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Estudo 1 B Rossi IED

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Executivo : Presidente da Republica, Governadores, Prefeitos
Legislativo: Deputados Federais, Senadores, Deputados Estaduais, Vereadores
Judiciário: Supremo Tribunal Federal, Tribunais Estaduais, Juízes
Devem Funcionar harmonicamente , fazendo com que a democracia seja preservada.
O legislativo vota as leis, o executivo coloca em prática e o judiciário cobra o cumprimento.
Burguesia:
Direito e sociedade
O direito só existe em razão da sociedade, se não existisse sociedade não haveria direito.
O direito pode ser utilizado com cinco sentidos: 
Direito Objetivo: Norma em vigor naquele determinado período de tempo. Norma e conduta. Normas estatais, Código civil, Norma não estatal, regimento da faculdade.
Direito Subjetivo: Faculdade de agir ou exigir comportamento, do direito objetivo.
Direito como Ciência :
Direito como Fato Social : Só há direito pq existe uma sociedade. O direito existe para regulamentar a sociedade.
Direito como Justiça : dar a cada um o que é devido, dar a cada um o que é necessário naquele momento, o que é justo.
Direito Positivo e suas divisões :
Direito Objetivo: Conjunto de normas jurídicas que estão vigorando numa sociedade, é aquilo que vai limitar o que o individuo pode ou não pode fazer na sociedade.
Direito Subjetivo: Ele é a possibilidade do individuo agir ou exigir uma conduta ou comportamento que vai decorrer do direito objetivo, da própria norma pré-estabelecida.
Direito material : Delimitar o que o individuo pode ou não fazer, vai delimitar suas ações das suas relações jurídicas. Ex: Código Penal
Direito Formal : 
Direito Natural: Não precisa estar escrito, não se exterioriza nas leis escritas. São leis universais. Como por exemplo direito a vida . Supõe a noção de estabilidade, fica vigente por muito tempo ... É evidente por si . O direito natural decorre da natureza humana, da vontade divina, da razão humana.
Direito Positivo, Direito escrito : Escrito em constituições, em leis, em normas escritas, é o direito legislado, posto pelo estado.
O que é Norma Jurídica ?
A norma jurídica é responsável por regular a conduta do indivíduo, e fixar enunciados sobre a organização da sociedade e do Estado, impondo aos que a ela infringem, as penalidades previstas, e isso se dá em prol da busca do bem maior do Direito, que é a Justiça.
Dessa forma, se verifica que proposição jurídica traduz uma ordem jurídica, e as normas jurídicas são conceitos que regulam a sociedade. A ciênciajurídica pretende e descrever o Direito, e os órgãos jurídicos tem como objetivo produzir o Direito para que o mesmo possa ser aplicado. A proposição jurídica é normativa, pois traduz normas aplicáveis para a esfera social e determina que se alguém fez algo errado, como por exemplo, o furto deverá ser punido
O que é o Direito? O direito é a busca da justiça, dar a cada um aquilo que merece, estabelecendo critérios. O estado é que rege a sociedade, e quem comanda o estado, são os empresário. Em toda legislação, que é a forma como o estado rege a sociedade, em toda legislação vai haver o que é direito e anti-direito, o direito é aquilo que é reto correto, o anti-direito é o oposto. 
 Afirma ele que a Lei é instrumento, emana do Estado e portanto permanece ligado a classe dominante, aquela que controla o Estado. Nem toda lei então representa Direito, que será posteriormente definido, muitas delas representam pura e simplesmente interesses de determinados grupos dentro da esfera do poder. Cabe analisar essas leis e interpretá-las para que se entenda se sim ou não elas representam Direito. O Direito define o autor, é indicação dos princípios e normas libertadoras, são conquistas.
Ideologias Jurídicas: É o estudo de funcionalidade de ideias, na formatação de conhecimento estamos tomados por conclusões e deformações de pensamento que não são predominantemente nossos , mas sim adquiridas pela população social . 
Existem três principais ideologias jurídicas: 
Ideologia jurídica como crença: Possuímos ideias formadas através do que observamos, sentimos, analisamos e pensamos de
forma crítica. A crença vem do que a sociedade nos mostra, do que a cultura nos
ensina. Então podemos afirmar que nem toda crença é ideologia, mas toda
ideologia vem através da crença.
Ideologia como falsa crença :  Ideologia como falsa consciência, trata-se de um “delírio declamatório”, pois repetimos os mais convictos despropósitos, um exemplo disso como o próprio autor nos diz na pagina 17 é: “a ‘superioridade’ que o racista proclama do branco obre o negro”. A ideologia como falsa consciência revela o efeito característico de certas crenças como deformação da realidade” 
Ideologia como Intuição: A ideologia como instituição destaca a origem social do produto e dos processos, também sociais , de sua transmissão a grupos e pessoas
Sanção: 
A sanção, nesse caso, busca refrear aquele que atentou contra o equilíbrio social ameaçado por seu ato. Não há desconexão, doutrinária ou jurisprudencial, a respeito do princípio geral segundo o qual a sanção implica infração (conduta ilícita).
 
Diante desse quadro, tem-se, logicamente:
 
a) - norma impondo a conduta;
b) – a conduta, em obediência à norma;
c) – conseqüência: a aplicação da sanção pela existência de conduta ilícita.
 
Para Kelsen o direito e Estado se confundem. Direito é um conjunto de normas, uma ordem coativa. As normas, pela sua estrutura, estabelecem sanções. Quando uma norma prescreve uma sanção a um comportamento, este comportamento será considerado um delito. O seu oposto, o comportamento que evita a sanção, será um dever jurídico. Ora, o Estado, neste sentido, nada mais é do que o conjunto das normas que prescrevem sanções de uma forma organizad
O Direito e a Moral são considerados pelo ensinamento tradicional como dois círculos concêntricos, em que a Moral é mais extensa, abarcando o Direito. Assim, todas as normas jurídicas seriam, também, dotadas de moralidade.
 
O direito não é uma ciência exata, o direito é constituído de norma, fato e valor, é a norma valorada. Segundo KELSEN, o direito é antes de tudo norma. O direito se alcança através do juízo de valor, que é a sentença, o qual utiliza a premissa menor e a conclusão para se chegar ao direito.
 
A norma, a nosso ver, pode existir sem a sanção. Esta não é essencial. A sanção é apenas uma possibilidade, embora a obrigatoriedade seja uma essência do Direito, ela não significa, necessariamente, a prescrição de uma punição para a hipótese de violação.
 
 Pode existir, voltamos a afirmar, norma jurídica sem sanção.
 
A norma jurídica, então, nada mais seria do que o instrumento do qual se utiliza o Estado para fazer vale o Direito. Não o Direito abstrato, volúvel, ideal, mais o Direito posto, o Direito concreto.
 
A sanção, como forma de punição, é apenas uma das características eventuais, podemos assim dizer, da norma jurídica. Ela não é fundamental, essencial para a existência da norma.
 
No mundo jurídico existem normas que compõem as constituições, os códigos, leis, decretos, sem que sejam estabelecidas sanções, especificamente, no estrito sentido de coação, punição. Como exemplos temos os direitos fundamentais estabelecidos na Constituição Federal, as leis concessivas de títulos de cidadania, de comendas, honoríficos, dentre muitos outros, que, sem estabelecerem sanções, não deixam de serem normas jurídicas na melhor acepção da expressão.
Resumo Livro RObeto Lyra Filho O que é o Direito
Cotidianamente nos questionamos os conceitos das palavras, tais questionamentos se tornam mais presentes quando galgamos uma graduação. Para o aluno do curso de Ciências Econômicas cabe indagar, antes mesmo de iniciar os estudos sobre direito econômico, a definição de Direito. E foi com o intuito de responder este questionamento, que também presencia a vida acadêmica de graduandos em outros cursos e de cidadãos, sobretudo os que se interessam pela área, que Roberto Lyra Filho, graduado em Letras e Direito, produziu a obra ‘O que é direito?’.Publicado pela primeira vez em 1982, pela editora Brasiliense, São Paulo, trata-se de um livro dividido em cinco partes, curto, de linguagem simples e base ideológica predominantemente socialista. Para fins de exemplificar algumas teorias, há, no decorrer da obra, o uso de imagens de cunho crítico.
Direito e Lei
A princípio, o autor nos leva a desconstruir a idéia errônea de que direito e lei estão estritamente ligados um ao outro sem que seja possível haver Direito sem lei. Logo, nos mostra que isso se trata, primeiramente, de um problema que advém da língua inglesa, onde Law designa as duas coisas (direito e lei) e por um problema de senso comum.
Lyra Filho diz que a lei emana do estado, mas que em análise mais profunda e direta, está ligada as ideologias da classe dominante.
Já o Direito, ao mesmo tempo em que nada é tudo é. Isso porque não podemos nos limitar ao que se definem por Direito de maneira limitada levando-nos a crer que lei é seu sinônimo, pois ele é uma forma de liberdade constante que se adapta, ou ao menos deveria se adaptar, às necessidades do todo social da atualidade, não podendo assim se limitar a definições prontas e inquestionáveis. E aqui está a diferença entre a obra em questão e as demais que tentam nos alienar apresentando conceitos ditos imutáveis e inquestionáveis. Mas, mesmo assim, não foge ao pensamento o questionamento sobre o que realmente vem ser apresentado através do livro “O que é Direito?” já que o próprio autor nos diz que este conceito pronto e estritamente correto não existe.
Para isso, o que Lyra faz no decorrer da obra é definir o Direito conforme visões distintas, a maioria de cunho socialista - e aqui se apresenta um ponto fraco da obra - deixando claro que, por mais próximo que se chegue da essência do Direito, todo conceito não atingirá esta meta. Todavia, nos é apresentado o que é tido como correto pela grande maioria, e para isso, são apresentadas as ideologias jurídicas.
O que podemos perceber nesse capítulo é que, ao invés de definir o que é Direito, Lyra diz o que não o é e talvez por isso sua leitura possa parecer um pouco sem objetividade, mas ao terminar de ler a obra percebe-se que este é o mais direto dos capítulos do livro.
Ideologias Jurídicas
Na verdade, Lyra usa  este nome para não levar o leitor a ‘’pular’’ este capítulo, ou até mesmo parar a leitura do livro não dando importância ao que vem a partir daqui, pois não se trata da apresentação de ideologias jurídicas, mas sim de uma introdução ao conceito e tipos de ideologias existentes.
Primeiro, é descrito o conceito de ideologia e, novamente, é exposto que não há um único conceito, e que os vários que existem não excluem uns aos outros, mas se completam a fim de tornarem-se cada vez mais próximos da verdade absoluta. E assim como no conceito, nos é dito que também há discrepância entre os juristas quanto ao modo de pensar, ou seja, em suas ideologias jurídicas, estando essas discrepâncias no centro entre o certo e errado, servindo cada uma de base para a construção, afirmação, negação e/ou reformulação das ideologias jurídicas existentes e das que estão por vir.
Para fins de análise, classificaram-se as ideologias em três grandes grupos: Ideologia como crença, ideologia como falsa consciência e ideologia como instituição.
A primeira, ao contrário do que parece, não está ligada unicamente a religião, mas sim ao conjunto de idéias que o ser humano adquiriu durante a sua vida, podendo sim estar dentre estas idéias as religiosas. A segunda refere-se às evidencias que nos levam a desacreditar no que nos foi dito ou apresentado.
A terceira é aquela estabelecida, por exemplo, pelos estatutos e legislações, onde, por um dito consenso geral, são impostas regras, que não precisam ser necessariamente as leis, e exigido o seguimento do que foi imposto.
A fim de nos mostrar o que pensam os juristas, a próxima parte do livro detalha sobre as principais ideologias jurídicas.
As Principais Ideologias Jurídicas
                Neste tópico, Lyra nos diz que é impossível repassar todas as ideologias jurídicas, mas que através da apresentação de dois grandes grupos, esclarecerá melhor o que pensam os profissionais de Direito. Sinteticamente, trata-se do Direito Positivista e do Direito Iurisnaturalista.
                O Direito Positivista caracteriza-se pelo predomínio da ordem estabelecida, da lei, é o que predomina atualmente. Para o positivista a ordem é a justiça. Este Direito se subdivide em Positivismo Legalista, que dá a lei a superioridade; em Positivismo Historicista/Sociologista que recorre ao pré-legislativo, ou seja, às normas antes da lei, que não eram escritas, apenas praticadas, onde a classe dominante imperava e; em Direito Psicológico, onde a ideologia, segundo Lyra Filho, ‘’surge como uma flor’’.
                Do outro lado temos o Direito Iurisnaturalista, mais antigo, onde há o predomínio da ordem justa. Este por sua vez subdivide-se em:
         Natural Cosmológico que surgiu e se evoluiu paralelamente ao homem;
         Teológico, baseado nos princípios religiosos;
         Natural Antropológico, relativo às culturas.
                É ressaltado aqui pelo autor que há outras ideologias, mas que na verdade o que foge a esses dois grupos vem a ser uma mistura dos dois e não um terceiro com características particulares. Ressalta ainda que ambos possuem falhas, mas que um completa o outro. Começamos a ver que Lyra repete bastante esta teoria de que nada é perfeito, mas que os imperfeitos se completam a fim de tornar-se melhor.
Sociologia e Direito
                Para Roberto Lyra Filho, um dos passos para se chegar a essência do direito é através dos fatos históricos que influenciaram nas ideologias jurídicas, para isso, explana ser necessária uma abordagem sociológica do Direito e uma abordagem jurídica da Sociologia, o Direito Sociológico e a Sociologia do Direito, respectivamente.
                Considerando a importância do estudo da Sociologia para a compreensão do Direito, o autor nos apresenta duas correntes de pensamento:
          "estabilidade, harmonia e consenso";
         "mudança, conflito e coação".
A Sociologia da Estabilidade explica o fenômeno do Direito como algo que foi construído através de consenso geral refletindo os costumes e regras de um povo que vivia em perfeita harmonia, posteriormente sendo levados à criação das instituições de Direito, as quais só permitem mudanças dentro do limite, ou seja, algo controlado, pois se se trata de uma ordem estabelecida conforme o que o povo já tinha como certo, não tem necessidade de mudá-la. Tal teoria defende a manutenção do Estado e é falha, pois considera a não existência de grupos que vão contra a ordem estabelecida antes e depois desta criação de instituições.
Já a Sociologia da Mudança explica que não existe apenas um grupo social e que os ideais destes grupos são divergentes e tendem ao conflito, pois ocupam o mesmo espaço. Lyra Filho expõe que, não há Estado que defenda todas as ideologias ao mesmo tempo, assim tornando um ou outro grupo “fora da lei” já que em nenhum caso os grupos sociais possuem cada um o seu Estado e isso leva as revoltas e revoluções em todas as esferas e tamanhos.
A Dialética Social do Direito
                Aqui é exposto que, devido à estrutura sócio-econômica do mundo, existe um dialética acerca do Direito, ou seja, a questão do Direito é algo um pouco maior do que pensávamos até então, ultrapassando as fronteiras culturais. Esta dialética existe devido à heterogeneidade dos países e seus respectivos modos de produção.
                Para nos explicar de uma forma mais clara, tal dialética, Lyra, tenta começar apresentando um ponto em comum entre todos os países/sociedades do mundo: as forças que buscam a mudança e as forças responsáveis pela manutenção do sistema vigente, seja ele qual for.
As forças responsáveis pela manutenção do sistema vigente, também chamadas de forças centrípetas, buscam controlar as mudanças do sistema através demétodos que nem sempre são burocráticos, padronizam a ordem vigente e estabelecem um controle através das normas. Por outro lado, as forças centrífugas, composta pelos dominados, buscam mudanças expressas, em alguns casos mais extremos, em revoltas e revoluções que surgem no decorrer dos tempos.
 Neste ponto, o autor, abre um parêntese para dizer que nem toda revolta é pacífica e nem toda revolução é violenta e para completar, que quando se trata de uma revolução advinda das forças centrípetas, na verdade não há revolução e sim uma forma brusca de conservar.
Por fim, Lyra, diz que as discrepâncias de ideologias entre estes dois grupos tendem a um fim comum: as revoluções e revoltas.
Assim, é encerrada a obra “O que é Direito” de Roberto Lyra Filho que finalmente, em suas últimas páginas, nos dá uma definição simples, direta e clara do que é “Direito, em resumo, se apresenta como positivação da liberdade conscientizada é conquistada nas lutas sociais e formula os princípios supremos da Justiça Social que nelas se desvenda.”
nos fala (página 15): “A ideologia como falsa consciência revela o efeito
característico de certas crenças como deformação da realidade

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