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Atividade farmacológica e interações de plantas que atuam no sistema hormonal

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17/04/2018 AVA UNINOVE
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Atividade farmacológica e interações
de plantas que atuam no sistema
hormonal
ESTUDAR ALGUMAS PLANTAS QUE ATUAM NO SISTEMA HORMONAL, UTILIZADAS PRINCIPALMENTE
PARA ALIVIAR OS SINTOMAS DA TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL E DA MENOPAUSA.
Tensão pré-menstrual e climatério
A tensão pré-menstrual acontece 3 a 10 dias antes da menstruação na maioria das mulheres e apresenta
alguns sintomas, como alteração do humor, dor e tumefação das mamas (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
O climatério, por sua vez, é o período de redução da produção de hormônios pelos ovários (estrogênio e
progesterona), cujos principais sintomas são calor seguido de calafrios, depressão, irritabilidade, ansiedade,
osteoporose, entre outros.
Drogas vegetais e seus derivados vêm se destacando no tratamento de doenças ginecológicas em
substituição às terapias convencionais graças ao baixo risco de toxicidade.
Veja algumas das plantas utilizadas para estas finalidades:
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Vitex (Vitex agnus castus L.): Conhecida como liamba, quiabo de Angola, pimenta dos monges ou árvore
da castidade, isto provavelmente por causa dos frutos contidos na bebida, diminui o desejo sexual. Os
frutos possuem odor aromático e sabor picante. Apresenta na composição química presença de 0,5% de
óleo volátil, glicosídeos iridoides, agnosídio e aucubina. Os frutos e as folhas são utilizados no tratamento
da TPM (Tensão Pré-Menstrual), menopausa e como anafrodisíaco (MATOS, 2002; SCHULZ; HANSEL;
TYLER, 2002). Possuem propriedades normalizadoras e balanceadoras (estrogênio/progesterona) benéficas
no tratamento de menstruação irregular e dolorosa, infertilidade, síndrome pré-menstrual, problemas de
menopausa e outros desequilíbrios hormonais, também usados para normalizar o sistema hormonal após
o uso descontinuado de pílulas anticoncepcionais (SCHELLENBERG, 2001; VEAL, 1998; SLIUTZ et al.,
1993).
Cimicifuga (Cimicifuga racemosa): Conhecida como black cohosh na América do Norte, as raízes e
rizomas contêm glicosídeos triterpênicos (acteína e cimicifugosídio); isoflavonoide formononetina. Atua
como moduladores receptores de estrogênio seletivos no sistema nervoso central e no tecido ósseo. Os
extratos já foram usados como anti-inflamatórios, antipiréticos e analgésicos dentre outras indicações,
também no tratamento das cólicas menstruais e nos sintomas da menopausa (BOLLE et al., 2007; SILVA et
al., 2009). Graças à Terapia de Reposição Hormonal (TRH) ser contraindicada para a maioria das mulheres
com histórico de câncer de mama, já que o estrogênio pode estimular o crescimento de células
cancerígenas (ROCK; DEMICHELLE, 2003), recentemente, além de a cimicífuga ser usada por mulheres
para aliviar os sintomas do climatério, pois reduz a intensidade dos fogachos, é usada para diminuir a
ansiedade, depressão, cefaleia, distúrbios do sono e vertigens (VERMES et al., 2005) e provoca a melhora
acentuada da atrofia vaginal. Apresenta atividade moduladora seletiva de receptor de estrogênio, o que
diminui a possibilidade de estímulo a tumores mamários e uterinos (WUTTKE et al., 2003; ALVES et al.,
2006). Após o uso do extrato isopropanólico de C. racemosa, foram observadas melhora na qualidade do
osso, diminuição da perda óssea e aumento na resistência mecânica à fratura (SILVA et al., 2009). No
entanto, a utilização de C. racemosa é contraindicada na gravidez e durante a lactação, em lactentes e
crianças até 12 anos, por causa do efeito estrogênico relatado (SILVA et al., 2009).
Você deve evitar o uso concomitante de C. racemosa com qualquer tipo de medicamento graças à
possibilidade de aumentar a concentração biodisponível dos fármacos no sangue. Já que ocorre supressão
de CYP3A4 (família de citocromo P450), causa uma regulação para baixo desta enzima (TSUKAMOTO et al.,
2005).
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Soja (Glycine max): possuem isoflavonas (fitoestrogênios), sendo as principais daidzeína, a genisteína e a
gliciteína. A soja que é utilizada pela indústria de alimentos contém isoflavonas em concentrações
variadas (0,1–3,0mg) (SETCHELL, 1998). Apesar da isoflavona não possuir estrutura esteroidal,
comportam-se como estrogênios na maioria dos sistemas biológicos. Além desta atividade
antiestrogênica, possui atividade antioxidante, inibição da atividade enzimática entre outras (SETCHELL,
1998). Protege contra o câncer, doenças cardíacas; previne a perda óssea pós-menopausa e a osteoporose
(BRANDI, 1997).
Tribulus terrestris: conhecido como "Viagra" natural, pois aumenta a liberação de testosterona e a libido
para ambos os sexos. Possui alcaloides, saponinas, resinas, nitratos, além de esteróis que são
fundamentais para a formação de hormônios sexuais. A planta provoca a vasodilatação, o que pode
explicar seus efeitos sobre a ereção. É popularmente usado no tratamento de infertilidade nas mulheres. A
dose recomendada é de 250–500mg, três vezes ao dia. Tribulus terrestris não deve ser administrado em
mulheres grávidas ou que estejam amamentando, principalmente pacientes com hipertensão ou
cardiopatia devem usar a Tribulus com acompanhamento médico, pois pode ocorrer hipotensão e, por
causa da eliminação de potássio, poderá potencializar os efeitos dos cardiotônicos.
Clique no botão a seguir e teste sua memória e aprendizado entretendo-se com a cruzadinha.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a18ex01_fitot68.htm)
Estimule seu raciocínio com o jogo da forca, clique no botão a seguir.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a18ex02_fitot68.htm)
REFERÊNCIA
ALVES, D. L. et al. Avaliação crítica das ações da Cimicífuga racemosa no climatério. Femina, v. 34, n. 4, p.
269–74, 2006.
BOLLE, P. et al. Estrogen-like effect of a Cimicifuga racemosa extract sub-fraction as assessed by in vivo, ex
vivoand in vitro assays. Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, v. 107, n. 3–5, p. 262-9,
2007.
BRANDI, M. L. Natural and syntetic isoflavones in the prevention and treatment of chronic diseases.
Calcified Tissue International, New York, v. 61, p. 1S–8S, 1997.
HERBAMIX. Tribulus Terrestris. Disponível em: herbamix.dominiotemporario.com
(http://herbamix.dominiotemporario.com/doc/TRIBULUS_TERRESTRIS.pdf). Acesso em: 27 de maio de
2013.
MATOS F. J. A. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas
comunidades. 4. ed. Fortaleza: UFC, 2002.
ROCK, E.; DEMICHELE, A. Nutritional approaches to late toxicities of adjuvant chemotherapy in breast
cancer survivors. American Society for Nutritional Sciences, p. 3785–93, 2003.
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17/04/2018 AVA UNINOVE
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SCHELLENBERG R. Treatment for the premenstrual syndrome with agnus castus fruit extract: prospective,
randomised, placebo controlled study. Brithish Medical Journal, v. 322, p. 134–137, 2001.
SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional um guia de fitoterapia para as ciências da saúde.
São Paulo: Manole, 2002.
SETCHELL, K. D. Phytoestrogens: the biochemistry, physiology, and implications for human health of soy
isoflavones. American Journal Clinical of Nutrition, Bethesda, v. 134, n. 6, p. 1333S–1343S, 1998.
SILVA A. G. et al. Avanços na elucidação dos mecanismos de ação de Cimicifuga racemosa(L.) Nutt. nos
sintomas do climatério. Rev. Bras. Plantas Med., Botucatu, v. 11, n. 4, 2009.
SIMÕES et al. Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: Universidade
UFRGS/UFSC, 2007.
SLIUTZ et al. Agnus castus extracts inhibit prolactin secretion of rat pituitarycells. Hormone Metabolism
Research, v. 25, p. 253–255, 1993.
TSUKAMOTO, S. et al. Isolation of CYP3A4 inhibitors from the black cohosh (Cimicifuga racemosa).
Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2, n. 2, p. 223-6, 2005.
VEAL L. Complementary therapy and infertility: an Icelandic perspective. ZFA, v. 58, p. 228–231, 1998.
VEAL L. Complementary therapy and infertility: an Icelandic perspective. ZFA, v. 58, p. 228–231, 1998.
VERMES, G. et al. The effects of remifemin on subjective symptoms of menopause. Advances in Therapy, v.
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WUTTKE, W. et al.  The Cimicifuga preparation BNO 1055 vs. conjugated estrogens in a double-blind
placebo-controlled study: effects on menopause symptoms and bone markers. Maturitas, v. 44, suppl.1, p.
67–77, 2003.
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