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Ensaios de eficácia para produtos naturais e fitoterápicos

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17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/5
Ensaios de eficácia para produtos
naturais e fitoterápicos
CONHECER OS ENSAIOS DE EFICÁCIA E OS PROCEDIMENTOS E REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A
REALIZAÇÃO DOS ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS E CLÍNICOS.
Além da avaliação da toxicidade, é fundamental a avaliação da atividade farmacológica de substâncias
isoladas ou extratos da droga vegetal para se obter um medicamento fitoterápico, não se dispensando, é
claro, os estudos de desenvolvimento tecnológico visando à conservação da composição química,
garantindo, assim, a constância de ação terapêutica e a segurança de utilização (TOLEDO et al., 2003;
SIMÕES et al., 2007).
As informações pré-clínicas são necessárias para direcionar a realização de ensaios clínicos de um fármaco
fitoterápico. Tais informações devem estar relacionadas à eficácia através de experimentos em
enzimas/receptores (in vitro e in vivo) e também à toxicidade (in vitro e in vivo).
Estudo pré-clínico de eficácia
Os estudos de atividade farmacológica consistem de testes antiúlcera, anti-inflamatório, cicatrizantes,
antioxidantes, antimicrobianos, entre outros.
Veja alguns exemplos:
Atividade antiúlcera aguda: modelo de indução aguda por etanol e ácido clorídrico. Este teste é realizado
com grupos de animais (ratos wistar), com peso médio de 180g, em jejum por 24 horas, com livre acesso a
água.
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É administrada água (1mL/100g de animal) por via oral (gavagem), sendo considerado o grupo controle
negativo; ao grupo teste, administra-se o extrato da droga vegetal nas diferentes doses, por exemplo, de
400, 200 e 100mg/kg, ressuspenso em água, na concentração de 40 mg/ mL, e ao grupo controle positivo são
administrados 30 mg/kg de lansoprazol. Após trinta minutos, o agente ulcerogênico solução de ácido
clorídrico 0,3M em etanol a 60% (1mL/100g de animal) é administrado a todos os animais. Ao término de 1
hora, os animais são eutanasiados, os estômagos são retirados, abertos pela curvatura maior, lavados com
solução fisiológica e prensados entre placas de vidro (MIZUI; DOTEUCHI, 1983; MATSUMOTO; YAMADA,
1991). A área das ulcerações pode ser medida através de uma régua ou do software Image Pro-Plus, sendo os
valores expressos através da Área Total de Lesões ulcerativas em mm (ATL), calculada pela somatória das
áreas de lesões individuais, e por meio da Área Relativa de Lesão (ARL), referente à porcentagem de área
ulcerativa em relação à área total do estômago. Os resultados são avaliados através de análise estatística
ANOVA, seguida de Tukey, utilizando o programa GraphPad Instant 2.
Atividade antimicrobiana: estes ensaios são realizados utilizando métodos de diluição e/ou difusão em meio
sólido – disco, cavidade, cilindro (ESPINEL-INGROFF; PFALLER, 1995; WOODS; WASHINGTON, 1995). Nos
testes de atividade antimicrobiana, são utilizadas bactérias Gram-positivas (Staphylococcus aureus),
Gram-negativas, que apresentam bactérias acido-resistentes (Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa,
Klebisiella penumoniae; Mycccobacterium smegmatis), além de fungos (Candida albicans, Cryptococcus
neoformans).
O método de difusão consiste em colocar a substância analisada num disco de papel em contato um meio
sólido, inoculado previamente com um micro-organismo. Após o tempo de incubação, mede-se o halo de
inibição, ou diâmetro, isto é, a zona clara em que não houve crescimento microbiano da substância
pesquisada (disco). É um método qualitativo, porém não é adequado para substâncias que não se dissolvem
no meio.
Na técnica de diluição, é quantitativo, a amostra testada é dissolvida no meio sólido ou líquido.
Já no método bioautográfico, realizado através do cromatograma (revestido por um meio de cultura sólido),
o extrato é eluido e os compostos com ação antimicrobiana são localizados, pois durante a incubação eles
ultrapassam o meio por difusão e formam zonas de inibição do crescimento microbiano (RAHALISON et al.,
1994)
Estudo clínico de eficácia
Para a condução de um ensaio clínico com fitoterápico, é recomendável a realização de uma pesquisa
bibliográfica abrangendo todas as evidências de eficácia divulgadas na literatura através de periódicos e
farmacopeias. No caso de insuficiência de dados são necessários novos experimentos sobre eficácia.
Os estudos clínicos com fitoterápicos devem seguir as Boas Práticas Clínicas (BPC), garantindo sua
qualidade e ética.
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Estudos de fase I: determinam a segurança associada a doses crescentes em voluntários saudáveis. Avaliam
a ocorrência de efeitos tóxicos (interações), complicações renal e hepática e também investigam os
mecanismos da ação. Geralmente as plantas medicinais e os fitoterápicos de uso tradicional são
dispensados desta fase.
Estudos de fase II: avaliam a eficácia de uma faixa de doses em indivíduos que apresentam a doença. É
utilizado um número relativamente pequeno de pacientes por grupo/dose. Grupos de placebo e de
intervenção padrão podem ser incluídos. Mesmo que os experimentos humanos prévios indiquem confiança
na segurança clínica do produto, é importante considerar a tolerância nos pacientes nesta fase. Deve ser
enfatizada a revisão completa dos parâmetros clínicos de segurança, como ausência de sintomas
neurológicos, de reações alérgicas, de artrites ou mialgias, valores normais de CPK (creatina fosfoquinase),
entre outros.
Estudos de fase III: são realizados após as evidências preliminares de eficácia, com finalidade de obter
maiores informações sobre eficácia e segurança; são uma avaliação mais ampla da relação risco-benefício
na intervenção para o uso clínico geral apropriado. Neste estudo, inclui-se um número maior de
participantes (centenas ou milhares) e populações humanas com características mais diversifi-cadas. Os
grupos de intervenção e de padrão (controle positivo) e/ou grupos de intervenção e de placebo (controle
negativo) são comparados estatisticamente.
Dessa forma, você pôde notar que a eficácia de um medicamento fitoterápico depende da comprovação,
através de ensaios farmacológicos pré e clínicos, dos efeitos biológicos preconizados. Deve-se lembrar,
ainda, que os extratos de drogas vegetais devem preservar os diversos componentes ativos, caracterizando
um fitocomplexo.
Com base na temática desta aula, teste os seus conhecimentos realizando os exercícios de
Verdadeiro ou Falso. Além disso, você pode interagir com seus colegas e professor no Fórum.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a11ex01_fitot68.htm)
A seguir, preencha a(s) lacuna(s) com a(s) palavra(s) adequada(s) às afirmações.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a11ex02_fitot68.htm)
Com base no conteúdo aprendido nesta aula, clique no botão a seguir e organize as letras
embaralhadas.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a11ex03_fitot68.htm)
Arraste as peças até as suas correspondentes e reforce o seu conhecimento sobre esta aula.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a11ex04_fitot68.htm)
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17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/5
REFERÊNCIA
MATSUMOTO, T.; YAMADA, H. Effects of a polyssacaride fraction from the roots of Bupleurum falacatum L.
on experimental gastric ulcer models in rats and mice. J Pharm Phamacol, v. 4, p. 699-704, 1991.
MIZUI, T.; DOTEUCHI, M. Effect of polyamines on acidified ethanol-induced gastric lesion in rats. Jpn J
Pharmacol, v. 33, p. 939-945, 1983.
RAHALISON et al. Antifungal tests in phytochemical investigations: comparison of bioautographic
methods using phytopathogenicand human pathogenic fungi. Planta med., v. 60, p. 41, 1994.
SIMÕES et al. Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: UFRGS, 2007.
TOLEDO A. C. O. et al. Fitoterápicos: uma abordagem farmacotécnica. Rev. Lecta, Bragança Paulista, v. 21,
n. 1-2, p. 7-13, 2003.
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17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/5

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