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avc DCB III

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Situações de emergência podem ocorrem antes, durante ou após o tratamento odontológico, mas podem ser prevenidas com a avaliação do estado geral de saúde do paciente e adoção de medidas preventivas. 
SBV é um procedimento que vai garantir a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea do paciente até que o mesmo receba o socorro médico especializado.
O SBV é uma seqüência de ações que devem ser realizadas durante os primeiros minutos de uma emergência cardiorespiratória primária ou secundária, e que são cruciais para a sobrevivência do paciente. O principal objetivo é suprir oxigênio ao cérebro e ao coração até que o atendimento médico especializado e definitivo chegue e restaure a atividade normal do coração e a ventilação do paciente. Desta forma o SBV previne a parada ou insuficiência respiratória e ou cardíaca, pelo rápido reconhecimento e rápida intervenção, sustentando a circulação e a ventilação da vítima com a reanimação cardiopulmonar (RCP). Por meio dessas manobras se consegue manter 25% de débito cardíaco enquanto o Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC) chegue para continuar o atendimento.
O SBV é o elemento fundamental para manter o indivíduo vivo até a chegada do SME. O atendimento rápido e eficiente pode salvar a vida do paciente.
Em 1993, em outro estudo Malamed acrescentou ainda que as emergências ocorrem durante ou imediatamente após a administração do anestésico local ou durante o tratamento dental, sendo que nestes casos cerca de 38% das emergências ocorrem durante o procedimento de extração e 26% durante o procedimento de extirpação pulpar, dois procedimentos que necessitam de um adequado controle da dor, que freqüentemente é difícil de se obter.
Os passos para o SBV não requerem nenhum equipamento adicional, a boca, as mãos e o conhecimento do socorrista são suficientemente adequados, na maioria das vezes, para manter a vida (Silva & Nogueira 2006). As ações do SBV são: 
1. Reconhecimento rápido do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e medidas para evitar a parada respiratória e circulatória; 
2. Ação rápida diante de qualquer vítima que perde a consciência subitamente; 
3. Respiração de resgate para vítimas de parada respiratória; 
4. Compressões torácicas e respirações de resgate para vítimas de parada cardiorespiratória;
5. Desfibrilação de Fibrilação Ventricular (FV) ou Taquicardia Ventricular (TV) com um Desfibrilador Externo Automático (DEA);
6. Reconhecimento e tratamento das obstruções das vias aéreas por corpo estranho.
Acidente Vascular Cerebral (AVC) Doença que se instala subitamente devido à oclusão ou ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. Há um comprometimento súbito da circulação sanguínea para o cérebro. Pode ser classificado como: Isquêmico: Bloqueio de um vaso sanguíneo por um coágulo que se desenvolve próximo ou à distância. Corresponde a 75% dos casos de AVCs. Hemorrágico: É o resultado da ruptura do vaso bloqueado. Sinais e Sintomas: Alteração do estado de consciência associada a um déficit neurológico. Dor incomum e severa na face e pescoço. Cefaléia intensa ou atipicamente forte, repentina. Afasia (discurso incoerente). Debilidade ou paralisia facial, paralisia de membros, do mesmo lado ou não. Falta de coordenação, fraqueza, perda de sensibilidade, principalmente nas mãos (formigamento). Ataxia. Perda parcial do campo visual. Crise convulsiva parcial. Sonolência
 Prevenção: Detectar rapidamente os sintomas quando se manifestam e encaminhar rapidamente ao hospital. 
Tratamento: Saber diagnosticar os sintomas iniciais rapidamente e acionar o SME, dizendo que esta frente a um AVC.
Vários são os fatores de risco para a origem do AVC, podendo ser elucidados no momento da anamnese. Entre eles estão: hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, níveis elevados de colesterol no sangue, hiperglicemia, obesidade, tabagismo, etilismo e uso de contraceptivos orais. 
Seus sinais e sintomas: a fraqueza é o sintoma mais comum, podendo estar associada à dormência em um dos membros ou face. A fala pode também apresentar-se alterada, acompanhada de cefaleia, diminuição e/ou perda de consciência e vômitos. Em casos de AVC hemorrágico de rápida evolução pode acontecer diminuição da força ou imobilização do lado oposto ao sangramento, além de desvio no olhar. Em casos de indícios que caracterizem um AVC durante o atendimento odontológico, o profissional deve interromper o tratamento e ligar imediatamente para o serviço médico de urgência enquanto mantém respiração e circulação do paciente, colocando-o em posição confortável, além de monitorar seus sinais vitais. Não é aconselhável dar ao paciente nada para comer ou beber.
A hipertensão é o principal fator de risco relacionado com o AVC e este fato é de particular importância para o cirurgião-dentista, já que o tratamento odontológico está muitas vezes associado com dor (real ou imaginária) e estresse, fatores estes que podem aumentar a PA. Assim, é de extrema importância o controle da ansiedade e da mensuração da PA antes de se iniciar os procedimentos odontológicos, diminuindo assim a possibilidade de ocorrência do AVC e de outras seqüelas decorrentes do aumento da pressão arterial. O atendimento do paciente que apresenta os sinais e sintomas de AVC estará de acordo com a gravidade destas manifestações. Nos casos em que o paciente se mantém consciente, apresentando fraqueza nas extremidades e formigamento (caracterizando um quadro de Ataque Isquêmico Transitório), o cirurgião-dentista deverá interromper o atendimento e iniciar o suporte básico com a manutenção da respiração e da circulação, mantendo o paciente em uma posição confortável, além de monitorar os seus sinais vitais. Nestes casos os sintomas desaparecem em até dez minutos. O médico do paciente deverá ser informado para instituir outras medidas que se façam necessárias. Se o quadro clínico não apresentar melhora ao terminar este pequeno período de tempo ou começar a ficar mais severo, trata-se de um AVC em processo. Caso o paciente esteja consciente, o cirurgião-dentista deverá continuar monitorando os sinais vitais (pressão arterial, pulso e respiração) até que o socorro médico acionado assuma o atendimento. Medidas adicionais, como a oxigenação, não precisam ser realizadas a menos que o paciente esteja com dificuldades respiratórias. O oxigênio produz vasoconstrição cerebral, o que poderá aumentar a área isquêmica. Em alguns casos o paciente fica inconsciente, tendo um prognóstico mais desfavorável. O tipo hemorrágico de AVC é o que geralmente produz inconsciência. Essa é usualmente precedida por uma intensa cefaléia. A vítima com suspeita de AVC hemorrágico deve ser mantida com seus sinais vitais monitorados e em posição supina com a cabeça ligeiramente mais alta que o corpo, pois, o aumento do fluxo sangüíneo cerebral pode agravar o quadro. Os suportes básicos de vida devem ser iniciados imediatamente, consistindo na manutenção da respiração quando esta for crítica. Nos casos onde se observe a ausência de pulso em grandes artérias, a ressuscitação cardiopulmonar deverá ser executada.

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