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GESTO DE MATERIAIS APOSTILA

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RECURSOS MATERIAIS PARA CONCURSOS 
| Módulo Extra / Profa. Giovanna Carranza 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0158/1/17-Gil 
CONCURSO: 
 
ASSUNTO: RECURSOS MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
Recursos Materiais e Patrimoniais: Definição e Objetivos 
Pesquisas feitas em algumas empresas revelaram os 
seguintes dados: 
 30% a 60% do estoque de ferramentas 
ficam espalhados pelo chão das fábricas, perdidos, 
deteriorando-se ou não disponíveis ( dentro de 
caixas de ferramentas pessoais); o que resulta em 
média de 20% do tempo dos operadores 
desperdiçado procurando por ferramentas. 
Se somarmos meia hora por turno, chegaremos em 
mais de três semanas de trabalho perdidas por ano. 
Imagine quanto estas empresas deixaram de ganhar por 
não estarem gerenciando de maneira eficaz estes recursos 
do processo produtivo. 
A administração de materiais é muito mais do que o 
simples controle de estoques, envolve um vasto campo de 
relações que são interdependentes e que precisam ser bem 
geridos para evitar desperdícios. 
A meta principal de uma empresa é maximizar o 
lucro sobre o capital investido e para atingir mais lucro ela 
deve usar o capital para que este não permaneça inativo. 
Espera-se então, que o dinheiro que está investido em 
estoque seja necessário para a produção e o bom 
atendimento das vendas. Contudo, a manutenção de 
estoques requer investimentos e gastos elevados; evitar a 
formação ou, quando muito, tê-los em número reduzidos 
de itens e em quantidade mínimas, sem que, em 
contrapartida, aumente o risco de não ser satisfeita a 
demanda dos usuários é o conflito que a administração de 
materiais visa solucionar. 
O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em 
estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos 
da empresa, minimizando as necessidades de capital 
investido. 
A grande questão é poder determinar qual a 
quantidade ideal de material em estoque, onde tanto os 
custos, como os riscos de não poder satisfazer a demanda 
serão os menores possíveis. 
A administração de recursos escassos é uma grande 
preocupação dos gerentes, engenheiros, administradores e 
praticamente todas as pessoas direta ou indiretamente 
ligadas às atividades produtivas, tanto na produção de bens 
tangíveis quanto na prestação de serviços. As empresas 
possuem e precisam de cinco tipos de recursos: 
1. materiais; 
2. patrimoniais; 
3. de capital ou financeiros; 
4. humanos; e 
5. tecnológicos. 
A administração dos recursos materiais engloba uma 
sequência de operações que tem seu início na identificação 
do fornecedor, passando para a compra do bem, seu 
recebimento, transporte interno e acondicionamento, além 
de seu transporte durante o processo produtivo, sua 
armazenagem como produto acabado e, finalmente, sua 
distribuição ao consumidor final. A figura abaixo demonstra 
esse ciclo. 
 
A administração de recursos patrimoniais trata de 
uma sequência de operações que, assim como a adminis-
tração dos recursos materiais, tem início na identificação 
do fornecedor, passando pela compra e recebimento do 
bem para, depois, lidar com sua conservação, manutenção 
ou, quando for o caso, alienação. 
A administração de materiais tem por finalidade 
principal assegurar o contínuo abastecimento de artigos 
necessários para comercialização direta ou capazes de 
atender aos serviços executados pela empresa. As 
empresas objetivam diminuir os custos operacionais para 
que elas e seus produtos possam ser competitivos no 
mercado. 
Mais especificamente, os materiais precisam ser de 
qualidade produtiva para assegurar a aceitação do produto 
final. Precisam estar na empresa prontos para o consumo 
ADMINISTRAÇÃO 
DE RECURSOS 
MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
RECURSOS MATERIAIS PARA CONCURSOS 
| Módulo Extra / Profa. Giovanna Carranza 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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OS: 0158/1/17-Gil 
na data desejada e com um preço de aquisição acessível, a 
fim de que o produto possa ser competitivo, dando, assim, 
à empresa um retorno satisfatório do capital investido. 
Seguem os principais objetivos da área de adminis-
tração de recursos materiais e patrimoniais: 
• Preço Baixo - reduzir o preço de compra implica 
aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade. 
• Alto Giro de Estoques - implica melhor utilização 
do capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e 
reduzindo o valor do capital de giro. 
• Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem 
fundamentalmente da eficácia das áreas de controle de 
estoques, armazenamento e compras. 
• Continuidade de Fornecimento - é resultado de 
uma análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. 
Os custos de produção, expedição e transportes são 
afetados diretamente por este item. 
• Consistência de Qualidade - a área de materiais é 
responsável apenas pela qualidade de materiais e serviços 
provenientes de fornecedores externos. Em algumas 
empresas, a qualidade dos produtos e/ou serviços 
constitui-se no único objetivo da Gerência de Materiais. 
• Despesas com Pessoal - obtenção de melhores 
resultados com a mesma despesa ou mesmo resultado com 
menor despesa - em ambos os casos o objetivo é obter 
maior lucro final. As vezes compensa investir mais em 
pessoal porque se pode alcançar com isso outros objetivos, 
propiciando maior benefício com relação aos custos. 
• Relações Favoráveis com Fornecedores - a po-
sição de uma empresa no mundo dos negócios é, em alto 
grau, determinada pela maneira como negocia com seus 
fornecedores. 
• Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve 
estar interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal. 
• Bons Registros - são considerados como o ob-
jetivo primário, pois contribuem para o papel da 
administração de material, na sobrevivência e nos lucros da 
empresa, de forma indireta. 
 
Nível de Serviço: Atendimento, pontualidade e 
flexibilidade 
As Organizações cada vez mais percebem a 
necessidade de implementação de novas tecnologias e 
novas práticas de gestão. As melhorias ou sua falta acabam 
por impactar toda a cadeia produtiva onde a Organização 
está inserida. 
Para que estas melhorias ou ações implementadas 
não falhem, torna-se necessário um acompanhamento 
constante para medir e avaliar os seus resultados. A 
utilização de Indicadores de Desempenho busca cumprir 
este papel, dentro do processo de melhoria contínua. 
Indicadores de Desempenho são indicadores 
quantitativos que permitem mensurar as ações nos 
processos, ou seja, permitem que os gestores avaliem as 
ações e melhorias implementadas. 
Um modelo para avaliar o desempenho em uma 
cadeia produtiva considera os seguintes parâmetros: 
1 – necessidade de identificar e estabelecer 
indicadores para cada fator condicionante da 
competitividade, relacionados à dimensão da Organização, 
que engloba produtividade, capacidade gerencial, 
qualidade, logística interna, marketing e capacidade de 
inovação; 
2 – necessidade do acompanhamento global, que 
implica na condição de conhecer a performance de cada 
um dos elos, que no conjunto são determinantes da 
competitividade da cadeia produtiva; 
3 – necessidade de um modelo de indicadores que 
sejam passíveis de comparação, em relação a si próprio ou 
à sua evolução em relação a indicadores equivalentes de 
organizações similares, nacionais ou de outros países, 
consideradas benchmark, ou seja, verificar o que as 
Organizaçõeslíderes no seu segmento de mercado estão 
utilizando como processos e adaptar o modelo, de acordo 
com as características da Organização. 
Como vimos no tópico anterior, temos três áreas 
onde devemos atuar para montar os Indicadores de 
Desempenho, que são: 
- Transportes; 
- Armazenagem/manutenção de estoques, e 
- Processamento de pedidos 
Na área de Transportes é fundamental conhecer e 
cadastrar todos os eventos importantes que ocorrem 
quando da distribuição física dos produtos. 
- Levantar os custos com transportes a partir de 
frota própria e da frota locada para fins de comparação de 
custos, incluindo custos com mão-de-obra, combustível, 
taxas, licenciamento, percentual de oferta dos serviços (% 
de contratação de veículos x necessidades ou frota própria 
x % de veículos efetivamente em serviço excluídos tempos 
de paradas para manutenção e/ou reparos); 
- Comparar os custos dos produtos quando a 
entrega é feita pelos fornecedores com aqueles quando a 
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entrega é centralizada e/ou regionalizada (Unidades 
Armazenadoras Regionais); 
Na área de Armazenagem/Manutenção de Estoques 
é fundamental conhecer e cadastrar todos os eventos 
importantes que ocorrem quando da armazenagem dos 
produtos. 
- Levantar os custos de manutenção de estoques na 
Unidade Armazenadora de Materiais, basicamente: os Giros 
de Estoque, materiais inservíveis, obsoletos, sem utilização, 
perdas, desvios, furtos; custos com serviços públicos 
(telefonia, comunicação de dados, energia elétrica, gás, 
aluguel); manutenção predial; custos com mão-de-obra 
própria e terceirizada; custos com equipamentos de 
manuseio de materiais, custo com estantes, paletes, 
prateleiras, etc. 
- Na área de Processamento de Pedidos, apesar de 
seus valores serem inexpressivos em relação aos demais 
custos logísticos, devem ser levantados para análise de 
possíveis distorções. 
- Levantar os salários dos funcionários envolvidos 
com as aquisições, o aluguel do espaço destinado ao setor 
de compra, os papéis usados na emissão do pedido, 
utilização de sistemas informatizados, etc. 
Finalmente, de posse destes dados cadastrais dos 
custos podemos estabelecer Indicadores de Desempenho, 
estabelecer estratégias de distribuição de materiais, aí 
incluída a regionalização de Unidades Armazenadoras de 
Materiais, baseados em: 
- Tempo de Atendimento dos pedidos; 
- Índice de Eficácia de Atendimento dos pedidos: que 
depende da fixação do Tempo Padrão de Atendimento; 
- Nível de Serviço: número de requisições atendidas 
em relação às requisições efetuadas 
- Acurácia do Inventário ou Indicador de Eficácia do 
Inventário: quantidade de itens com saldo correto em 
relação ao total de itens em estoque; 
- Custo de transporte para entrega dos pedidos; 
- Custo médio por Unidade Armazenadora de 
Materiais; 
- Índice de Rotatividade ou Giro de Estoque; 
- Custo de um determinado produto quando 
entregue diretamente pelo fornecedor; 
- Custo médio de determinado produto armazenado 
 
Para tratar sobre o tema níveis de serviço em 
relação à gestão de recursos materiais, vamos conhecer 
seus indicadores de desempenho: 
• tempo do ciclo do pedido para cada fornecedor 
(qual o tempo entre a solicitação da compra até o seu 
recebimento); 
• média de pedidos e valor faturado para cada for-
necedor no período; 
• porcentagem de pedidos atrasados de cada 
fornecedor; 
• porcentagem de pedidos de produção não 
realizados em tempo; 
• número de indisponibilidades resultantes de atra-
sos na produção; 
• número de atrasos na produção devido às 
indisponibilidades. 
 
PONTO DE PEDIDO 
Os pedidos de compra devem ser emitidos quando 
as quantidades estocadas atingirem níveis suficientes 
apenas para cobrir o estoque de segurança (que 
corresponde à quantidade mínima que deve existir em 
estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no 
ressuprimento, mantendo o fluxo regular de produção) e os 
de consumo previstos para o período correspondente ao 
prazo de entrega dos fornecedores. 
O Ponto de Pedido corresponde à quantidade que, 
ao ser atingida, dá início ao processo de reposição. Ele é 
calculado da seguinte forma: 
 
JUST IN TIME 
É um sistema de administração da produção que 
determina que nada deve ser produzido, transportado ou 
comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em 
qualquer organização, para reduzir estoques e os custos 
decorrentes. 
O just in time é o principal pilar do Sistema Toyota 
de Produção ou Produção enxuta. 
Com este sistema, o produto ou matéria prima 
chega ao local de utilização somente no momento exato 
em que for necessário. Os produtos somente são fabricados 
ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados. 
O conceito de just in time está relacionado ao de 
produção por demanda, onde primeiramente vende-se o 
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produto para depois comprar a matéria prima e 
posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. 
Nas fábricas onde está implantado o just in time o 
estoque de matérias primas é mínimo e suficiente para 
poucas horas de produção. Para que isto seja possível, os 
fornecedores devem ser treinados, capacitados e 
conectados para que possam fazer entregas de pequenos 
lotes na frequência desejada. 
A redução do número de fornecedores para o 
mínimo possível é um dos fatores que mais contribui para 
alcançar os potenciais benefícios da política just in time. 
Esta redução, gera, porém, vulnerabilidade em eventuais 
problemas de fornecimento, já que fornecedores 
alternativos foram excluídos. A melhor maneira de prevenir 
esta situação é selecionar cuidadosamente os fornecedores 
e arranjar uma forma de proporcionar credibilidade dos 
mesmos de modo a assegurar a qualidade e confiabilidade 
do fornecimento (Cheng et. al., 1996, p. 106). 
As modernas fábricas de automóveis são construídas 
em condomínios industriais, onde os fornecedores just in 
time estão a poucos metros e fazem entregas de pequenos 
lotes na mesma frequência da produção da montadora, 
criando um fluxo contínuo. 
O sistema de produção adapta-se mais facilmente às 
montadoras de produtos onde a demanda de peças é 
relativamente previsível e constante, sem grandes 
oscilações. 
Uma das ferramentas que contribui para um melhor 
funcionamento do sistema Just in Time é o Kanban. 
KANBAN 
 É uma palavra japonesa que significa literalmente 
registro ou placa visível. 
Em Administração da produção significa um cartão 
de sinalização que controla os fluxos de produção ou 
transportes em uma indústria. O cartão pode ser 
substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, 
caixas vazias e até locais vazios demarcados. 
Coloca-se um Kanban em peças ou partes 
específicas de uma linha de produção, para indicar a 
entrega de uma determinada quantidade. Quando se 
esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu 
ponto de partida, onde se converte num novo pedido para 
mais peças. Quando for recebido o cartão ou quando não 
há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-
se movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça. 
O Kanban permite agilizar a entregae a produção de 
peças. Pode ser empregado em indústrias montadoras, 
desde que o nível de produção não oscile em demasia. Os 
Kanbans físicos (cartões ou caixas) podem ser Kanbans de 
Produção ou Kanbans de Movimentação e transitam entre 
os locais de armazenagem e produção substituindo 
formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo 
enfim que a produção se realize Just in time. 
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
Para falar sobre ética na administração de materiais 
vamos, primeiramente, entender o conceito de ética. 
Valores éticos podem se transformar, da mesma for-
ma como a sociedade se transforma, considerando que, na 
sociedade, desempenhamos papéis diferenciados e 
adequados a cada espaço de convivência. Cada sociedade 
se compõe de um conjunto de ethos, ou seja, de um modo 
de ser, que confere um caráter àquela organização. 
A palavra "ética" vem do grego ethos, que, por sua 
vez, significa "modo de ser" ou "costume" ou "caráter". 
Conceitualmente, ética é um conjunto de princípios 
e normas que devem direcionar a boa conduta dos seres 
humanos. Ética pode ser o estudo das ações ou dos 
costumes e pode ser a própria realização de um tipo de 
conhecimento. 
A ética é a teoria ou ciência do comportamento mo-
ral dos homens em sociedade. 
Agora que já sabemos o que é Ética, vamos entender 
seu funcionamento na administração de materiais. 
Apesar de, teoricamente, quanto mais se vende mais 
se obtém ganho, torna-se estratégico para qualquer em-
presa o controle adequado de seus estoques, de forma a 
reduzir os custos gerados pela existência deles. 
Ao se administrar de forma adequada os estoques e 
se empregar a logística nos processos de compra e venda, 
algumas das etapas mais importantes na gestão do negócio 
estarão asseguradas. 
Agir de forma correta em prol dos interesses organi-
zacionais; priorizá-los atendendo as questões individuais e, 
ao mesmo tempo, sendo honesto; respeitar os clientes, a 
concorrência; ser cumpridor das leis e saber valorizar de 
qualquer organização. Já o manter-se ético diante das 
situações do dia a dia vai depender de cada indivíduo, de 
cada administrador. Todo administrador em seu processo 
de formação é brindado com uma série de saberes socio-
lógicos, filosóficos e humanos que o credenciam a agir de 
maneira ética no exercício da profissão. 
A análise das relações de poder e de comportamen-
tos esperados em um sistema organizacional qualquer 
requer uma concepção de ser humano e de trabalho. 
As empresas, em geral, procuram minimizar o des-
perdício de materiais, tendo um eficiente controle do seu 
estoque (entrada/saída de material) no almoxarifado. Os 
estoques são um ativo da firma e, como tal, comparecem 
em valor monetário no balanço mensal das empresas. Do 
ponto de vista financeiro, representam um investimento de 
capital, disputando os fundos limitados ou escassos da 
mesma. 
Os investimentos totais em estoques devem ser re-
lacionados às eficiências relativas segundo as quais seus 
fundos são usados. Dessa forma, um dos índices financeiros 
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que têm sido usados tradicionalmente para avaliar o 
desempenho global das empresas é o quociente de rotação 
do estoque. Um alto quociente de rotação é considerado 
desejável, pois indicará que a empresa está atingindo o seu 
objetivo de venda com o mínimo investimento em 
estoques. 
Nos dias de hoje, é essencial uma adequação das 
empresas aos novos programas da Administração, muito 
mais voltada para a valorização profissional que para a 
exploração do trabalhador, ainda que essas duas perspec-
tivas sejam antagónicas na sociedade brasileira. 
É possível alterar concepções éticas na Administra-
ção, procurando adaptar-se às novas realidades de um 
mundo em contínua transformação. 
Para além do mercado e do lucro, outros valores de-
vem ser levados em consideração nos processos empre-
sariais. 
A ética é o "pilar" de qualquer sistema administra-
tivo, que não se resume em decorar o "código de ética", 
mas sim em assumir uma postura proativa na construção 
da consciência e responsabilidade social. 
 
 
 
Função Suprimento: Métodos de Previsão da Demanda 
É necessário ressaltar que infelizmente prever é um 
processo falível. A fábrica que esperava vender um milhão 
de televisões descobrirá frequentemente que a demanda 
real é diferente de sua previsão. Se ela exceder a previsão, 
o gerente tem de ter em mãos uma quantidade que 
permita satisfazer a demanda maior. Se a demanda cair, 
poderá haver excesso de material. Então, o que fazer? O 
gerente de materiais toma suas próprias decisões, 
autorizado pela alta administração, que dará a previsão da 
demanda de produto final para materiais e não para 
Vendas (que deve vender tanto quanto for possível), 
enquanto as áreas de Materiais e Produção devem estar 
prontas para suprir o quanto possa ser vendido. 
O suprimento de materiais comprados está igual-
mente sujeito às flutuações da demanda dos mesmos. No 
geral, o problema básico da gerência de materiais consiste 
na rapidez com que os fornecedores possam responder às 
variações de demanda, e não na sua capacidade em 
responder. Quase todos os fornecedores ficam encantados 
por dobrar as remessas para seus clientes, porém, 
dificilmente seriam capazes de dobrar sua produção sem 
semanas, ou mesmo meses, de aviso prévio. 
Assim, o problema-chave do gerente de materiais 
raramente é sua capacidade de obter os produtos de que 
necessita, mas, sim, a maneira de obtê-lo na data correta. 
O gerente de materiais preocupa-se com três tipos 
fundamentais de previsão: 
1. Demanda de materiais comprados: em geral, de-
riva diretamente da demanda pelos produtos finais da 
empresa. 
2. Suprimento de materiais comprados: na maioria 
dos casos, a preocupação básica é o prazo de entrega, o 
número de semanas ou meses que precisa esperar pela 
entrega de materiais específicos, depois de terem sido 
encomendados. 
3. Preços pagos pelos materiais comprados: isso tem 
relação direta com o sucesso da empresa, pois muito 
poucas podem ignorar as flutuações nos preços dos ma-
teriais comprados. 
Segundo Faria (1985) o conceito de planejamento de 
estoques seria: O estabelecimento da distribuição racional 
no tempo e no espaço dos recursos disponíveis, com o 
objetivo de atender um menor desperdício possível a 
hierarquia de prioridades necessárias para a realização, 
com êxito, de um propósito previamente definido”. 
O dilema do gerenciamento de estoques está 
fundamentado em dois fatores: 
- O primeiro consiste em manter estoques a níveis 
aceitáveis de acordo com o mercado, evitando a sua falta e 
o risco de obsolescência; 
- O segundo trata dos custos que esses 
proporcionam em relação aos níveis e ao dimensionamento 
do espaço físico. 
Assim nenhuma organização pode planejar 
detalhadamente todos os aspectos de suas ações atuais ou 
futuras, mas todas podem e devem ter noção para onde 
estão dirigindo-se e determinar como podem chegar lá, ou 
seja, precisam de uma visão estratégica de todo o 
complexo produtivo. 
Neste posicionamento todas as empresas devem 
constituir políticas para a administração de materiais, que 
atribui grande ênfase às compras, criando a cada dia 
parcerias com fornecedores qualificados, mantendo a 
qualidade de seus produtos e o bom atendimento a seus 
clientes, ou seja, buscando criar uma economia de escala 
que é aquela que organiza o processo produtivo de maneira 
que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos 
envolvidos no processo,buscando como resultado baixos 
custos de produção e o incremento de bens e serviços. 
Ela ocorre quando a expansão da capacidade de 
produção de uma empresa ou indústria provoca um 
aumento na quantidade total produzida sem um aumento 
proporcional no custo de produção. Como resultado, o 
custo médio do produto tende a ser menor com o aumento 
da produção. 
 
 
 
PLANEJAMENTOS 
DE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A administração de materiais envolve vários 
departamentos, desde a aquisição até a venda para o 
consumidor, durante esse processo, é normal surgirem 
conflitos sobre a quantidade a ser adquirida, o prazo de 
entrega, os custos envolvidos, veremos agora em sentido 
estrito, o ponto de vista de alguns departamentos sobre a 
quantidade de matéria prima a ser adquirida. 
Departamento de compras: é a favor de grande 
quantidade, pois obtém grandes descontos, reduzindo 
assim, os custos e consequentemente aumentando os 
lucros. 
Departamento de produção: o maior medo deste 
departamento é que falte MP, pois sem ela a produção fica 
parada, ocasionando atrasos podendo até mesmo perder o 
cliente, portanto. Ele é a favor de grande quantidade para 
produzir grandes lotes de fabricação e diminuir o risco de 
não ter satisfeita a demanda de consumidores. 
Departamentos de vendas e marketing: é a favor de 
grande quantidade de matéria-prima, pois significa grandes 
lotes de fabricação e consequentemente, grande 
quantidade de material no estoque para que as entregas 
possam ser realizadas rapidamente, o que resultará em 
uma boa imagem da empresa, aumentará as vendas e 
consequentemente os lucros. 
Departamentos financeiro: è a favor de pequena 
quantidade de material no estoque, pois a medida que 
aumenta a quantidade significa: 
• alto investimento de capital - caso não venda, este 
capital fica inativo; 
• alto risco - as perdas podem ser maiores, 
obsolescência, 
• altos custos de armazenagem. 
A administração de materiais visando harmonizar os 
conflitos existentes entres os departamentos e para poder 
determinar a quantidade ideal que deve ter no estoque 
adota a seguinte política de estoques: 
• Estabelece metas para entregas dos produtos aos 
clientes; 
• Quantidade / capacidade dos almoxarifados 
• Previsão de estoques 
• Lote econômico 
• Rotatividade, prazo médio em dias 
• Até que nível deverão oscilar os estoques para 
atender uma alteração de consumo 
• Até que ponto será permitida a especulação com 
estoques, fazendo compra antecipada com preços mais 
baixos ou comprando uma quantidade maior para obter 
desconto. 
Em função desses critérios apresentados acima, a 
administração de materiais irá determinar a quantidade 
ideal a se ter no estoque. Portanto, a quantidade ideal a 
permanecer no estoque é o mínimo, porém, o mínimo 
necessário para satisfazer a demanda. 
 
PLANEJAMENTO E REQUISITOS DE MATERIAL: 
MRP: 
Técnica para determinar a quantidade e o tempo 
para a aquisição de itens de demanda dependente 
necessários para satisfazer requisitos do programa mestre. 
 
CRP (PLANEJAMENTO DE REQUISITOS DE CAPACIDADE): 
Técnica para determinar que pessoal e capacidade 
de equipamentos são necessários para atender aos 
objetivos de produção incorporados no programa mestre 
de produção e o plano de requisitos de material. 
O MRP (Planejamento das Necessidades de 
Materiais) é um sistema de inventário que consiste em 
tentar minimizar o investimento em inventário. Em suma, o 
conceito de MRP é obter o material certo, no ponto certo, 
no momento certo. Tudo isto através de um planejamento 
das prioridades e a Programação Mestra de Produção. 
 Este sistema tem funções de planejamento 
empresarial, previsão de vendas, planejamento dos 
recursos produtivos, planejamento da produção, 
planejamento das necessidades de produção, controle e 
acompanhamento da fabricação, compras e contabilização 
dos custos, e criação e manutenção da infra-estrutura de 
informação industrial. 
A criação e manutenção da infra-estrutura de 
informação industrial passa pelo cadastro de materiais, 
estrutura de informação industrial, estrutura do produto 
(lista de materiais), saldo de estoques, ordens em aberto, 
rotinas de processo, capacidade do centro de trabalho, 
entre outras. 
A grande vantagem da implantação de um sistema 
de planejamento das necessidades de materiais é a de 
permitir ver, “rapidamente”, o impacto de qualquer 
replanejamento. Assim pode-se tomar medidas corretivas, 
sobre o estoque planejado em excesso, para cancelar ou 
reprogramar pedidos e manter os estoques em níveis 
razoáveis. 
 
 
Normalmente, a previsão dos estoques é 
fundamentada de acordo com a área de vendas, mas em 
muitos casos de logística, em específico a Administração de 
CONFLITO
S 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREVISÃO DE ESTOQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OS: 0158/1/17-Gil 
Estoques, precisa prover os fornecedores de informações 
quanto a necessidades de materiais para atender a 
demanda mesmo não tendo dados da área de vendas/ 
marketing. 
A previsão das quantidades futuras é uma tarefa 
importantíssima no planejamento empresarial e esta 
deverá levar em consideração os fatores que mais afetam o 
ambiente e que possam interferir no comportamento dos 
clientes. 
Segundo DIAS, 1996 devemos considerar duas 
categorias de informações as quais são: 
1) Informações quantitativas: 
• Eventos 
• Influencia da propaganda. 
• Evolução das vendas no tempo. 
• Variações decorrentes de modismos. 
• Variações decorrentes de situações econômicas. 
• Crescimento populacional. 
 
2) Informações qualitativas: 
• Opinião de gerentes. 
• Opinião de vendedores. 
• Opinião de compradores. 
• Pesquisa de mercado. 
 
É bom reforçar, que por si só não são suficientes as 
informações quantitativas e qualitativas, é necessário 
também, a utilização de modelos matemáticos. 
Quanto a Evolução de Consumo Constante (ECC), é 
quando o volume de consumo permanece constante, sem 
alterações significativas. Como exemplo, estão as empresas 
que mantêm suas vendas estáveis, seja lá qual for seu 
produto, mercado ou concorrentes. 
Quanto a Evolução de Consumo Sazonal (ECS), o 
volume de consumo passa por oscilações regulares no 
decorrer de certos períodos ou do ano, sendo influenciado 
por fatores culturais e ambientais, com desvios de 
demanda superiores/inferiores a 30% de valores médios é o 
caso de: sorvetes, enfeites de natal, ovos de páscoa etc. 
Em relação a Evolução de Consumo e Tendências 
(ECT), o volume de consumo aumenta ou diminui 
drasticamente no decorrer de um período ou do ano, sendo 
influenciado por fatores culturais, ambientais, conjunturais 
e econômicos, acarretando desvios de demanda positiva ou 
negativa. 
Exemplos: negativos serão os produtos que ficaram 
ultrapassados no mercado(maquina de escrever) ou que 
estão sofrendo grande concorrência ou ainda, por motivos 
financeiros (a empresa perde seu crédito e passa a reduzir 
sua produção). Em relação aos desvios positivos, temos as 
industrias de computadores com uma crescimento 
ascendente no mercado. 
Na prática podemos visualizar combinações dos 
diversosmodelos de evolução de demanda, em decorrência 
das variáveis que influenciam as empresas, mas num 
percentual maior pela qualidade da administração 
empresarial realizada. 
Se conhecermos bem a evolução de demanda, ficará 
mais fácil elaborarmos a previsão futura de demanda, 
podemos classificar a demanda em: 
Itens de demanda independente: são aqueles cuja 
demanda não depende da demanda de nenhum outro 
item. Típico exemplo de um item de demanda 
independente é um produto final. Um produto final tem 
sua demanda dependente do mercado consumidor e não 
da demanda de qualquer outro item. 
Itens de demanda dependente: são aqueles cuja 
demanda depende da demanda de algum outro item. A 
demanda de um componente de um produto final, por 
exemplo, é dependente da demanda do produto final. Para 
a produção de cada unidade de produto final, uma 
quantidade bem definida e conhecida do componente será 
sempre necessária. Os itens componentes de uma 
montagem são chamados de itens “filhos” do item “pai”, 
que representa a montagem. 
Quantos copos de liquidificador se deve comprar? 
Depende da quantidade de motorzinho fabricado. 
A diferença entre os dois itens (demanda 
independente e demanda dependente) é que a demanda 
do primeiro tem de ser prevista com base nas 
características do mercado consumidor e a demanda do 
segundo por dependente de outro item, é calculada com 
base na demanda deste. 
A Previsão de Estoques é o ponto de partida, a base 
da administração de materiais. Qualquer tipo de consumo 
deve ser previsto e se possível calculado, e para tanto 
poderemos usar diversos modelos disponíveis no mercado 
como: 
 
• Método do Último Período (MUP) 
É o mais simples, sem fundamento matemático, 
utiliza como previsão para o próximo período o valor real 
do período anterior. 
Exemplo: A VIPAS, teve neste ano, o volume de 
vendas de vidros: 
 
 
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OS: 0158/1/17-Gil 
Janeiro 5000 
Fevereiro 4400 
Março 5300 
Abril 5600 
Maio 5700 
Junho 5800 
Julho 6000 
 
De acordo com o método MUP calcular a previsão 
de demanda para agosto. Para agosto(MUP)= o último 
período foi julho, 6.000 unidades portanto, a previsão para 
agosto será de 6.000 unidades. Verificamos a precariedade 
deste método e infelizmente é muito utilizado nas 
empresas devido as vezes pela própria falta de maiores 
conhecimentos por parte dos responsáveis pelas previsões 
na empresa. 
 
• Método da Média Móvel (média aritmética) (MMM) 
A previsão do próximo período é obtida por meio de 
cálculo da media aritmética do consumo dos períodos 
anteriores. Como resultado desse modelo teremos valores 
menores que os ocorridos caso o consumo tenha 
tendências crescente, e maiores se o consumo tiver 
tendências decrescentes, nos últimos períodos. 
Verificamos também, que trata de um modelo muito 
utilizado por empresas sem muito conhecimento sobre o 
assunto em questão, não traz tal modelo confiabilidade de 
previsão pelos motivos informados anteriormente. 
Exemplo: Usando os mesmos valores do exemplo 
anterior temos: 
 
 
 
P = Previsão para o próximo período 
C1,C2,C3,Cn = Consumo nos períodos anteriores 
n = número de períodos 
Exemplo: De acordo com o exemplo anterior. 
Janeiro 5000 
Fevereiro 4400 
Março 5300 
Abril 5600 
Maio 5700 
Junho 5800 
Julho 6000 
SOMA 37800 
 
De acordo com o método MMM calcular a previsão 
de demanda para agosto é a soma total dividido por 7, 
dando um resultado de 5400. Este método é precário 
porque não leva em consideração a demanda crescente. 
 
• Método da Média Móvel Ponderada (MMP) 
A previsão é dada através de ponderação dada a 
cada período, de acordo com a sensibilidade do 
administrador, obedecendo algumas regras: 
1ª O período mais próximo recebe peso de maior 
ponderação entre 40% a 60%, e para os outros haverá uma 
redução gradativa para os mais distantes. 
2ª O período mais antigo recebe peso de menor 
ponderação e deve ser igual a 5%. 
3ª A soma das ponderações deve ser sempre 100% 
(40 a 60 % para o mais recente e para o ultimo, 5%). 
Este modelo elimina em parte algumas 
precariedades dos modelos anteriores, mas mesmo assim 
verifica alguns problemas como a alocação dos percentuais 
será sempre função da sensibilidade do responsável pela 
previsão portanto, se não for bem analisado as variáveis, 
poderá ocasionar erros de previsão. 
Exemplo: Usando os mesmos parâmetros dos 
consumos nos exemplos anteriores teremos: 
Janeiro 5000 
Fevereiro 4400 
Março 5300 
Abril 5600 
Maio 5700 
Junho 5800 
Julho 6000 
 
 
 
Onde P(MMP)= Previsão próximo período através do 
método da média ponderada. 
C1,C2,C3,Cn= Consumo nos períodos anteriores 
P1,P2,P3,Pn = Ponderação dada a cada período 
 
Para exemplo em questão daremos as ponderações 
para cada período, conforme o enunciado (regra 
mencionada). 
 P (MMM)= 
(C1+C2+C3+.............
..+ Cn) 
 
n 
 
 P(MMP)= (C1xP1) + 
(C2xP2) + (C3xP3)+ 
...+(CnxPn) 
 
 
 
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Janeiro 5% 
Fevereiro 5% 
Março 7% 
Abril 8% 
Maio 15% 
Junho 20% 
Julho 40% 
 
Obs.: Reforçando o enunciado anterior, as 
ponderações são fundamentadas de acordo com influência 
do mercado. A soma deverá ser 100% sendo o maior valor 
para o ultimo período (o anterior ao que será calculado), 
para o período mais recente (40% a 60%) e para o último 
(5%). 
Substituindo na formula: 
P(MMP)=(C1xP1)+(C2xP2)+(C3xP3)+(C4xP4)+(C5+P5)
+ (C6xP6)+(C7+P7) 
Pagosto(MMP)=(6.000x0,4)+(5.800x0,2)+(5.700x0,15
)+(5.600x0,08)+(5.300x0,07)+(4.400x0,05)+(5.000x05) 
Pagosto(MMP)=(2.400)+(1160)+(855)+(448)+(371)+(
220)+ (250) 
Pagosto(MMP)=5.704 (Previsão para Agosto) 
 
• Método da Média com Suavização Exponencial (MMSE) 
ou Método da Média Exponencialmente Ponderada 
(MMEP) 
Neste método, a previsão é obtida de acordo com o 
consumo do último período, e teremos que utilizar também 
a previsão do último período. Ele procura fazer a 
eliminação das situações exageradas que ocorreram em 
períodos anteriores. É simples de usar e necessita de 
poucos dados acumulados sendo auto-adaptável, 
corrigindo-se constantemente de acordo com as mudanças 
dos volumes das vendas. A ponderação utilizada é 
denominada constante de suavização exponencial que tem 
o símbolo (@) e pode variar de 1>@>0. 
Na prática @ tem uma variação de 0,1 a 0,3 
dependendo dos fatores que afetam a demanda. 
Para melhor entendimento teremos: 
 
 
 
Onde: P(MMSE)= Previsão próximo período através 
do método da média com suavização exponencial 
Ra = Consumo real no período anterior 
Pa = Previsão do período anterior 
@ = Constante de suavização exponencial ( desvio – 
padrão) 
Exemplo: Usando os mesmos valores dos exemplos 
anteriores e sabendo-se que a previsão de julho foi de 
6.200 e o Consumo real foi de 6000(calculada 
anteriormente no final de junho), calcule a previsão para 
agosto com uma constante de suavização exponencial de 
15%. 
P (MMSE)= [(Ra x@) + (1 - @) x Pa] 
P (MMSE)= [(6.000x0,15)+(1-0,15)x 6.200] 
P(MMSE)=[900+(0,85x6.200)] 
P(MMSE)=900+5.270) 
P(MMSE)=6.170Unidades 
A previsão para agosto será 6.170 Unidades 
Este método permite que obtenhamos um padrão 
de condução das previsões com valores próximos da 
realidade. Assim as vendas reais e as previsões seguem 
uma tendência que facilita as projeções do administrador. 
Este modelo é eficaz quando apenas trabalhamos com ele. 
 
Custo de armazenagem 
São diretamente proporcionais ao estoque médio e 
ao tempo de permanência em estoques. A medida que 
aumenta a quantidade de material em estoque, aumenta 
os custos de armazenagem que podem ser agrupados em 
diversas modalidades: 
- Custos de capital: juros,depreciação ( o capital 
investido em estoque deixa de render juros) 
- Custos com pessoal: salários encargos sociais ( 
mais pessoas para cuidar do estoque) 
- Custos com edificações: aluguel, imposto, luz 
(maior área para guardar e conservar os estoques) 
- Custos de manutenção: deterioração, 
obsolescência, equipamento (maiores as chances de perdas 
e inutilização, bem como mais custos de mão-de-obra e 
equipamentos). Este custo gira aproximadamente em 25% 
do valor médio de seus produtos. 
Também estão envolvidos os custos fixos (que 
independem da quantidade), como por exemplo o aluguel 
de um galpão. 
 
Custo de pedido 
São inversamente proporcionais aos estoques 
médios. Quanto mais vezes se comprar ou se preparar a 
fabricação, menores serão os estoques médios e maiores 
serão os custos decorrentes do processo tanto de compras 
como de preparação, ou seja, maior estoque requer menor 
quantidade de pedidos,com lotes de compras maiores, o 
P(MMSE)= [(Ra x @) + (1 - @) x 
P a] 
 
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que implica menor custo de aquisição e menores 
problemas de falta ou atraso e , consequentemente, 
menores custos . O total das despesas que compõem os 
custos de pedidos incluem os custos fixos(os salários do 
pessoal envolvidos na emissão dos pedidos- que 
independem da quantidade) e variáveis (referentes ao 
processo de emissão e confecção dos produtos). 
 
Custo por falta de estoque 
No caso de não cumprir o prazo de entrega de um 
pedido colocado, poderá ocorrer ao infrator o pagamento 
de uma multa ou até o cancelamento do pedido, 
prejudicando assim a imagem da empresa perante ao 
cliente. Este problema acarretará um custo elevado e de 
difícil medição relacionado com a imagem, custos, 
confiabilidade, concorrência etc. 
 
 
 
É a quantidade que se adquire, onde os custos totais 
são os menores possíveis. 
RESTRIÇÕES AO LOTE ECONÔMICO 
1. Espaço de Armazenagem - uma empresa que passa a 
adotar o método em seus estoques, pode deparar- se 
com o problema de falta de espaço, pois, às vezes, os 
lotes de compra recomendados pelo sistema não 
coincidem com a capacidade de armazenagem do 
almoxarifado; 
2. Variações do Preço de Material - Em economias 
inflacionarias, calcular e adquirir a quantidade ideal ou 
econômica de compra, com base nos preços atuais 
para suprir o dia de amanhã, implicaria, de certa 
forma, refazer os cálculos tantas vezes quantas 
fossem as alterações de preços sofridas pelo material 
ao longo do período, o que não se verifica , com 
constância, nos países de economia relativamente 
estável, onde o preço permanece estacionário por 
períodos mais longos; 
3. Dificuldade de Aplicação - Esta dificuldade decorre, 
em grande parte, da falta de registros ou da 
dificuldade de levantamento dos dados de custos. 
Entretanto, com referência a este aspecto, erros, por 
maiores que sejam, na apuração destes custos não 
afetam de forma significativa o resultado ou a solução 
final. São poucos sensíveis à alterações razoáveis nos 
fatores de custo considerados. Estes são, portanto, 
sempre de precisão relativa; 
4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em 
fator de dificuldade. O material poderá tornar-se 
obsoleto ou deteriorar-se; 
 
5. Natureza de Consumo - A aplicação do lote 
econômico de compra, pressupõe, em regra, um tipo, 
de demanda regular e constante, com distribuição 
uniforme. Como isto nem sempre ocorre com relação 
à boa parte dos itens, é possível que não consigamos 
resultados satisfatórios ou esperados com os 
materiais cujo consumo seja de ordem aleatória e 
descontínua. Podemos, nestas circunstâncias, obter 
uma quantidade pequena que inviabilize a sua 
utilização. 
 
 
 
Existem diversos tipos de estoques que são 
estocados em diversos almoxarifados os quais 
mencionamos as principais categorias : 
 
1) Almoxarifados de matérias-primas: 
- Materiais diretos: são aqueles que entram diretamente 
na elaboração e transformação dos produtos, ou seja, 
todos os materiais que se agregam ao produto, fazendo 
parte integrante de seu estado. Podem também ser itens 
comprados prontos ou já processados por outra unidade ou 
empresa. 
- Materiais indiretos (auxiliares): são aqueles que ajudam 
na elaboração, execução e transformação do produto, 
porém diferenciam dos anteriores pois não se agregam a 
ele, mas são imprescindíveis no processo de fabricação. 
2) Almoxarifados de produtos em processos 
(intermediários): são os itens que entraram no 
processo produtivo, mas ainda não são produtos 
acabados 
3) Almoxarifado de produtos acabados: é o local dos 
produtos prontos e embalados os quais serão 
distribuídos aos clientes. O seu planejamento e 
controle é de suma importância tendo em vista que o 
não giro do mesmo irá onerar o custo do produto, 
além de forte injeção á obsolescência. 
4) Almoxarifado de manutenção: é o local onde estão as 
peças de reposição,apoio e manutenção dos 
equipamentos e edifícios ou ainda os materiais de 
escritório “papel e caneta” usados na empresa. 
 
Obs: Os estoques de produtos acabados matérias-primas e 
material em processo não podem ser vistos como 
independentes. Quaisquer que forem as decisões sobre um 
dos tipos de estoque, elas terão influência sobre os outros 
tipos de estoques. Esta regra às vezes é esquecida nas 
estruturas de organização mais tradicionais e 
conservadoras. 
 
LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS – 
LEC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ESTOQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sem o estoque de certas quantidades de materiais 
que atendam regularmente às necessidades dos vários 
setores da organização, não se pode garantir um bom 
funcionamento e um padrão de atendimento desejável. 
Estes materiais, necessários à manutenção, aos 
serviços administrativos e à produção de bens e serviços, 
formam grupos ou classes que comumente constituem a 
classificação de materiais. Estes grupos recebem 
denominação de acordo com o serviço a que se destinam 
(manutenção, limpeza, etc.), ou à natureza dos materiais 
que neles são relacionados (tintas, ferragens, etc.), ou do 
tipo de demanda, estocagem, etc. 
Classificar um material então é agrupá-lo segundo 
sua forma, dimensão, peso, tipo, uso etc. A classificação 
não deve gerar confusão, ou seja, um produto não poderá 
ser classificado de modo que seja confundido com outro, 
mesmo sendo semelhante. A classificação, ainda, deve ser 
feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu 
respectivo local. Por exemplo: produtos químicos poderão 
estragar produtos alimentícios se estiverempróximos entre 
si. 
Classificar material, em outras palavras, significa 
ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de 
acordo com a semelhança, sem, contudo, causar confusão 
ou dispersão no espaço e alteração na qualidade. 
 
 
 
O objetivo da classificação de materiais é definir 
uma catalogação, simplificação, especificação, 
normalização, padronização e codificação de todos os 
materiais componentes do estoque da empresa. 
 
 
 
O sistema de classificação é primordial para 
qualquer Departamento de Materiais, pois sem ele não 
poderia existir um controle eficiente dos estoques, 
armazenagem adequada e funcionamento correto do 
almoxarifado. 
 
 
 
Entre outros, costuma-se dividir os materiais 
segundo os seguintes critérios: 
1 - Quanto À Sua Estocagem 
a) Materiais estocáveis 
São materiais que devem existir em estoque e para 
os quais serão determinados critérios de ressuprimento, de 
acordo com a previsão de consumo. 
 
b) Materiais não-estocáveis 
são materiais não destinados à estocagem e que não 
são críticos para a operação da organização; Por isso, seu 
ressuprimento não é feito automaticamente. Sua aquisição 
se dá mediante solicitação dos setores usuários, e sua 
utilização geralmente é imediata. 
 
c) Materiais de estocagem permanente 
São materiais mantidos em nível normal de estoque, 
para garantir o abastecimento ininterrupto de qualquer 
atividade. Aconselha-se o sistema de renovação 
automática. 
 
d) Materiais de estocagem temporária 
Não são considerados materiais de estoque e por 
isso são guardados apenas durante determinado tempo, 
até sua utilização. 
 
2 - Quanto À Sua Aplicação 
a) Materiais de consumo geral 
São materiais que a empresa utiliza em seus diversos 
setores, para fins diretos ou indiretos de produção. 
 
b) Materiais de manutenção 
São os materiais utilizados pelo setor específico de 
manutenção da organização. 
 
3 - Quanto a Sua Perecibilidade 
É o critério de classificação pelo perecimento 
(obsolescência) significa evitar o desaparecimento das 
propriedades físico-químicas do material. Muitas vezes, o 
fator tempo influencia na classificação, assim, a empresa 
adquire determinado material para ser utilizado em data 
oportuna, e, se porventura não houver consumo, sua 
utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza 
a estocagem por longos períodos. 
Existem recomendações quanto a preservação dos 
materiais e sua adequada embalagem para proteção à 
umidade, oxidação, poeira, choques mecânicos, pressão 
etc. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO DA CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRITERIOS DE CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - Quanto À Sua Periculosidade 
A adoção dessa classificação visa a identificação de 
materiais, como, por exemplo, produtos químicos e gases, 
que, por suas características físico-químicas, possuam 
incompatibilidade com outros, oferecendo riscos à 
segurança. 
A adoção dessa classificação é de muita utilidade 
quando do manuseio, transporte e armazenagem de 
materiais. 
 
Catalogação de Materiais 
Para um melhor controle do material em estoque, e 
também para um atendimento mais rápido ao consumidor, 
cada item em estoque deve possuir um código próprio. 
Esse código pode se referir, por exemplo, ao número da 
prateleira, estante, armário ou depósito onde o material 
esteja armazenado. 
 
Normalização e Padronização de Material 
• Normalização: a normalização trata da forma pela 
qual os materiais devem ser utilizados em suas diversas 
finalidades, tornando-os "normais" à sua aplicação, ou seja, 
é o seu uso adequado. 
• Padronização: objetiva facilitar a identificação do 
material, bem como a sua aplicação (vários comprimentos 
de pilha). 
 
Outras Classificações de Material 
Classificar um material é agrupá-lo segundo sua for-
ma, dimensão, peso, utilidade, tipo etc. A classificação não 
deve gerar confusão, ou seja, um produto não pode ser 
classificado de forma a ser confundido com outro, mesmo 
havendo semelhança entre eles. 
Classificar é ordenar os produtos, segundo critérios 
previamente adotados, agrupando-os de acordo com 
asemelhança, sem causar dispersão no espaço ou alteração 
na qualidade. 
Os materiais podem ser agrupados de várias formas, 
conforme a necessidade de cada empresa, tais como: 
estado de conservação, utilização, natureza, marca, 
características etc. Cada classificação deve atender aos 
objetivos desejados, para que seja possível realizar uma 
grande variação de classificações. A atividade de classi-
ficação é muito importante no momento do cadastro do 
material em um sistema de controle do estoque, em que os 
materiais devem ser classificados em grupos e subgrupos, 
criados conforme as necessidades de classificação e de 
agrupamento dos materiais de cada empresa. 
Existem diversas formas para realizar classificações 
de materiais. Dentre as mais clássicas, estão: 
• Quanto à Industrialização: 
- Matérias Primas: materiais destinados à transfor-
mação em outros produtos, com consumo diretamente 
proporcional ao volume de produção; 
- Produtos em Processo: materiais que estão em 
diferentes etapas da produção. Representam a transição de 
matéria-prima para produto acabado; Produtos 
semiacabados: materiais procedentes da produção que, 
para serem considerados acabados, necessitam ainda de 
algum detalhe de acabamento (retoque, pintura, inspeção 
etc.); Produtos Acabados: materiais que já estão prontos; 
seus processamentos foram completados, podendo ser 
estocados, utilizados ou vendidos. 
 Quanto ao Aspecto Contábil: 
Materiais Imobilizados: itens pertencentes ao 
património (ativo imobilizado), os quais são armazenados 
ou utilizados, tendo aplicação já definida. Seu 
gerenciamento e controle são feitos de forma distinta dos 
demais materiais; Material em Estoque: referentes aos 
materiais estocados pela empresa; são destinados à pro-
dução ou revenda, compõem o ativo circulante. Podem ser 
classificados em três tipos: 
a) Matéria-prima; 
b) Material para revenda; 
c) Material de consumo. Os materiais de consumo 
estocados figuram, contabilmente, como despesa. 
Quanto à Demanda: 
- Materiais de Demanda Permanente: sempre são 
movimentados no estoque, nunca devem faltar; 
- Materiais de Demanda Eventual: são aqueles que 
possuem movimentação em determinados períodos, 
normalmente para atender à demanda de determinada 
época. Sua compra deve ser cuidadosamente planejada 
para que não ocorram sobras nem faltas, que certamente 
acarretarão em redução da margem de lucro. São comuns 
na comercialização de produtos de demanda eventual, 
acordos de consignação entre as empresas revendedoras e 
fornecedoras. 
Quanto à Movimentação: 
- Materiais Ativos: são itens estocados que possuem 
sua movimentação ativa; 
- Materiais Inativos: são itens estocados sem 
movimentação. Estes devem ser identificados e sua 
permanência em estoque analisada, caso não seja 
compensadora, devemos retirá-los doestoque, pois 
somente representam capital de giro parado e em 
desvalorização; - Materiais Descontinuados: são itens que a 
empresa não mais movimenta. Como não é possível excluí-
los do sistema de controle de estoque, por possuírem 
movimentações registradas, os mesmos são classificados 
como descontinuados. 
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Codificação de Materiais 
Codificar um material significa representar todas as 
informações necessárias, suficientes e desejadas por meio 
de números ou letras, com base na classificação obtida do 
material. 
A tecnologia de computadores está revolucionando 
a identificação de materiais e acelerando o seu manuseio. 
A chave para a rápida identificação do produto, das 
quantidades e do fornecedor é o código de barras lineares 
ou código de distribuição. Esse código pode ser lido com 
leitores óticos (scanners). Os fabricantes codificam esse 
símbolo em seus produtos e o computador, no depósito, 
decodifica a marca, convertendo-a em informação utilizável 
para a operação dos sistemas de movimentação interna, 
principalmente os automatizados. 
 
Classificação ABC 
A curva ABC é um importante instrumento para o 
administrador. Ela permite identificar aqueles itens que 
justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua 
administração. Obtém-se a curva ABC com a ordenação dos 
itens conforme a sua importância relativa. 
Uma vez obtida a sequência dos itens e sua classi-
ficação ABC, disso resulta, imediatamente, a aplicação 
preferencial das técnicas de gestão administrativas, 
conforme a importância dos itens. A curva ABC é utilizada 
para a administração de estoques, para definição de 
políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a 
programação da produção e uma série de outros problemas 
usuais na empresa. Após os itens terem sido ordenados 
pela importância relativa, as classes da curva ABC podem 
ser definidas das seguintes maneiras: 
• Classe A: grupo de itens mais importantes que 
devem ser trabalhados com uma atenção especial pela 
administração. 
• Classe B: grupo intermediário. 
• Classe C: grupo de itens menos importantes em 
termos de movimentação, no entanto, requerem atenção 
pelo fato de gerarem custo para manter estoque. 
 
A Classe A corresponde aos itens que, nesse caso, 
dão a sustentação de vendas. Podemos perceber que ape-
nas 20% dos itens correspondem a 80% do faturamento 
(alta rotatividade). 
A Classe B responde por 30% dos itens em estoque e 
15% do faturamento (rotatividade média). 
A Classe C compreende sozinha a 50% dos itens em 
estoque, respondendo por apenas 5% do faturamento. 
Passos para montar a Classe ABC: 
• relacionar os itens analisados no período que 
estiver sendo analisado; 
• definir o valor total do consumo; 
• arrumar os itens em ordem decrescente de valor; 
• somar o total do faturamento; 
• definir os itens da Classe A = 80% do 
faturamento; 
• Faturamento Classe A = Faturamento Total x 80; 
• definir os itens da Classe B = 15% do 
faturamento; 
• definir os itens da Classe C = 5% do faturamento; 
• após conhecidos esses valores, identificar os 
itens de cada classe. 
Armazenagem de Materiais 
O espaço e o layout de urna área de armazenamento 
deve ser estruturado de forma que seja possível utilizar ao 
máximo a sua área total. Os espaços devem ser aproveita-
dos inteiramente, mediante o uso de prateleiras, estruturas 
porta-paletes, empilhamento de materiais ou a combinação 
destas formas de armazenamento. 
Na implantação do layout de um 
almoxarifado/depósito deve-se prever e programar o 
seguinte: 
• a disponibilidade dos equipamentos adequados 
para facilitar a carga e descarga dos materiais 
(empilhadeiras, guindastes, carregadores, paletes, docas, 
escadas móveis etc.); 
• a técnica de armazenagem a ser utilizada; 
• a quantidade e os tipos de materiais a 
armazenar; 
• os espaços das portas devem ser 
suficientemente largos e altos; 
• altura da plataforma de desembarque de forma a 
facilitar a carga e descarga, em conformidade com a altura 
dos caminhões; 
• resistência do piso suficiente para a 
movimentação de equipamentos e o empilhamento de 
materiais; 
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• a altura máxima permitida para as pilhas; 
• fluxo de trânsito dos materiais em veículos trans-
portadores; 
• dimensionamento e instalação de equipamentos 
para combate a incêndios, conforme normas da ABNT e do 
Corpo de Bombeiros; 
• medidas de segurança para evitar acidentes de 
trabalho; 
• altura adequada que permita ventilação do 
ambiente. 
Normas de estocagem 
Cada material tem suas características próprias e, 
consequentemente, normas apropriadas. Alguns necessi-
tam de ambientes especiais para sua conservação (carnes. 
exolosivos. nrodutos auímicos. gazes etc), outros podem 
ser acondicionados sem a necessidade de cuidados es-
peciais, no entanto, é de fundamental importância que 
sejam respeitadas as características individuais de cada um 
dos materiais. 
A princípio deve-se armazenar obedecendo a classi-
ficação dos grupos de materiais, depois deve-se observar as 
normas de armazenamento inerentes a cada produto. 
Movimentação de Materiais 
Todas as movimentações de materiais devem ser 
efe-tuadas por meio das notas fiscais ou documentos 
internos para movimentação de materiais. 
Existem três tipos de movimentações: Entrada, Saída 
e Transferência. 
• Entrada: é a movimentação de materiais que en-
tram no estoque da empresa. Estas entradas são 
registradas por meio do cadastro das notas fiscais emitidas 
pelos fornecedores; 
• Saídas: é a baixa do estoque registrada por meio 
da emissão de notas fiscais de vendas ou, em se tratando 
de movimentações internas, via requisições de materiais. 
• Transferências: são movimentações de materiais 
efetuadas entre almoxarifados ou filiais da mesma 
empresa. Esta operação gera débito e crédito entre as 
unidades da empresa, mas não afeta o resultado final do 
saldo do estoque geral. O registro desta operação é 
efetuado via emissão de notas fiscais de transferência ou 
por documento interno de requisição de materiais. 
Os documentos que comprovam as movimentações 
dos materiais dão origem a lançamentos no cadastro de 
movimento do sistema de controle do estoque, que deve 
possuir opções específicas para digitação de cada uma das 
modalidades de movimentação de materiais. Por outro 
lado, estes documentos fornecem elementos de controle 
aos órgãos de custo e/ou à contabilidade da empresa. 
 
Recebimento e localização de Materiais 
O recebimento verifica o cumprimento do acordo 
firmado entre a área de compras e o fornecedor. Por esse 
motivo, é uma rotina de grande importância para a gestão 
dos estoques. Para isso, é necessário que seja obedecida a 
rotina de recebimento de materiais estabelecida pela 
empresa. 
O recebimento inclui todas as atividades envolvidas 
no fato de aceitar materiais para serem estocados. O pro-
cessamento imediato é o principal objetivo dessa função, 
que geralmente envolve: 
• controle e programação das entregas; 
• obtenção e processamento de todas as 
informações para o controle de estocagem especial, 
localização do estoque existente, considerações contábeis 
(PEPS - Primeira que Entra e Primeira que Sai ou UEPS - 
Último a Entrar Primeiro a Sair); 
• análise dos documentos envolvidos; 
• programacão e controle: 
• sinalização para a descarga; 
• descarga. 
No recebimento dos materiais solicitados, alguns 
principais aspectos deverão ser considerados,como: 
• Especificação técnica: conferência das especifi-
cações pedidas com as recebidas. 
• Qualidade dos materiais: conferencia física do 
material recebido. 
• Quantidade: executar contagem física dos mate-
riais, ou utilizar técnicas de amostragem quando for 
inviável a contagem um a um. 
• Preço. 
• Prazo de entrega: conferência se o prazo está 
dentro do estabelecido no pedido. 
Na definição da localização adequada para o arma-
zenamento devemos considerar: 
• volume das mercadorias/espaço disponível; 
• resistência/tipo das mercadorias (itens de fino 
acabamento); 
• número de itens; 
• temperatura, umidade, incidência de sol, chuva 
etc.; 
• manutenção das embalagens originais/tipos de 
embalagens; 
• velocidade necessária no atendimento; 
• o sistema de estocagem escolhido deve seguir al-
gumas técnicas imprescindíveis na administração de 
materiais. As principais técnicas de estocagem são: 
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- carga unitária: dá-se o nome de carga unitária à 
carga constituída de embalagens de transporte que 
arranjam ou acondicionam uma certa quantidade de 
material para possibilitar o seu manuseio, transporte e 
armazenamento como se fosse uma unidade. A formação 
de carga unitária se dá através de palieis (pallet é um 
estrado de madeira padronizado, de diversas dimensões. 
- caixas ou gavetas: é a técnica de estocagem 
ideal para materiais de pequenas dimensões, como 
parafusos, arruelas e alguns materiais de escritório, 
materiais em processamento, semiacabados ou acabados. 
Os tamanhos e materiais utilizados na sua construção serão 
os mais variados em função das necessidades específicas de 
cada atividade; 
- prateleiras: é uma técnica de estocagem desti-
nada a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de 
gavetas ou caixas padronizadas. Assim como as caixas, 
poderão ser construídas de diversos materiais conforme a 
conveniência da atividade. As prateleiras constituem o 
meio de estocagem mais simples e económico; 
- empilhamento: trata-se de uma variante da 
estocagem de caixas para aproveitamento do espaço 
vertical. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os 
outros, obedecendo a uma distribuição equitativa de 
cargas. 
 
Embalagens de Proteção 
As embalagens em um produto possuem um im-
pacto relevante sobre o custo e a produtividade dos 
sistemas logísticos. A compra de materiais de embalagem, a 
execução de operações automatizadas ou manuais de 
embalagem e a necessidade subsequente de descartar a 
própria embalagem representam os custos mais evidentes. 
O que não é imediatamente notado, contudo, é que os 
custos de compra e de eliminação das embalagens são 
absorvidos pelas empresas nas pontas extremas do canal 
de distribuição e que os ganhos de produtividade gerados 
pela embalagem são diluídos por todo o sistema logístico. 
Assim, o impacto da embalagem passa facilmente 
despercebido ou é, no mínimo, subestimado. 
As embalagens são geralmente classificadas em dois 
tipos: embalagem para o consumidor, com ênfase em 
marketing, e embalagem industrial, com ênfase na logística. 
• Embalagem para o consumidor (ênfase em 
marketing) - o projeto final da embalagem é 
frequentemente baseado nas necessidades de fabricação e 
de marketing, negligenciando as necessidades de logística. 
O projeto da embalagem de consumo dever ser voltado 
para a conveniência do consumidor, ter apelo de mercado, 
boa acomodação nas prateleiras dos varejistas e dar 
proteção ao produto. Geralmente, embalagens ideais de 
consumo (por exemplo, grandes embalagens e tamanhos 
inusitados, que aumentam a visibilidade para o 
consumidor) são muito problemáticas do ponto de vista 
logístico. Um projeto adequado de embalagem deve 
considerar todas as necessidades logísticas ligadas a ela. 
Para isso, deve ser feito um estudo de como a embalagem 
é influenciada por todos os componentes do sistema 
logístico. 
• Embalagem industrial (ênfase em logística) -
produtos e peças são embalados geralmente em caixas de 
papelão, sacos, pequenas caixas ou mesmo barris, para 
maior eficiência no manuseio. Essas embalagens são usadas 
para agrupar produtos e são chamadas embalagens secun-
dárias. Naturalmente, considerações logísticas não podem 
dominar inteiramente o projeto das embalagens. 
A utilidade de uma embalagem está ligada à forma 
como ela afeta tanto a produtividade quanto a eficiência 
logística. Todas as operações logísticas são afeta-das pela 
utilidade da embalagem - desde o carregamento do 
caminhão e a produtividade na separação de pedidos até a 
utilização do espaço cúbico no armazenamento e no 
transporte. 
O inventário dos estoques é um procedimento de 
controle que deve ser executado com periodicidade 
semestral, trimestral, mensal e até mesmo semanal ou 
diária, conforme cada empresa e a confiabilidade atri-buída 
aos controles, ou pelo menos uma vez ao ano, quando é 
obrigatório. 
Este procedimento consiste na contagem dos mate-
riais de um determinado grupo ou de todos os materiais em 
estoque, avaliando e identificando possíveis erros nas 
movimentações. Antes ou após as operações de inventário 
também devem ser realizadas arrumação e limpeza da área 
de armazenamento e manutenção dos itens estocados. 
Seus objetivos básicos são: 
• realizar auditoria sobre serviços desenvolvidos 
pela Área de Estoques; 
• levantamento real da situação dos estoques, 
para compor o balancete da empresa; 
• identificar e eliminar itens sem movimentação; 
• identificar e eliminar materiais com defeito e/ou 
danificados; 
• sugerir opções de melhoria dos métodos de con-
trole dos estoques; 
• identificar e corrigir erros nas movimentações 
dos materiais. 
 
Inventário Físico 
O inventário físico consiste na contagem física dos 
itens de estoque. Caso haja diferenças entre o inventário 
físico e os registros do controle de estoques, devem ser 
feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e 
tributárias. O inventário físico é a contagem de todos os 
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estoques da empresa, para verificação se as quantidades 
correspondem aos controles do estoque. Essa contagem 
também deve ser efetuada em componentes, aguardando 
definição da qualidade para serem rejeitados. O benefício 
dos inventários é a verificação de eventuais desvios no 
controle - estoques de peças rejeitadas, cujos controles não 
são lançados por alguma falha. 
Essas faltas não registradas e não controladas po-
dem causar problemas de atrasos nas entregas de pedidos 
aos clientes, pois o planejamento de compras não irá suprir 
a falta desses materiais por falha nas informações. O maior 
benefício é ter os estoques com as quantidades corretas. 
Hoje, em empresas que trabalham com volumes de 
estoques pequenos, pratica-se o inventário contínuo, no 
qual são feitas contagens semanais de um pequeno 
percentual do universo de peças para verificação de 
diferenças de peças entre o físico e o controle. Essa prática 
é denominada verificação de acuracidade do estoque, na 
qual até um determinado percentual de desvio é aceito, 
mas, acima desse valor, ações são imediatamente tomadas 
para corrigir os desvios. 
O inventário físico é geralmente efetuado de dois 
modos:periódico ou rotativo. 
 Inventário rotativo - o inventário rotativo é um 
método de inventário físico em que o estoque é 
contado em intervalos regulares, dentro de um 
exercício. Esses intervalos (ou ciclos) dependem do 
código de inventário rotativo definido para os 
materiais. O inventário rotativo permite que os 
artigos de alta rotatividade sejam contados com 
Inventário periódico 
 o inventário periódico ocorre em determinados 
períodos, normalmente no encerramento dos 
exercícios fiscais, ou duas vezes por ano faz-se a 
contagem física de todos os itens em estoque. 
Nessas ocasiões, coloca-se um número maior de 
pessoas com a função específica de contar os 
itens. É uma força-tarefa designada 
exclusivamente para esse fim, já que tal contagem 
deve ser feita no menor espaço de tempo possível 
(geralmente de l a 3 dias). Inventários contábeis do 
imobilizado - constituem-se na pesquisa da 
documentação contábil existente, tais como: 
- diários e razão auxiliar; 
- notas fiscais; 
- fichas patrimoniais; 
- guias de importação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentro de cada uma das subáreas da administração 
de materiais poderão ser estabelecidos indicadores de 
desempenho próprios que devem fornecer informações 
sobre a realidade da área de materiais, possibilitando assim 
a tomada de ações corretivas de forma a eliminar os 
desvios, e para isso é preciso que: 
 Os dados coletados sejam completos e confiáveis; 
 Que expressem informação de valor para a 
empresa; 
 Devem ser simples de forma a que os próprios 
operadores possam coletá-los sem confusão; 
 Devem ser de fácil entendimento por todos. 
 
Como exemplos podemos citar: 
% de erros nas ordens de compra 
% de itens comprados recebidos na data correta 
% de falta de matérias-primas 
Rotatividade dos estoques 
% do ativo imobilizado em estoques 
% de produtos acabados entregues aos clientes nas 
datas combinadas, etc. 
 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 
O maior objetivo do custeio do estoque é a 
determinação de custos adequados às vendas, de forma 
que o lucro apropriado seja calculado. Em adição ao fator 
lucro, existe um número de outros fatores que influenciam 
as decisões relativas à seleção dos métodos de custeio de 
estoque. A lista destes fatores, excluindo a definição de 
lucro, incluiria: 
 Aceitação do método pelas autoridades do 
Imposto de Renda; 
 A parte prática da determinação do custo; 
 Objetividade do método; 
 Utilidade do método para decisões 
gerenciais. 
 
1. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 
O método de avaliação escolhido afetará o total do 
lucro a ser reportado para um determinado período 
contábil. Permanecendo inalterados outros fatores, quanto 
COMO AVALIAR O DESEMPENHO 
DA ÁREA DE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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maior for o estoque final avaliado, maior será o lucro 
reportado, ou menor será o prejuízo. Quanto menor o 
estoque final, menor será o lucro reportado, ou maior será 
o prejuízo. 
Considerando que vários fatores podem fazer variar 
o preço de aquisição dos materiais entre duas ou mais 
compras (inflação, custo do transporte, procura de 
mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de 
selecionar o método que se deve adotar para avaliar os 
estoques. Os métodos mais comuns são: 
 
 Custo Médio Ponderado 
Este método, também chamado de método da 
média ponderada ou média móvel, baseia-se na aplicação 
dos custos médios em lugar dos custos efetivos. 
O método de avaliação do estoque ao custo médio é 
aceito pelo Fisco e usado amplamente. Por esse critério, os 
estoques são avaliados pelo custo médio de aquisição, 
apurado a cada entrada de mercadorias, ponderado pelas 
quantidades adquiridas e pelas anteriormente existentes. 
 O princípio contábil de Custo de Aquisição 
determina que se incluam no custo dos materiais, além do 
preço, todos os outros custos decorrentes da compra, e 
que se deduzam todos os descontos e bonificações 
eventuais recebidas. 
 
 PEPS ou FIFO (Primeiro a entrar, primeiro 
a sair) (First in – First Out) 
À medida que ocorrem as vendas, ocorre às baixas 
no estoque a partir das primeiras unidades compradas, o 
que equivaleria ao raciocínio de que vendemos/compramos 
primeiro as primeiras unidades compradas/produzidas. 
Justificando, a primeira unidade a entrar no estoque é a 
primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser 
vendida. 
Entretanto, não é objeto do o procedimento em si, e 
sim o conceito do resultado (lucro). 
Enumeram-se, algumas vantagens deste método: 
 Os itens usados são retirados do estoque e 
a baixa é dada nos controles de maneira 
lógica e sistemática; 
 O resultado obtido espelha o custo real dos 
itens específicos usados nas saídas; 
 O movimento estabelecido para os 
materiais, de forma contínua e ordenada, 
representa uma condição necessária para o 
perfeito controle dos materiais, 
especialmente quando estes estão sujeitos 
a deterioração, decomposição, mudança de 
qualidade, etc. 
 UEPS ou LIFO (Ultimo a entrar, primeiro a 
sair) (Last in – Last out) 
 
É um método de avaliar estoque muito discutido. O 
custo do estoque é determinado como se as unidades mais 
recente adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem 
as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). 
Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas 
unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas 
unidades. 
Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o 
custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos 
itens mais recentemente comprados (comprados ou 
produzidos, e assim, os preços mais recentes). Também 
permite reduzir os lucros líquidos relatados por uma 
importância que, se colocada à disposição dos acionistas, 
poderia prejudicar as operações futuras da empresa. 
 
Algumas considerações do método UEPS: 
 É uma forma de se custear os itens 
consumidos de maneira sistemática e 
realista; nas indústrias sujeitas as 
flutuações de preços, o método tende a 
minimizar os lucros das operações; 
 Em períodos de alta de preços, os preços 
maiores das compras mais recentes são 
apropriados mais rapidamente às 
produções reduzindo o lucro; 
 O argumento mais generalizado em favor 
do UEPS é o de que procura determinar se a 
empresa apurou, ou não, adequadamente, 
seus custos correntes em face da sua 
receita corrente. De acordo com o UEPS, o 
estoque é avaliado em termos do nível de 
preço da época, em que o UEPS foi 
introduzido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Planilha pelo PEPS: 
 
Planilha pelo UEPS: 
 
E por fim a planilha pelo Custo Médio: 
 
Podemos ver que as unidades tanto de entradas, saídas e saldo final são iguais em todas as planilhas. O valor de 
entrada da mercadoria também igual. Agora no valor baixado do estoque, e no valor do estoque final temos diferenças nas 
três planilhas. 
O quadro abaixo demonstra mais claramente essa diferença. 
 
 Vejam que a avaliação pelo método do PEPS nos dá um valor total baixado do estoque (valor na coluna de 
saídas) de R$ 880,00 e um saldo final de R$ 270,00. 
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