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Resumos Elementos de Ecologia e Conservaçao Aulas 1 a 25 CEDERJ

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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 1 -Ecologia: histórico 
 
 Há dez mil anos o homem já havia se disseminado a quase todas as partes do mundo, isto deveu-se a 
capacidade de deslocamento, uso de ferramentas, agasalhos e do fogo, que o tornaram um animal 
diferenciado. 
 Por andar ereto, pode utilizar as mãos permitindo aperfeiçoar a caça, pesca e coleta. Essas 
características associadas ao aumento do volume cerebral, permitiu ao homem interagir com ambiente 
e modifica-lo, tornando-se um ser social e cultural. 
 Através do conhecimento empírico, aprenderam quando e onde encontrar alimentos. 
 Aristóteles é considerado um dos primeiros autores a sistematizar e organizar conhecimentos sobre a 
natureza. Em sua Historia animalium ele descreveu muitas espécies de animais, além de explicar a 
praga de gafanhotos e fazer observações sobre a superpopulação de ratos do campo. 
 Teofrastro, discípulo de Aristóteles escreveu o livro Historia plantae, abordando a localização 
geográfica das mesmas e os melhores lugares para sua existência. 
 Em Roma, Plínio, o velho, escreve a Historia naturalis em 37 volumes, sendo considerada a primeira 
enciclopédia de história natural. 
 Os conhecimentos sobre ecologia na Idade Média até os séculos 15 e 16 limitavam-se a bestiários e 
herbários. 
 A ciência progrediu pouco nesta época devido a invasões bárbaras e ao monopólio da cultura pela 
igreja. Nesta mesma época, os trabalhos dos monges copistas impediram que conhecimentos valiosos 
fossem perdidos. 
 A partir dos séculos 15 e 16 cresceu o desejo de realizar um amplo inventário da natureza, fato este 
relacionado a descoberta de novos mundos, incluindo o Brasil e sua diversidade tropical. 
 Nessa época os registros eram feitos por escrivães, cartógrafos e naturalistas. 
 No século 17 Marcgrave escreve a Historia naturalis brasiliae, referente a estudos florísticos do 
nordeste, publicada em 1648. 
 Em 1756, Buffon publica Historia natural, contestando a suposição de Aristóteles sobre a diminuição 
dos ratos. Para Buffon os mesmos eram controlados por agentes biológicos e não pelas chuvas. Na 
mesma obra cita que por falta de predadores, os coelhos poderiam transformar um campo de 
gramíneas num deserto. 
 Ainda nesta época os estudos priorizavam a descrição da flora e fauna. 
 Ainda nesta época, Lineu propõe um sistema universal de catalogação de plantas, animais e minérios, 
o Systema Naturae em latim. 
 Em meados do século 18, multiplicam-se as expedições cientificas aos trópicos, impulsionadas pelos 
soberanos das academias cientificas. 
 Humboldt viaja durante cinco anos e expõe resultados científicos de diversas áreas como, botânica, 
zoologia, geologia, astronomia, incluindo dois atlas. Ao contrário dos botânicos da época, ele considera 
a vegetação segundo as suas associações, como com os animais, local, temperatura, etc. Nascendo 
assim uma forma ecologia de descrever o mundo, ou seja, ela começou a considerar os fatores biótico 
e abióticos da paisagem. Seu trabalho motivo a outros como, Martius, Wallace e Darwin. 
 Uma considerável parte do que se conhece hoje sobre ecossistemas se deve ao trabalho de expedições 
cientificas de cartógrafos, desenhistas e cientistas no século 19. 
 No Brasil, a partir da chegada da corte portuguesa e aberturas dos portos à outras nações, iniciou-se 
um ciclo de grandes expedições. Incluindo naturalistas como Martius em 1817 e Darwin em 1832. 
 Darwin é considerado o fundador da Ecologia moderna. Na obra origem das espécies ele utiliza a 
expressão "economia da natureza", podendo ser compreendida como sinônimo de ecossistema. Os 
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termos utilizados por ele como "lugares" e "vagas", podem ser entendidos como (nicho e nicho vago). 
A expressão "princípio da exclusão competitiva" como (competição e mutualismo). 
 Referindo-se a Darwin, Haeckel em 186 introduz o termo ecologia, definindo-a como a "ciência das 
relações entre o organismo e o mundo externo circunvizinho". 
 Em 1877, Mobios, cunha o ermo "biocenese", referindo-se a comunidades de organismos num recife 
de coral. 
 O termo ecossistema foi criado por Tansley em 1935, ele considerava os animais e as plantas em 
grupos, juntamente com os fatores físicos de seus arredores, como um sistema ecológico fundamental. 
 Em 1944, Sukatchev usa o termo "biogeocenose", sinônimo do atual ecossistema, para referir-se as 
trocas de matéria e energia. 
 Em meados do século 20, ecólogos começaram a desenvolver o campo quantitativo da ecologia de 
ecossistemas. 
 Um sistema consiste em componentes interdependentes que interagem regularmente e formam um 
todo unificado (Odum, 1983). 
 O avanço tecnológico contribui para um novo olhar sobre a Terra. James Lovelock desenvolve a 
Hipótese Gaia em 1972. Este novo olhar atrai a atenção de outros cientistas, dentre eles a famosa 
microbiologista Lynn Margulis. Ambos propõem que a auto-regulação do sistema planetário consiste 
na ligação de sistemas vivos e não vivos, considerando a Terra quase como um superorganismo. Sendo 
está uma hipótese polêmica, muitas pesquisas serão necessárias para consolida-la ou reprova-la. 
 Em ecologia, é preciso conhecer mais do que a paisagem, é preciso compreender como estão 
distribuídos os seres vivos nos diferentes ecossistemas e se essa distribuição define padrões. É preciso 
compreender o comportamento das populações e comunidades no tempo e espaço. 
 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 2 - O âmbito da Ecologia: definições e perspectivas 
 
 
 Hoje os ecólogos estão interessados em saber onde estão os organismos, quantos existem, onde 
estão, por que estão, por que são poucos ou muitos, o que fazem e como se relacionam. 
 Em pesquisas realizadas em lagoas costeiras em Macaé, observou-se que riqueza de espécies é maior 
onde o nível de salinidade também é maior. 
 Os fatores que afetam a distribuição de organismos podem ser analisados a nível de população com 
uma só espécie ou várias espécies a nível de comunidade. 
 Os organismos ao mesmo tempo que são dependentes da natureza para suas necessidades 
fundamentais, são agentes de mudança nos sistemas naturais onde vive devido a sua interação com o 
meio. 
 Um exemplo relacionado ao tópico acima é o da palmeirinha guriri na Restinga de Jurubatida. Na 
restinga, na areia sem a presença de vegetação, a temperatura pode chegar 60ºC. Com a instalação 
(nascimento e manutenção) da palmeirinha, a mesma contribui para diminuição da temperatura da 
areia e modificação do solo, propiciando que outras plantas aos poucos se instalem nas cercanias, 
ocasionando o aumento da complexidade dos habitats na restinga. 
 Como segundo exemplo de interação do organismo com o meio na própria restinga, é o das plantas 
rasteiras na faixa de areia próximo a praia. Essas plantas, após instaladas, impedem que os grãos de 
areias sejam livremente transportados pelo vento devido seu crescimento e entrelaçamento de seus 
caules. 
 Um terceiro exemplo é o das bromélias, que por acumularem água, permitem a vida de organismo 
aquáticos em plena restinga, onde predomina a areia. 
 Em uma floresta, a organização espacial de organismos, sejam eles vegetais ou animais, é um dos 
responsáveis pela distribuição de água, luz e de nutrientes que entram na mesma. Todos os seres 
vivos em uma floresta estão consumindo e eliminando água e nutrientes, participando ativamente do 
ciclo da água na região. 
 Em uma floresta, o dossel e as demais plantas, de modo geral, impedem que a água das chuvas atinja 
diretamente o solo, lavando o mesmo e provocando erosão. 
 Em um costãorochoso podemos encontrar um habitat resultante de ação totalmente biológica. 
Como por exemplo a construção de tubos com a areia e muco pelos poliquetos. Permitindo posterior 
instalação de ouriços, anêmonas e algas. 
 Os exemplos acima registram as interações do meio físico e meio biológico. 
 A variação espacial e temporal das condições físicas para a vida frequentemente está associada direta 
ou indiretamente à variabilidade dos seres vivos. 
 Os segmentos de tempo que marcam mudanças podem ser classificados em duas categorias: 
 Mudanças rápidas: associadas com uma simplificação do sistema, como a queda de meteoritos. 
 Mudanças lentas: que incrementam pouco a pouco a organização e conduzem a motivos de 
distribuição relativamente persistentes, como os batimentos frequentes de ondas nos costões 
rochosos. 
 A Biosfera está sujeita a um processo de sucessão generalizado, interrompido ou pontuado por 
desastres e catástrofes, ocasionando mortes e mudanças, resultando em renovação na distribuição 
das espécies. 
 Em Ecologia observamos que tudo afeta tudo, devido as interações. 
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 Para estudo e compreensão do funcionamento dos sistemas naturais, é preciso lançar mão de vários 
outros campos de estudo, como a Evolução, Fisiologia, Matemática, Geologia, Geomorfologia e etc. 
 A Ecologia está dividida em três níveis fundamentais de hierarquia: 
 Os organismos; 
 As populações de organismos; 
 As comunidades de populações. 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 3 – Níveis de organização e o estudo ecológico. 
 
 
 Espécie é o conjunto de populações naturais intercruzantes, que são isolados reprodutivamente de 
outros grupos. 
 Os níveis de organização dividem-se em quatro grupos: 
1. Indivíduos; 
2. Populações; 
3. Comunidades; 
4. Ecossistemas. 
 
 Indivíduo: entidade representante de uma espécie localizada espacial e temporalmente, com começo 
e fim no tempo. 
 População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie em um determinado local. 
 Comunidade: conjunto e populações presentes no mesmo local que normalmente interagem. 
 Ecossistema: interação de organismos (fatores bióticos) com fatores abióticos (temperatura, 
umidade, solo e etc.). 
 
 Cada nível de organização possui peculiaridades no que tange a características e propriedades. 
 Densidade: número de indivíduos por unidade de área ou volume. 
 Razão sexual: correlação entre número dos gêneros. 
 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 4 - O meio ambiente: introdução aos fatores físicos e aos fatores limitantes 
 
 
 O meio ambiente é integrado por dois grandes fatores, o biótico e abiótico. 
 O componente biótico representa os organismos vivos. O componente abiótico representa os fatores 
físicos (luminosidade, temperatura, ventos, pressão) e químico (elementos químicos presente na água, 
no solo e etc). 
 Um fator ambiental é sempre externo a um dado organismo e que atua sobre ele. 
 Região polar: baixa incidência de radiação solar, pouca produção de calor, baixa evaporação da água 
ocasionando baixa umidade do ar. 
 O ambiente físico condiciona até certo grau a distribuição e sobrevivência dos organismos pelos 
ecossistemas da Terra. 
 As condições abióticas estabelecem limites à vida na Terra. 
 São as variações de insolação que influenciam as principais características abióticas: luz, temperatura 
e umidade. 
 O conceito de fatores limitante é encontrado com o estudo em conjunto das características abióticas 
e demais elementos naturais. 
 Em condições constantes, o recurso nutritivo de uma planta tende a ser um fator limitante, devido por 
exemplo a erosões. 
 Em um sistema ecológico apenas a matéria circula, já a energia segue um fluxo único, transformando-
se em energia cada vez menos aproveitável. 
 Um fator ambiental só pode ser considerado limitante quando estiver presente em pouca quantidade, 
próximas ao mínimo requerido para o funcionamento dos organismos. 
 Organismo esteolalino (do grego stenós - estreito), suporta pequenas variações de salinidade em seu 
ambiente. Já o organismo eurialino (do grego eurús - largo), suporta maiores variações. Da mesma 
forma os organismos estenotérmicos e euritérmicos quando a variação de temperaturas. 
 Fatores importantes em ambiente terrestres: iluminação, temperatura e umidade. 
 Fatores importantes em ambientes aquáticos: iluminação, temperatura e salinidade. 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 5 – Fatores abióticos: luz e temperatura 
 
 A luz funciona como estímulo de medida de tempo em vegetais e animais. 
 Muitas limitações ecológicas das plantas estão relacionadas ao regime de luminosidade ambiental. 
 Além da luz outros fatores limitantes são importantes, como a água e disponibilidade de nutrientes. 
 A temperatura é outro fator importante, principalmente quando relacionados a seus extremos. 
 Quanto menor o comprimento de onda, maior a sua frequência e energia. 
 Ondas pequenas e de alta frequência tem alto poder de penetração. 
 A luz visível além de agir como fonte de energia, regula a vida dos vegetais estabelecendo a orientação 
de seu crescimento. 
 A primeira lei da termodinâmica, denominada conservação da energia, afirma que a energia pode ser 
transformada de um tipo em outra, mas não pode ser criada em destruída. 
 A segunda lei denominada de entropia, afirma que nenhum processo envolvendo transformação de 
energia ocorre espontaneamente, a menos que a energia seja degrada de uma forma mais consistente 
para uma mais dispersa. 
 O processo de fotossíntese produz energia de tipo potencial, que será transformada ao ser consumida 
por outros organismos. 
 A variação de luz e temperatura no decorrer das estações do ano influenciam processos como 
maturação dos frutos, floração, troca de penas em aves, ritmo de trabalho de insetos e etc. 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 6 – Fatores abióticos: umidade e salinidade 
 
UMIDADE 
 
 Os organismos investem energia para se manterem longe do equilíbrio térmico com o meio. 
 A passagem de líquidos e substâncias através da membrana plasmática celular se chama osmose. 
 Pela capacidade de quebrar e dissolver diversos compostos, a água é conhecida como solvente 
universal. 
 A água é responsável por relativa estabilidade térmica das plantas, permitindo a absorção de 
considerável quantidade de radiação sem alterar consideravelmente a temperatura. 
 Por possuir um alto calor especifico, a água precisa absorver muita energia para aumentar sua 
temperatura, da mesma forma, precisa liberar muita energia para diminuir sua temperatura. 
 O calor específico é a quantidade de calor necessária para altera em 1ºC a temperatura de uma 
substância química. 
 A tensão superficial da água é obtida pela força de ligação de suas moléculas. 
 As principais relações hídricas nas plantas envolvem: 
 Água de hidratação: gira em torno de 5 e 10% de toda água da célula. 
 Água de estoque: encontra-se no interior dos compartimentos celulares que são reservatório de 
soluções. 
 Água intersticial: meio de transporte nos espaços intracelulares 
 Água vascular: meio de transporte de elementos condutores dos tecidos. 
 Os processos básicos do balanço hídrico das plantas são a transpiração, absorção e transporte de água 
das raízes até as superfícies transpirantes. 
 A perda de águapelas plantas pode ocorrer por vapor (transpiração) e sob forma líquida (gutação) 
 A temperatura e a umidade relativa do ar são duas influências diretas no processo de transpiração. 
 A umidade absoluta é a quantidade de água no ar e a umidade relativa é a quantidade rela de vapor 
d'água presente no ar comparada quando o mesmo está totalmente saturado. 
 A evotranspiração é considerada um subsídio de energia. 
 Subsídio de energia é qualquer fonte que não a solar, que reduza o custo de automanutenção interna 
do ecossistema. 
 
SALINIDADE 
 
 A salinidade pode ser definida como a concentração de sais em determinada quantidade de líquido, 
normalmente a água. 
 A difusão e a osmose são dois processos passivos por não haver gasto de energia. 
 Osmose é o fenômeno em que ocorre difusão de água em maior quantidade da solução hipotônica 
para a hipertônica, através de uma membrana semipermeável. 
 A retenção de íons é crítica para organismos terrestres e de água doce, e isto é feito com gasto de 
energia. 
 Os animais terrestres adquirem íons da água que bebem e dos alimentos, mas devido a deficiência de 
sódio, é necessário usar fontes minerais como as salinas, de onde vem o sal de cozinha. 
 As plantas absorvem os íons da água do solo pelas suas raízes. No entanto, em ambientes salinos 
bombeiam o excesso de volta, funcionando as raízes como os rins dos animais. Em situações extremas, 
as plantas secretam o excesso de sal pelas folhas, como ocorre nos manguezais. 
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 Os sais no ambiente podem ser advindos de duas fontes: erosão de rochas e deposição do material 
atmosférico. 
 A de deposição de sal a distância feita pelo vento é chamada de salsugem. 
 A atividade de irrigação de cultivos em escala comercial contribui para a perda de produtividade do 
solo, devido a disponibilidade de sais após a evaporação desta água. 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 7 – Substratos sólidos: solo e sedimentos 
 
 Principais constituintes dos solos e sedimentos: 
 Solo: sólidos inorgânicos e orgânicos e poros com água e ar. 
 Sedimentos: sólidos inorgânicos e orgânicos e poros com água. 
 A formação dos solos e sedimentos ocorre por processos interativos físicos, químicos e biológicos sobre 
uma rocha matriz. 
 Fatores como a natureza da rocha matriz, a ação do clima, da biota e relevo, são importantes para a 
formação e caracterização dos solos. 
 Em ambiente marinho a formação de rochas calcárias pode ocorrer em sentido inverso ao intemperismo 
e à fragmentação de rochas devido a ação de certos organismos. 
 Basicamente a circulação de nutrientes é suportada por: processos físicos (gravidade, ventos correntes) 
e processos biológicos: (exsudatos e excretas por organismos animais e vegetais). 
 A textura de solos e sedimentos se relaciona à composição granulométrica, isto é, a participação relativa, 
baseado por peso de diferentes classes de tamanho de partículas. 
 Os tipos de água que podem ser encontradas nos solos são: água livre, água retida, água higroscópica e 
água combinada às matrizes sólidas. 
 Os vegetais criam estratégias no tocante a economia de água, por exemplo: transformação de folhas em 
espinhos, folhas coriáceas, presença de pelos e cutículas, produção de resinas impermeáveis, estômatos 
na face inferior das folhas, metabolismo C- e CAM. 
 As vantagens do metabolismo CAM e C-4 são: 
 Alta taxa fotossintética 
 Ausência de fotorrespiração 
 Alta eficiência na utilização de água 
 Alta tolerância salina 
 Baixo ponto de compensação para CO2. 
 Os horizontes de solo são: 
 O: delgado e rico em matéria orgânica. (serrapilheira ou folhiço) 
 A: Maior zona de atividade biológica. 
 B: Composto por carbonatos, compostos de ferro, argilo-minerais e etc. 
 C: constituído por fragmentos de rocha matriz, pobre em material orgânico, as vezes com presença de 
raízes. 
 O equilíbrio estacionário do solo se dá quando as perdas por lixiviação, erosão e assimilação biológico 
equivalem ás entradas proporcionadas pelo intemperismo de rochas, deposição úmida e seca, e pela 
mineralização da matéria orgânica morta. 
 Como exemplo de um impacto antrópico relacionado aos solos em nossa região é a queimada de cana 
para sua colheita. A queimada extermina muitos organismos e microrganismos que contribuem direta 
ou indiretamente para enriquecimento do mesmo. Além de ficar exposto diretamente a processos 
erosivos, sendo sempre necessário a fertilização química do mesmo, que em excesso provocará outro 
impacto, a eutrofização. 
 
 
 
 
 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 8 – Adaptações 
 
 
 Os atributos dos indivíduos mudam ao longo do tempo através do processo de evolução. 
 Os sistemas biológicos mudam continuamente a estrutura e o funcionamento dos organismos através das 
gerações. 
 Os organismos evoluem em resposta às características do meio em que vivem, incluindo condições físicas 
dominantes (fatores abióticos), quanto a outras espécies com as quais interage (fatores bióticos). 
 As características estruturais e funcionais que moldam um organismo às condições do meio ambiente são 
chamadas de adaptações. 
 Os três aspectos importantes relacionados aos organismos e ao seu meio são: a área, o habitat e o nicho 
ecológico. 
 Área: é o espaço geográfico que a espécie ocupa, cujos limites podem ser climáticos, fisiológicos ou 
ambos. 
 Habitat: é o espaço físico onde o organismo efetivamente vive. Alguns tipos de plantas só são encontradas 
em determinadas altitudes. 
 Nicho: inclui o espaço físico (habitat) e o que ele faz para sobreviver, incluindo sua relação com outros 
organismos. 
 A estrutura chamada cutícula nas plantas evita a entrada e perda de água, e não permite também a 
entrada de nutrientes dissolvidos nem trocas gasosas. Para solucionar os problemas das trocas elas 
desenvolveram os estômatos, que são pequenas aberturas nas cutículas e que controlam as trocas. 
 As adaptações que as plantas aquáticas desenvolveram para poderem sobreviver em meio terrestre 
compreende caracteres morfológicos como: cutícula, estômato, tecido vascular, de sustentação e etc. 
 Os atributos adquiridos pelos indivíduos e bem ajustados a seu meio, são passados para os descendentes 
e preservados. 
 A seleção natural expressa três importantes propriedades da vida e suas relações com o meio: 
1. Variação genética 
2. Herança 
3. Ajustamento evolutivo 
 Importante salientar que o ajustamento evolutivo não está restrito a seleção natural, pois vai além disto. 
O meio é o molde fazendo com que através das interações entre os seres vivos e seus ambientes resultam 
em diferentes capacidades, aptidões de sobrevivência e por consequência sucesso reprodutivo entre 
indivíduos com diferentes atributos. 
 No processo de seleção artificial o agente de seleção é o homem. 
 As adaptações de um organismo em suas formas fisiológicas e de comportamentos não podem ser 
facilmente separadas do ambiente em que vivem, devido sua influência. 
 A predação é um importante fator de adaptação, porque a relação predador-presa faz com que o 
predador regule os padrões de abundância de suas presas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 9 – Transferência de energia e biomassa I 
 
 O Princípio das Propriedades Emergentes postula que quando componentes e subconjuntos se 
combinam formando sistemas funcionais maiores, surgem novas propriedades. Há casos em que a soma das propriedades das partes não é igual às propriedades do todo. 
 Sadi Carnot foi quem formulou pela primeira vez o segundo princípio da termodinâmica. Este princípio 
diz que em sistemas fechados, como nas máquinas térmicas, os fenômenos físicos tendem a ir da ordem 
para desordem, alcançando o equilíbrio. 
 No final do século XIX, o pensamento evolucionista mostrava que o universo vivo caminha da desordem 
para ordem, ou seja, o oposto da entropia. 
 Bertalanffy observou que no mundo vivo, ao contrário das máquinas, o sistema é aberto, mantendo-se 
afastado do equilíbrio. 
 Um sistema aberto é aquele que além da saída (s), recebe entrada de matéria e energia de outro (s) 
sistema (s). E este fluxo de energia é responsável por manter os sistemas vivos longe do equilíbrio. 
 Na década de 70 o químico Ilya Prigogine reavalia a segunda lei aprimorando as ideias de Bertalanffy por 
meio da definição das "estruturas dissipativas" dos sistemas em auto regulação energética. 
 As estruturas dissipativas dos sistemas vivos são responsáveis pela dissipação de energia ao longo do 
processo de entrada, assimilação e transformação no interior dos organismos. 
 Em uma cadeia ou teia alimentar a medida que um indivíduo de um nível trófico se alimenta de outro de 
nível inferior, parte da energia contida nos nutrientes é dissipada em forma de calor pela respiração, 
como resíduo por meio da excreção e por fim pela decomposição por organismos decompositores como 
fungos, bactérias e artrópodes de animais e plantas mortas, quebrando em nutrientes básicos que serão 
disponibilizados para as plantas. 
 A Teoria Gaia sustenta que os organismos, principalmente os microrganismos evoluíram junto com o 
ambiente físico, formando um complexo sistema que mantem as condições favoráveis de vida na Terra. 
 Hoje já se sabe que tanto os organismos se adaptam a seu ambiente físico como também adaptam o 
ambiente geoquímico às suas necessidades biológicas. 
 As cianobactérias eram os organismos fotossintetizantes primitivos, a cerca de 3,5 bilhões de anos, 
contribuindo para o aumento do nível de oxigênio no planeta e surgimento de organismos aeróbios. 
 
REAÇÕES BÁSICAS NAS TRANSFORMAÇÕES BIOLÓGICAS DA ENERGIA 
 
 Quando um átomo de carbono recebe elétrons de outro elemento ocorre a chamada reação de redução 
química. 
 Quando um átomo de carbono cede elétrons a outro elemento ocorre a oxidação. 
 Para armazenar a energia solar, as plantas reduzem o carbono gerando compostos fotossintéticos como 
a glicose (C6H12O6). 
 Para seu crescimento, as plantas e animais liberam energia desfazendo-se dos compostos fotossintéticos, 
oxidando o carbono novamente em CO2. 
 
BALANÇO QUÍMICO DA FOTOSSÍNTESE. A PRODUÇÃO PRIMÁRIA. 
 
 A fotossíntese une quimicamente dois produtos inorgânicos comum CO2 e H2O para formar um produto 
orgânico (C6H1206) liberando O2. 
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 O processo de fotossíntese significa o armazenamento da energia solar sob forma de energia potencial 
("presa") no alimento (glicose), que posteriormente será utilizada nos processos de crescimento da 
planta, sendo transformadas em gorduras, óleos e celulose por exemplo. 
 Nas plantas pode ser encontrado duas medidas de energia assimiladas: 
1. Produção bruta: energia total assimilada. 
2. Produção líquida: acumulada na biomassa. 
 A produção primária bruta e líquida e realizada pelos organismos produtores (autótrofos), e a secundária 
pelos consumidores (heterótrofos). 
 
UMA VISÃO RESUMIDA DO METABOLISMO VEGETAL 
 
 As enzimas catalisadoras desempenham um papel crucial dentro das células, que é o de aumentar a 
velocidade das reações químicas, e sem serem, no entanto, consumidas neste processo. 
 As enzimas são tão altamente especializadas que cada uma catalisa uma reação química específica. 
Catalisam em segundos o que um laboratório de química poderia levar meses para catalisar. E ainda 
assim, são as unidades mais simples da atividade metabólica. 
 As sequências multienzimáticas funcionam como uma esteira de montagem em que várias enzimas atuam 
de maneira consecutiva e interligada, podendo ocorrer a participação de 2 a 20 enzimas. Os produtos 
destas transformações são chamados de intermediários metabólicos ou metabólitos. 
 O metabolismo tem duas fases: catabolismo e anabolismo. 
 Catabolismo: degradação de moléculas, ocorrendo liberação de energia contida nas moléculas orgânicas. 
A energia liberada será armazenada nas moléculas de ATP e NADPH, sendo posteriormente utilizados no 
processo de anabolismo. 
 Anabolismo: fase construtiva do metabolismo. As pequenas moléculas são reunidas formando as 
macromoléculas, como as proteínas e os ácidos nucléicos. O processo construtivo ou biossíntese requer 
gasto de energia, sendo utilizado para isso a quebra de moléculas de ATP em ADP. 
 Fase clara da fotossíntese: clorofila e outros pigmentos absorvem energia radiante e a conservam em 
moléculas de ATP e NADP, liberando oxigênio. 
 Fase escura: O ATP e NADPH são utilizados para redução do dióxido de carbono, formando a glicose e 
outras moléculas orgânicas. 
 A fixação de CO2 na fase escura são de três tipos: em plantas C3, C4 e CAM. 
 
 
 
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 10 – Transferência de energia e biomassa II 
 
Fases da glicólise 
 1ª - Fase preparatória: Coleta das cadeias carbônicas das hexoses, frutose, manose, galactose 
transformando-as no gliceraldeído 3-fosfato. 
 A molécula de ATP cede fosfato e a glicose é fosforilada duas vezes. Primeiro no carbono número 6 e 
depois no carbono número 1, formando a molécula de frutose 1,6 difosfato. 
 A molécula de frutose 1,6 difosfato é quebrada ao meio gerando duas moléculas com 3 átomos de 
carbono, o gliceraldéido 3-fosfato. 
 Na segunda fase, as moléculas de gliceraldeído 3-fosfato após 10 reações são transformadas em duas 
moléculas de piruvato. 
 As duas moléculas de piruvato irão gerar duas moléculas de lactato. Sendo que as mesmas são formadas 
em condições anaeróbicas. Est tipo de reação ocorre cm os microrganismos de fermentação do leite e 
nos músculos dos vertebrados. 
 Além das moléculas de lactato, as duas moléculas de piruvato também irão gerar duas moléculas de 
etanol, juntamente com duas moléculas de CO2. Embora neste caso atuam outros tipos de 
microrganismos, as reações também ocorrem em meio anaeróbico. 
 O terceiro caminho das duas moléculas de piruvato se dá em condições aeróbicas, sendo o mesmo 
oxidado, liberando duas moléculas de CO2 e se transformando em duas moléculas de Acetil-CoA. 
 As moléculas de Acetil-CoA entrarão no ciclo do ácido cítrico (Ciclo de Krebs) gerando uma quantidade de 
energia maior que na glicólise. 
 
Ciclo de Krebs 
 O ciclo de Krebs ocorre nas mitocôndrias das células eucarióticas e no citoplasma das células 
procarióticas. 
 Ao contrário da glicólise que é linear, o ciclo de Krebs é um sistema enzimático circular. 
 O ciclo de Krebs é o processo de respiração celular, e os eventos mais importante ocorrem no estágio 3, 
onde são transportados os elétrons oriundos das voltas do ciclo e a fosforilação oxidativa, processos 
altamente liberadores de energia. 
 Os três estágios do ciclo de Krebs, devido sua ordenação, funcionam com uma verdadeira máquina de 
produção de ATP. 
 
Cadeias alimentares, redes alimentares e níveis tróficos 
 São conhecidos dois tipos básicos de cadeia alimentar. 
 Cadeia de pastagem: tem por base uma planta, passando por herbívoros e finalizando com carnívoros. 
 Cadeia de detritos: tem por fonte inicial queda de material morto no solo (Ex: serrapilheira), passando 
por microrganismos, detritívoros e finalmente seus predadores. As cadeias alimentares estão interligadas no ambiente, formando as chamadas redes alimentares ou 
redes tróficas. 
 Os seres humanos podem ser tanto consumidores primários quanto secundários. 
 Em todos ecossistemas cadeias de pastagem e de detritos estão interligadas. 
 Ao contrário do fluxo de energia que vai diminuindo à medida que percorre os níveis tróficos, algumas 
substâncias como por exemplo agrotóxicos, se tornam cada vez mais concentradas ao longo dos elos da 
cadeia alimentar. Esse processo é chamado de biomagnificação trófica. 
 
 
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Estrutura trófica e pirâmides ecológicas 
 A estrutura e a função tróficas podem ser mostradas graficamente através da utilização de pirâmides 
ecológicas. A base da pirâmide será sempre constituída pelos produtores, e os níveis superiores outros 
níveis tróficos. 
 Os tipos de pirâmide ecológicas são três: 
1. Pirâmide de números: representa o número de indivíduos em cada nível trófico. 
2. Pirâmide de biomassa: representa o peso total seco, valor calórico ou outra medida qualquer de material 
vivo. 
3. Pirâmide de energia: representa o fluxo energético e/ou a produtividade em níveis tróficos sucessivos. 
 As pirâmides de número ou biomassa podem ser totais ou parcialmente invertidas, ou seja, a base pode 
ser menor que as camadas superiores. Isso pode ocorrer quando os produtores são maiores que os 
consumidores. 
 O fluxo de energético representado na pirâmide de energia sempre estará de acordo com a segunda lei 
da termodinâmica, por isso a mesma nunca será invertida. 
 
Links de reforço: 
Glicólise: https://www.youtube.com/watch?v=yQn3yprg24w 
Pirâmides ecológicas: https://www.youtube.com/watch?v=yWhrdoXYWi4 
Ciclo de Krebs: https://www.youtube.com/watch?v=gOccRpE3AYk 
 
 
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 11 – Ciclos biogeoquímicos I 
 
 Ciclos biogeoquímicos envolvem uma ideia e migração/transformação cíclica de elementos/compostas 
químicos entre compartimentos biótico e abióticos, em função da participação de processos físicos, 
químicos, biológicos e geológicos. 
 Ciclo exogênico: ocorre na superfície do planeta. 
 Ciclo endogênico: associado a rochas de vários tipos. 
 
Ciclo do Carbono 
 Na Terra, a maior reserva de carbono encontra-se nos sedimentos e rochas da crosta. Ele representa 
99,9% de todo o carbono encontrado no planeta. Entretanto, é uma reserva estática, endogênica, inerte 
quimicamente, não sendo funcional às formas vivas. 
 Numa escala humana o ciclo do carbono citado acima tem importância ecológica mínima, uma vez que 
ele fica aprisionado nestes reservatórios aproximadamente 100 milhões de anos. 
 O carbono ativo na superfície do planeta corresponde a 0,1%, sendo o maior estoque encontrado nos 
oceanos na forma de carbono inorgânico dissolvido (CID). 
 Outros estoques de carbono na superfície terrestre são: 
a. Carbonatos e húmus dos solos. 
b. Dióxido de carbono atmosférico e em menor quantidade ao metano. 
c. Plantas terrestres. 
d. Material orgânico dissolvido presente nos oceanos e outros ambientes aquáticos, referido como carbono 
orgânico dissolvido (COD). 
 
 Os fluxos globais de carbono associados à produção primária e à mineralização 
(respiração/decomposição) da matéria orgânica, regulam em grande parte os estoques de carbono 
reduzido e oxidado nos reservatórios superficiais. 
 O clico redox do carbono apresenta uma ligação intrínseca com o ciclo de outros elementos 
biogeoquimicamente relevantes, como o do N,P,S e O. 
 Vários organismos participam do ciclo do carbono, tanto os aeróbios, que representa a maior parte, 
quanto os fototróficos, quimiolitrotróficos e quimiorganotróficos. 
 O carbônico orgânico pode compor moléculas refratárias (ou recalcitrantes) e lábeis. 
a. Moléculas refratárias: apresentam resistência relativamente elevada à degradação microbiológica, e são 
especialmente metabolizadas por organismos anaeróbios. 
b. Moléculas lábeis: São mais susceptíveis a ação enzimática, como as proteínas, carboidratos e lipídeos, 
preferencialmente oxidadas em ambientes óxico. 
 Considerando a escala de tempo geológico, observa-se que a medida o nível de oxigênio atmosférico 
aumentava, concomitantemente diminuía o nível de CO2. No entanto, a partir da revolução industrial os 
níveis de CO2 atmosférico cresceram consideravelmente até os dias atuais. 
 Como o CO@ é um "gás-estufa", ele absorve parte da radiação eletromagnética emitida da superfície da 
Terra em direção à atmosfera contribuindo desta forma para o aumento do aquecimento global, que por 
sua vez contribui para alteração do padrão climático atual, provocando impactos a nível global. 
 As ações antrópicas têm contribuído enormemente para o aumento do CO2 atmosférico. Haja visto que 
parte do carbono que a princípio estava inerte em meio as rochas, agora está sendo emitido para 
atmosfera devido a queima de combustíveis fósseis. Além deste fator, o desmatamento das florestas com 
fins madeireiros e criação de novas áreas de cultivo e pastagem, também tem contribuído para o aumento 
do nível CO2 atmosférico. 
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Ciclo do nitrogênio 
 O nitrogênio assume um papel relevante na composição de biomoléculas vitais. Na forma orgânica 
compõe os aminoácidos, peptídeos, proteínas, ácidos nucleicos e etc. 
 Na natureza, microrganismos fixadores de nitrogênio atuam como intermediários disponibilizando 
nitrogênio para outros incapazes de realizar a fixação do mesmo. 
 Os organismos fixadores de nitrogênio não são muito numerosos, sendo principalmente representados 
por uma série de cianobactérias e outros procariontes aeróbios. 
 O maior estoque de nitrogênio se encontra aprisionado nas rochas e comparativamente, é 2,5 vezes maior 
que o estoque de carbono no mesmo reservatório. 
 Da mesma forma, na atmosfera, o estoque de nitrogênio é muito superior ao de carbono. 
 O fluxo do mesmo, considerando processos orgânicos como de fixação pelas plantas e fito plâncton 
marinho, é consideravelmente menor se comparado ao carbono. 
 A principal via natural e biológica de fixação o nitrogênio atmosférico é realizado por meio de organismos 
procariontes nitrificantes como as bactérias. No entanto, o mesmo também tem sido disponibilizado para 
solo de forma antrópica, como na fertilização nitrogenada de cultivos, cultivos de leguminosas, 
queimadas e etc. 
 Essas ações antrópicas contribuem para a eutrofização de lagos, rios, lagoas e sistemas costeiros, 
provocando o bloom de algas. Além de contribuir para ocorrência de chuva ácida, destruição da camada 
de ozônio e etc. 
 
Ciclo do fósforo 
 Apesar de não possuir fase gasosa, parte do mesmo pode ser transportado via atmosférica pelo vento, 
contido nas partículas de poeira fosfatadas liberadas do solo e rochas. 
 Comparado ao C e N, seu ciclo global é eminentemente lento, endergônico, sendo essencialmente dirigido 
do continente para os oceanos. Seu retorno para o continente se dá através do ciclo das rochas. 
 Assim como o C e o N, também é um elemento essencial (macro nutriente), porém requerido em menor 
quantidade que o C e o N. 
 Na matéria viva está presente nos ácidos nucleicos, moléculas ADP-ATP, coenzimas nucleotídicas (NADP), 
fosfolipídeos e etc. 
 A presença de compostos artificiais de P nos ambientes terrestres e aquático está relacionada 
principalmente ao emprego de inseticidas organofosforados em culturas agrícolas, os quais, de um modo 
geral, são extremamente tóxicos aos organismos. Outras formas artificias derivam da fertilização agrícola, 
esgotos domésticos e industriais, desmatamento e erosão de solos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 12 – Ciclos biogeoquímicos II 
 
Ciclo da água (Hidrológico) - Uma apresentação geral 
• Apesar de estar presente em todas as geosferas, quantitativamente o ciclo hidrológico é essencialmente 
exogênico (associado as superfícies do planeta) e físico (exossomático, abiótico). 
• Essencialmente, a radiação solar governa a distribuição dos principais estoques e fluxos da água na Terra. 
• Outros fatores igualmente importantes para a definição de ciclo hidrológico na Terra relacionam-se: 
a. Inclinação do eixo polar; 
b. Movimentos de rotação e translação; 
c. Distribuição de terras emersas e oceanos. 
 
• A participação crescente de gases-estufa na atmosfera pode perturbar as relações entre temperatura, 
ciclo hidrológico e o clima da Terra. 
 
Ciclo hidrológico: Ambiente e vida 
• Dentre os principais processos de fluxo cíclico de água destacam-se os fenômenos de precipitação e 
evaporação. 
• O nível de precipitação atmosférica supera o nível de evaporação/evapotranspiração dos continentes, 
resultando num excedente para os continentes reunido. Este "excedente indica o potencial teórico 
aparente, de água de circulação aproveitável, anualmente disponível para usos múltiplos como na 
agricultura, indústria, consumo doméstico e etc. 
• Nos sistemas terrestres, a distribuição e os regimes hidrológicos em todo o planeta influenciam e dão 
suporte à distribuição de espécies biológicas, que expressam adaptações compatíveis com os padrões 
estabelecidos. 
• A distribuição de Biomas terrestres, exemplificam relações com a disponibilidade de água (e condições 
de temperatura) em função, por exemplo, dos índices de precipitação anual nas várias regiões do planeta. 
• O temo bioma está associado a um tipo de ecossistema caracteristicamente identificado por uma 
comunidade biológica (biocenose). Um ótimo exemplo de bioma são os ecossistemas formados por 
típicas comunidades vegetais (fitocenose), como são a tundra, a caatinga, ou as florestas 
 
O papel das plantas na economia de água 
• A vegetação terrestre tem um importante papel na regulação (retenção/liberação) e consequentemente, 
nas taxas de escoamento de água sub e superficial, afetando a economia de água nos ambientes. 
A ausência de cobertura vegetal em solos favorece e/ou intensifica não só as taxas de evaporação, mas 
também o transporte superficial e a exportação de material dissolvido e particulado (ex. nutrientes, 
argilominerais) para ecossistemas aquáticos adjacentes. 
 
Texto complementar 2. O que é desertificação? 
 
• A desertificação foi definida como sendo a degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas 
secas resultantes de fatores diversos tais como as variações climáticas e as atividades humanas. 
• No que diz respeito às ações de degradação da terra induzidas pelo homem, deve-se entendê-la como 
tendo pelo menos cinco componentes: 
a) degradação das populações animais e vegetais (degradação biótica ou perda da biodiversidade) de 
vastas áreas do semiárido devido à caça e à extração de madeira; 
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b) degradação do solo, que pode ocorrer por efeito físico (erosão hídrica ou eólica e compactação causada 
pelo uso da mecanização pesada) ou por efeito químico (salinização ou sodificação); 
c) degradação das condições hidrológicas de superfície devido à perda da cobertura vegetal; 
d) degradação das condições geohidrológicas (águas subterrâneas) devido a modificações nas condições 
de recarga; 
e) degradação da infraestrutura econômica e da qualidade de vida dos assentamentos humanos. 
 
Ciclo do Oxigênio 
• A concentração média de oxigênio atmosférico que observamos hoje deriva de um processo biofísico 
lento, mas foi cumulativo e evolutivo, cujo início se deu aproximadamente há 3 bilhões de anos. 
• O atual "saldo" (estoque) de oxigênio atmosférico (~ 21% da concentração de gases na atmosfera), 
resulta, do balanço excedente entre produção biológica sobre o consumo químico e biológico de oxigênio 
no Planeta. Entretanto, há milhares de anos, a concentração de oxigênio na atmosfera encontra-se em 
estado relativamente estacionário, isto é, onde ganhos e perdas se equivalem. 
• Na atmosfera, encontramos o maior reservatório bioativo de oxigênio (37.000 Pmoles), sendo ~200 vezes 
maior que o oxigênio encontrado nos oceanos ou na biota viva. 
• Os principais processos biológicos de absorção e liberação de gás oxigênio relacionam-se 
respectivamente, à mineralização e à fotossíntese oxigênica. Estes processos são antagônicos e se 
complementam para formação do ciclo biológico do oxigênio. 
 
Ciclo do Enxofre 
• Como constituinte da matéria viva, o enxofre participa da estrutura de muitas proteínas, sendo do ponto 
de vista biológico um elemento essencial. Entretanto, o requerimento de enxofre pela matéria viva é 
relativamente pequeno quando comparado a outros elementos maiores como C, H e N. 
• A circulação global, envolvendo o reservatório atmosférico, e os baixos requerimentos exigidos pela biota 
em geral faz do enxofre um elemento normalmente não limitante aos organismos, especialmente para 
os eucariontes. 
• O maior estoque de enxofre encontra-se em sedimentos e rochas da crosta terrestre, na forma inorgânica, 
como sulfatos e sulfetos minerais (ex.: respectivamente, CaSO4 e FeS2). Contudo, a maior reserva bioativa 
encontra-se nos oceanos, na forma de sulfato inorgânico 
 
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Resumo: Aula 13 – Sucessão ecológica 
 
Introdução 
• Segundo Odum, sucessão ecológica envolve mudanças na estrutura das espécies e nos processos da 
comunidade ao longo do tempo. 
• Segundo Margalef, quando não incidem perturbações externas ao ecossistema, as mudanças tomam 
características de um aumento de organização ou, pelo menos, de complexidade desse ecossistema. 
 
As diferentes formas de sucessão 
• Sucessões autogênicas: Quando as mudanças sucessionais são determinadas, em grande parte, por 
interações internas, originadas no interior do ecossistema. 
• Sucessão alogênica: Quando forças (geradas externamente) como tempestades e incêndios afetam ou 
controlam regularmente as mudanças. 
• Sere: sequência inteira de comunidades que se substituem umas às outras numa determinada área. 
• Na sere, as comunidades relativamente transitórias, que serão substituídas, denominam-se estágios 
serais, estágios de desenvolvimento ou estágios pioneiros. 
• O sistema final, estabilizado em termos de passos sucessionais é denominado clímax, que persiste até ser 
afetado outra vez por perturbações internas ou externas. 
• Sucessão autotrófica: é aquela em que os indivíduos que colonizam o ambiente são plantas verdes 
fotossintéticas, ao contrário de uma sucessão heterotrófica, em que P < R. 
• Numa sucessão heterotrófica, os organismos pioneiros são bactérias e fungos. 
• Sucessão primária: quando ocorre em um substrato previamente desocupado. 
• Sucessão secundária: quando ocorre em área que foram previamente ocupados, como um campo 
agrícola. 
• Nos primeiros estágios de uma sucessão autotrófica, com um ambiente predominantemente inorgânico 
(solo nu), a taxa primária ou de fotossíntese total bruta (P) é maior que a taxa de respiração da 
comunidade. Assim, (P/R) é geralmente maior que 1. 
• Já em um tanque de esgoto, temos um ambiente predominantemente inorgânico, e neste caso, a razão 
(P/R) é menor do que 1 e a sucessão é chamada de heterotrófica, porque bactérias e outros organismos 
heterotróficos são os primeiros a colonizarem tais ambientes. 
• As entradas alogênicas em uma sucessão, são capazes de inverter,modificar e até sustar as tendências 
do processo em andamento. Um bom exemplo é a eutrofização de um lago a partir do exterior. 
• Quando os processos alogênicos superam em muito os processos autogênicos, o sistema, além de não se 
estabilizar, pode simplesmente se transformar em um brejo ou mesmo numa comunidade terrestre, 
devido ao forte acúmulo de matéria orgânica e sedimentos 
• As forças autogênicas funcionam como uma entrada interna ou retroalimentação que, geralmente, leva 
o sistema em direção a algum estado de equilíbrio. 
 
Sucessão e ciclagem de nutrientes 
• Índice de ciclagem: relação entre a entrada e a saída de nutrientes no sistema. 
• A influência do desenvolvimento sucessional nesse índice seria o seu contínuo aumento durante a 
maturação do sistema, ou seja, durante os estágios sucessionais que levam o sistema ao clímax. 
 
 
 
 
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A substituição de espécies 
• As séries sucessionais (seres) normalmente se caracterizam por uma contínua substituição de espécies. 
• Alguns pesquisadores conduziram estudos de sucessão em animais e plantas (dunas do Lago Michigan), 
de modo que os resultados demonstraram mudanças nas espécies de animais e plantas, de acordo com 
a idade crescente das dunas. Espécies presentes no início foram substituídas por outras espécies 
diferentes nas comunidades mais antigas. 
• A sucessão pode ser interrompida quando o vento enterra com areia as plantas e a duna começa a se 
mover, cobrindo totalmente as plantas no seu caminho. Esse é um bom exemplo de interruptor ou 
inversor característico de perturbações alogênicas, sobre as quais já falamos anteriormente. 
 
Generalizações finais sobre a sucessão 
1. Geralmente, tanto a biomassa quanto a produção (P) aumentam separadamente e com velocidades 
diferentes, com possíveis irregularidades. 
2. A massa de heterótrofos aumenta em relação com a biomassa total, e as cadeias tróficas aumentam de 
tamanho, atingindo 5 ou mais “elos”, em parte relacionadas com o desenvolvimento vertical do 
ecossistema. 
3. Aumento progressivo da complexidade estrutural do sistema. 
4. Quando a taxa de renovação se torna mais lenta com o aumento da sucessão, os organismos também 
aumentam seu controle sobre os ciclos dos elementos químicos. 
5. Finalmente, o tema da auto-organização. Na sucessão, assistimos à passagem de um estado energético 
inicial para uma situação de maior complexidade, na qual há menos energia disponível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 14 – Biomas 
 
• A Biogeografia relaciona-se intimamente com a Ecologia, a Geologia e a Paleontologia, pois alguns tipos 
de respostas para explicar a distribuição de organismos são mais ecológicos, enquanto outras são mais 
históricas. 
• Para os ecólogos, a história biológica levanta dois problemas potenciais, segundo Ricklefs (1996). O 
primeiro é que a estrutura e o funcionamento dos organismos podem tanto ser influenciados pela 
ancestralidade como pelo ambiente local. O segundo problema levantado pela história biológica é que a 
história e a Biogeografia também afetam a diversificação de espécies. 
• Até 600 milhões de anos atrás, todos os seres vivos eram de habitat aquático e viveram num período 
marcado por poucas atividades geológicas na crosta terrestre. 
• No Siluriano (420 milhões de anos atrás), surgem as primeiras plantas e animais terrestres. 
• Com o aparecimento dos vegetais e animais em ambientes terrestres, teve início a formação dos solos 
orgânicos. Plantas e animais estabelecidos sobre substratos inconsolidados (fragmentos de rochas, como 
areias e argilas), começam a receber matéria orgânica morta que se mistura aos grãos, retendo água e 
nutrientes. 
• O Devoniano (400 milhões de anos atrás) é também conhecido como a Idade dos Peixes, por abrigar 
grande radiação de peixes, surgindo primeiro os ósseos e depois os cartilaginosos. 
• As terras do Norte começam a se consolidar no que seria mais tarde o grande continente Laurasia. Neste 
período, surgem as florestas mais antigas, dominadas por pterófitas. 
• Na passagem carbonífero-permiano, extensas florestas de plantas vasculares de 30-40 metros de altura, 
flora de terras quentes e úmidas, indicam a existência de uma zona tropical em Laurasia, com 
representantes encontrados nos Estados Unidos da América, Grã-Bretanha e Alemanha. 
• No Jurássico, a crosta terrestre inicia um processo de grandes mudanças com a fragmentação e formação 
de novos oceanos. Inicialmente, o Atlântico Norte surge entre a América e a Eurásia. 
• Há cerca de 135 milhões de anos, no início do Cretáceo, os continentes do Norte que formavam a Laurasia 
separam-se dos continentes do Sul que formavam o Gondwana. 
• Tanto a dispersão como a disjunção de populações pela tectônica de placas ou pela extinção de 
populações intermediárias influenciaram a distribuição das espécies. A composição de organismos de 
qualquer região tem uma história de diversificação endêmicas, de disjunção e invasão de diferentes 
grupos de uma ou mais regiões em diferentes tempos do passado. 
• As mudanças na configuração de terras e mares promovem alterações climáticas e estas imprimem uma 
dinâmica à biota regional, extinguindo grupos de seres vivos e proporcionando expansão de área de 
ocorrência a tantos outros. 
• Assim, compreender a atual distribuição de organismos na Terra envolve conhecimentos de seus aspectos 
histórico e ecológico. 
• A descrição da vegetação está baseada na forma e tamanho das plantas que podem ser classificadas em 
quatro formas principais, a saber: 
1. Formas de crescimento: 
a. Árvores: plantas perenes que possuem um tronco principal e ramificações diversas. 
b. Arbustos: plantas lenhosas que apresentam grandes ramificações mais próximas ao solo; 
c. Lianas: plantas trepadeiras lenhosas que sobem e se servem das árvores para apoio, indo em busca de 
luz; 
d. Ervas: plantas que não possuem estrutura lenhosa, são pequenas, próximas ao solo; 
e. Epífitas: plantas que se servem de outras plantas como suporte, proporcionando-lhes a oportunidade de 
viver em locais onde a luz ocorre em abundância. 
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2. Tamanho e estratificação: 
• O predomínio de uma forma biológica vegetal dá ao ecossistema um aspecto, uma fisionomia 
determinada. Se predominam árvores, dizemos que se trata de uma floresta; se predominam as ervas, 
falamos em pradarias ou campos herbáceos. Se predominam os arbustos, mas possuem árvores esparsas 
e também herbáceas, temos as savanas. 
3. Grau de cobertura: 
• Além da estratificação, a cobertura resultante da estratificação determina a quantidade e a qualidade de 
luz que vai chegar ao solo e, consequentemente, às plantas que aí vivem. 
4. Periodicidade: 
• Está relacionado a perda ou não de folhas durante as estações. Estas perdas estão intimamente 
relacionadas a disponibilidade de água e temperatura. 
5. Produtividade: 
• Variações encontradas entre os biomas, devidas, principalmente às diferenças climáticas, tipos de solo, 
topografia e disponibilidade de água geram produtividades distintas entre os diferentes biomas. 
 
Biomas 
• Os Biomas são formações dotadas de características geográficas, ecológicas e fisionômicas distintas. A 
distribuição dos biomas terrestres, em boa parte, reflete a distribuição mundial das precipitações 
causadas pelo movimento global das massas de ar atmosférico. 
• Todo bioma possui uma vegetação própria e seus limites estão demarcados por diversos fatores, como a 
disponibilidade de energia radiante, a disponibilidade de água, a amplitude térmica, assim como suahistória ecológica e evolutiva. 
Deserto: 
• O bioma de deserto compreende regiões onde a precipitação alcança valores médios inferiores a 250mm 
ou em regiões com maior precipitação, mas distribuída muito irregularmente e ainda devido a altitudes 
muito elevadas. 
• As adaptações à escassez de água dos organismos do deserto, tanto animais como plantas, apresentam 
duas características: evitar a seca e conservar a água. 
Tundra Ártica: 
• A tundra ártica é o único bioma que forma uma faixa contínua, circumpolar. É um bioma sem árvores e 
se encontra praticamente representado no hemisfério setentrional. 
• O clima é controlado pelo ciclo anual de radiação polar. É caracterizado por invernos longos, frios e 
rigorosos e verões curtos e suaves. 
Pradaria: 
• O bioma da pradaria é composto por plantas dominantes de porte herbáceo. As árvores são raras e 
esparsas. As extensas áreas de pradaria alta, aquelas encontradas na América do Norte e América do Sul, 
estão identificadas com um clima úmido continental. 
• Constituem formações que tomam nomes diferentes: 
– Estepes: centro-leste da Eurásia; 
– Pradarias: centro-leste da América do Norte; 
– Veldt: pequeno trecho do sul da África; 
– Pampas: Argentina; 
– Campos: Brasil. 
• A vegetação natural é dominada por gramíneas, leguminosas e onde a precipitação é mais elevada as 
gramíneas podem alcançar até 2 metros de altura. 
• Savana: 
A savana arbustiva é formada por árvores esparsas, bem separadas entre si, permitindo o crescimento de 
uma densa camada formada por plantas herbáceas, principalmente gramíneas altas. 
• Estão, em sua maioria, relacionadas com o clima tropical seco. 
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• A vegetação da maior parte das savanas possui árvores relativamente baixas, muitas com as copas 
aplainadas, que podem ser decíduas ou perenes. Como toda vegetação tropical, tem uma flora rica e 
variada. 
• O bioma da savana na América do Sul vem representado pelos cerrados, que ocorrem no Brasil central e 
meridional. 
Floresta: 
• O bioma florestal inclui todas as regiões de florestas, formações, nas quais dominam as árvores, formando 
uma cobertura foliar que sombreia o solo. Frequentemente apresentam estratificação, com mais de um 
estrato. 
 
Floresta de coníferas ou Taiga 
• A taiga ou floresta de coníferas estende-se como um cinturão através da América do Norte e Eurásia. As 
plantas dominantes são coníferas com folhas em forma de agulha. É uma formação fechada, produz 
sombra no interior da mata, causando pouco desenvolvimento de arbustos e ervas. 
 
Floresta temperada ou Caducifólia 
• A floresta temperada caducifólia se originou no Terciário, quando se distribuía pela Europa, América do 
Norte e Ásia oriental. É um bioma encontrado nas regiões situadas entre os polos e os trópicos e situa-se 
logo abaixo das latitudes onde se encontra a taiga. 
• A cobertura vegetal, onde predominam as árvores, pode apresentar até quatro estratos, desde grandes 
árvores até plantas rasteiras. São características as faias, os carvalhos, os castanheiros, os abetos e os 
pinheiros. 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 15 – Biomas com ênfase no Brasil 
 
 
FLORESTA PLUVIAL TROPICAL 
• O bioma de floresta tropical ocupa uma zona de intensas precipitações que supera frequentemente os 
2.000 mm anuais e sempre os 1.500 mm, podendo chegar a 4.000 mm anuais. O clima é do tipo equatorial, 
quente e úmido, com temperatura variando pouco durante o ano, em torno de 26ºC. 
• Assim, nem a água, nem a temperatura representam fatores limitantes ao desenvolvimento de 
organismos. 
• No complexo florestal amazônico, a grande diversidade geológica, aliada ao relevo diferenciado, resultou 
na formação das mais variadas classes de solo, sob a influência das grandes temperaturas e precipitações, 
características do clima equatorial quente, superúmido e úmido. 
• A Floresta Amazônica vem se mantendo ao longo dos anos em função de sua capacidade de reciclar e 
conservar os baixos estoques de nutrientes disponíveis. 
• Os nutrientes concentram-se, basicamente, na vegetação e nos demais seres vivos e na camada de 
húmus, entre as quais se estabelece um ciclo muito fechado. 
• A queda de folhas associada aos animais e protistas mortos forma uma camada de folhas, serrapilheira, 
serapilheira ou folhiço. Este folhiço serve de alimento para uma fauna que fragmenta a matéria morta, 
aumentando a superfície de ataque de bactérias e fungos, tornando muito rápida a decomposição e, 
consequentemente, a liberação de nutrientes. 
• A floresta pluvial tropical é altamente estratificada. As árvores, geralmente, formam três estratos que se 
sobressaem sobre os demais. 
• Com uma concentração de produtividade nas copas das árvores ocorre uma profusão de vida animal a 
ela associada. Numa concentração de copas, lianas e epífitas, surge uma grande oferta de alimentos, local 
de abrigo e de acasalamento, possibilitando, assim a ocorrência da maior fauna arborícola do planeta. 
• O chamado domínio amazônico que cobre a maior parte das América do Sul e Central constitui, por sua 
extensão, o território de maior biomassa da Terra. Esta região se caracteriza pela riqueza de endemismos 
de famílias. 
 
Principais Formações Amazônicas 
 
Mata de igapó 
• A vegetação aí encontrada foi selecionada por suportar solo alagado e, consequentemente, mal arejado. 
 
Mata de várzea 
• Característica da Amazônia, localiza-se em terrenos holocênicos baixos e sujeitos a inundações periódicas 
na época das chuvas. 
• Tem composições variadas com sua maior ou menor proximidade dos rios e ocorre em terrenos mais ou 
menos elevados. 
 
Mata de terra firme 
• São florestas compactas, ficam em solos elevados, longe dos rios, onde não há habitualmente inundações. 
É onde vamos encontrar a maior variedade de espécies, as árvores de maior porte (podendo alcançar até 
60 metros de altura), entre elas a castanheira-do-pará. 
• Além destes três grupos principais há ainda as campinas, campinaranas, caatingas amazônicas e outras 
formações que fazem parte do Complexo Amazônico. 
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CAATINGA 
• É um ecossistema com domínio de climas semiáridos e apresenta grande variedade na paisagem. 
• A precipitação fica entre 200 e 800mm num regime de chuvas irregulares; o clima é dominado por uma 
longa estação seca, durante a qual a vegetação se mostra ressequida e acinzentada. 
• Caatinga é um nome genérico para designar um complexo de vegetação decídua e XERÓFILA, constituída 
de arvoretas e arbustos decíduos durante a seca e de cactáceas, bromeliáceas e ervas, estas quase todas 
anuais. 
• A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo 
de 2 metros). A vegetação é típica de clima seco. 
• No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas “ilhas de umidade” e solos férteis. São os 
chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Os brejos 
sustentam a avifauna, onde várias espécies nidificam. Essas áreas normalmente localizam-se próximas às 
serras, onde a abundância de chuvas é maior. 
• É um bioma único, pois, apesar de estar localizado em área de clima semiárido, apresenta grande 
variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. É importante você perceber que este 
também é um bioma regido pelo regime de águas (secas e cheias) e as estações são também definidas 
por estas características. 
 
PANTANAL MATO-GROSSENSE 
• O Pantanal Mato-grossense é a maior das extensões de planície inundável contínua da América do Sul, na 
bacia hidrográfica do Alto Paraguai. 
• Este é mais um bioma tropical que está fortemente regido pelo ciclo anual das águas, as cheiase vazantes 
da bacia do rio Paraguai. 
• O Pantanal é quente e úmido no verão; e frio e seco no inverno, com temperatura média anual em torno 
de 26ºC. 
• Quanto à vegetação, Silva et al. (2.000 determinaram 16 classes de formações fitofisionômicas, das quais 
as mais abundantes são campo, cerradão, cerrado, brejos, mata semidecídua, mata de galeria e vegetação 
flutuante. 
• Os ecossistemas são caraterizados por cerrados e cerradões sem alagamento periódico, campos 
inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra e rios. 
 
BIOMAS AQUÁTICO DE ÁGUA DOCE 
• Os biomas aquáticos de água doce são classificados em lóticos e lênticos. Os lóticos são caracterizados 
por águas correntes, são os rios e riachos. Os lênticos são caracterizados por água aprisionada, formando 
os diferentes tipos de lagos. 
 
Organismos dos rápidos 
• Os produtores primários nas águas correntes são basicamente algas que formam comunidades sobre as 
superfícies das rochas, o perifíton. 
• Os consumidores primários nos rápidos são principalmente larvas de insetos capazes de manter-se contra 
a velocidade da correnteza graças a seus corpos achatados, hidrodinâmicos e com órgãos tipo ganchos 
(larvas de simulídios e de tricópteros) ou ventosas que os prendem às pedras. 
 
Organismos de remanso 
• Os remansos ficam cobertos por sedimentos finos. Macrófitas aquáticas podem se fixar nas áreas mais 
calmas e o perifíton das rochas é substituído nos locais mais lentos por algas planctônicas. 
• Entre os consumidores primários, observam-se moluscos, caranguejos, anelídeos e larvas de insetos; as 
espécies de peixes podem ser substituídas por outras menos exigentes quanto a teor de oxigênio 
dissolvido e temperatura da água. 
 
 
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BIOMAS MARINHOS 
• O ambiente marinho é habitado por quase todos os grupos animais, sendo que alguns são exclusivos 
desse ambiente. Entre os vegetais, 12 filos ocorrem nos mares, sendo que apenas 5 ocorrem em 
ambientes terrestres ou em água doce. Os mares são as regiões com a maior variedade de vida do planeta. 
Nem as florestas tropicais igualam-se às regiões litorâneas em produtividade primária. 
• A produtividade primária, seja ela em plantas terrestres ou marinhas, é controlada por diversos fatores 
físico-químicos, dentre os quais destacam-se a luz, a temperatura, a disponibilidade de nutrientes, a 
qualidade do solo e o suprimento de água. 
• Os movimentos das massas d’água afetam a disponibilidade de luz e nutrientes. Assim, nos ecossistemas 
marinhos, as interrelações entre luz, nutrientes e hidrografia fazem derivar todos os padrões de produção 
primária global. 
• A quantidade de carbono existente nos oceanos é cerca de 60 vezes maior que a quantidade deste 
elemento na atmosfera. 
• Nos mares mundiais, a fixação de carbono se dá basicamente pela fotossíntese, pela captação do CO2 
dissolvido na água e pela subsequente incorporação às cadeias alimentares PELÁGICAS. 
• Os recifes de coral são ecossistemas resultantes de construções biológicas. 
• São considerados verdadeiros “oásis” de produtividade nos oceanos, pois possuem características 
especiais de grande produtividade, apesar de se localizarem muitas vezes em regiões pobres em 
nutrientes nos oceanos. 
• São ambientes onde se processa reciclagem de matéria localmente, ou seja, restos orgânicos dissolvidos 
no ambiente são prontamente reutilizados. 
• Os produtores nos recifes de coral são dinoflagelados, que são algas que têm zooxantelas e vivem em 
simbiose com tecidos de pólipos de corais, aproveitando diretamente elementos produzidos pela 
fotossíntese e capazes de edificar, com retenção de carbonatos e silicatos. 
 
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF 
 
SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 16 – Recursos naturais renováveis e não renováveis 
 
 
Do que estamos tratando 
• Recursos naturais: qualquer componente do ambiente que pode ser utilizado por um organismo. 
• Recurso renovável: recurso que pode ser regenerado após o uso. 
• Recurso não-renovável: Recurso que não pode ser regenerado após o uso. Exemplo: maioria dos minerais. 
 
RECURSOS RENOVÁVEIS 
 
Recursos Florísticos 
• Flora: conjunta das espécies vegetais de uma determinada localidade. 
• Vegetação: conjunto de plantas que cobre uma região. 
• Com a extinção, desaparecem potenciais de uso medicinal, nutricional etc., que muitas vezes 
desconhecemos. Desaparecem recursos genéticos e de biodiversidade que a evolução cuidadosamente 
elaborou. Não há retorno possível. Não há renovação. 
• Já quando objetivamos a conservação da vegetação, queremos que ela continue a favorecer a infiltração 
da água nos solos, garantindo o reabastecimento dos mananciais, que continue mantendo o solo e 
protegendo as encostas, mantendo a fauna que a acompanha. 
• A desertificação degrada a terra nas regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultante de vários 
fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas. 
• A renovação vegetal se faz a partir da germinação de sementes ou de rebrotamento de partes do vegetal, 
e depende de que haja “áreas-fonte” próximas, animais para polinização e dispersão de um solo que a 
sustente, e de água, essencial para a produção das plantas pela fotossíntese. A degradação destes outros 
três recursos compromete, portanto, a renovação da vegetação 
 
Recursos Faunísticos 
O desmatamento e destruição de habitats, e a poluição dos lagos e cursos de água têm sido também 
responsáveis por impactos à fauna. 
• A renovação do recurso faunístico depende, além do controle da caça e da pesca, da preservação dos 
ambientes terrestres naturais, onde a vegetação sirva de abrigo e base para as cadeias alimentares, e 
também dos ambientes aquáticos que, livres de agentes poluentes, possam manter suas cadeias 
alimentares diversificadas. 
 
Solo 
• A renovação do solo se faz de forma natural com a participação da vegetação que cede a maior proporção 
da matéria orgânica morta que vai alimentar a diversificada comunidade edáfica. 
• Essa comunidade é responsável pela decomposição da matéria orgânica, produzindo o húmus, que tem 
múltiplos papéis nas condições físicas e químicas do solo. 
• A vida no interior do solo é responsável, então, pela manutenção da fertilidade do solo. 
• Em função da decomposição que libera os nutrientes para a absorção pelas plantas, inicia-se um novo 
ciclo de nutrientes, que é possível a continuidade da produção orgânica pela fotossíntese. E isso 
significaria a continuidade do funcionamento daquele ecossistema. 
• A renovação do solo é responsável pela renovação e continuidade dos ecossistemas terrestres. 
 
 
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Água 
• A renovação da água se faz através de um ciclo: o ciclo hidrológico. Esse ciclo, que envolve mudanças de 
estado, em síntese, é composto da entrada da água na atmosfera através da evaporação direta e da 
transpiração pelos organismos e seu retorno à superfície da Terra através da precipitação. 
• Quando o Homem altera a cobertura do solo, ele interfere na interação do solo com a água da chuva, o 
que retorna a ele em termos de redução da disponibilidade de água. 
• A água pode ser um recurso renovável, porém finito, e vulnerável à degradação. 
 
• A capacidade de renovação da água, do solo, da fauna e da flora depende, enfim, de que não sejam 
ultrapassados limiares de sua capacidade de suporte, com o esgotamento da capacidade regenerativa 
natural. Ir além desta capacidade significará degradação ou esgotamento do recurso. 
• Dessa forma, mesmo os recursos ditos renováveis só podem ser utilizados a longo prazo por meio de 
métodos racionais, com uma preocupação conservacionista, isto é, que evite os desperdícios e os abusos. 
 
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SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 17 –Poluição I 
 
 
O que é mesmo poluição? 
• “A introdução no ambiente, realizada pelo homem, de substâncias ou energia capazes de causar riscos à 
saúde humana, aos recursos vivos e aos sistemas ecológicos, danos a estruturas e alterações ou 
interferência com os usos legítimos do ambiente”. Holdgate (1979) 
 
Diferentes tipos de poluição ambiental 
• De natureza física: poluição visual e sonora. 
• De natureza química: despejos de produtos inorgânicos e orgânicos. 
• De natureza biológica: Introdução de espécies exóticas, invasoras ou Organismos Geneticamente 
Modificados (OGMs) nos ecossistemas. 
 
Poluição física 
• A poluição física relativa aos aspectos sonoros e visuais está frequentemente associada aos grandes 
centros urbanos. 
 
Poluição visual 
• A poluição visual pode ser entendida, geralmente, como toda e qualquer manifestação visual que 
perturbe negativamente o conceito de estética, harmonia e/ou beleza de uma paisagem ambiental. 
 
Poluição química 
• A poluição química está intrinsicamente ligada aos processos indústrias, principalmente quando não 
ocorre a reciclagem os produtos produzidos nestes processos 
 
Lixo e poluição do solo 
• O lixo produzido principalmente nas áreas urbanas, quando não reciclados e enviados para aterros 
sanitários devidamente construídos, contribuem para a poluição do solo e também do lençol freático. 
• Outra forma de poluição do solo é aplicação de agrotóxicos nas grandes monoculturas vegetais. Além de 
poluir o solo também poluem rios e córregos pois são carreados pelas chuvas. 
• Uma alternativa a esta prática é a utilização de defensivos orgânicos e biodegradáveis. 
 
O problema da poluição do mercúrio 
• A grande importância do mercúrio está relacionada com a extração de ouro, pois nesse processo pode 
poluir o ar, a água dos rios e os sedimentos de fundos desses rios. É um dos principais elementos que 
sofrem biomagnificação nas cadeias tróficas. 
• Biomagnificação é o aumento na concentração de um contaminante a medida que avança pelos níveis da 
cadeia alimentar. 
 
Poluição atmosférica 
• As fontes de emissão dos poluentes atmosféricos podem ser muitas e as mais variadas possíveis. No 
entanto, a emissão de gases tóxicos pelos veículos automotores é responsável por cerca de 40% da 
poluição do ar. 
• Os poluentes do ar podem ser classificados, segundo sua origem, em poluentes primários (os gases que 
provêm do tubo de escape de um automóvel, como monóxido de carbono (CO), que são aqueles emitidos 
2 
 
diretamente pelas fontes, e poluentes secundários (o ozono troposférico O3, o qual resulta de reações 
fotoquímicas, isto é realizadas na presença de luz solar, que se estabelecem entre os óxidos de azoto, o 
monóxido de carbono ou os Compostos Orgânicos Voláteis (COV), que são formados na interação química 
entre os poluentes primários e os constituintes normais do ar. 
 
Poluição das águas 
• O lançamento de dejetos humanos nos rios, lagos e mares é a forma mais comum de poluição das águas, 
causando um fenômeno conhecido como eutrofização. 
• É esse fenômeno que conduz à proliferação de microrganismos aeróbicos que esgotam rapidamente todo 
o oxigênio dissolvido na água, processo que mata todas as formas de organismos, inclusive os próprios 
microrganismos. 
 
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SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 18 –Poluição II 
 
 
Interferências antrópicas na lagoa de Imboacica 
 
Interferências antrópicas 
 
• Enorme quantidade de aterro. 
• Assoreamento da bacia de drenagem. 
• Desmatamento. 
• Abertura artificiais da barra. 
• Queimadas de macrófitas aquáticas. 
• Lançamento de efluentes. 
 
Medidas mitigadoras propostas no estudo: 
• Criação de canais colonizado por macrófitas aquáticas por onde passaria os efluentes antes de chegar a 
lagoa. 
• Estudos incluindo técnicas de engenharia e hidráulica, visando a obter um modelo de vazão, capaz de 
escoar o volume de água nos períodos de alta pluviosidade. 
 
• O autor ressalta que esses estudos devem ser acompanhados de pesquisas ecológicas identificando o 
papel do canal extravasor no intercâmbio de espécies entre o mar e a lagoa. 
 
 
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SEGUNDO PERÍODO 
DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação 
 
Resumo: Aula 19 – Desiquilíbrios ecológicos I – Desmatamento, erosão e enchentes 
 
 
A vegetação favorece a infiltração da água no solo 
• A presença da serrapilheira faz a água “estacionar” por um tempo, dando oportunidade para uma 
transmissão mais lenta para o solo. Além disso, as raízes das árvores da floresta, por se distribuírem em 
profundidade no interior do solo, “abrem caminho” para a água, favorecendo também sua infiltração. 
 
A cobertura vegetal protege o solo 
• A cobertura da vegetação serve de amortecimento evitando o impacto direto das gotas de chuva no solo. 
• Quando o impacto se dá diretamente sobre o solo, as partículas que compõem o mesmo são separadas 
e removidas de sua posição inicial. Ao caírem novamente poderão bloquear poros da superfície. 
• Desta forma, ao ocorrer a degradação das camadas superficiais, sua capacidade de infiltração é reduzida. 
 
A outra via da água: o escoamento superficial e sua capacidade de transportar 
• Quando a água que chega a superfície do solo não penetra o mesmo, ela escoa superficialmente. Quanto 
maior o declive do terreno, maior será o potencial de força de escoamento desta água, possibilitando a 
remoção de grandes quantidades de partículas do solo, um exemplo são as enxurradas. 
 
Novamente apontamos o papel da vegetação 
• A presença dos pequenos obstáculos do terreno, da serrapilheira e do sistema radicular, contribui para 
menor velocidade do fluxo de escoamento e menor será a perda de solo. 
 
Isto é Erosão 
• Erosão corresponde ao destacamento e transporte das partículas do solo. Este processo pode acontecer 
também pela ação do vento, do mar ou de geleiras. 
• A erosão por salpicamento ou splash, ocorre no momento do impacto da gota com o solo. 
• Quando a erosão é muito acentuada, toda a camada superficial, justamente aquela mais enriquecida com 
matéria orgânica, atividade biológica, e, consequentemente, nutrientes, pode escoa “ladeira abaixo”. 
• Em consequência do empobrecimento o solo perde a capacidade de sustentar nova vegetação. 
 
Tipos de erosão pluvial e o aspecto do terreno 
• O escoamento de água relativamente uniforme, como em lençol, remove o solo também de maneira mais 
ou menos uniforme, em toda a superfície. 
• Por vezes, na paisagem, os morros se apresentam com uma cobertura graminóide rala, e dão visualmente 
esta impressão de degradação ambiental. 
• Quando o escoamento superficial se concentra no terreno, produz marcas alongadas no sentido do 
declive, chamadas ravinas. As ravinas, se não forem detidas, podem crescer, se alargar e se aprofundar, 
criando aquelas depressões grandes chamadas voçorocas 
 
A repercussão espacial dos efeitos da erosão 
• As partículas que deixam um ecossistema são obviamente depositadas em algum outro lugar mais 
adiante. Muitas vezes, este material chega a um córrego ou rio, entulhando-o (assoreamento) e 
diminuindo sua capacidade de conter mais água nos momentos em que a chuva se faça muito intensa. 
 
 
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Resumindo a sequência dos acontecimentos desencadeados pelo desmatamento 
• Quando a floresta é retirada, no processo que chamamos de desmatamento, desestabilizamos o sistema. 
A degradação da cobertura florestal leva à degradação do outro

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