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Tecnoguia
NOVO PADRÃO WIRELESS
Tecnologia ´WiGig´ turbina a conexão sem fio
13.08.2012
Solução é dez vezes mais rápida em comparação com os dispositivos Wi-Fi de hoje
Velocidade é um importante conceito da modernidade, adotado com empenho pela área de tecnologia. Assim, nada mais natural que o usuário tenha certeza de que uma determinada solução que tem à sua disposição hoje, em algum tempo será substituída por outra bem mais veloz e eficiente. Isso é o que deve acontecer ainda este ano com a popular tecnologia Wi-Fi, que faz com que dispositivos acessem a internet e interajam sem a necessidade de fios para conexão. Vem aí a WiGig, tecnologia cuja velocidade máxima de acesso pode chegar a 7 gigabits por segundo (Gbps), dez vezes mais veloz em comparação com a solução utilizada atualmente.
Adorado por muitos usuários pelo fato de representar acesso gratuito à internet - com qualidade de conexão bem melhor do que a banda larga celular 3G demonstrou na prática -, o acesso "wireless" baseado em uma rede local está hoje presente em smartphones, tablets, notebooks, netbooks, impressoras e câmeras digitais, entre tantos outros dispositivos. A chegada do WiGig não deve alterar esse cenário, a não ser para torná-lo ainda mais eficiente.
A nova tecnologia já foi testada em produtos reais durante a CES 2012, a maior feira de tecnologia de consumo do mundo, realizada no início do ano nos EUA. Os produtos comerciais devem estar disponíveis por volta do final deste ano e diversos dispositivos móveis carregarão o selo WiGig nos próximos anos.
Segundo Carlos Cordeiro, o brasileiro que lidera a pesquisa, projeção e desenvolvimento da próxima geração de sistemas wireless multi-Gbps, os produtos com WiGig irão aparecer no quarto trimestre deste ano na América do Norte, Europa e Ásia e devem chegar ao Brasil logo depois de serem lançados, sofrendo uma forte penetração em dispositivos e empresas.
"O fato de o Brasil ter uma indústria de tecnologia vibrante tornará possível o desenvolvimento de novas aplicações e negócios que utilizam esta tecnologia", diz o especialista, que também é arquiteto-chefe de padrões da Intel e membro sênior do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), a maior organização técnico-profissional do mundo em prol do avanço da tecnologia. Cordeiro explica que o WiGig não é apenas uma evolução, é "uma revolução" nas tecnologias wireless e sua principal característica é a velocidade dez vezes mais rápida em comparação aos dispositivos Wi-Fi de hoje. Além disso, a inclusão do WiGig em dispositivos móveis e portáteis é inevitável, já que pode substituir conectores volumosos - como USB e HDMI - por uma solução compacta, favorável ao desenvolvimento de dispositivos mais finos, leves e elegantes.
A comodidade oferecida pela alta velocidade de conexão pode significar ainda um novo estimulante de vendas para o setor. Com o advento de dispositivos de conteúdos ricos - como ultrabooks, tablets e smartphones -, a necessidade de sincronização instantânea e compartilhamento de dados aumenta gradualmente. "Com o WiGig, os usuários serão capazes de transmitir vídeo de dados, backup e sincronizar arquivos de forma instantânea e sem fios", destaca.
Apelo visual
Outra vantagem do WiGig é permitir o lançamento de mais dispositivos para atender às demandas de novos consumidores por produtos com maior apelo visual. "Como esses dispositivos ficam mais finos e mais elegantes, a inclusão do WiGig torna-se inevitável, uma vez que pode substituir todos os conectores, exceto os de energia, com múltiplas antenas compactas", explica. Além disso, o WiGig complementa o Wi-Fi através do apoio a novas aplicações que requerem baixa latência e alta velocidade, tais como vídeo em alta definição (HD), compartilhamento instantâneo de dados, backup de dados e encaixe sem fio.
De acordo com o especialista, o principal desafio para a consolidação da tecnologia no Brasil é o contexto regulamentar. Isso parece estar menos definido quando se trata da América Latina, enquanto países na América do Norte, Europa e Ásia desenvolveram normas regulamentares que permitem a implantação do WiGig no curto prazo. Diferentemente do que ocorre em redes celulares, não há necessidade de infraestrutura para que o padrão seja implantado, o que irá facilitar a vida dos grandes beneficiários, como empresas e consumidores.
Outro desafio é manter baixo o consumo de energia dos dispositivos, já que a tecnologia opera em frequências em torno de 60 GHz e também transmite taxas de dados muito altas. "Um volume significativo de pesquisas está desenvolvendo soluções que podem manter o consumo de energia baixo, de forma a minimizar ou até mesmo eliminar o impacto de dispositivos alimentados por baterias", diz.
FIQUE POR DENTRO
Velocidade é maior, mas alcance é menor
O padrão de comunicação sem fio Wi-Fi tem um alcance de cerca de 100 metros e trabalha numa frequência de trabalham em uma frequência de 2,4 a 5 GHz, enquanto que o WiGig opera na faixa de 60 GHz. Essa diferença permite que a velocidade de transmissão de dados passe dos 600 Mbps do padrão atual para 7 Gbps. Por outro lado, o alcance do sinal dessa frequência utilizada pelo WiGig é menor, ficando em torno de 10 a 20 metros. Por isso, em algumas situações a nova tecnologia não deve substituir a outra, e sim complementá-la.
Marca registrada da Wi-Fi Alliance, o termo Wi-Fi sugere uma abreviação de "Wireless Fidelity" (Fidelidade sem fio), mas isso não passa de uma brincadeira com o termo "Hi-Fi" (Alta fidelidade), designado a qualificar aparelhos de som com áudio mais confiável, que é usado desde a década de 1950. Já o termo WiGig vem de "Wireless Gigabit", e se refere a sistemas sem fio a velocidades multi-gigabit. O padrão é uma marca da WiGig Alliance (www.wigig.org).
Primeiros aparelhos devem chegar junto com o Windows 8
Carlos Cordeiro - Membro sênior do IEEE e arquito-chefe de padrões da Intel
A nova tecnologia WiGig será compatível com os aparelhos que hoje acessam redes Wi-Fi?
Não diretamente. WiGig usa a faixa de frequência de 60 GHz, que é bem acima das frequências utilizadas por Wi-Fi. Contudo, diversos fabricantes de rádios WiGig anunciaram planos para lançar produtos equipados com Wi-Fi e WiGig ao mesmo tempo. Portando, do ponto de vista do usuário final, o uso de Wi-Fi e WiGig será em grande parte transparente.
Quem desenvolveu o WiGig? É patenteado por alguma empresa?
WiGig foi desenvolvido pela WiGig Alliance (www.wigig.org). Várias empresas participam no WiGig Alliance, tal como Intel, Dell, Panasonic, Broadcom, Cisco, Microsoft, entre outros.
Esse novo recurso vai encarecer os produtos?
A expectativa é de que o custo adicional seja similar ao custo de um novo rádio Wi-Fi. À medida que a oferta aumenta, o custo abaixa.
Já há algum processo para homologação dos dispositivos WiGig pela Anatel?
A União de Telecomunicações Internacional (ITU) recentemente deu seu aval à tecnologia WiGig. Este foi o primeiro passo no processo de adoção global. A expectativa é de que, em breve, fabricantes de equipamentos WiGig iniciem um diálogo junto à Anatel com o objetivo de permitir a operação destes produtos no Brasil.
Quando exatamente esta tecnologia chegará ao mercado brasileiro?
Os primeiros produtos WiGig serão lançados no final deste ano, provavelmente ao mesmo tempo que o lançamento do Windows 8. Pendente à finalização do processo de regulamentação junto com a Anatel, produtos com WiGig podem chegar ao mercado brasileiro a partir do segundo semestre de 2013.
Como está a receptividade dessa tecnologia por parte dos fabricantes de aparelhos como tablets, smartphones e computadores? Quais marcas já aderiram a esse padrão?
Em sua grande maioria, fabricantes não se pronunciam formalmente acerca de novos produtos até que os mesmos estejam prontos para serem comercializados. Apesar disso, sabe-se que vários dos grandes fabricantes de PC, 
smartphones e tablets estão em processo de criação de novos produtos com WiGigCarlos Cordeiro - Membro sênior do IEEE e arquito-chefe de padrões da Intel 
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1169722

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