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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CECA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA Professora: Juliany Moura Barros RIO LARGO-AL, 2017 Fotossíntese Etapa Bioquímica Ciclo de Calvin: Reações de Fixação do Carbono A fotossíntese possui duas fases: - Fase Clara (Fase Fotoquímica) - Fase Escura (Fase Bioquímica) Fotossíntese Modo geral: É necessário Luz produzir ATP e NADPH que serão utilizados na fase bioquímica. 2 Estrutura do Cloroplasto 3 Estrutura do Cloroplasto Fase Fotoquímica Fase Bioquímica 4 RESUMO Fase fotoquímica Veja como ocorre todo o processo ao mesmo tempo Nessa fase é transformada energia luminosa e armazenada na forma de energia química. Nessa fase a energia química é usada para fixar o CO2 em carboidratos. Todos os eucariotos, das algas mais primitivas às angiospermas mais avançadas, utilizam o mesmo mecanismo de fixação do CO2, descoberto por Melvin Calvin que recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1961 pelo seu trabalho. Esse ciclo foi primeiramente descrito em espécies C3, mas depois se descobriu que todos os vegetais possuíam esse ciclo. Existem, ainda, espécies C4 e CAM. Ciclo de Calvin 7 Reações de Fixação do Carbono; Ocorre no Estroma; Possui 3 Estágios: Carboxilação; Redução; Regeneração. Fase Bioquímica: Ciclo de Calvin 8 Conhecida como: - Enzima Ribulose bifosfato carboxilase/oxigenase - Proteína mais importante e abundante da Terra; - Praticamente toda a vida depende direta ou indiretamente dela. É a enzima mais abundante das folhas, podendo constituir 40% das proteínas solúveis; Graças a esta proteína, as plantas fixam carbono: - Necessitam de grandes quantidades de RuBisCo. Proteína oligomérica composta por 8 subunidades grandes (55 kDa) e 8 subunidades pequenas (14 kDa); Apresenta atividade Carboxilase e Oxigenase. RuBisCO 9 Carboxilação Nessa fase, o CO2 é combinado com a ribulose 1,5-bifosfato para formar duas moléculas de 3-fosfoglicerato; reação catalisada pela enzima Rubisco. Ocorre a carboxilação da RuBisCO: - CO2 reage com a rubisco CO2 é combinado com a ribulose 1,5-bifosfato; Produz um intermediário instável de 6C: - Hidrolisado (Reage com H2O). Forma duas moléculas de: 3-fosfoglicerato Reação catalisada pela enzima Rubisco. Carboxilação 13 Carboxilação Intermediário instável de 6C Hidrólise 14 Carboxilação CO2 + Ribulose-1,5-bisFosfato 5C Intermediário instável 6C H2O + Hidrolisado! Duas moléculas de 3-Fosfoglicerato (PGA) O 3-Fosfoglicerato é o primeiro intermediário estável! 1C Redução Nessa fase, o 3-fosfoglicerato é reduzido a gliceraldeído-3-fosfato, um carboidrato. É nessa fase que a maior parte do ATP e do NADPH produzidos na fase fotoquímica serão usados. As trioses fosfato são formadas na etapa de redução do ciclo de Calvin O 3-Fosfoglicerato passa por 2 modificações: - 3-Fosfoglicerato é fosforilado (ganha 1 fósforo P), utilizando o ATP gerado na fase fotoquímica; - Formando: 1,3-bifosfatoglicerato 1,3-bifosfatoglicerato é reduzido a gliceraldeído-3-fosfato (triose fosfato), utilizando o NADPH também gerado na fase fotoquímica; Redução Enzima Enzima Carboidrato Triose Fosfato 18 2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 6C Trioses fosfato 19 Para que ocorra a absorção contínua de CO2, é necessário que a RuBisCO seja constantemente regenerada, sendo necessária 3 moléculas de Ribulose-1,5-bifosfato, ou seja, 15 carbonos. Temos que multiplicar por 3! 15 Carbonos 18 Carbonos 18 Carbonos 18 Carbonos 3 Intermediários Instáveis de 6C Reagem com H2O e formam 3C 3C 3C 3C 3C 3C Regenerar 3 RuBisCOs (São gastos 3ATPs) Produção de Carboidratos 21 Logo, são gastos 9 ATPs 22 Regeneração Nessa fase, parte do gliceraldeído-3-fosfato produzido na fase anterior é usado para regenerar a ribulose-1,5-bifosfato, e outra parte para produzir carboidratos. 1 2 3 4 5 1 2 3 Sacarose Amido Celulose 6 3C 3C 3C 3C 3C 3C 24 Resumo do ciclo de Calvin Para formar uma molécula de GLICOSE a partir do Ciclo de Calvin: Quantos carbonos tem uma molécula de glicose? 6 6 12 12 12 12 12 12 12 6 Intermediários Instáveis de 6C 3C 3C 3C 3C 3C 3C 3C 3C 3C 3C 3C 3C Produção de Hexose Regeneração das 6 RuBisCOs Gasto de 6 ATPs Para formar uma molécula de GLICOSE a partir do Ciclo de Calvin: 6CO2 18 ATP 12 NADPH Resumo do processo fotossintético Síntese de Amido e Sacarose Carboidratos Monossacarídeos Carboidratos - Dissacarídeos Síntese de Amido e Sacarose Funções: - Amido: Reserva estável e insolúvel de carboidratos; - Sacarose: Principal forma de carboidrato translocado através da planta. (Transporte de carboidratos). 1 2 3 4 Triose fosfato Glicose 1-fosfato ADP-glicose ( ADP-Glicose Pirofosforilase ADP-GlicoseProdução de Amido Síntese de Amido (Ocorre no Cloroplasto) 38 Síntese de Sacarose (Ocorre no Citosol) UDP-Glicose fosforilase UDP-Glicose Sacarose 39 As Síntese de Amido e Sacarose são Reações Competitivas As concentrações de Ortofosfato e Triose fosfato determinam se o carbono fixado será utilizado para produção de amido ou sacarose! Concentração de Ortofosfato no citosol Exportação de Triose fosfato no citosol Produção de Amido no cloroplasto Produção de sacarose no Citosol Concentração de Ortofosfato no citosol Exportação de Triose fosfato no citosol Produção de sacarose no Citosol Produção de Amido no cloroplasto 40 Regulação do Ciclo de Calvin 5 Enzimas do ciclo de calvin são reguladas pela luz: - Rubisco Fase de Carboxilação) - NADP-Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase - Frutose-1,6-bifosfatase; - Sedo-heptulose-1,7-bifosfatase; - Ribulose-5-fosfato quinase Fase de Redução Fase de Regeneração Regulação do Ciclo de Calvin Enzimas de Redução e Regeneração são controladas pelo sistema ferredoxina-tiorredoxina; Possuem grupos dissulfito S-S em sua composição; A luz controla a atividade dessas enzimas; No escuros são inativadas; Na luz ocorre ativação: Elétrons da ferredoxina-tiorredoxina reduzem S-S SH- HS A luz ativa as enzimas! 43 Regulação do Ciclo de Calvin ESTROMA (baixo H+) LUMEN (alto H+) 45 Regulação do Ciclo de Calvin Atividade da Rubisco: Regulada pela Carbamilação; Estroma LUZ pH aumenta (Pouco H+) 1 2 3 4 5 6 RUBISCO Grupo amina 46 Regulação pelo movimento de íons dependente da luz A luz causa uma mudança reversível na concentração de íons no estroma do cloroplasto que influenciam a atividade da rubisco e de outras enzimas do Ciclo de Calvin: Com a luz, prótons (H+) são bombeados do estroma para o lúmen da tilacóide; O efluxo de H+ do estroma aumenta o seu pH de 7 para 8; esse processo é reversível a noite: Aumenta pH Diminui concentração de H+ Fotorrespiração Ciclo C2 RuBisCO Ribulose 1,5 bifosfato Carboxilase Oxigenase; Enzima mais abundante das plantas; Crucial para a fixação de Carbono; A mesma enzima exerce a função Carboxilase e Oxigenase. 49 Fotorrespiração As moléculas de CO2 e O2 competem pela rubisco; Fotossíntese e a fotorrespiração trabalham em direções contrárias: Fotorrespiração resulta em perda de CO2 Ocorre em 3 organelas diferentes: - Cloroplastos; - Peroxissomos; - Mitocôndria. 50 x 5C 5C 1C Intermediário Instável de 6C 51 x 5C 5C 3C 2C 2-Fosfoglicolato é hidrolisado no cloroplasto Glicolato 52 53 Consumo de O2 Produzir H2O2 54 2 glicinas vem de 2 glicolatos: 4 C 3C são recuperados 1C é Perdido! A fotorrespiração recupera 75% do carbono perdido pela ação oxigenase da rubisco! 55 56 57 Para que a Fotorrespiração existe? Para recuperar os carbonos que seriam perdidos pela ação oxigenase da rubisco! Evitar a Fotoxidação dos fotossistemas: - Dissipa o excesso de ATP e NADPH; - Impedir danos ao aparelho fotossintético. 60 Quando acontece a Fotorrespiração? Com alta relação [02] / [CO2]; Altas Temperaturas: °c Difusão dos gases O2 fica mais disponível - Co2 é mais pesado que o O2 - Maior atividade oxigenase da rubisco! 61 Plantas C4 Metabolismo C4 Diferente das C3 primeiro produto estável ácido 3C: 3-Fosfoglicerato (PGA); Tem a Rubisco como enzima fixa CO2 Plantas com metabolismo C4: - Primeiro produto estável um ácido de 4C - Malato; - Tem a PEP carboxilase (PEPcase) para carboxilação inicial; - Tem separação espacial. Plantas C4 Plantas C4 Apresentam diferenças na anatomia das folhas 64 Folha do Milho 1) 2) 3) 4) 5) Descarboxilação A PEP não tem ação oxigenase!! 66 Descarboxilação do Malato Rubisco Regenerar PEP Ex.: Cana-de-açúcar, sorgo, milho, gramíneas tropicais. Plantas C4 existe uma separação espacial 67 O ciclo C4 reduz a fotorrespiração e a perda de água em climas quentes e secos A PEP tem alta afinidade pelo CO2 - (HCO3); Permite reduzir a abertura estomática: - Redução na perda de água Alta concentração de CO2 nas células da bainha: - Reduz a fotorrespiração A luz regula a atividade da PEPcase 69 Plantas CAM ou MAC Metabolismo ácido das Crassuláceas Estômatos NOITE DIA 71 Plantas CAM São plantas de regiões mais secas; Pertencentes a família das cactáceas; Possuem várias adaptações: - Conversão de folhas em espinhos; - Camada espessa de cutina; - Fecha os estômatos durante o dia. Descarboxilação do malato 73 Quais as vantagens dessas plantas? Perda de água: - Plantas C3 perdem de 400 a 500 g de água por CO2 assimilado; - Plantas C4 perdem de 250 a 300 g por CO2 assimilado; - As plantas CAM perdem de 50 a 100 g de água por cada CO2 assimilado. (Maior eficiência no uso da água). Semelhança entre C4 e CAM: Plantas C4: Plantas CAM A formação do ácido C4 (malato, aspartato) e sua descarboxilação são separados espacialmente em plantas C4, exigindo uma anatomia especializada. Em Plantas CAM essa separação (formação do ácido C4 e sua descarboxilação) é temporal, ou seja, ocorre na mesma célula. Característica Planta C3 Planta C4 PlantaCAM Enzimascarboxilativas RUBISCO Separação espacial. PEP-carboxilaseno mesofilo e RUBISCO na bainhavasculas Separação temporal. PEP-carboxilasede noite, RUBISCO de dia Requerimento energético. CO2/ATP/NADP 1:3:2 1:5:2 1:6:2 Fotorrespiração alta baixa Nãodetectavel Eficiência do uso da água(gCO2/Kg H2O) 1-3 2-5 10-40 Temperatura ótima 20-30°C 30-45°C 30-45°C Pontode compensação de CO2 50ppm 5ppm 2ppm(no escuro) 77 Bons estudos! Julianymourabarros@hotmail.com Rio Largo, 2017
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