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LASER

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LASER
Prof. Jean Charles
LASERTERAPIA
LASER – Luz Amplificada por Emissão Estimulada de Radiação (Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation).
O LASER trata – se de uma luz com características especiais, quanto à coerência e monocromaticidade, distinguindo da luz normal ou de uma lâmpada de infravermelho. 
É utilizado na Europa há pelo menos 30 anos;
O Laser é uma luz potente, de uma só cor e se pode dirigir e ajustar sua potência com precisão;
Não se trata portanto em um sistema de criar energia, mas sim um sistema que realiza uma transformação de uma energia externa (elétrica, ótica, química) em energia luminosa;
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CARACTERISTICAS
MONOCROMOTICIDADE: Descreve uma radiação que demonstra espectrograficamente, só uma linha. 
COERÊNCIA: Refere-se à organização perfeita no que diz respeito ao deslocamento ordenado de suas ondas que oscilam uniformemente, ou seja, todas as ondas estão na mesma fase contribuindo para manter a potência luminosa do feixe. O laser é uma fonte de luz coerente.
POLARIZAÇÃO: Os feixes são paralelos, sem divergência, isto permite seu direcionamento para um ponto determinado com mínima dispersão, possibilitando o foco em diâmetros muito pequenos sem perda da intensidade conforme sua distância.
		 
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CLASSIFICAÇÃO DOS EMISSORES DE LASER
Podem ser classificados em categorias(I, II, IIIA, IIIB e IV), considerando sua potencia e perigo;
I e II -> Potência muito baixa, emitem luz vermelha visível. Não aquecem nem produzem efeitos na pele, apenas em olhos. Ex.: leitores de cd, impressoras e leitores.
IV -> Potência elevada. São utilizados em cirurgia para coagulação ou corte, tratar tumores, cauterizações pontuais em oftalmologia. Ex.: laser de rubi, dióxido de carbono. 
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Laser tipo IIIA e IIIB
IIIA e IIIB -> Potência média, inferior a 50 mW, luz vermelha visível ou infravermelha invisível. São usados na fisioterapia e conhecidos como laserterapia de baixa intensidade;
O feixe de laser não tem efeito térmico apreciável, nem produzem lesões cutâneas numa aplicação normal.
São perigosos quando atingem os olhos diretamente ou por reflexão;
O laser com irradiação IV, invisível, que incide sobre os olhos sem haver contração das pupilas como forma de proteção;
Estes lasers não elevam a temperatura tissular, sendo suas ações baseadas principalmente nos efeitos fotoquímicos;
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MECÂNISMO DE LESÃO
Laser incide nos olhos, atravessa o cristalino, que se comporta como lente convergente e todo o feixe converge num ponto da retina com grande concentração de energia;
A focalização do feixe de laser pode produzir desde a formação de um ponto cego na retina até a destruição por queimadura de uma zona maior, levando à cegueira, por isso torna – se obrigatório o uso de óculos protetores especiais tanto pelo paciente como pelo fisioterapeuta. 
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LASER BAIXA POTÊNCIA E INTERAÇÃO TECIDUAL
A interação da radiação LASER com os tecidos se realiza mediante os fenômenos de reflexão e refração e no interior do meio, onde realiza – se a transmissão, fato que depende dos fenômenos de absorção e dispersão;
ANATOMIA
HeNe
AsGa
Tecido mole
0,535
0,263
Gordura
0,304
0,224
Músculo
0,356
0,286
Sangue
2,006
1,342
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TIPOS DE LASER
HeNe (Hélio – Neon): primeiro tipo de laser usado na fisioterapia, é gerado num tubo com a mistura de gás Hélio (90%) e Neon (10%);
AlGaInP (Alumínio-Gálio-Indio-Fósforo): sua aplicação e efeitos são semelhantes ao HeNe, porem ocorre grande dispersão do feixe conforme aumenta a distância do aplicador em relação a área a ser tratada;
AsGa (Arsenêto de Gálio) e GaAlAs (Gálio-Alumínio-Arseneto): gerados por diodo, são levemente absorvidos pela hemoglobina e pela água, permitindo penetrações mais profundas, aplicam-se próximo a pele do paciente, aplicação pontual;
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TABELA
TIPO DE LASER
nm
FORMA DE EMISSÃO
PERCEPÇÃO DO FEIXE
POTÊNCIA DO PICO
PENETRAÇÃO
PROFUNDIDADE
HeNe
632,8 nm
CONT/PUL
VISÍVEL
2 a 15 mW
SUPERFICIA
10-15 mm
AlGaInP
670 nm
CONT/PUL
VISÍVEL
15 a 30 mW
SUPERFICIA
IDEM
AsGa
904 nm
CONT/PUL
NÃO VIS.
15 a 30 mW
PROFUNDO
MAIOR
AsGaAl
830 nm
PULSADO
NÃO VIS.
30 mW
PROFUNDO
MAIOR
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EFEITOS BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS 
Os efeitos do laser sobre os tecidos dependem da absorção de sua energia e da transformação desta em determinados processos biológicos.
Analgesia local, antiedematosa, anti-inflamatória, cicatrização de feridas etc.
Ocorrerá efeitos locais do tipo fototermico, fotoquimico, fotoelétrico e bioelétrico;
Os efeitos locais podem provocar outros, constituindo uma ação indireta, que pode repercutir numa ação regional ou sistêmica.
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EFEITOS DIRETOS
Também conhecidos como primários, desencadeados pela absorção de energia, se limitam no ponto de aplicação, à profundidade de penetração e ao tempo que dura à aplicação;
São do tipo fotoquimico estimulando reações celulares, como a síntese de ATP, ADN e proteínas;
Normalização do potencial de membrana celular e bioestimulação;
A partir dos efeitos primários se produzem os efeitos secundários ou indiretos, numa zona mais extensa, que perduram depois da aplicação.
O mesmo comprimento de onda pode ter efeitos facilitadores ou inibidores nos tecidos segundo sua intensidade de aplicação.
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EFEITO FOTOTÉRMICO:
Não causam aumento significativo de temperatura irradiado, há um aumento de até um 1grau;
EFEITO FOTOQUÍMICO:
Estimulam a liberação de substâncias como Histamina, Serotonina e Bradicinina;
Produção de ATP, síntese de prostaglandinas e lise de fibrina;
Aumento do numero de leucócitos e atividade fagocitária;
Ação fibrinolítica e antibacteriana;
Aumento do fluxo hemático por vasodilatação capilar e arterial e consequente estimulo sobre a produção de tecido de granulação.
Estimulação da produção de ATP no interior das células, originando e provocando a aceleração da mitose.
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3. EFEITO FOTOÉLETRICO:
Atua sobre a mobilidade iônica;
Aumenta a quantidade de ATP produzida pela célula;
Reestabelece o equilíbrio e vitalidade célular;
4. EFEITO BIOENERGÉTICO:
Reposição da energia orgânica perdida, restabelecendo o equilíbrio energético de um órgão ou sistema. Ex.: LASERACUPUNTURA.
 
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EFEITOS INDIRETOS
ESTÍMULO DA MICROCIRCULAÇÃO:
		Pela ação específica que exerce sobre o esfíncter pré-capilar na união dos capilares das arteríolas e vênulas, paralisando e deixando constantemente abertos ao estimular a produção de mediadores químicos como a histamina.
		Esta abertura permite melhor intercambio entre sangue arterial e venoso, aumentando os nutrientes de O2 e eliminação de catabolitos, além do aporte de elementos defensivos, promovendo a ação anti-inflamatória.
AUMENTO DO TROFISMO LOCAL E DA REPARAÇÃO:
		Pelo incremento da velocidade mitótica celular pela elevada produção de ATP o laser aumenta o trofismo das células, tecidos e órgãos da zona irradiada.
		Há um aumento nos processos de reparação a nível tissular e orgânico, isto se deve a sua atuação na capacidade de cicatrização do tecido conjuntivo e a neoformação de vasos sanguíneos a partir dos já existentes. 
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EFEITOS TERAPÊUTICOS GERAIS
EFEITO ANALGÉSICO:
A nível local reduz a inflamação, provoca reabsorção de exsudato, e eliminação de substancias algógenas;
Eleva o umbral doloroso nas terminações nervosas livres e nos receptores livres;
Interfere no potencial elétrico de transmissão do estímulo doloroso;
A nível de tálamo bloqueia a percepção da dor ao estimular a produção de neurotransmissores endógenos como as beta-endorfinas;
A partir de zonas reflexas (pontos de acupuntura, gatilhos) por atuação sobre o cérebro, diminui o nível de bradicinina e ativa a liberação de endorfinas;
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2. EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO, ANTIEDEMATOSO E NORMALIZADOR CIRCULATÓRIO:
Anti-inflamatório, é consequente da ação que exerce sobre as prostaglandinas, modificando a PH intracapilar com a melhora na absorção de líquidos intersticiais e como consequência a redução do edema com ativação da regeneração tissular;
Na circulação
provoca um estímulo por vasodilatação arteriolar e capilar, ao aumentar a renovação do sangue se favorece o aporte de neutrófilos e monócitos além da reabsorção do exsudato fibrinoso;
Muitas das indicações nas inflamações agudas podem ser tratadas com laser desde seu aparecimento, com a única precaução de aplicar doses baixas. 
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3. EFEITO BIOESTIMULATIVO TRÓFICO TISSULAR:
Aumento de fibroblastos e como consequência de fibras de colágeno;
Regeneração dos vasos sanguíneos;
Incremento da velocidade de crescimento dos nervos seccionados;
Incremento da repitelização;
Incremento no ritmo de divisão celular. 
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DOSIFICAÇÃO
A dose deve ser sempre expressa em JOULES para cada cm² quadrado da pele do paciente (J/cm²), denominada de DENSIDADE DE ENERGIA, que significa a quantidade de energia depositada numa superfície determinada;
D = energia/superfície, portanto E(J) = P(W) . T(seg.).
Laser é um depósito de energia no tecido. Esta densidade energética esta diretamente relacionada ao tempo de exposição da radiação;
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TECNICA DE APLICAÇÃO
APLICAÇÃO: Ato de irradiar um só ponto ou uma área específica do corpo.
SESSÃO: Conjunto de aplicações que se realizam num tratamento.
Na emissão do laser pulsado a potência de pico é mais elevada que o laser contínuo.
Em processos agudos a potência média deve ser moderada, nos crônicos, a potência deve elevar – se subindo a frequência;
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EFEITO
DOSE
Analgésico
2 a 4 J/cm²
Antiinflamat.
1 a 3 J/cm²
Cicatrizante
3 a 6 J/cm²
Circulatório
1 a 3 J/cm²
FASE
DOSE
AGUDA
1 a 3 J/cm²
SUBAGUDA
3 a 4 J/cm²
CRÔNICA
5 a 7 J/cm²
TIPOS DE APARELHOS
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TIPOS DE APLICAÇÃO
APLICAÇÃO PONTUAL:
Aplicação do feixe de laser sobre diversos pontos;
Para os lasers visíveis, a caneta deve ficar a uma pequena distância da pele ou encostada;
Para os lasers não visíveis, a aplicação será sempre pontual, encostando a ponta da caneta sobre a pele;
Distanciar os pontos entre 1 e 2 cm, mantendo –se a caneta aplicadora em posição perpendicular à área, aproveitando o máximo de rendimento do feixe de luz;
Não se deve encostar a ponta da caneta quando a pele tiver com ulcerações ou muita dor;
Sobre tendões, grupos musculares ou ossos, deve-se buscar o fechamento da área com diversos pontos. Se possível irradiar a estrutura nas suas diversas faces. 
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2. APLICAÇÃO POR VARREDURA MANUAL:
Este método deve ser empregado somente nas lesões dermatológicas como úlceras de decúbito, diabéticas e outras alterações nas quais se buscam o processo cicatricial;
Ter atenção neste tipo de aplicação ao tamanho e profundidade da área, velocidade da mão, tempo total de aplicação, manutenção da distância e posição perpendicular da caneta;
Uma técnica bastante simples é demarcar toda a área da lesão e confeccionar uma rede em que cada quadro tenha 1 cm² , ou seja uma aplicação para cada cm²;
O laser HeNe quando usado no modo varredura deve – se ficar atento ao tempo de exposição da radiação, pois pode ser tão mínimo a densidade que não será efetivo;
O laser de diodo (ArGa e GaAlAs), unicamente será usado em modo pontual.
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CONTRA INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES
Agentes bioestimulativos;
Carcinomas;
Lesões com potenciais de malignidade;
Exposição direta sobre os olhos;
Abdome de gestante, principalmente no primeiro trimestre;
Áreas hemorrágicas;
Feridas abertas infectadas;
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