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AIDS e manifestações bucais

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 HIV 
	O HIV (Human Immunodeficiency Vírus), é um retrovírus humano que pode ser transmitido pela via sanguínea, pelo contato sexual e pela via vertical, ou seja, da mãe soropositiva para o feto durante a gestação, o parto ou a amamentação.
	O diagnóstico da infecção por HIV depende da demonstração de anticorpos contra o vírus e/ou da detecção direta do HIV ou um dos seus componentes.
	A principal célula alvo do HIV é o linfócito T CD4 + auxiliar. O DNA do HIV é incorporado ao DNA do linfócito e ali permanece pelo restante da vida da célula. Na maioria das infecções virais, são formados anticorpos pelo hospedeiro para protege-lo contra o microorganismo. Nas pessoas com infecção pelo HIV, os anticorpos se desenvolvem, mas não as protegem.O vírus permanece em silêncio produzindo a morte da célula, subsequentemente, ocorre uma diminuição no número de células T auxiliares, com a resultante perda da função imunológica . A resposta normal à viroses, fungos e bactérias é diminuída.
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	As manifestações em cabeça e pescoço da infecção pelo HIV são muito prevalentes, sendo diversas vezes o primeiro sinal de infecção pelo vírus. Estes pacientes apresentam uma variedade de doenças que vão desde infecções agudas freqüentes causadas pelos patógenos habituais, infecções oportunistas, queixas neurológicas e neoplasias específicas.
	Em l986, a Comunidade Econômica Européia reunida em Copenhague discutiu os problemas orais relacionados com a infecção pelo HIV. Deste encontro resultou uma listagem de 30 doenças que apresentavam lesões associadas com a infecção pelo HIV. Posteriormente, foram acrescentadas novas lesões que ocorriam na boca ou região submandibular, a esta lista. Desta forma, as lesões foram classificadas onde incluíam-se lesões por infecção fúngicas, bacterianas e virais, além de processos neoplásicos e lesões de natureza desconhecida. 
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AIDS E MANIFESTAÇÕES BUCAIS
Desde o início da epidemia do HIV/AIDS, as lesões bucais foram observadas nas pessoas infectadas. Relatos epidemiológicos ressaltam as manifestações bucais como marcadores na progressão da doença e preditivos para o aumento da imunodepressão, constituindo-se como marcadores de prognóstico.
Encontradas as alterações estomatológicas em pacientes portadores do HIV. As manifestações bucais estiveram presentes , sendo candidíase a mais frequente, seguida pelas doenças periodontais, leucoplasia pilosa, herpes simples, papiloma, lesões aftóides, sarcoma de Kaposi, carcinoma epidermóide e molusco contagioso.
resultados mostraram que o exame oral e o diagnóstico precoce das manifestações bucais em pacientes infectados pelo HIV são fundamentais para o tratamento imediato, melhoria da qualidade de vida do paciente.
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CANDIDÍASE ORAL
	Trata-se da afecção oral mais comum nos pacientes com HIV. Causada pelo fungo Candida albicans é considerada um preditor de deterioração do sistema imunológico.
	A forma pseudomembranosa aguda é a mais comum. Se apresenta com placas brancas ou amareladas aderentes à mucosa, de fácil remoção, deixando a mucosa subjacente hiperemiada e, por vezes, sangrante. 
	Nos casos de imudeficiência grave as lesões podem se espalhar por toda a extensão da cavidade bucal podendo também ser encontrada na orofaringe e em outras superfícies mucosas. 
	Acomete preferencialmente o palato duro e mole, e mucosa labial, assim como o dorso da língua. 
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		O paciente se queixa de ardência, diminuição do paladar e sensação de ter algodão na boca. Quando o esôfago é acometido, o paciente se queixa de dificuldade e dor para engolir.
		Outra forma bem típica de pacientes infectados pelo HIV é a candidíase eritematosas que apresenta-se sob a forma de manchas ou áreas eritematosas avermelhadas. Ocorre com maior frequência no palato e dorso da língua, podendo ocorrer como pequenos pontos avermelhados na mucosa jugal. 
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		A candidíase hiperplásica representada sob a forma de placas ou nódulos esbranquiçados, firmemente aderidas às áreas eritematosas são menos freqüentes, podendo ocorrer mais na língua e ser confundida com a leucoplasia pilosa.
		A Queilite angular que se apresenta como fissuras radiais nas comissuras labiais. Estão frequentemente associadas a eritrema e a placas esbranquiçadas. A Candida albicans é um importante fator etiológico desta manifestação, podendo também estar presente o Staphylococus aureus	.	
		
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DIAGNÓSTICO
	O diagnóstico é feito facilmente através do exame clínico, porém pode ser confirmado pelo esfregaço citológico ou pela biópsia. Uma manobra obrigatória para o diagnóstico é a raspagem que visa destacar a membrana que recobre a lesão.
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TRATAMENTO
	 
	É indicado o tratamento com solução de nistatina, mas muitas da vezes é ineficiente. Nesse caso pode-se utilizar miconazol gel oral, que adere à mucosa por tempo prolongado.
	Nos casos mais graves, pode-se iniciar a terapia por via sistêmica, com cetoconazol ou fluconazol por período variável, conforme gravidade do quadro ou resposta do paciente ao tratamento. 
	Pacientes com episódios repetidos têm indicação de uso de fluconazol de forma profilática (100mg, 1 vez por semana)
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CANDIDÍASE OU CANDIDOSE PSEUDO-MEMBRANOSA - HIV
PALATO DURO
LINGUAL
GENGIVAL
FLORIDA
LINGUAL
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CANDIDÍASE OU CANDIDOSE ERITEMATOSA - HIV
PALATO DURO
ASSOALHO DA BOCA
LINGUA
LÁBIO
BOCHECHA
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GENGIVITE 
	A gengivite e do HIV não se diferencia clinicamente do paciente não HIV, na maioria das vezes. A causa é multifatorial e inclui má-higiene oral e infecção bacteriana secundária.
	A gengivite relacionada ao HIV é o eritema linear gengival, com intensa faixa de eritema vascular circundando a gengiva marginal e áreas de pontilhado. Em geral, é assintomático. Diferentemente da gengivite comum, não melhora com curetagem dentária de rotina e higiene profilática e é provável que seja precursora dos quadros necrosantes.
	
	
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TRATAMENTO
	O tratamento da gengivite baseia-se em curetagem, debridamento local, bochechos com rinse de clorexidina e antibióticos (metronidazol, amoxicilina com clavulanato ou clindamicina) de acordo com a necessidade do paciente.
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PERIODONTITE 
	A periodontite pode assumir formas ulcerativas necrosantes, localizadas ou generalizadas. Caracteriza-se por rápida necrose do tecido gengival, membrana periodontal e osso alveolar. 
	A periodontite é caracterizada pela rápida, irregular e generalizada destruição do periodonto de inserção e osso alveolar. Possui as características gengivais da gengivite associada ao HIV, acrescida de severa sintomatologia dolorosa, sangramento gengival espontâneo, necrose de tecido mole, e rápida destruição do ligamento periodontal. A rápida progressão da necrose no tecido mole pode levar à exposição da crista alveolar ou septo interdentário, com o subseqüente seqüestro ósseo. Embora se consiga o controle do quadro infeccioso e inflamatório, há perda óssea progressiva até a perda dos elementos dentários. 
	
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	A doença periodontal pode ser uma das primeiras apresentações clínicas de infecção por HIV. Pacientes que apresentam doença periodontal agressiva devem ser investigados por possível infecção por HIV.
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TRATAMENTO
	O tratamento é igual ao da gengivite onde deve ser realizada curetagem, debridamento local, bochechos com rinse de clorexidina e antibióticos (metronidazol, amoxicilina/clavulanato ou clindamicina).
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HERPES 
		O herpes é uma doença viral recorrente, geralmente benigna, causada pelos vírus Herpes simples 1 e 2, que afeta principalmente a mucosa da boca ou região genital, mas pode causar graves complicações neurológicas.
		É uma das complicações mais comuns no HIV, podendo, com maior frequência, causar encefalite.
		A reativação do vírus latente no gânglio trigeminal é a principal forma de acometimento dos pacientes com HIV. 
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TIPOS DE HERPES
Herpessimples
É caracterizado por lesões em lábios ou mucosa bucal com vesículas que resultam em úlceras irregulares cercadas por margens esbranquiçadas no contorno dos lábios, rosto e órgãos genitais.
Herpes zoster
Acomete nervos e pele, causando dor terrível. Geralmente ataca os nervos que ficam entre as costelas (na horizontal) e o nervo trigêmeo da face, a partir da orelha. Pode durar de quatro a seis semanas, mas a dor permanece por meses ou anos.
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DIAGNÓSTICO
		O diagnóstico é feito com exame clinico e/ou por cultura de células ou técnicas de imunofluorescência e imunoperoxidase para detectar antígenos virais de raspados das lesões.
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TRATAMENTO
		O tratamento para herpes simples é realizado com aciclovir topico e oral de 400 mg, 5 vezes ao dia. Casos mais graves requer uso de medicação endovenosa. 
		Os pacientes HIV têm maior risco de serem portadores de cepas resistentes ao aciclovir, sendo necessário o uso de foscarnet nestes casos. 
		No caso da herpes zoster o tratamento é realizado com aciclovir oral, no caso de dor crônica usa-se carbamazepina.
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HERPES - HIV
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LEUCOPLASIA PILOSA
	A leucoplasia pilosa oral é uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e caracteriza-se pela formação de uma placa esbranquiçada, normalmente unilateral e localizada na borda lateral da língua. Apresenta, na sua superfície, vilosidades microscópicas semelhantes a pêlos e, ao contrário da candidíase, não pode ser retirada com uma espátula. Em alguns casos pode ser bilateral e/ou acometer o dorso da língua e da mucosa jugal (parte interna das bochechas).
	
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É predominantemente em pacientes portadores do vírus HIV, podendo também ser observada em pacientes transplantados, pelo fato do uso de imunossupressores e usuários de drogas, raramente é encontrada pessoas sem comprometimento do sistema imunológico. 
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TRATAMENTO
	Normalmente não é necessário tratamento, quando solicitado pelo paciente, é realizado com aciclovir, retinóides tópicos e podofilina.
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LEUCOPLASIA PILOSA LINGUA E PALATO - HIV
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SARCOMA DE KAPOSI
É um tipo de câncer que afeta as paredes dos vasos linfáticos, podendo desenvolver-se em diferentes regiões do corpo ao mesmo tempo. Sua incidência é mais comum na pele, mas pode acometer órgãos internos, especialmente nódulos linfáticos, pulmões e sistema digestivo. Sua causa exata é desconhecida, mas sabe-se que a doença está associada a fatores imunológicos, genéticos, 
 viróticos, entre outros, ainda a serem definidos.
Até os anos 80 acreditava-se que o Sarcoma de Kaposi era uma doença rara dos vasos sanguíneos, mais freqüente em homens idosos. Mas sua incidência subiu drasticamente com a ocorrência da AIDS. Atualmente, é o câncer mais comum relacionado a esta doença. É importante ressaltar que nem todas as pessoas infectadas pelo HIV irão desenvolver Sarcoma de Kaposi.
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SARCOMA DE KAPOSI
A doença maligna mais freqüentemente encontrada em pacientes aidéticos é o sarcoma de Kaposi(15% dos portadores do HIV). Consiste em uma proliferação neoplásica de células endoteliais e fibroblastos, pois está relacionado ao fator celular de crescimento que estimula a proliferação de vasos sangüíneos, linfáticos e do tecido conjuntivo fibroso. 
Está presente no palato com maior freqüência e apresenta-se com coloração avermelhada, azulada ou de nódulos roxos. No estágio mais avançado, as lesões tornam-se elevadas e nodulares, podendo se ulcerar com a progressão, causando dor e sangramento interferindo na fonação, alimentação e higiene devido às características dolorosas e hemorrágicas. 
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SARCOMA DE KAPOSI REGIÃO BUCAL - HIV
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SARCOMA DE KAPOSI REGIÃO BUCAL - HIV
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LINFOMA
Os linfomas da cavidade oral são uma complicação rara da AIDS/HIV avançada. A aparência clínica dessas neoplasias inclui massas ou lesões ulcerativas que envolvem o tecido mole oral e da mandíbula como manifestação predominante. Relatamos um caso de um paciente com AIDS que desenvolveu um linfoma não Hodgkin de células B difuso e extenso da cavidade oral durante a terapia antiretroviral altamente ativa com carga viral plasmática indetectável e reconstituição imune. 
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LINFOMAS - HIV
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O QUE SÃO AFTAS ?
 
A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que acomete os tecidos moles da cavidade bucal. Seu tamanho varia de 2 a 5 milímetros e é  acompanhada por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada ao redor e uma membrana branco-acinzentada no centro. 
 Muitas pessoas acreditam que o período de duração das aftas é de quatro ou cinco dias, porém esse é o período em que a lesão dói, e a sua permanência, na realidade, demora em média 14 ou 15 dias. 
  
 As causas das lesões aftosas ainda não são conhecidas, mas existem várias teorias, como por exemplo condições hormonais, infecciosas, traumáticas, alimentares, genéticas e de estresse.A
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AFTAS LINGUAL E LABIAL
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Referências 
Harrison Medicina Interna
Neville, Patologia oral e maxilofacial
Candidíase oral como marcador de prognóstico em pacientes portadores do HIV. Revista Brasileira de otorrinolaringologia. set./out. 2002
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OBRIGADO
 PELA 
 ATENÇÃO!!

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