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Titulometria de Neutralização

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Universidade do Sul de Santa Catarina
Curso de Engenharia Química
Daiana Mai 
Janine S. Matias 
Jéssica Antunes
TITULOMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO
Tubarão, 2017
Daiana Mai 
Janine S. Matias 
Jéssica Antunes 
TITULOMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO
Relatório apresentado à disciplina de Química Analítica Quantitativa do Curso de Engenharia Química e Química Industrial da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Profª Dr. Suzana Cimara
Tubarão, 2017
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Materiais utilizados	8
Tabela 2 Reagentes utilizados	8
Tabela 3 dados das equipes da padronização do HCl	10
Tabela 4 dados da Equipe 1	11
Tabela 5 Dados coletados em laboratório	12
Lista de Gráficos
gráfico 1 Padronização do HCl	11
gráfico 2 Padronização do HCl equipe 1	12
SUMÁRIO
1.0	Introdução	6
2.0	Revisão Bibliográfica	7
3.0	Material e Métodos.	9
3.1	Materiais	9
3.2	Métodos	9
I.	Padronização Da Solução De 0,1m	9
Ii.	Análise Do Leite De Magnésia.	9
4.0	Resultado E Discussão	10
5.0	Conclusão	15
Referências	16
INTRODUÇÃO
Leite de magnésia é a suspensão (solução) de hidróxido de magnésio - - em água. Sua ação laxante deve-se à reação dela com o ácido clorídrico do suco gástrico, formando cloreto de magnésio - - que é deliquescente, ou seja, absorve muita umidade, chegando até mesmo a se dissolver na água absorvida do meio. Desse modo, lubrifica-se os intestinos, neutralizando a prisão de ventre. Em doses moderadas, serve também para ação antiácida, devido às suas propriedades alcalinas (reação de salinização do ácido clorídrico), mas prefere-se os bicarbonatos para tal.
A titulometria de neutralização compreende os métodos baseados na reação de neutralização. Com soluções padrões ácidos podem ser determinados substâncias alcalinas. Com soluções padrões alcalinos são determinadas substâncias ácidas. Tem-se assim, duas variantes da titulometria de neutralização: a acidimetria e a alcalimetria.
Tanto na acidimetria como na alcalimetria, o ponto estequiométrico coincide com o ponto de neutralidade (pH = 7), sempre que a reação se processa entre ácidos e bases fortes. Nos demais casos, a hidrólise faz com que o ponto estequiométrico se situe na região ácida ou alcalina. São as condições do equilíbrio, em cada caso particular, que determinam o valor do pH em que se situa o aludido ponto.
O conhecimento do valor do pH em que se situa o ponto estequiométrico e da maneira como varia o pH no curso da titulação é de fundamental importância para o estudo do problema de identificação do ponto final. Comumente, o ponto final nas titulações da titulometria de neutralização é acusado mediante o emprego de indicadores de pH.
Numa titulação é necessário conhecer com grande exatidão a concentração de uma das soluções envolvidas (titulado ou titulante). Entretanto, algumas soluções frequentemente usadas em titulação, como por exemplo, a de e de , não podem ser preparadas com concentração exata. Assim sendo, prepara-se uma solução de concentração aproximada e a concentração exata é determinada pelo emprego de um padrão primário na forma de uma solução cuja concentração seja conhecida. Essa operação é denominada padronização da solução.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A Volumetria de neutralização ou volumetria ácido-base é um método de análise baseado na reação entre os íons cuja extensão é governada pelo produto iônico da água (BACCAN, 2001).
À primeira vista pode-se pensar que a reação entre quantidades equivalentes de um ácido e de uma base resultaria sempre em uma solução neutra. Entretanto isto não é sempre verdade, por causa dos fenômenos de hidrólise que acompanham as reações entre ácidos fortes e bases fracas ou ácidos fracos e bases fortes (BACCAN, 2001).
Além disso, a detecção do ponto final na volumetria ácido-base pode se tornar difícil devido a efeitos tamponantes gerados no meio reagente, que podem prejudicar a ação dos indicadores (BACCAN, 2001).
O intuito da análise volumétrica é determinar a quantidade de substâncias desconhecida por meio de medidas de volumes, fazendo reagir uma solução de concentração conhecida (padrão) com a amostra cuja concentração ou quantidade é desconhecida (CONSTANTINO, 2004).
Existem várias definições para análise química, talvez seja mais favorável defini-la como a aplicação de um processo ou de uma série de processo para identificar ou quantificar uma substância, ou os componentes de uma solução ou mistura ou, ainda, para determinar a estrutura de compostos químicos (VOGUEL, 1992).
As principais técnicas usadas em análise quantitativa baseia-se na reprodutibilidade de reações químicas adequadas, em medidas elétricas apropriadas, na medida de certas propriedades espectroscópicas, no deslocamento característica, sob condições controladas, de uma substância em um meio definido (VOGUEL, 1992).
O acompanhamento quantitativo das reações químicas é a base dos métodos tradicionais ou “clássicos” da análise química: gravimetria, titrimetria e volumetria (VOGUEL, 1992).
Nas técnicas de titulação, alguns produtos químicos são frequentemente usados em determinadas concentrações como solução de referência. Estas substâncias são conhecidas com padrões primários ou padrões secundários. Um padrão primário é uma substância suficientemente pura para que se possa preparar uma solução padrão por pesagem direta e diluição até um determinado volume de solução (VOGUEL, 1992).
Em uma titulação, pequenos volumes da solução de reagente – o titulante, são adicionados ao analito (titulado) até que a reação termine (HARRIS, 2005).
MATERIAL E MÉTODOS.
Materiais
Tabela 1 Materiais utilizados
	Bureta de 50 mL
	Bécker 100 mL e 250 mL
	Proveta de 50 mL
	Agitador magnético com aquecimento
	Erlenmeyer 250 mL
	Pipeta volumétrica 10 mL e 30 mL
Autoria própria
Tabela 2 Reagentes utilizados
	
	NaOH Sólido
	HCl 0,1 M
	Vermelho de Metila (0,1 % em H2O)
	Ferolftaleína (0,1% em Etanol)
	Leite de magnésio 
Autoria própria
Métodos
Padronização da Solução de 0,1M (2,07mL/250mL de solução) com 
Pesar exatamente três amostras de previamente seco, em erlenmeyers diferentes que consumam um volume de aproximado de de uma bureta de 50,00 mL. Dissolver cada amostra com cerca de 50 mL de água deionizada. Adicionar 2 gotas de fenolftaleína e titular até o descoramento da solução. 
Anotar o volume gasto de titulante para saber aproximadamente o volume a ser gasto para atingir o segundo ponto de equivalência. Adicionar duas gotas de vermelho de metila e continuar a titulação até a primeira mudança de coloração. 
Parar a titulação, ferver durante um minuto para remover o gás carbônico continuar a titulação até a coloração vermelha. Anotar o volume gasto e calcular a molaridade da solução.
Análise do Leite de Magnésia. 
Pesar três amostras contendo cerca de 0,5g nos respectivos erlenmeyers. Adicionar 25 mL de padronizado, 2 gotas de indicador vermelho de metila ou fenolftaleína e titular com a solução padrão de 0,100M. Calcular a porcentagem de Mg(OH)2. massa/massa na amostra
RESULTADO E DISCUSSÃO 
Preparação e padronização do HCl
O carbonato de cálcio , deve ser dessecado antes do uso. Utilizou-se 0,16g de que foi dissolvida em 50 mL em água deionizada em seguida 2 gotas de fenolftaleína então inicia-se a primeira titulação com a solução ácida ao qual deseja-se padronizar () logo em seguida do descoramento da solução adicionou-se 2 gotas de vermelho de metila e continuou-se a titulação até a mudança de coloração
Antes de começar a segunda titulação, ferveu-se a solução pois contém dióxido de carbono, a presença de dióxido de carbono faz com que a primeira mudança de coloração seja precoce em indicadores como vermelho de metila, alaranjado de metila, amarelo de metila e verde de bromocresol, desta maneira fervendo a solução por um tempo determinado faz com que as grandes quantidades de dióxido de carbono sejam eliminadas, fazendocom que o pH da solução suba a um nível levemente alcalino devido ao hidrogenocarbonato residual. Após resfriamento a temperatura ambiente continuou-se a titulação até o aparecimento da coloração vermelha. 
Primeiramente calcula-se a massa do padrão primário equivalente a 1 mL =, tem-se :
O peso do 
Tabela 3 dados das equipes da padronização do HCl
	Equipes
	Média das Equipes
	média
	Desvio Padrão
	teste T p/ +
	teste T p/ -
	1
	21,00 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	2
	21,13 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	3
	26,2 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	4
	27,1 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	5
	28,4 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	6
	30,2 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	7
	30,5 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	8
	30,5 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	9
	30,93 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	10
	32,73 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	11
	34,9 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	12
	38,8 mL
	29,37
	4,92
	32,50
	26,24
	Média
	29,37 mL
	Desvio Padrão
	4,92
	Teste T
	
Autoria própria
gráfico 1 Padronização do HCl
Autoria própria
Tabela 4 dados da Equipe 1
	
	
	Vol. de HCl
	amostra 1
	26,20
	amostra 2
	26,00
	amostra 3
	26,40
	Média das amostras
	26,20
	Desvio padrão
	0,20
	Teste t
	
Autoria própria
gráfico 2 Padronização do HCl equipe 1
Autoria própria
Análise do leite de magnésia
Como descrito no roteiro, pesou-se três amostras de leite de magnésia que estarão expostas na Tabela 3 e colocadas em erlenmeyers. Em seguida adicionou-se 25 mL nos respectivos erlenmeyers, adicionando-se também fenolftaleína que mudará de cor quando ocorrer a viragem e titulou-se com uma solução padrão de NaOH 0,1. 
Como essa titulometria é de neutralização e o HCl é um ácido forte e NaOH uma base forte, em contato os dois se neutralizam e formam um sal, porém nessa reação não há uma neutralização completa, pois estão em quantidades distintas, desta maneira a quantidade de HCl que não foi neutralizada reagiu com o leite de magnésia, como demonstra a Equação 1, para determinar a porcentagem na amostra.
Tabela 5 Dados coletados em laboratório
	Massa de Mg(OH)2 pesada
	Vol.de NaOH gasto na titulação
	Vol. De HCl em excesso
	Mg(OH)2 %
	0,50 g
	9,0 mL
	16 mL
	5,25 %
	0,50 g
	8,6 mL
	16,4 mL
	5,02 %
	0,51 g
	9,4 mL
	15,6 mL
	5,37 %
Autoria própria
Para calcular a porcentagem de utilizou-se a seguinte Equação 2;
Como foi feita em triplicata fez-se os cálculos em triplicata e tirou-se a média para utilizar nos cálculos seguintes.
1ª amostra ⇾ 
2ª amostra ⇾ 
3ª amostra ⇾ 
Média da porcentagem das titulações:
Conforme a Figura 1, no rotulo da embalagem de hidróxido de magnésio informa que a cada 1200 mg (1,2 g) de em 15 g do conteúdo da embalagem; a embalagem utilizada continha 120 g, desta maneira para saber-se a porcentagem de presente na embalagem, basta fazer uma regra de 3 simples.
1,2 g --------------- 15 g
 X ----------------- 120 g
X = 9,6 g de em 120 g do frasco 
Porém o fraco deixa explicito que a cada 1,2 g de a cada 15 g da amostra do frasco, portanto:
A média da % das amostras foi de 5,21 % desta maneira, para determinar a porcentagem obtida em laboratório basta fazer uma regra de 3 simples.
0,08 ----------- 100%
0,0521 -------------x
X = 65,13 % obtidos em laboratório pela presente equipe.
CONCLUSÃO
Com o presente relatório pode-se observar como podemos realizar a determinação da concentração de um determinado analito em uma solução, através da análise titulométrica.
A química analítica quantitaiva é essencial no processo de análise e aprimoramento de situações relacionadas a produção industrial e seu estudo se dá pela determinação exata da quantidade de cada subtância presente na composição de uma amostra.
Determinou-se em laboratório quantitativamente o hidróxido de magnésio presente em uma amostra do medicamento leite de magnésia determinando a sua quantidade por intermédio da solução padronizada de ácido clorídrico. Comparou-se o valor experimental obtido com o descrito no rótulo e concluiu-se o valor experimental deu abaixo ao do rótulo, como resultado da equipe a qual refere-se este relatório.
Deste modo podemos perceber a importância da titulometria de neutralização para determinar a concentração de uma solução, a qual envolve instrumentos viáveis e um curto tempo de análise com resultados precisos e observados com a adição de um indicador ácido-base através da mudança de coloração.
Buscando esclarecer alguns conceitos e apresentar os resultados obtidos na aula prática através do estudo desta disciplina, obteve-se o então relatório técnico.
REFERÊNCIAS
ATKINS, P. W.; JONES, L. “Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente”. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 914 p.
HARRIS, D. C. “Análise Química Quantitativa”. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 876p.
VOGEL, A. I. Análise química quantitativa. 5. ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992. 712 p.
BACCAN, N. Química analítica quantitativa elementar. 3. ed. rev.,ampl. e reest. São Paulo: E. Blucher, 2005. 308p.
CONSTATINO, M.G. Fundamentos de química experimental: São Paulo: Edusp. 2004
OHLWEILER, Otto Alcides. Química analítica quantitativa. 2 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1976. 664 p.

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