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GLÂNDULA MAMÁRIA Acadêmica: Claudia Pillar Maggio A qualidade do leite está diretamente relacionada à saúde da glândula mamária e os fatores relacionados a essa sanidade são limitantes para a exploração da atividade leiteira. Existem outros fatores que contribuem para a infecção da glândula mamária como estagio de lactação, paridade, nutrição e equipamentos de ordenha. Glândula Mamária Úbere 4 glândulas mamárias (2 pares), independentes morfologicamente e funcionalmente anteriores e posteriores; Direita e esquerda localizadas na região inguinal; Número de pares da glândula mamária Porca: 6 ou 7 pares; Cadela: 4 ou 5 pares; Gata: 4 pares; Cabra/ovelha/égua: 1 par; Vaca: 2 pares; Forma e Volume – bovinos Peso: 11-15Kg; Glândulas anteriores produzem entre 25 e 50% a menos de leite que as posteriores; Alem de nutrientes esse sangue leva hormônios, que ajudam no desenvolvimento do úbere,(tem q passar 30,000 litros de sangue); 6 Implantação da glândula mamária Ligamento suspensor lateral da mama Ligamento médio Cordões conjuntivos Fáscia superficial Pele Ligamentos suspensório lateral e medial, são os que dão sustentação para os úberes. 7 Estruturas Internas Ductus papillaris Sinus papillares Sinus lactiferous Sinus galactoforous Cada quarto mamário possui: cisterna da glândula (onde armazena parte do leite) cisterna do teto, canal do teto, dutos mamários, lóbulo e lobo, tecido conjuntivo e alvéolos que é onde é produzido o leite. Exame da Glândula Mamária Identificação do animal; Anamnese; Exame físico geral; Exame da glândula mamária; Inspeção; Palpação; Exame macroscópico do leite; Exames complementares do leite; Microscópicos; Bioquímicos; Microbiológicos; Inspeção Modificação da atitude do animal; Em posição quadrupedal; Em decúbito; Em locomoção; Inspeção direta do úbere; Modificação de forma; Disposição e simetria dos tetos; Aumento de volume da glândula e tetos; Diminuição de volume da mama e tetos; 10 Palpação Do parênquima da glândula; Do teto; Da cisterna da glândula; Avaliar: Temperatura; Sensibilidade; Consistência; MASTITE A mastite contagiosa é causada por microrganismos bacterianos que são parasitas obrigatórios da glândula mamaria, só vivem dentro dela. A contaminação ocorre através de um elemento de ligação de vaca para vaca, e/ou de quarto doente e um quarto sadio. Isto é possível no momento da ordenha, pelas mãos do ordenhador, e de teteiras na ordenha mecânica, também são transmitidos de um animal para o outro. A mastite ambiental é causada por microrganismos presentes no ambiente, ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e úmidos, e seu maior risco de contágio é logo após a ordenha, quando os esfíncteres dos tetos ainda estão abertos e a vaca deita sobre o solo ou material contaminado, facilitando a entrada de microrganismos no canal do teto o que leva à infecção. Etiologia Embora as mastites possam ter origem em causas físicas, químicas, fisiológicas ou microbiológicas, a sua origem é considerada multifatorial. A mastite bovina é um processo inflamatório complexo da glândula mamária, decorrente da interação entre animal, agente microbiano e meio ambiente. Os microrganismos envolvidos nesta enfermidade se mantêm no ambiente e as infecções ocorrem, normalmente, no intervalo entre ordenhas. Patogenia Sendo resultante da infecção por micro-organismos o curso clinico da doença depende da capacidade da bactéria colonizar e se desenvolver nas secreções da glândula mamária, além da virulência, tipo magnitude e duração da resposta do hospedeiro frente à infecção. A transmissão pode ocorrer na ordenha ou entre ordenhas em ambiente contaminado por contato direto da glândula mamária com as bactérias . A mastite caracteriza-se como consequência da penetração de microrganismos patogênicos pelo canal do teto em direção ao interior da glândula mamária. Formas de apresentação Clinica Se caracterizada pela presença dos sinais da inflamação no quarto acometido, grumos no leite identificados pelo teste da caneca de fundo preto, e nos casos mais graves com alterações macroscópicas do leite. Nos casos crônicos pode haver fibrose com ou sem atrofia do quarto acometido As alterações associadas à mastite clínica são facilmente identificadas clinicamente pelo edema e sensibilidade da glândula mamária e pela presença de grumos, pus ou sangue no leite. Subclínica Caracteriza-se pela ausência de sinais de infla- mação e pela presença de alterações na composição do leite, como o aumento no número de células somáticas e o aumento dos teores de cloro e sódio, além da diminuição dos níveis de caseína, lactose e gordura. Diagnóstico Teste da caneca de fundo preto. CMT e CCS: O CMT é realizado na sala de ordenha, pelo menos uma vez ao mês. O método é usado para detecção da mastite subclínica e é um indicador direto da CCS no leite nos programas de controle da mastite. Para realização do CMT, o leite é misturado ao reagente, em proporções idênticas, com aproximadamente dois mililitros de leite e dois de reagente. Caso se forme um gel, a reação é considerada positiva. Quanto mais gelatinoso, maior a intensidade da reação. Diagnóstico Tratamento A terapia antimicrobiana tem como objetivo prevenir a mortalidade no caso de infecção, restabelecer a composição e produção normal de leite, eliminar as fontes de contaminação e prevenir novas infecções durante o período seco. Preferencialmente utiliza-se a via intramamária para a administração de antibióticos Amoxicilina associada ao Clavulonato. Profilaxia A utilização de máquinas de ordenha, tem levado ao aumento da frequência de mastites subclínicas, em consequência, principalmente, de erros na sua utilização e conservação. O procedimento mais importante é a imersão dos tetos em solução desinfetante antes e após a ordenha. Ordenha Ordenha Após a desinfecção dos tetos antes da ordenha é importante secá-los com papel-toalha descartável para evitar a queda das teteiras durante a ordenha. Após o término da ordenha, é muito importante fazer a desinfecção dos tetos, para matar as bactérias que possam ter sido transmitidas de vaca para vaca por meio do equipamento de ordenha ou pelas mãos do ordenhador. A desinfecção dos tetos após a ordenha só não deve ser realizada nas propriedades nas quais as vacas são soltas junto com seus bezerros após a ordenha. Ordenha adequada deve ter: Higiene do úbere pré-ordenha, estimulação da descida do leite, remoção eficiente do leite e desinfecção do teto no pós-ordenha. O pré-dipping consiste na desinfecção dos tetos antes da ordenha e vai reduzir o número de bactérias neste local que possam contaminar o leite. O pós-dipping é fundamental para remover a película de leite que permanece no teto após a retirada do conjunto de ordenha e auxilia na prevenção de infecções neste canal. Composição do leite X Mastite Ph (alcalino nas mamites); Proteínas (lactoalbumina e lactoglobulina aumentadas nas mamites); Lactose (diminuída nas mamites); Cloretos (aumentados nas mamites); Células somáticas (aumentadas nas mamites); Streptococcus; Micrococcus; Corynebacterium; Staphylococus; Principais Bactérias encontradas no leite 29 Exame macroscópico do leite Volume; Cor; Branca; Amarela; Vermelha; Consistência; Fluido-aquoso; Mucoso; Caseoso; Espumoso; Sanguinolento; Com grumos; O período de produção de leite de toda vaca começa quando o bezerro nasce. Para ser prolongado, é preciso que depois do desmame que ocorre após 60 dias no caso do gado de leite a mama do animal seja estimulada pela ordenha natural ou mecânica. Exame Microscópico do leite Colheita do leite; Assepsia do teto com algodão e álcool 70%, usar fricção; Volume: 5 a 10 ml; Desprezar primeiros jatos; Ordenha horizontal; Enviar imediatamenteao laboratório; Exame Microbiológico do Leite Contagem diferencial das células somáticas; Polimorfonucleares neutrófilos; Polimorfonucleares eosinófilos; Mononucleares linfócitos; Mononucleares monócitos; Outras células; OBRIGADA !!
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