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Aula Função hepática

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Avaliação da 
função hepáticafunção hepática
Flávia Frattani
Faculdade de Farmácia - UFRJ
Anatomia do Fígado
√ Maior órgão (1,5 kg)
√ Localizado abaixo do diafragma, no quadrante 
superior direito do abdômen
√ Suprimento sanguíneo duplo:
Localização 
√ Suprimento sanguíneo duplo:
• Veia porta→ Sangue oriundo do baço e TGI
• Artéria hepática → Sangue rico em O+2
oriundo da circulação central hepática
Drenagem venosa (veias hepáticas direita e
esquesda→ veia cava inferior.
(Guyton et al., 2006)
Metabólica 
� Lipídíos, amônia, fármacos, sais biliares (digestão) e bilirrubina. 
� Detoxicação
Funções bioquímicas do fígado
Excretora 
Sintética 
� Albumina, outras proteínas plasmáticas e fatores da coagulação.
� Síntese de colesterol e lipoproteínas
� Angiotensinogênio, trombopoetina e IGF-1 
Excretora 
� Eliminação de substâncias do corpo
√ Função metabólica
LIPÍDIOS
√ Síntese de colesterol e lipoproteínas circulantes (ex: HDL, LDL e VLDL)
AMÔNIA
√ Proteases bacterianas → maior fonte de amônia
livre no organismo.
√ Catabolismo de aminoácidos → Amônia é
convertida em uréia (ciclo da uréia).
� Pouco usada para diagnóstico das
hepatopatias.
Vieira et al, 2004
Fármacos, hormônios e 
outras substâncias
Reações de fase I (oxidação e hidroxilação) e
fase II (conjugação com compostos polares) 
METABOLISMO DE FÁRMACOS, HORMÔNIO E ÂNIOS ORGÂNICOS 
√ Função metabólica
Produção de compostos 
hidro ou lipossolúveis 
fase II (conjugação com compostos polares) 
(bile ou urina)
excretados
√ Função metabólica
√ Bile (600 a 1000 mL/dia) → ácidos biliares sintetizados a partir do
colesterol.
√ São conjugados com glicina e taurina (cisteína) formando os sais
ÁCIDOS BILIARES
√ São conjugados com glicina e taurina (cisteína) formando os sais
biliares.
√ A quantidade de ácidos biliares pode indicar disfunções hepáticas, mas
são pouco utilizados na clínica.
TGI
Intestino
Urobilinogênios
Microbiota intestinal
urina
sangue
 
√ Função metabólica
BILIRRUBINA
Bilirrubina não-conjugada (BI)
estercobilina
mesobilina
urobilina
fezes
(Robbins et al., 2005)
Bilirrubina conjugada (BD)
√ Função de síntese
SÍNTESE DE PROTEINAS
PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS/FUNÇÕES
Albumina Proteína plasmática mais abundante, P.O., transporte de
compostos pouco solúveis
Ceruloplasmina Proteína ligada ao cobre, envolvida em processos de oxidação
no plasmano plasma
Haptoglobina Se liga a hemoglobina livre, formando um complexo de alto
peso molecular
Proteínas da coagulação Essencial para o processo hemostático
Transferrina Transportadora plasmática de íons ferro
Transtirretina Transporte dos hormônios tireoidianos (T3 e T4)
α1-antitripsina Inibidor de proteinases
α-fetoproteína Importante no soro fetal
Disfunções hepáticas
√ Hipertensão portal → obstrução ao fluxo sanguíneo em
qualquer ponto da circulação porta.
- sangramento das varizes esofágicas
√ Icterícia → depósito de bilirrubina na pele, mucosas e
esclera.
�Manifestações clínicas da doença hepática
- ascite� peritonite bacteriana espontânea
- síndrome hepatorrenal (↓ função renal →
doença hepática)
√ Distúrbios da hemostasia → alteração nos fatores de
coagulação.
- ↓ produção de fatores de coagulação
- CID (liberação de tromboplastina tecidual)
http://adameducation.com
Doenças hepáticas
Lesão aguda direcionada ao hepatócito
√ Hepatite viral aguda → 5 vírus (A, B, C, D, E), citomegalovírus e herpes simples
- Hepatite A→ contaminação da água ou dos alimentos
Hepatites agudas 
- Hepatite A→ contaminação da água ou dos alimentos
- Hepatite B→ transmitido por secreções corporais – sexuais ou parenterais;
- Hepatite C → transmitido através do plasma – ↑ risco (drogas injetáveis ou
transfusão sanguínea);
√ Hepatite alcoólica aguda→ doença febril aguda, leucocitose e ↑ [ ] de proteínas
de fase aguda.
√ Hepatite tóxica → lesão direta do hepatócito por toxinas ou metabólitos tóxicos.
- relacionada a dose do agente ingerido
- ex: paracetamol (analgésico amplamente utilizado)
√ Hepatite isquêmica → hipoperfusão hepática.
√ Síndrome de Reye → encefalopatia aguda (disfunções neuropsiquiátricas)
combinada com degeneração gordurosa dos órgãos.
Associada posteriormente ao uso de aspirina (campanhas para não uso
de aspirina em crianças febris, a doença se tornou rara).
Lesão inflamatória persistente que atinge os hepatócito (+ 6 meses)
- Atividade necroinflamatória
- Fibrose (relacionada com risco de progressão para cirrose)
√ Hepatite B crônica → definida como a persistência do antígeno HBsAg
√ Hepatite C crônica → substitui a infecção aguda mais comumente que o HBV
Hepatites crônicas 
√ Hepatite C crônica → substitui a infecção aguda mais comumente que o HBV
√ Esteatose hepática não-alcólica (NASH) → doença associada à gordura e
inflamação no fígado em pacientes que não ingerem álcool.
√ Hepatite auto-imune → hepatite de progressão rápida
√ Doenças hereditárias→ Hemocromatose, deficiência e doença de Wilson
√ Doença hepática alcoólica → Fatores de risco incluem: duração e magnitude do
abuso, sexo, apresença de uma co-infecção e o estado nutricional.
√ Cirrose → Fibrose difusa com regeneração nodular, representa o
estágio final da formação de cicatriz e regeneração da lesão hepática
crônica.
1-) Aumento da produção de colágeno;
2-) Comprometimento da circulação sanguínea;
3-) Grande diminuição das funções dos hepatócitos.
Doenças hepáticas colestáticas
Colestase→ Bloqueio ou supressão do fluxo da bile, retendo-a dentro do 
sistema excretor. Classificadas como: intra-hepática ou extra-hepática.
Obstrução física dos ductos biliares
Causando má absorção dos lipídios e das vitaminas lipossolúveis (Vit. K)
√ Cirrose biliar primária → distúrbio auto-imune que acomete ductos biliares intra-√ Cirrose biliar primária → distúrbio auto-imune que acomete ductos biliares intra-
hepáticos.
√ Colangite esclerosante primária → doença inflamatória que afeta comumente os
ductos biliares extra-hepáticos.
√ Cálculos biliares → formação sólida na vesícula biliar, compostos por colesterol
e sais biliares
Tumores hepáticos
√ Quinto tipo de câncer mais comum no mundo;
√ Cirrose presente na maioria dos casos;
Carcinoma hepatocelular
√ Principal fator de risco: infecção por vírus da hepatite B ou C;
√ Diagnóstico laboratorial da função hepática é inespecífico, sendo
necessária a avaliação de um marcador tumoral associados à exames de
imagem.
√ Modelo para Doença Hepática Terminal (MELD)
MELD (Model for End-Stage Liver Disease) é uma escala numérica
criada para avaliação da gravidade da doença hepática.
MELD = 9,57 x loge creatinina (mg/dL) 
+ 3,78 x loge bilirrubina total (mg/dL) 
+ 11,2 x loge RNI 
+ 6,42+ 6,42
VALOR DE 
MELD
RISCO DE MORTE (3 MESES)
Até 10 Baixo
10 a 20 Intermediário
Acima de 20 Alto
6 40
Hepatograma 
√ Conjunto de dosagens laboratoriais para auxiliar no diagnóstico
Clínico.
• Avaliação das enzimas hepáticas.
• Albumina• Albumina
• Bilirrubinas
• Coagulação
Diagnóstico laboratorial
√ Enzimas liberadas por lesão hepática
O padrão e grau da elevação da atividade enzimática variam com o tipo
da doença hepática:
● especificidade tecidual
● distribuição dentro da célula
● perfil da atividade da enzima no fígado e no plasma
● padrões de liberação
● velocidade (tempo) de remoção do plasma.
Enzimas
ASTm
ASTmASTc
ALT
HEPATÓCITO√ Aspartato aminotransferase (TGO/AST) →
coração, fígado, músculo esquelético e rim.
(citoplasmática e mitocondrial)
√ Alanina aminotransferase (TGP/ALT) → fígado e
rim (citoplasmática)
Citoplasmáticas 
√ Fosfatase alcalina (FA) → fígado, rins e osso.√ γ-glutamil transferase (GGT) → túbulo renal proximal,
fígado, pâncreas, intestino.
ASTm
ALT
ASTc
ALT
GGT
GGT
GGTGGT
ALP ALP
ASTc
ALT
rim (citoplasmática)
(Adaptado de Henry et al., 2008)
Membranas
AST
√ Aspartato aminotransferase (AST) ou Transaminase Oxalacética (TGO)
Aspartato + ASTα-cetoglutarato Oxaloacetato Glutamato+ 
+ 
MDH
NADH + H+Oxaloacetato Malato + NAD+
Malato desidrogenase
VALOR DE REFERÊNCIA (37°C): Soro ou Plasma: até 42 U/L
λ 340 nm 
� Dosagem 
(BURTIS et al., 2008).
ALT
√ Alanina aminotransferase (ALT) ou Transaminase Pirúvica (TGP)
Alanina + 
ALT
α-cetoglutarato Piruvato Glutamato+ 
+ 
LDH
NADH + H+Piruvato Lactato + NAD+
Lactato desidrogenase
VALOR DE REFERÊNCIA (37°C) Soro: até 41 U/L
λ 340 nm 
(BURTIS et al., 2008).
� Dosagem 
GGT 
√ γ-glutamil transferase
VALORES DE REFERÊNCIA (37°C)
Homens MulheresHomens Mulheres
15 - 60 U/L 10 - 40 U/L
(BURTIS et al., 2008).
FA 
Método do p-nitrofenol
(hidrólise alcalina de grupamento fosfato)
VALOR DE REFERÊNCIA (37°C): Soro ou Plasma: até 42 U/L
λ 590 nm 
(BURTIS et al., 2008).
√ Diminuida na lesão hepática
√ Não é específica
√ Está dimunuida na:
● distúrbios inflamatórios
● desnutrição
● síndrome nefrótica
Albumina plasmática
√ Úteis na avaliação da cronicidade e gravidade da lesão hepática
Método colorimétrico (verde de bromocresol)
albumina
+ 
Verde de bromocresol
Albumina + corante
λ= 620 – 640 nm
VALOR DE REFERÊNCIA:
Soro: 3,5 a 5,5 g/dL
Eletroforese de proteínas
CirrosePólo
negativo
Pólo
positivo
Alb α1 β δα2
Carcinoma ↑ Alfafetoproteína
Doença de Wilson ↓ Ceruloplasmina 
Deficiência de α1- antitripsina(Silva et al., 2008)
√ Correlação modesta com lesão hepática
√ Útil na icterícia do neonato
√ Medidas seriadas auxiliam na avaliação da gravidade da
doença hepática aguda e crônica
Bilirrubina plasmática
Método diazo
Bilirrubina conjugada (BD)
+ 
Ácido sulfanílico diazotado
Azobilirrubina
λ= 540 nm
VALOR DE REFERÊNCIA : Soro
RECÉM-NASCIDOS: 10 – 15 mg/dL nascidos pré-termo
> 15 mg/dL nascidos a termo
ADULTOS: até 0,2 mg/dL
Bilirrubina conjugada
VALOR DE REFERÊNCIA (BT) : Soro
Bilirrubina total
Bilirrubina total (BT)
+ 
Ácido sulfanílico diazotado Azobilirrubina
λ= 540 nm
Cafeína ou metanol
+ 
Bilirrubina total: até 1,0 mg/dL
BI = BT - BD VALOR DE REFERÊNCIA (BI) : Soro
Bilirrubina indireta: 0,2 - 0,8 mg/dL
Bilirrubina não-conjugada (BI)
√ Medidas seriadas são usadas para determinar a função da
síntese hepática
√ Mais confiáveis que a albumina
√ Marcador mais importante da hepatite aguda
√ Primeiro a sofrer alteração quando a hepatite crônica evolui
para cirrose
Tempo de protrombina (TAP)
para cirrose
Avaliação do 
tempo de 
coagulação
Colestase
Doenças 
hepatocelulares
Tempo 
prolongado
Tempo 
prolongado
Adm parenteral de Vit K 
Tempo 
prolongado
Corrigido
Via
extrínseca
Via
intrínseca
Fibrinogênio Fibrina
fosfolipídeos
fosfolipídeos
Testes da função hepática anormal
AST > 3 X URL
FA < 2X URL
AST < 3 X URL
FA > 2X URL
Doença hepatocelular Doença colestática
Albumina
normal
Albumina
normal
Albumina
diminuida
Albumina
diminuida
Hepatite Hepatite Colestase ColestaseHepatite
aguda
Hepatite
crônica
Colestase
aguda
Colestase
crônica
Ultra-som ou colangiografia
percutânea
Colestase
intra-hepática
Colestase
Extra-hepática
(BURTIS et al., 2008).
√ Diagnóstico específico para cada doença
DOENÇAS DIAGNÓSTICO
Hepatite A IgM anti-HAV
Hepatite B IgM anti-HBc, HBsAg
Hepatite C IgM anti-HCV (+ ou -), RNA HCVHepatite C IgM anti-HCV (+ ou -), RNA HCV
Hepatite tóxica Identificação da toxina
Hepatite auto-imune Ac antinuclear (ANA), Ac antimitocondrial 
(AMA), Ag antimúsculo liso (SMA) etc.

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