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Atividade farmacológia e interações de plantas que atuam no sistema nervoso

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17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
Atividade farmacológia e interações
de plantas que atuam no sistema
nervoso
CONHECER ALGUMAS PLANTAS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, ORA SENDO
ESTIMULANTES (PSICOANALÉPTICOS), ORA DEPRESSORES(PSICOLÉPTICOS) E SUAS POSSÍVEIS
INTERAÇÕES.
São muitas as plantas (drogas) que atuam no Sistema Nervoso Central (SNC), dentre elas, se destacam o
extrato de Ginkgo biloba L., um agente nootrópico, utilizado com eficácia no tratamento sintomático de
deficiências cognitivas (HARTMANN; SCHULZ, 1991; SCHULZ et al., 1997); o extrato de Hypericum
perforatum L., eficiente no tratamento de depressão (HARRER; PAYK; SCHULZ, 1993; WONG et al., 1998) e
os extratos da kawa-kawa (Piper methysticum) eficazes no tratamento da ansiedade (VOLZ, 1997).
Na lista da comissão E (1984 e 1985), encontram-se algumas drogas psicotrópicas e suas indicações
terapêuticas. Veja:
Alfazema: indicada para distúrbios do humor, nervosismo e insônia.
Hipérico: para perturbações psicossomáticas, depressão, ansiedade e/ou agitação nervosa.
Kawa: ansiedade nervosa, tensão e nervosismo.
Lúpulo: distúrbios do humor, como ansiedade e nervosismo, perturbações do sono.
Maracujá: agitação nervosa, sonos brandos e queixas gastrintestinais de origem nervosa.
Melissa: insônia nervosa e queixas relacionadas ao funcionamento gastrintestinal.
Valeriana: nervosismo e insônia de origem nervosa.
Ginkgo biloba L. – Família Ginkgoaceae: suas árvores não florescem antes de 20 a 30 anos de idade. Foram
descritas na China, Coreia e Japão.
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O extrato de Ginkgo é constituído de 22 a 27% de glicosídeos flavonoides, determinados como quercetina,
canferol e isoramnetina, e calculados como acilflavonoides; 5 a 7% de lactonas de terpenos, consistindo de
2,8 a 3,4% de ginkgolídeos A, B e C e 2,6 a 3,2% de bilobalídio; e menos de 5ppm de ácidos ginkgólicos.
Verificou-se que o extrato de ginkgo aumenta a tolerância a hipóxia, especialmente no tecido cerebral;
melhora a memória e a capacidade de aprendizagem e auxilia na compensação de distúrbios de equilíbrio,
agindo, particularmente, no âmbito da microcirculação; remove radicais livres tóxicos derivados do
oxigênio; inibe o fator de ativação de plaquetas (PAF) e exerce um efeito neuroprotetor.
Em estudos duplo-cego observaram-se melhora cognitiva em pacientes de 50 a 59 anos que receberam
extrato de Ginkgo em doses de 120 a 300mg por 2 dias (RIGNEY et al., 1999). A ginkgo também pode ser útil
no tratamento de zumbido. Dose: A dose diária total é de 120 a 240mg de extrato vegetal seco, tomada de 2
ou 3 doses separadas.
Os efeitos colaterais são raros: desarranjo gástrico leve, dor de cabeça ou reações alérgicas cutâneas. No
entanto, você deve evitar seu uso concomitante com ácido acetilsalicílico, já que a ginkgo é um antagonista
do fator de ativação das plaquetas.
Hypericum perforatum L.: é uma planta herbácea que cresce até 60cm. Cultivada na Alemanha, Polônia e
América do sul. Suas flores amarelas em forma de estrela vêm sendo usadas há mais de 2000 anos.
Principais constituintes: naftodiantronas (hipericina e derivados), floroglucinol de hiperforina
(antidepressivo mais potente).
Estudos demonstram o efeito inibitório relativamente forte na recaptura sinaptossônica de serotonina,
dopamina e norepinefrina, sendo as concentrações inibitórias médias para esses três neurotransmissores de
2µg/mL.
Uma dose diária de 900mg de um extrato de hipérico contendo de 0,1 a 0,3% de hipericina e 2 a 6% de
hiperforina fornece uma eficiência terapêutica semelhante àquela obtida com antidepressivos sintéticos.
A hipericina pode causar edema e irritação da pele (fotossensibidade); o hipérico diminui a atividade
anticoagulante da cumarina. O mesmo ocorre para interações com ciclosporina, indivanir. Também pode
interagir com amitriptilina, teofilina, digoxina. Por causa de o hipérico induzir hemorragias
intermenstruais, não é recomendada a utilização concomitantemente com contraceptivos orais.
Kava (Piper methysticum G. Forst): arbusto que cresce até uma altura de 2 a 3m. O rizoma é aromático e
sabor levemente amargo.
Principais constituintes: cavapironas, di-hidrocavaína, metisticina di-hidrometisticina. As pironas agem
como relaxantes musculares e anticonvulsivos, semelhantes aos benzodiazepínicos.
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As doses dos extratos de kava usadas em estudos clínicos estão na faixa 
de 60 - 210mg de pironas de kava diariamente. Geralmente, a duração do uso não deve exceder 3 meses.
Podem provocar reações alérgicas cutâneas, dilatação das pupilas.
Valeriana (Valeriana officinalis L.): planta perene ereta, que alcança até 150cm de altura, cuja parte
utilizada é a raiz, que possui um odor desagradável. Principais constituintes: 0,3 a 0,8% de 2
seisquiterpenos, o ácido valerênico e o ácido acetoxivalerênico, até 1% de valepotriatos.
Extratos de valeriana têm efeitos nos receptores de GABA (A), mas também podem interagir em outros
componentes pré-sinapticos de neurônios GABAergicos.
Potencializa o efeito quando associado ao álcool, com ansiolíticos ou depressores do sistema nervoso
central; ocorre diminuição da eficácia no tratamento de Parkinson ao ser associado com a levodopa.
Lúpulo (Humulus lupulus): os estróbilos de lúpulo são as flores femininas que possuem princípios amargos,
inclusive humulona e lupulona, óleos essencias e taninos. O lúpulo armazenado possui 0,15% de
metilbutenol que é volátil, formados a partir dos ácidos amargos e que possui propriedades sedativas em
doses elevadas.
Melissa (Melissa officinalis L.): as folhas contêm 0,05% de óleo essencial, cujos principais componentes são
citronelal, geranial, neral, também ácidos fenol carboxilícos, cerca de 4% de ácido rosmarínico.
A dose única recomendada é de 1,5 a 4,5 g da droga vegetal.
Maracujá (Passiflora incarnata L.): é uma videira trepadeira do sul da América do Norte. Nas partes aéreas,
são encontrados os principais constituintes tais como flavonóides (até 2,5%), cumarina e umbeliferona.
Potencializa os fármacos inibidores da monoamino oxidase (MAO), de barbitúricos hipnóticos sedantes e da
morfina. Não é recomendado também o uso concomitante com álcool ou anti-histamínicos por causa da
potencialização do efeito.
Alfazema (Lavandula angustifolia): as flores contêm taninos, 1,5% de óleo volátil, como acetato de linalila,
linalol, cânfora, ß-cimeno e cineol (eucaliptol).
Os estudos em pacientes geriátricos com distúrbios do sono, após tratamento com o óleo de lavanda,
indicaram que este aumenta significativamente o tempo de sono, atingindo níveis comparáveis às drogas
sintéticas.
São recomendadas 1 a 2 colheres de chá de droga vegetal por xícara de chá, ou 1 a 4 gotas de óleo de
lavanda, tomados com um cubo de açúcar. A dose diária recomendada é de 4 a 8 g da droga vegetal.
Ainda temos outras drogas que atuam no SNC:
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Ginseng (Panax ginseng C. A. Mey): a raiz contém ginsenosídeos (saponinas) indicados para o tratamento
de fadiga física e mental, pois aumenta o fluxo cerebral, os reflexos e a memória. É considerado tônico e
estimulante, que combate o estresse e a fadiga.
Deve ser utilizado durante três meses no máximo. Não é recomendável na lactação e mulheres grávidas.
Potencializa a atividade do diazepam e estimulantes centrais, como guaraná e café.
Guaraná (Paullinia cupana H.B.& K.): nas sementes, são encontradas saponinas, taninos, pectinas,
mucilagens, traços de teofilina e teobromina e, principalmente, a cafeína (2,5 -5%). É indicadacomo
psicoestimulante/astenia. A cafeína possui ação estimulante do SNC, vasodilatadora coronariana, diurética
e estimulante respiratória.
Pode neutralizar os efeitos dos barbitúricos, diminuir a absorção do ferro.
Existem outras drogas que atuam no SNC, porém para todas deve-se ter o cuidado em utilizá-las,
considerando a dose certa e suas interações, uma vez que dependendo da dose ou mesmo do uso
concomitante com outros fármacos ou alimentos podem potencializar ou diminuir os seus efeitos
farmacológicos.
Clique no botão a seguir e teste sua memória e aprendizado entretendo-se com a cruzadinha.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a12ex01_fitot68.htm)
A seguir, preencha a(s) lacuna(s) com a(s) palavra(s) adequada(s) às afirmações.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a12ex02_fitot68.htm)
Com base no conteúdo aprendido nesta aula, clique no botão a seguir e organize as letras
embaralhadas.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a12ex03_fitot68.htm)
Estimule seu raciocínio com o jogo da forca, clique no botão a seguir.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a12ex04_fitot68.htm)
REFERÊNCIA
HARRER, G.; PAYK, T. R.; SCHULZ, V. Hypericum als pflanzliches antidepressivum. Nervenheilkunde, v. 12,
p. 268-366, 1993.
HARTMANN A.; SCHULZ V. Ginkgo biloba: Aktuelle Forschungsergebnisse. Munch Med Wschr, v.133, p. 1-
64, 1991.
SCHULZ et al. Clinical trial with phyto-psychopharmacological agents. Phytomedicine, v.4, p. 379-387,
1997.
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17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/6
SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional um guia de fitoterapia para as ciências da saúde.
1 ed. São Paulo: Manole, 2002.
VOLZ, H.P. Kava-kava und Kavain: Pfanzliches anxiolytikum, Eine kristiche analyse der klinischen studien.
Munch Med Wschr, v.139, p.42-46, 1997.
WONG et al. Herbal remedies in psychiatric practice. Arch Gen Phychiatry, v.55, p.1033-1044, 1998.
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