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17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/5 Aminoácidos e proteínas COMPREENDER O QUE SÃO AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS E SUAS IMPORTÂNCIAS PARA O ORGANISMO Fitoterapia Inicialmente, é importante que você saiba o significado da palavra Fitoterapia. Origem do grego: therapeia= tratamento phyton= vegetal É o tratamento das diversas enfermidades utilizando-se de drogas vegetais, plantas medicinais e seus extratos naturais. Legenda: FIGURA 01: SEMENTES DE CAFé Há milhões de anos, as plantas fazem parte do cenário terrestre e também antes mesmo do homem dominar a escrita já utilizavam as plantas ora como alimento, ora como remédio para combater algumas enfermidades. 01 / 04 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/5 Ao observar os animais, o ser humano descobriu as propriedades benéficas e maléficas das plantas; foram as religiosas que observaram os efeitos estimulantes do café (Coffea arabica L.) nos herbívoros domésticos que os tinham ingerido e assim começaram a utilizar para aumentar o estado de vigília. Em 2800 a.C., a obra chinesa Pen T?são ("A grande Fitoterapia"), de Shen Nung, foi a primeira obra sobre o uso de plantas como remédio, entre elas a efedra, que somente no século XIX fez parte da terapêutica ocidental. A partir de 2000 a.C. no Egito, muitos médicos utilizavam as plantas como remédio para tratar enfermidades consideradas de origem natural e não como influências dos deuses. Também em 1500 a.C. já utilizavam ervas aromáticas na culinária e principalmente para embalsamar os mortos. No Papiro Ebers (1500 a.C.), foram descritos cerca de 700 drogas, dentre elas estão a flor do sabugueiro (Sam-bucus nigra), a losna (Artemisia absinthium) e a mirra (Commiphora molmol); também estão descritos os extratos de plantas, metais, como chumbo e cobre, e venenos de animais. Hipócrates (460–377 a.C.), considerado o "pai da medicina", em sua obra Corpus Hipocratium, reuniu os conhecimentos médicos de sua época e designava para cada enfermidade o remédio vegetal e o tratamento apropriado. Teofrasto (370–285 a.C.), considerado o " pai da botânica", descreveu mais de 500 plantas com suas características morfológicas. No ocidente, as primeiras prescrições fitoterápicas surgiram no século V a.C. No início da Era Cristã, o grego Dioscórides catalogou aproximadamente 600 diferentes plantas medicinais; além de ilustrar, descreveu o emprego terapêutico na obra "De Matéria Médica". Esta obra além de dar informações sobre as dosagens sugeridas de várias plantas medicinais, considerava possíveis efeitos adversos. Havia informações sobre a colheita e armazenamento das plantas; ensinava ainda como detectar possíveis adulterações. Havia uma seção sobre a colheita e sobre o armazenamento das plantas, além de conselhos sobre a forma de detectar adulteração. Como se vê, o perigo da toxicidade era do maior interesse dos primeiros fitoterapeutas. No Antigo e Novo Testamento da Bíblia, há muitas referências a plantas curativas ou seus derivados, por exemplo, o aloés, o benjoim, a mirra, entre outros. Na Idade Média, ocorreu uma estagnação na arte da cura, mas graças às Ordens Religiosas, foi alterado aos poucos, pois muitos membros utilizavam os conhecimentos greco-latinos sobre o emprego das plantas medicinais cultivados nos mosteiros. 02 / 04 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/5 Paracelso introduziu a doutrina das assinaturas, acreditava que as propriedades terapêuticas das plantas estavam relacionadas com a forma botânica, assim, uma planta de cor amarelo-vivo poderia ser útil para o tratamento da icterícia, e folhas com forma semelhante a um órgão do corpo eram usadas para tratar esse órgão. Por exemplo, as folhas sarapintadas da Pulmonaria officinalis (pulmonária), que têm a aparência de um pulmão, era usada para tratar problemas pulmonares. No século XVI, os jesuítas foram os responsáveis pela divulgação dos usos de plantas medicinais pelos indígenas do Brasil. O padre José de Anchieta divulgou a ação emética da ipecacuanha e as ações antissépticas e cicatrizantes dos bálsamos de copaíba; já o padre Fernão Cardim divulgou plantas como jaborandi, estramônio, aloés e a cafistula. O isolamento dos constituintes químicos ativos a partir de plantas ou de produtos vegetais ocorreu a partir do século XIX. A morfina é isolada do ópio por Serturner, em 1816; a estricnina é isolada por Pellettier e Caventou, em 1818. E outro estudo em 1830 levou Leroux a isolar a salicina do salgueiro (Salix sp.), que conduziu ao aparecimento do ácido acetilsalicílico. Com a Revolução Industrial, houve um elevado consumo dos medicamentos industrializados, e o uso de plantas foi considerado como "medicina alternativa". No entanto, graças às reações adversas, tóxicas dos medicamentos sintetizados, dentre eles a talidomida, voltou o interesse pela fitoterapia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial utilizam plantas medicinais para tratamentos de doenças de diversas origens. O mercado mundial de fitoterápicos movimenta aproximadamente US$ 22 bilhões por ano. A partir da década de 1970, verificou-se um crescimento pelo interesse das plantas medicinais no Brasil e, atualmente, o setor brasileiro de fitoterápicos movimenta R$1 bilhão anualmente (FEBRAFARMA, 2007). A OMS cria o Programa de Medicina Tradicional, com a finalidade de preservar a cultura popular sobre o conhecimento do uso de plantas medicinais e da medicina tradicional; recomenda que os cientistas identifiquem e explorem a medicina tradicional visando a eficácia e segurança no seu uso para promover o bem estar do homem (BRASIL, 2006; WHO, 2002) Conhece mais sobre a história, os princípios e práticas em identificação botânica. Disponível em: www.ibb.unesp.br/ (http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Botanica/RBPM- RevistaBrasileiradePlantasMedicinais/artigo5_v8_n2.pdf). Acesso em: 08 abr. 2013. 03 / 04 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/5 REFERÊNCIA MAUGHAN, Ron; GLEESOM, Michael; GREENHAFF Paul L. Bioquímica do exercício e treinamento. 1ª Ed, Barueri SP, Editora Manole Ltda, 2000. McARDLE, William D.; Katch, Frank I.; Katch, Victor L. Fisiologia do Exercício: Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro, Guanabarakoogan, 2008. TIRAPEGUI, Julio. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. São Paulo, Atheneu 2009. MARZZOCCO, Anita e TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. 3ª ed, Rio de Janeiro, Ed Guanabara-Koogan, 2007. 04 / 04 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/5
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