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Plano de Aula: REDAÇÃO INSTRUMENTAL REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0130 Título REDAÇÃO INSTRUMENTAL Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 14 Tema Construção da Argumentação Jurídica: Tipos de Argumentos (Continuação) Objetivos · Permitir ao graduando de Direito exercitar o uso das técnicas argumentativas, com construção de argumentos bem fundamentados, que sustentem a tese proposta. · Propiciar aos alunos de Direito a produção de uma argumentação jurídica de forma clara, coesa, coerente e persuasiva. · Elaborar uma tese e selecionar os argumentos que devem compor o corpo textual da argumentação. Estrutura do Conteúdo 1. Tipos de argumentos: 1.1 Argumento de Prova 1.2 Argumento a fortiori 1.3 Argumento a contrario sensu 1.4 Argumento pelo absurdo e pelo ridículo 2. Elaboração de uma tese e seleção dos argumentos que devem compor a corpo textual da argumentação. 3. Abordagem das características textuais do texto argumentativo e informações linguísticas relevantes, como: tempo verbal, conectores discursivo-argumentativos, paragrafação, dentre outras. Aplicação Prática Teórica NADA DE DESCULPAS E MÃOS À OBRA ! Para uma argumentação jurídica consistente, o operador do Direito deve recorrer a estratégias discursivo - argumentativas que expressem a interpretação sobre uma questão do Direito, inserida em um contexto espacial e temporal. Primeiramente, ao analisar o caso concreto, deve-se procurar considerar o contexto em que ocorreu a situação fática, como os fatos, as circunstâncias em que eles ocorreram, as provas e/ou indícios e, em seguida, transformar esses elementos em teses e argumentos, tendo como embasamento legal as fontes do Direito para uma melhor aceitação da tese principal a ser defendida. Questão 1 A partir do caso concreto abaixo, redija uma argumentação jurídica, em quatro parágrafos, no mínimo. Os tipos de argumentos são de sua livre escolha. Caso Concreto Fernanda Lopes foi fazer compras no supermercado Pé na Areia, localizado na Avenida Raul Pompeia, 350, no bairro de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, em 16 de novembro de 2015. Segundo José Paulo Lopes, marido da vítima, quando sua esposa Fernanda Lopes fazia compras no estabelecimento, escorregou em produtos de limpeza derramados pelo chão do supermercado e, em decorrência dessa queda, veio a falecer. Ao cair, Fernanda Lopes, esbarrou em uma prateleira e várias latas de óleo caíram sob re ela, tendo uma delas atingido a sua cabeça. Após o acidente, ao tentar levantar-se, sentiu-se mal e com fortes dores na cabeça, não conseguindo locomover-se. A vítima foi levada para a sala de primeiros socorros do estabelecimento, na qual uma atendente lhe disse que ficasse em repouso até sentir-se melhor. Vinte e cinco minutos depois, vendo que a mãe não apresentava melhoras, a filha Joana Lopes, 17 anos, que a acompanhava, solicitou a presença de um médico para examinar a mãe dela. Passadas três horas de espera, a filha percebeu que nenhuma assistência médica havia sido ainda providenciada pelo supermercado e exigiu do gerente do supermercado que a mãe fosse levada a um hospital, ao qual a acidentada já chegou em estado fulminante, em consequência da hemorragia cerebral, provocada pelo forte impacto da lata de óleo em sua cabeça. De acordo com os médicos que a socorreram, a demora no pronto atendimento agravou o quadro hemorrágico da vítima e não foi possível salvá-la. Para o marido, sua mulher morreu por dupla negligência do supermercado: primeiro por conta da queda causada pelos produtos de limpeza esparramados pelo chão e, segundo, pela demora em oferecer socorro à sua mulher. (Adaptado) Orientações jurídicas para a sua argumentação Código de Defesa do Consumidor Art. 6 - São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Código Civil Art. 1.784 - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará -lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Observação: Siga este esquema para melhor aprimoramento do seu texto argumentativo: Tese propriamente dita: ponto de partida Argumento 1 + Argumento 2 + Argumento 3 + Argumento 4 Conclusão
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