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Direito Administrativo m1 ( 2018

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS – CEJURPS
CURSO DE DIREITO - DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO 2018/I
PROFº MSc. LUIZ FELIPE MACHADO – email lfmachado@univali.br
ATIVIDADE CURRICULAR DE DIREITO ADMINISTRATIVO – M1 – PESO 02
DATA: 26/03/2018 TURMA: B 	PERÍODO: 7º
Apresente o conceito de Direito Administrativo do doutrinador o qual você entenda pelo mais correto/adequado. (valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica)
No que se refere ao conceito de Direito Administrativo, há divergência entre os doutrinadores, uma vez que cada autor escolhe elementos que considera mais significativos, justificando-se em uma ausência de definição clara, quanto ao objeto do Direito Administrativo.
Dentre os conceitos dos grandes doutrinadores do nosso país, destacam-se como mais completas as palavras de Hely Lopes Meirelles que diz: O Direito Administrativo brasileiro sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado’’. Ou seja, enfatiza que o direito administrativo é o mecanismo para realizar os fins (objeto do direito constitucional). 
MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo/Alexandre Mazza. -8.ed.-São Paulo: Saraiva Educação,2018.
Contextualize/disserte sobre a criação do Direito Administrativo. (valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica)
Alguns fatos representaram o impulso inicial do direito administrativo e de sua ciência. Destaca-se em um primeiro momento a Lei de 28 de pluviose na França. Romagnosi, na Itália-1814 -e Macarel, na França-1818-, foram os pioneiros a tratar do assunto. No ano de 1819 foi criada em Paris a primeira cátedra de direito público e administrativo.
O direito administrativo, portanto, teve sua origem na França. Após a revolução francesa começa a se desenvolver com Leis esparsas numa dinâmica própria de administração pública. Um dos grandes ganhos da referida revolução é o princípio da separação dos poderes, nessa época uns não interferiam nos outros - hoje observamos uma maturação-, para então, diminuir a característica de um Estado absoluto e dar vez à uma luz democrática. O Brasil e outros países já recebem o direito administrativo passada a fase de se desenvolver como na França.
 	Surge uma jurisdição administrativa especializada que tinha regras distintas do privado quanto à administração pública, não se aplicava tão somente as regras do direito civil, surgem as prerrogativas.
A partir do nascimento na França do direito administrativo com a Lei de 28 pluviose, o mesmo se afirmou com a adoção espontânea dos princípios do governo constitucional pelos mais diferentes Estados. Um destes Estados foi o Império do Brasil, visto que a Constituição de 1824 foi influenciada fortemente pela da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
 Vale observar como um marco na história do direito administrativo temos no ano de 1872, com a lei de 24 de maio, o surgimento do Conselho de Estado francês recebendo a justiça delegada- jurisdição administrativa-.
No Brasil, a elaboração doutrinária se deu a partir da criação das cadeiras específicas de direito administrativo em São Paulo e Olinda (mais tarde transferida para Recife) em 1851 também pela influência recebida da Europa com as suas cátedras e obras de direito administrativo.
Antônio Joaquim Ribas e Vicente Pereira do Rego foram os primeiros professores em São Paulo e Pernambuco, respectivamente, também autores que estudaram o direito administrativo no nosso país.
No Brasil por incidência do ART. 5º inciso 35 da CRFB/88 temos o princípio da inafastabilidade da jurisdição que basicamente define que nada que acontece no direito brasileiro pode ser afastado do controle judicial, podendo por exceção ser realizado pela Administração.
MAFRA., Francisco. História do Direito Administrativo: ideias para um debate. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VIII, n. 20, fev. 2005. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=918k>. Acesso em mar 2018
Conforme explanado em sala de aula o Direito Administrativo possui relações com outros ramos da ciência jurídica. Saliente qual ligação do Direito Administrativo com outro ramo que você considera mais importante justificando a sua posição. (valor: 1,00)
O Direito Administrativo basicamente pode ser dividido em dois ramos principais (público e privado) para facilitar a sua compreensão. Tendo em vista o interesse público e a presença de um órgão da Administração nas relações jurídicas tratadas pelo direito administrativo fica caracterizado seu posicionamento no campo do direito público.
 	O direito administrativo possui relação com diversos ramos da ciência jurídica, como direito civil, processo civil, direito penal, direito do trabalho, entre outros, porém, vale observar que essa relação se apresenta com maior intensidade à medida que se aproxima do objeto de tratamento dos assuntos que envolvem o interesse público e o bem comum. Em nosso entendimento partindo desta premissa e de que ambos tratam do Estado de uma maneira geral, salientamos a ligação do direito constitucional com o direito administrativo como mais relevante.
Os fundamentos do direito administrativo são constitucionalmente disciplinados a relação entre estes dois é profunda de tal forma que a CRFB/88 dedicou um capítulo inteiro ao regramento da atividade administrativa denominado ‘’ Da Administração Pública’’- capítulo VII do título III-.
Nossa atual Constituição e algumas leis infraconstitucionais do Direito Administrativo explicitaram alguns princípios da Administração, que fundamentam e direcionam o ordenamento jurídico administrativo.
O Art. 37, caput, da Lei Maior discorre com clareza sobre eles: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
 	Hely Lopes Meirelles (2014, p. 41) relata que “com o Direito Constitucional o Direito Administrativo mantém estreita afinidade e íntimas relações, uma vez que ambos cuidam da mesma entidade: o Estado”.
O direito administrativo nasce da própria constituição que institui os poderes e seus órgãos, direitos e deveres do servidor público; limites da atuação estatal em razão dos direitos e garantias fundamentais e outras disposições. 
O direito constitucional cuida da parte estrutural-fins enquanto que o direito administrativo da parte funcional-mecanismo-.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40 ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
MAZZA , Alexandre. Manual de direito administrativo/Alexandre Mazza. -8.ed.-São Paulo: Saraiva Educação,2018
Quais são as fontes jurídicas utilizadas pelo Direito Administrativo? Conceitue cada uma dessas apresentando quais possuem podem vinculante sobre o Direito Administrativo (valor: 1,50 - apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
No Direito Administrativo temos a lei como fonte primaria e subordinadas a esta, as secundárias que são a doutrina, a jurisprudência os costumes e os princípios gerais do direito.
Lei, é o único veículo habilitado para criar diretamente deveres e proibições, obrigações de fazer ou não fazer no Direito Administrativo. A lei tem poder vinculante sobre este, se deixar de atender a qualquer dado expresso na lei, o ato é nulo, por estar desvinculado do seu tipo-padrão.
Para tanto temos a regra do Art.5 II, da Constituição Federal: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei’’.
Por lei devemos entender neste contexto, qualquer veículo normativo que expresse a vontade popular, lei em sentido amplo, a exemplo de Constituição Federal, Constituições Estaduais, Emendas constitucionais, regulamentos, entre outros.
Doutrina no âmbito do direito,é a produção intelectual dos juristas a respeito de certo tema jurídico. Esta não cria a norma diretamente, mas elucida o sentido e o alcance das regras jurídicas, conduzindo o modo de compreensão do que determina a lei por parte dos operadores do direito. A lição de estudiosos renomados causa um impacto social, comoção que se parece com a criação de uma outra norma, porém a doutrina não tem poder vinculativo.
Jurisprudência, compreende-se pelas decisões reiteradas sobre determinado tema pelos tribunais. Diferentemente da norma criada pelo legislador esta não tem força cogente, porém é influenciadora decisiva no modo de entendimento e aplicação das regras.
Porém a situação difere-se quando o entendimento jurisprudencial estiver previsto em súmula vinculante do STF. Nos termos do Art.103-A da CF. acrescentado pela emenda n.45/2004.”O STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros após reiteradas decisões sobre a matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal(...)’’A súmula vinculante é de cumprimento obrigatório pela Administração pública, revestindo-se de força cogente para agentes, órgãos e entidades administrativas, para tanto neste aspecto exercendo poder vinculativo.
Costumes são práticas reiteradas da autoridade administrativa capazes de estabelecer padrões obrigatórios de comportamento.Com a repetição de determinada prática cria-se uma expectativa do modo de agir assim por parte dos administradores, vindo sua repentina alteração ser prejudicial por causar incerteza e instabilidade social, seu objetivo é geral segurança jurídica.
Estes só são considerados vigentes e exigíveis quando não contrariarem regra ou princípio estabelecido em lei, os costumes contra legem não se revestem de obrigatoriedade.
Vale ressaltar que na visão minoritária de Lucia Vale Figueiredo, os costumes não se admitem como fonte.
Observação: Quanto aos Princípios gerais do Direito: Alguns autores incluem este como fonte do direito administrativo, sabemos que estes são o pilar que norteia e estrutura o ordenamento jurídico e as vezes sequer estão escritos, são observados pela lógica, bem se sabe que são indispensáveis ao exercício da justiça. Aos que consideram esta fonte, caracteriza-se como primária.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Art.5 II.
MAZZA , Alexandre. Manual de direito administrativo/Alexandre Mazza. -8.ed.-São Paulo: Saraiva Educação,2018.
Em nossos estudos constatou-se a inexistência de um Código do Direito Administrativo, diante de tal fato respondas as seguintes indagações. Qual a distinção entre codificação e consolidação? O Direito administrativo torna-se um ramo mais frágil/inferior que os demais da ciência jurídica? Qual o posicionamento sobre a necessidade ou não de uma codificação deste ramo? (valor: 1,00)
Visto que o direito administrativo pátrio não está codificado assim como em vários países modernos, significa dizer que não se organiza em um único diploma.
A diferença entre consolidação e a codificação é que na consolidação, temos superada a fase de legislação esparsa, geralmente nas palavras de Hely Lopes Meirelles a fase de consolidação, marcada pela elaboração de codificações parciais conferindo certa organização à disciplina normativa de temas pontuais dentro do ramo jurídico. Em um momento seguinte, pode ocorrer de as leis mais importantes daquele determinado ramo serem agrupadas em um diploma legislativo único denominado ‘’consolidação’’ ou ‘’coletânea’, à exemplo de direito do trabalho. Esta é uma justaposição de leis distinta e para tanto não se caracteriza como um verdadeiro código na medida que lhe faltam unidade lógica e sistematização racional. O direito administrativo no Brasil encontra-se na fase de codificação parcial-um sub estágio dentro da fase de consolidação-.
Já na fase de codificação, estão superadas as etapas de legislação esparsa e consolidação, esta dá-se por meio da organização em diploma legislativo único dos princípios e normas mais relevantes para aquele ramo, exemplo, direito civil, direito penal, etc. Ressaltando que a codificação não exclui a possibilidade de existirem leis extravagantes, pois o código reunirá os temas centrais, sem prejuízo de outros diplomas normativos disciplinarem temas específicos. Exemplo: Código Civil brasileiro-Lei10.406/2002-, ramo codificado, mas com diversas leis esparsas como a Lei de locações-8.245/91-.
Ante a falta de codificação não se pode dizer que o direito administrativo é um ramo mais frágil que os demais pois esta não induz à ausência de autonomia que para ser caracterizada necessita atender a alguns pressupostos, a identificação da parcela do objeto, dentro do ramo mãe submetida a um regramento peculiar, a reunião de temas em torno de valores sistêmicos comuns, definindo-se princípios específicos capazes de conferir unidade ao novo grupo de assuntos e a obtenção de um ganho de conhecimento decorrente do desmembramento, como é o caso do próprio direito administrativo.
Quanto à necessidade ou não de uma codificação deste ramo a questão das vantagens e desvantagens é bastante debatida.
A favor pode ser destacar que contribui com a segurança jurídica, cria maior transparência no processo decisório, aumenta a previsibilidade das decisões, beneficia a estabilidade social, facilita o acesso da população para as regras vigentes, permite uma visão panorâmica do ramo, oferece melhores condições de controle de atuação estatal.
Por outro lado, contra a codificação alguns autores pontuam que gera a constante desatualização do código diante da aprovação de posteriores leis extravagantes, pode vir a estagnar o direito, a competência para legislar do direito administrativo impossibilitaria a legislação aplicável a todas as esferas federativas e também a grande diversidade de temas dificultaria o trabalho de compilação.
Observamos ser favorável uma codificação, visto que Hely Lopes Meirelles um dos poucos autores importantes que se manifestou sobre a controvérsia é favorável, resultará em uma Administração eficiente, seguindo suas regras, princípios e ética dificultando o abuso de poder dos servidores públicos, o desvio de sua finalidade, omissão em sua atividade e a sua inércia. Vale também fazer referência à experiência positiva do Código Administrativo de Portugal.
MAZZA , Alexandre. Manual de direito administrativo/Alexandre Mazza. -8.ed.-São Paulo: Saraiva Educação,2018.
Para interpretar a norma de Direito Administrativo, deve-se utilizar-se certos pressupostos, apresente os mesmos definindo o objeto de cada um deles. (valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica)
Para interpretação do Direito Administrativo vale analisar três pressupostos, sendo eles: A) DESIGUALDADE JURIDICA ENTRE A ADMINISTRAÇÃO E OS ADMINISTRADOS: Diante a desigualdade gerada entre a Administração e os particulares resultam diversos privilégios e prerrogativas ao poder público, não podendo estes serem desconsiderados e desconhecidos pelo aplicador das regras. Sempre que entrarem em conflito o direito do indivíduo e o interesse da comunidade, há de prevalecer o da comunidade, uma vez que o objetivo primacial da Administração é o bem comum. Ao aplicador da lei compete interpretá-la de modo a estabelecer o equilíbrio entre os privilégios estatais e os direitos individuais, sem perder de vista aquela supremacia. 
B) PRESUNÇÃO RELATIVA DE LEGITIMIDADE DOS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO: Esta presunção embora relativa, acompanha toda a atividade pública, dispensando a Administração da prova de legitimidade de seus atos. Presumida esta, caberá ao particular provar o contrário, até demonstrar cabalmente que a Administração Pública obrou fora ou além do permitido em lei, isto é, com ilegalidade flagrante ou dissimulada sob a forma de abuso ou desviode poder;
 E C) NECESSIDADE DE PODERES DISCRICIONARIOS PARA ADMINISTRAÇÃO ATENDER A ESSES INTERESSES: A Administração Pública precisa e se utiliza frequentemente de poderes discricionários na prática rotineira de suas atividades. Reconhecida a existência legal da discricionariedade administrativa, cumpre ao intérprete e aplicador da lei delimitar seu campo de atuação, que é o do interesse público. A finalidade pública, o bem comum, o interesse da comunidade, é que demarcam o poder discricionário da Administração
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016.
O melhor da doutrina define dois sistemas de controle dos atos administrativos. Apresente a base legal justificando a impossibilidade da aplicação do sistema contencioso administrativo no atual ordenamento jurídico brasileiro. (Valor: 1,00 - apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
Tem-se sistema contencioso administrativo (Francês) onde há dois tribunais distintos, sendo um para discutir assuntos de interesse privado e outro para relações que envolvam questões que participam os Estados, ou seja, todo e qualquer relação de interesse da Administração Pública deve ser julgada por ela mesma.
Em nosso ordenamento é aplicado o sistema de jurisdição una, onde todo e qualquer litigio, será julgada pelo poder Judiciário, salvo exceções (processo administrativo disciplinar).
Dispõe o art. 5º, XXXV da CRFB/88 a lei não excluirá da apreciação do poder Judiciário lesão ou ameaça ao direito.
Dessa forma, para que não seja ferido o princípio da inafastabilidade, há de ser o Judiciário o único capaz a julgar e proferir decisões definitivas, assim impossibilitando a aplicabilidade do sistema contencioso administrativo.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016.
Constituição da República Federativa do Brasil 1988- art. 5ºXXXV
Conceitue e identifique as características de cada um dos princípios aplicáveis a Administração Pública constantes na CRFB/88 (artigo 37, caput). (Valor: 1,50 - apresentar referência bibliográfica)
PRINCIPIO DA LEGALIDADE: significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.
Pode se dizer que ao contrário do princípio da moralidade, este como característica terá de observar e seguir apenas o que está regido em lei, e ainda almejando o bem comum.
PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE/FINALIDADE: este impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal. Exige que o ato seja praticado sempre com finalidade pública.
O fato de o administrador ficar impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo no interesse próprio ou de terceiros, se torna a principal característica de tal princípio.
PRINCIPIO DA MORALIDADE: o agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto do desonesto. E, ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto.
Este princípio tem como característica o fato de que o ato administrativo não irá observar apenas a lei jurídica, mas também a lei ética, pois é nem tudo que é legal é honesto ou praticado com a boa-fé.
PRINCIPIO DA PUBLICIDADE: é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos. Tal princípio encarta-se num contexto geral de livre acesso dos indivíduos a informações de seu interesse e de transparência na atuação administrativa.
Tal princípio demonstra como característica o fato de ser de conhecimento público os atos praticados pela administração.
PRINCIPIO DA EFICIÊNCIA: este princípio se impõe a todo agente administrativo e exige que a atividade seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 42. ed. São Paulo : Malheiros, 2016.
O princípio da eficiência na Administração Pública pode ser aplicado de forma separada aos demais princípios? (valor: 0,50)
Sabe-se que este princípio exige que o administrador atue de modo rápido e preciso a fim de evitar desperdícios dos recursos públicos que movimentam toda a atuação administrativa, assim é de se observar que a eficiência no âmbito da Administração Pública, ao contrário do que ocorre na esfera privada, não pode ser realizada independentemente de qualquer aspecto.
 A eficiência administrativa pública, para ter abrigo na ordem jurídica, deve observar os demais princípios constitucionais, especialmente os próprios da Administração Pública. Dessa forma, o ato eficiente deve também ser legal, impessoal, moral e público. Jamais se poderá justificar a atuação administrativa contrária ao direito, por mais que possa ser elogiado em termos de pura eficiência.
Defina o princípio da autotutela, apresentando a base legal que limita a sua aplicação em decorrência de lapso temporal (prescrição). (valor: 0,50 - apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
Essa autotutela abrange a possibilidade de o Poder Público anular ou revogar seus atos administrativos, quando estes se apresentarem, respectivamente, ilegais ou contrários à conveniência ou à oportunidade administrativa. Em qualquer dessas hipóteses, porém, não é necessária a intervenção do Poder Judiciário, podendo a anulação/revogação perfazer-se por meio de outro ato administrativo auto executável.
A respeito do lapso temporal, dispõe o art. 54 da Lei n. 9.784/99: “O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.
 FREITAS, Juarez. O controle dos atos administrativos e os princípios fundamentais. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 2004
Lei n. 9.784/99 que regula o processo administrativo no âmbito da Administração publica Federal.

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