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Resumo - Diagnóstico Tátil-Visual da Cárie

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DIAGNÓSTICO TÁTIL-VISUAL DA CÁRIE
Segundo Fejerskov (2017), “cárie é o resultado das atividades metabólicas nos depósitos microbianos que recobrem a superfície dentária em determinado local”. Claramente, a inspeção clínica dos dentes no consultório odontológico não possibilita que o dentista observe o processo de cárie em si. Os dentistas examinam as consequências da atividade metabólica microbiana quando observam os sinais das lesões que se formaram como resultado desse processo. Essa é a essência do diagnóstico das cáries: a detecção dos sinais e sintomas de cáries. Os universos de diagnóstico médico e odontológico diferem em aspectos importantes.  A principal tarefa para o dentista não é detectar qual doença o paciente tem, mas definir se ele tem cáries, doença periodontal ou outras formas de patologia bucal e, não menos importante, se ele se beneficiará com o tratamento. Quando os dentistas fazem o diagnóstico de cárie, usam “roteiros de cárie” preconcebidos para identificar manifestações clínicas específicas de interesse. Todas as considerações de diagnóstico diferencial relevantes para o exame dos tecidos duros dos dentes, bem como todas aquelas de tratamento, são incorporadas nesses roteiros de cáries. O raciocínio diagnóstico de cáries consiste predominantemente em uma classificação do tipo “esta manifestação clínica precisa deste tipo de tratamento” para as superfícies dos dentes. Diagnosticam-se as lesões de cárie para: Alcançar a melhor evolução de saúde para o paciente pela seleção da melhor opção de manejo para cada tipo de lesão; informar o paciente e monitorar o curso clínico da doença. De acordo com a classificação, as lesões de cárie podem ser cavitadas, quando a cárie já está formada e em estágio avançado. Nesses casos é realizado a intervenção operatória na forma de restauração. Lesões de cáries não cavitadas ou microcavitadas não necessitam de intervenção operatória, pode ser feito o uso de fluoretos e instrução de higiene bucal. Para lesões ativas não cavitadas, que podem passar pelo processo de remineralização, ou seja, tem capacidade de regressão, podem ser feitos a remoção diária de biofilme e o uso de fluoretos. Uma dieta adequada também pode ajudar nesses casos. As lesões inativas não requerem intervenção profissional. É necessário sempre conversar e instruir o paciente da melhor forma para auxíliar no tratamento da doença. O melhor tratamento será escolhido através do diagnóstico dado pelos exames visuais e táteis, levando em consideração as diversas formas da doença e os diversos tipos de diagnóstico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as lesões de cárie sejam diagnosticadas em nível da cavitação, onde será identificado as lesões cavitadas e não cavitadas em esmalte e em dentina. A profundidade da lesão também é analisada, quando uma lesão em esmalte úmida é seca, ela se torna mais opaca, por causa do aumento da difusão de luz no tecido poroso, isso pode acabar alterando o diagnóstico. A atividade da lesão é observada através dos critérios de Nyvad, onde todas as lesões, inclusive as restaurações, devem ser atribuídas a uma das categorias diagnósticas propostas que variam de lesão ativa não cavitada, até lesão restaurada com cáries inativas. Fejerskov et al. introduziram uma classificação para diagnosticar as lesões de superfície radicular que integra a avaliação da atividade e a avaliação da integridade superficial. As lesões ativas foram descritas como amolecidas ou com textura de couro. Com frequência, as lesões inativas, por sua vez, eram localizadas a certa distância da margem gengival, tinham consistência dura à sondagem suave e comumente se apresentavam com uma aparência brilhante. Para um correto diagnóstico, é de extrema importância os dentes estarem limpos e secos e com uma iluminação adequada. 
REFERÊNCIAS
FEJERSKOV, O.; NYVAD, B.; KIDD, E. Cárie Dentária: Fisiopatologia e Tratamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2017.

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