuação conforme a lei e o direito: P. da Legalidade. (Lei 9784/1999 Art. 2º Parágrafo único, inciso I). Assistência aos fins de interesse geral, proibida a renúncia, total ou parcial, de poderes ou atribuições, salvo se houver autorização legal: P. da Finalidade (Lei 9784/1999 Art. 2º Parágrafo único, inciso II). P. da Impessoalidade: Objetividade para servir ao público (veda a autopromoção do agente) P. da Publicidade: O dever de divulgar os atos, salvo os sigilosos. P. da Moralidade: Preza pela probidade (honestidade, integridade) dentro da administração pública. P. da Razoabilidade e da proporcionalidade: Pertinência entre meios e fins, proibida exigência de obrigações, restrições e sanções a cima daquelas essenciais ao atendimento do interesse público. P. da Obrigatória motivação: consiste no apontamento dos pressuposto de fato e de direito que determinem a decisão. P. da Segurança Jurídica: Pontua pela observância das formalidades legais, necessárias a preservação dos direitos dos administrados, bem como a compreensão das normas administrativas da melhor maneira de responder o interesse público. Desautoriza a aplicação retroativa da nova interpretação. SILVA, A.G. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO LEI 9784 DE 1999. FACULDADE MORGANA POTRICH. FAMP. 17 DE ABRIL DE 2018. P. do informalismo: No processo administrativo adota-se formas simples, suficientes para garantir o adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos do administrado. Da gratuidade: consiste na proibição de cobranças de despesas processuais, exceto se previstas em lei. Do impulso oficial: o processo pode ser iniciado de ofício pela administração. Do contraditório e da ampla defesa: Assegura os direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos que resultem sanções e nas situações de litígio. DOS DIREITOS E DEVERES DO ADMINISTRADO. Administrado é o usuário ou o cidadão partícipe do processo decisório na moderna administração pública. Rol exemplificativo dos direitos no art. 3º da Lei 9784/99. DA INSTAURAÇÃO DO PROCESSO Diferente do judiciário, a administração pode instaurar de ofício o processo (verdade real). Ou a pedido do interessado. O pedido é feito por requerimento, que deve obedecer suas formalidades. Art. 6º dispõe: o endereçamento, a identificação do interessado (...) DOS LEGITIMADOS Para ativar ou manifestar-se: 1) Os titulares de direitos e interesses que iniciem o processo; 2) Terceiros interessado, independente de terem iniciado o processo; 3) Organizações e associações representativas; 4) Pessoas ou associações constitutivas quanto a direitos difusos. DA COMPETÊNCIA Ou atribuição, é irrenunciável. Exige-se para dar cumprimento aos procedimentos administrativos, a habilitação legal. EXCEÇÃO: institutos da AVOCAÇÃO E DELEGAÇÃO. SILVA, A.G. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO LEI 9784 DE 1999. FACULDADE MORGANA POTRICH. FAMP. 17 DE ABRIL DE 2018. Avocar, tirar para si, autoridade superior tira do subalterno e assume aquela função. É excepcional, temporária, depende de vinculo hierárquico. Delegar, mesmo nível hierárquico, ou para o subalterno. É excepcional, temporária, independe de subordinação. Quando integrar circunstância de ordem técnica, social, econômica, jurídica e territorial. Convalidação -> ato viciado -> com autorização se convalida. INDELEGÁVEIS: Edição de atos de caráter normativo; Decisão de recursos administrativos; Matéria de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Competência é improrrogável, imprescritível e irrenunciável. DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO Decisões no processo administrativo devem ser imparciais, e para isso há regras de impedimento e suspeição. IMPEDIDO: Servidor ou autoridade: a) Que tenha interesse direto e indireto na matéria; b) Que tenha participado como perito. SUSPEIÇÃO (relação com a condição do servidor): a) Que tenha amizade intima com algum interessado ou parentes; b) Que tenha inimizade notória com algum interessado ou parentes; * O indeferimento de ambas alegações pode ser objeto de recurso, mas não tem efeito suspensivo. Parecer Jurídico: Apresentada a ementa do julgado, percebe-se que há os pareceres ditos “facultativos”, aqueles advindos não de uma imposição legal, mas de uma dúvida suscitada pela repartição ou setor competente. No caso de pareceres facultativos, imagine-se a série de questionamentos relativos a servidor público, como, por exemplo, suas férias (período aquisitivo, termo inicial e final, possibilidade ou não de convocação, incidência ou não de contribuição previdenciária e de Imposto de Renda etc.). Ademais, o parecer pode ser de natureza obrigatória, ou seja, sua emissão é compulsória, de modo que não se pode permitir o prosseguimento da atividade administrativa sem a correspondente manifestação jurídica. SILVA, A.G. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO LEI 9784 DE 1999. FACULDADE MORGANA POTRICH. FAMP. 17 DE ABRIL DE 2018. Como exemplo, tem-se o artigo 38, p. ú, da Lei nº 8.666/93, segundo o qual “As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração”. A própria lei impõe a necessidade de emissão da consultoria jurídica, para dar maior substrato ao procedimento administrativo. No caso de ser obrigatório, o Administrador só poderá agir em desconformidade com o parecer lavrado caso haja manifestação jurídica opinativa exarada em parecer posterior. No caso do exemplo dado, o gestor somente poderá atuar de maneira diversa ao determinado caso parecer superveniente ampare seu intento. Por fim, há a figura do parecer vinculante, o qual, além de ser necessário (obrigatoriedade de sua emissão), é de observância compulsória (obrigatoriedade de seu conteúdo). É que, no caso, o processo passa a integrar o próprio ato administrativo, dele fazendo parte. DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS. Não exigem forma determinada, salvo exigência legal. Podendo ser: a) por escrito; b) em vernáculo (português); c) com data e local de realização; d) assinatura da autoridade. Devem ser realizados em dias úteis, no horário de funcionamento da repartição pública, na qual tramita o processo. Prazo: Para as autoridades e administrados: 5 dias (na sede do órgão competente). - Prazo de outra disposição legal. DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS Dispões a lei que após a decisão do órgão, deverá intimar o interessado e também para o mesmo efetivar diligências. O mandado parece com o requerimento: a) identificação do intimado; b) finalidade da intimação; c) se deve comparecer ou fazer-se representar; d) data, hora e local em que deve comparecer; e) informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento. Pode ser intimado pessoal, postal, com aviso de recebimento, telegrama, ou outro meio que assegure a intimação. SILVA, A.G. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO LEI 9784 DE 1999. FACULDADE MORGANA POTRICH. FAMP. 17 DE ABRIL DE 2018. Intimação ficta: no caso de interessados indeterminados, desconhecidos, domicílio indefinido, é feita por publicação oficial. O não atendimento a intimação não importa nos efeitos da revelia. Também não implica no reconhecimento da verdade dos fatos. DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL Visa comprovar os fatos alegados, facultando ao interessado produzir provas. Prova: Incumbe ao interessado provas os fatos alegados (o ônus da prova). São inadmissíveis as provas obtidas por meio ilícito. Quando for necessário ouvir um órgão consultivo, este, deverá emitir parecer, no prazo máximo de 15 dias. Parecer: obrigatório vinculante: se deixar de emitir o processo não prosseguirá até sua apresentação. Obrigatório não vinculante: se deixar de ser apresentado, o processo prosseguirá para a decisão. DO DEVER DE DECIDIR A administração pública tem o dever de decidir (decisão expressa) as demandas do processo, assim como as solicitações e reclamações que chegam ao conhecimento. - Direito de petição. - Encerrando a instrução, a administração dispõe de até 30 dias para proferir decisão. - Diante de motivação, o prazo pode ser prorrogado. DOS RECURSOS Todas as decisões podem ser objeto de recurso, quanto ao mérito e à legalidade. É endereçado a autoridade que proferiu a decisão. Podendo a autoridade se retratar, até 05 dias, ou encaminha a órgão superior. Tramita-se até 3 instâncias. Legitimados: 1) Titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 2) Aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; 3) As organizações e associações representativas, no tocante à interesses e direitos coletivos; 4) Os cidadãos e associações, quanto a direitos e interesses difusos.
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