Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS UFRJ MACAÉ – PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA Farmacobotânica Professor Gilberto Dolejal Zanetti DISCIPLINA: FARMACOBOTÂNICA CARGA HORÁRIA: 60 horas-aula CARACTERÍSTICAS DO CURSO: Teórico-prático AVALIAÇÃO: média de 3 Provas teórico-práticas (10,0 cada). Prova final (média 5). PROVAS ATRASADAS: realizar até a prova final com toda a matéria da disciplina. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. Farmacopéia Brasileira . 5ª Ed. Atheneu. 2. Oliveira F, Akisue G e Akisue MK. Farmacognosia. Ed. Atheneu. 3. Oliveira F e Akisue G. Fundamentos de Farmacobotânica. Ed. Atheneu. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. Di Stasi LC. Plantas medicinais: Arte e ciência. Ed. UNESP. 2. Glória BA e Guerreiro SMC. Anatomia Vegetal. Ed. UFV. 3. Gonçalves EG e Lorenzi H. 2007. Morfologia Vegetal – Organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. Instituto Plantarum. 4. Gattuso MA e Gattuso SJ. Manual de procedimentos para analisis de drogas em polvo. Ed. Universidade Nacional de Rosário. 5. Judd et al. Sistemática vegetal. Um enfoque filogenético. 6. Souza VC e Lorenzi H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira. Instituto Plantarum. Errata Neste material tem-se escrito, por vezes, pelos e parênquima lacunoso e no entanto é tricoma e parênquima esponjoso, respectivamente. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO SEMANA AULAS TEÓRICAS 1 Introdução: Bases do trabalho em farmacobotânica 2 Plantas x Drogas vegetais: identificação, autenticidade e processamento 3 Determinação de características organolépticas de drogas vegetais 4 Prova 1 5 Caracterização microscópica da folha 6 Caracterização microscópica da folha 7 Caracterização microscópica da folha 8 Caracterização microscópica da raiz 9 Caracterização microscópica do caule 10 Prova 2 11 Caracterização farmacobotânica da flor 12 Caracterização farmacobotânica do fruto 13 Caracterização farmacobotânica da semente 14 Prova 3 e segunda chamada 15 Prova final CONTEÚDO PROGRAMÁTICO SEMANA AULAS PRÁTICAS 1 Introdução: amostragem e montagem de exsicata 2 Plantas medicinais: categorias taxonômicas e táxons 3 A célula vegetal: lâmina temporária de grão de amido 4 Prova 1 5 Caracterização microscópica da folha: lâmina temporária de secção paradérmica e o estudo da epiderme 6 Caracterização microscópica da folha: lâmina permanente de secção transversal e o estudo da epiderme e do parênquima (mesofilo) 7 Caracterização microscópica da folha: lâmina permanente de secção transversal e o estudo do colênquima, xilema e feixes vasculares 8 Caracterização microscópica da folha: lâmina permanente de secção transversal e o estudo de xilema, floema e estruturas glandulares 9 Caracterização microscópica de folhas, raiz e caule em pó 10 Prova 2 11 Caracterização farmacobotânica flor em pó 12 Caracterização farmacobotânica do fruto 13 Caracterização farmacobotânica da semente 14 Prova 3 e segunda chamada 15 Prova final Planta Medicinal: Toda a planta que contém substâncias ativas com propriedades terapêuticas, profiláticas ou paliativas. Droga: planta ou suas partes, após processo de coleta, estabilização e secagem, para a utilização terapeutica. Palavra derivada do grego droga, medicamento, remédio, veneno P h a r m a k o n B o t a n e + planta, vegetal trata da autenticidade de drogas vegetais visando o controle de qualidade. F a r m a c o b o t â n i c a 1. Botânico 2. Físico-químico 3. Biológico 4. Microbiológico Farmacobotânica BASES DO TRABALHO E METODOLOGIA Morfologia Anatomia Testes organolépticos droga inteira, rasurada, triturada ou em pó Características macroscópica Características microscópicas Características organolépticas exsicata Lâmina histológica Droga em pó Laudo técnico e contra-prova Métodos de trabalho Outros instrumentos que podem ser utilizados: Perfil cromatográfico (cromatogramas) e perfil eletroforético (eletroferograma), utilizando a quimiotaxonomia e a determinação de genes com a biologia molecular. - Fazer quarteamento, amostra final de no máximo 100 g - É permitido até 2% de mistura desde que não prejudicial à saúde. Caracterização dos ensaios em farmacobotânica As análises fornecem subsídios que contribuem na padronização dos insumos farmacêuticos, permitindo a diferenciação inclusive entre espécies botanicamente muito próximas. • Baixo custo do material • Tempo reduzido de análise • Alto grau de reprodutibilidade dos dados Identificação de plantas x autenticidade de drogas vegetais Plantas farmacopéicas x Plantas não farmacopéicas Camomila Carqueja Espineira-santa Marcela Pata-de-vaca Pitangueira baleeira baldrame Erva-de-bicho Ginco mulungu Tansagem Viabiliza o conhecimento dos limites da diversidade intraespecífica Cada espécie apresenta uma faixa limitada de variação em seus caracteres Possibilita a diagnose das espécies e, consequentemente, a sua classificação taxonômica, que se baseia na descontinuidade da variabilidade dos caracteres. videira (produz frutos com o nome de uva) Vitis vinifera L. IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES VEGETAIS A determinação botânica de uma espécie, ou seja, sua identificação, deve ser realizada por um especialista e o trabalho resulta em um laudo técnico. A farmacobotânica se ocupa apenas da autenticidade de insumos farfmacêuticos de origem vegetal. Na determinação botânica o exemplar estudado é exsicatado e depositado em um herbário, como contra-prova e registro do trabalho técnico realizado. No laudo técnico deve constar o registro de tombamento da exsicata no herbário. sistemática Trata de regrar as práticas na classificação de um organismo. Trata da teoria para ordenar a classificação dos organismos. taxonomia taxis + namus = arranjar + regras sys + histanai = junto + colocar Espécie população indivíduos * Categoria taxonômica lineana Categorias taxonômicas Táxons Domínio = império Reino * Divisão (filo) Classe * Ordem * Família Tribo Gênero * Espécie* Eukaria Plantae Angiospermae Magnoliopsida Celastrales Celastraceae ------ Maytenus Maytenus ilicifolia Gilberto Dolejal Zanetti Plantas Medicinais: identificação x autenticidade de drogas Gilberto Dolejal Zanetti Na teoria tem-se uma grande discussão sobre os conceitos de espécie. Conceitos horizomtais (atemporais): Biológico, ecológico, fenético (morfológico). Conceitos verticais (temporais): evolutivo, cladístico, filogenético . E S P É C I E do latim: tipo Na prática as espécies são reconhecidas por suas diversas características fenéticas. A unidade básica do conceito de espécie é a população, com as variações intrapopulacionais devido ao dimorfismo, idade, sazonalidade, raças geográficas e químicas. Cada espécie tem seu holotipo: exsicata que registrou o trabalho do autor na determinação da nova espécie. Funciona como um padrão que registra a diagnose de uma espécie. gênero Mentha = 25 espécies perenes rica em óleos voláteis. 1. M. citrata; 2. M. arvensis var. piperascens 3. M. arvensis var. japonica; 4. M. longifolia; 5. M. spicata; 6. M. suaveolens 7. M. austriaca 1 2 34 5 6 7 Determinação botânica de uma espécie Variedade (Var.) Grupo de indivíduos de uma espécie que apresenta característica(s) constante(s), herdadas geneticamente, que as passam de geração para geração. Brassica olracea L. var. acephala DC. Clone (cl.) Conjunto de indivíduos obtidos vegetativamente, e, por isto mesmo, geneticamente igual ao seu antecessor. Híbrido Indivíduo que resulta do entrecruzamento de individos de espécies diferentes. ex: orquídeas, hortelãs, cactos, palmeiras, coqueiros e manjericões. PRINCIPAIS CATEGORIAS INFRA-ESPECÍFICAS CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA nome genérico + epíteto específico + autoria Vitis vinifera L. Cuidar A diferença entre autor e determinador. A sinonímia botânica de uma espécie. Uso de artigo definido antes do NC. Uso de letras maiúsculas e minúsculas. Linneu Observações • Luehea divaricata Mart. et Zucc. Et ou &: Usa-se no caso de 2autorias • Tillandsia tomentelii De Luca et al. et al. ou & al.: usa-se no caso de mais de 2 autores. • Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch. Uso de nomes entre parenteses: (Schrad.) é o autor do táxon que sofreu alteração e Planch. é o autor que fez alteração. • Maytenus ilicifolia Martius ex. Reissek 2 autores: o segundo tornou válido a citação do primeiro. • Tabebuia avellanedae Lorentz ex Criseb. • Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos Nome legitimo Nome ilegitimo Nome legitimo Nome aceito • Maytenus cf. ilicifolia (Schrad.) Planch. - Espécie com determinação a conferir • Maytenus sp. - Uma espécie • Maytenus spp. - Várias espécies FASE I • CULTIVO • COLHEITA • PÓS-COLHEITA FASE I I • CONSERVAÇÃO DE DROGAS VEGETAIS • ANÁLISE DE DROGAS VEGETAIS FASE I I I • TECNOLOGIA FARMACÊUTICA E CONTROLE DE QUALIDADE UTILIZAÇÃO DE PLANTAS COMO INSUMOS FARMACÊUTICOS Planta medicinal drogas medicamento CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS mercadológico O cultivo deve ser realizado com plantas domesticadas e sob as mesmas condições preconizadas para se obter o maior percentual de substâncias ativas desejadas. Brasil: Culturas de clima subtropical e tropical COLHEITA DE INSUMOS VEGETAIS OBJETIVO obtenção de drogas com o máximo de S.A. de forma homogênea • Constância da composição química, garantindo a uniformidade do produto final. Ex: alcaçus - Glycyrrhiza glabra L. var. glandulifera - cascas e rizomas - deve conter 4 % de ácido glicirrizínico. QUESTÃO LEGAL • Observar a lei 9605/1998 e cadastrar-se junto ao IBAMA conforme portaria 113/1997 e lei 6938/1981, com redação dada pela lei 7804/1989 – artigo 17. Parte da planta Época de colheita Raiz e caule Outono /inverno – processos vegetativos estacionados Folha Antes da florada Flor Em botões florais: alfazema e cravo-da-índia Em plena florada: marcela, calêndula, camomila Fruto Antes da maturação: anis-estrelado, abacateito, macieira Semente madura e antes da deiscência do fruto PÓS-COLHEITA 1. TRATAMENTO INICIAL • eliminação de elementos estranhos e indesejáveis. • lavagem rápida – para eliminar massa de terra aderente. • utilização de água hipoclorada ou ozonizada (< a contaminação). • mondagem – retirada da camada externa de qualquer órgão, para eliminação de impurezas. • partes volumosas são cortadas em pedaços para facilitar a secagem. Agente desinfectante Concentração (%) Facilidade de remoção Tratamento (min) Eficácia Hipoclorito de calico 9-10 +++ 5-30 ++++ Hipoclorito de sódio 2 +++ 5-30 ++++ Peróxido de hidrogênio 10-12 +++++ 5-15 +++ Água de bromo 1-2 +++ 2-10 ++++ Nitrato de prata 1 + 5-30 +++ Cloreto mercúrico 0,1-1 + 2-10 ++ 2. DESINFECÇÂO Visa a inativação de enzimas • Consiste em submeter rapidamente o insumo a altas temperaturas, no vácuo ou não, antes da secagem. • Utiliza-se autoclave: 70-110 ºC e pressão controlada. Em regra: 80 ºC (15-30 min). Ex: Brassica nigra (L.) Koch. 3. ESTABILIZAÇÃO EM PLANTAS MEDICINAIS • É importante em drogas cardiotônicas, pois enzimas desdobram a cadeia glicosídica reduzindo a atividade farmacológica. • Digitalis lanata (0,165 % de digoxina e 0,097 % de digitoxina) • Digitalis purpurea (0,123 % de digitoxina) 103 ºC por 3 min. e secagem subseqüente a 40 ºC. • Visa eliminar água da planta: Evita contaminação e promove a redução de volume do mesmo. 4. SECAGEM DE PLANTAS MEDICINAIS SECAGEM NATURAL •Processo brando permitido em regiões ou estações com baixa umidade relativa no ar. • Secagem na sombra: a secagem é lenta. • Secagem no sol: evaporação de componentes voláteis ou destruição de termolábeis. Pode alterar, por oxidação, certos tipos de S. A. •Secagem mista: leva-se primeiro ao sol por algumas horas e passa-se à sombra. • Partes lenhificadas: podem ser secas diretamente no sol • Partes não lenhificadas: devem ser secas na sombra ou a meia-sombra • Espalha-se o material em camadas finas: 3 cm para folhas 15-20 cm para flores • Permitir a circulação de ar para proporcionar uma secagem uniforme • Revolve-se de 3 em 3 horas SECAGEM ARTIFICIAL • Emprega-se comumente estufas com ar circulante. • Este processo é recomendado em escala comercial ou de pesquisas e também para locais frios e chuvosos, bem como para órgãos carnosos e suculentos. • A temperatura máxima geralmente fica entre 38 a 40 ºC. • As embalagens aconselhadas são as porosas ou frascos de vidros escuros • Manter hermeticamente fechados. • primar pela identificação do material. EMBALAGEM • Embalagens metálicas podem reagir com ác. Orgânicos. • Óleos essenciais e fixos, atacam embalagens plásticas. • gomas e resinas devem ser armazenadas em barris ou caixas. TEMPO MÁXIMO PERMITIDO DE ARMAZENAMENTO DE DROGAS VEGETAIS As farmacopéias proíbem o uso de drogas armazenadas por mais de um ano. 2 anos: uso de plástico e papel krafft duplo. • Ambiente seco e temperatura entre 5-15 ºC. • depósitos de alvenaria e cerâmica. • pé direito alto: boa ventilação. • Iluminação mínima. • colocar sobre estrado ou em varais. ESTOCAGEM AMBIENTE: TEMPERATURA, UMIDADE E LUMINOSIDADE fiscalização periódica. desinfecção e desinfestação periódica: vapores tóxicos de p-diclorobenzeno e de brometo de metila. • Drogas com óleos aromáticos – 20 C sofrem grande perda. • Drogas alcaloídicas devem ser conservadas a baixa temperatura. • endro, funcho, erva-doce: torna-se tóxico com a luz – anetol. = Sensorial, que sensibiliza os sentidos. são características importantes na avaliação do estado de conservação e também na autenticidade de drogas vegetais. Características organolépticas As propriedades organolépticas advêm de características percebidas pelos sentidos humanos, como a cor, o paladar, o odor e a textura. Cor Sabor Odor Textura Designação de cores Branco, brancacento ou esbranquiçado, azul, alaranjado,rósea, marrom, vermelho, cinza, verde, amarelo, etc. Descrição de cores A cor dominante deve ser colocada em primeiro lugar numa descrição da droga. Ex: azul- esverdeado, verde-azulado, vermelho-violáceo, violeta-avermelhado, vermelho- amarronzado, marrom-avermelhado, etc número de cores presentes na droga Discolor ou bicolor; concolor Brilho presente na droga Opaca; luzidia Adjetivos usados para complementar a descrição de cores ligeiramente (ex. ligeiramente amarelado), fluorescente (ex. amarelo fluorescente), intenso (ex. amarelo intenso), pálido (ex. amarelo pálido), escuro (ex. verde escuro), maculada, variegata, etc Quando as cores apresentam-se com nuances diferentes ao padrão de uma droga tem- se um indicativo de mau processamento, contaminação ou indícios de deterioração. As drogas apresentam nuances de cores que são singulares e que por isso mesmo podem ser comparadas com um padrão específico. C O R Sistema de cores Alguns métodos de nomear cores mais conhecidos são os métodos Munsell, ISCC ou NBS, HSI ou HSV, Pantone. Sistema de cores Munsell Todas as cores estão organizadas tridimensionalmente conforme a luminosidade (claridade), tonalidade (matiz) e croma (saturação). Desta forma, cada cor tem uma notação específica. Usando a nomenclatura Munsell H V/C (Tonalidade Luminosidade/Saturação), o azul-vivo teria a notação 5R 6/14. 5R = tonalidade ou matiz (azul), 6 = valor da luminosidade (moderadamente clara) e 14 = saturação Azedo: gosto causado pela ação dos ácidos, e a intensidade da sensação gustativa depende da concentração do íon hidrogênio. quanto mais azedo o ácido, mais forte a sensação. Salgado: Gosto provocado por sais ionizados. Sua qualidade varia de um sal para outro, porque os sais provocam outras sensações gustativas além do salgado. Os cátions dos sais são os principais responsáveis, mas os ânions também participam dessa sensação. Doce: O doce é causado por algumas categorias de substância químicas, incluindo os çúcares, álcoois, aldeídos, glicídios, cetonas, amidas, ésteres, aminoácidos e outros. Amargo: O sabor amargo não é causado por uma única substância química. As substâncias que dão um gosto amargo são quase que inteiramente orgânicas. Umami (palavra derivada do japonês e significa saboroso). É identificado por receptores específicos, os TmGluR4, que se encontram espalhados pela língua. Este gosto é provocado pelo aminoácido glutamato monossódico e intensifica o sabor dos alimentos. O sabor é uma propriedade percebida com o paladar. Os estímulos conhecidos como paladar são misturas de quatro sabores básicos: S A B O R Designações usuais do sabor Adstringente Oleoso Mucilaginoso Acre (picante) Ardido Doce Sui generis Inespecífico Textura e temperatura O odor é uma propriedade percebida pelo olfato. As drogas podem ser classificadas basicamente em dois grandes grupos: Droga inodora Droga odorífera (odorante) - cheiro - aroma O D O R Penetrante Leve ou suave Nauseoso Adocicado Inespecífico Fétido Sui generis Odor de putrefação Lembra mentol, etc. Denominações usuais para designar o odor A textura é uma propriedade percebida pelo tato e nos oferece características singulares para cada droga vegetal. T E X T U R A Glabra (lisa) Pubescente Tomentosa Sedosa Lanosa Hirsuta (híspita, áspera, escabrosa) espinescente Verrucosa Estriada Ondulada Maculada Lenticelado Denominações usuais para designar a textura CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA E ORGANOLÉPTICA DA DROGA EM PÓ Caracterização macroscópica de pós Caracterização organoléptica Tamanho Forma ângulo Bordos Consistência Textura Cor Odor Sabor CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DA DROGA EM PÓ Granulometria 1. Tamanho homogêneo ou heterogêneo seguir a tabela OMS para a granulometria CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DA DROGA EM PÓ • Tamanho homogêneo ou heterogêneo seguir a tabela OMS para a granulometria • Consistência Coriácea, membranácea, papirácea, herbácea, lenhosa, fibrosa, fistuloso (oco), etc. • Fratura Forma: aquadradada, retangular, triangular, arredondada, etc. Ângulo: citar o ângulo das fraturas 30º, 35º, 90º, etc. Bordos: retas, sinuosas, reta com poucas reentrancias, etc. DROGAS VEGETAIS: FOLHA Abacateiro – Persea americana (Lauraceae) Alcachofra – Cynara scolymus (Poaceae) Alecrim – Rosmarinus officinalis (Lamiaceae) Babosa – Aloe vera (Liliaceae) Beladona – Atropa belladona (Solanaceae) Boldo – Peumus boldus (Monimiaceae) Capim-cidreira – Cymbopogon citratus (Poaceae) Chapéu-de-couro – Echinodorus macrophyllus (Alismataceae) Centéla – Centella asiatica (Umbeliferae) Digital – Digitalis purpurea; D. lanata (Scropulariaceae) Espinheira-santa – Maytenus ilicifolia (Celastraceae) Erva-baleeira – Cordia verbenacea (Boraginasceae) Ginco – Ginkgo biloba (Ginkgoaceae) Guaçatonga – Casearia sylvestris (Flacourtiaceae) Guaco – Mikania laevigata (Poaceae) Hamamelis – Hamamelis virginiana (Hamamelidaceae) Hipérico – Hipericum perforatum (Clusiaceae) Hortelã – Mentha x piperita (Lamiaceae) Jaborandi – Pilocarpus microphyllus (Rutaceae) Lobélia – Lobelia inflata (Lobeliaceae) Malva – Malva sylvestris (Malvaceae) Maracujá – Passiflora allata; P. incarnata (Passifloraceae) Pata-de-vaca – Bauhinia forficata (Leguminosae) Sene – Cassia angustifolia (Leguminosae) funções da folha: Fotossíntese, respiração, transpiração e reserva de nutrientes. Caracterização geral da folha 1. Consistência: coriácea, membranácea e papirácea. 2. Cor: maculada, variegada, listada, concolor, discolor ou bicolor. 3. Odor: inodoro, aromático, fétido - penetrante, sui generis . 4. Sabor: adstringente, acre (picante), oleoso, ardido, doce... 5. simetria: simétrica ou assimétrica. 6. Duração: caduca ou decíduas, persistentes e marscentes. Número recorte Forma Ápice Base Margem Superfície Secção transversal – região central venação Folha Pecíolo Limbo Presença Tamanho Forma Superfície Inserção no limbo secção transversal Côncavo-convexo Presença: séssil, subséssil ou peciolada Tamanho: curto ou longo-peciolado Inserção no limbo: central (peltada) ou lateral (marginal) Superfície: estriada, rugosa, verrucosa , lisa ou pilosa Forma (contorno) - considera-se uma linha imaginária que liga os pontos extremos da lâmina foliar sem levar em conta os acidentes da margem. Forma da lâmina foliar Ápice da lâmina foliar Base da lâmina foliar Superfície da lâmina foliar rugosa, verrucosa, escamosa, fenestrada (com aberturas), glandulosa, pulverulenta, ondulada, glabra (lisa), frisada, aculeada, com indumento (acetinado, hirsuto, híspito, áspero ou escabroso, urticante, tearâneo, floculoso, aveludado, puberulento, lanuginoso, piloso, tomentoso, etc.). secção transversal – região central da lâmina foliar Proeminente (= saliente) ou impresso (=sulcado) Padrão geral (Venação primária e secundária) – venação terciária - última marginal – areolação - vênulas Venação da lâmina foliar 1. Pinada = peninérvea a. Craspedódroma b. Hipódroma = uninérvea c. Camptódroma 2. Palinactinódroma 3. Paralelódroma = paralelinérvea 4. Campilódroma 5- Acródroma = trinervada = curvinérvea6. Actinódroma = palmatinérvea 7. Intersecundárias 1. venação primária e secundária 2. venação terciária 3. Última marginal 4. Aréolas 5. vênulas 1. Reticulada 2. Percurrente = escalariforme 1. Ovalada 2. Fimbriada 3. incompleta 1. ausente 2. incompleta 3. imperfeita 4. desenvolvida 1. quadrangular 2. triangular 3. pentagonal 4. poligonal 1. Simples 2. ramificadas Outros componentes morfológicos da folha 1. Baínha: parte basilar e alargada da folha que envolve o caule. 2. lígula: formação membranosa entre o limbo e a bainha. 3. Aurícula: alongamento da base do limbo. 4. Estípula: apêndices na base das folhas, geralmente um em cada lado do pecíolo. Podem ser: herbáceas, adunadas (aderentes), escariosas, espinecentes, caducas ou persistentes (quanto à duração). 5. Ócrea: Estípula tubular (ou fusão de um par de estípulas opostas) que envolve o caule ou gomo terminal. 6. Pulvino: estruturas intumescidas nos eixos da folha e folíolo (pulvínulos), responsáveis por movimentos násticos. Adaptações foliares 1. Escamas (catáfilos) – Folhas reduzidas e resistentes. A principal função é a proteção da gema durante o inverno. 2. Espinhos – Estruturas lignificadas, endurecidas e pontiagudas, que apresentam tecido vascular, resultante da redução da superfície foliar para economia de água. 3. Gavinhas – Folhas modificadas que permite a fixação da planta em um suporte. 4. Bracteas (hipsofilos) – Folhas modificadas em estruturas vistosas ou atrativas, que auxiliam na polinização. 5. Carnívora (insetívora) – Folha modificada para atrair, capturar e digerir animáculos. Datura stramonium L. Cannabis sativa L. Cordia verbenaceae DC. Ginkgo biloba L. Ginkgo biloba L. • Acônito: Aconitum napellus L. – Ranunculaceae • Alcaçuz: Glycyrrhiza glabra L. – Leguminosae • Equinácea: Echinacea angustifolia (DC) Heller – Asteraceae • Fáfia: Pfaffia paniculata (Martius) Kuntze - Amaranthaceae • Ipecacuanha: Cephaelis ipecacuanha (Brot) Richard – Rubiaceae • Japecanga: Smilax japecanga Grisebach – Liliaceae • Jurubeba: Solanum paniculatum L. - Solanaceae • Marapuama: Ptychopetalum olacoides Bentham – Olacaceae • Polígala: Polygala senega L. - Polygalaceae • Ruibarbo: Rheum palmatum L. – Polygonaceae • Valeriana: Valeriana officinalis L. - Valerianaceae Raíz Caule aroeira – Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae) arnica-do-brasil – Solidago microglossa (Asteraceae) barbatimão – Stryphnodendron barbatimão (Leguminoseae) canela-da-china – Cinnamomum cassia (Lauraceae) carqueja – Baccharis trimera; B. allata (Asteraceae) cáscara-sagrada – Rhamnus purshiana (Rhamnaceae) cavalinha – Equisetum arvense (Equisetaceae) cipó-mil-homens – Aristolochia triangulares (Aristolochiaceae) curcuma – Curcuma longa (Zingiberaceae) estévia – Stevia rebaudiana (Asteraceae) genciana – Gentiana lutea (Gentianaceae) gengibre – Zingiber officinale (Zingiberaceae) hidrastis – Hidrastis canadensis (Ranunculaceae) ipê-roxo – Tabebuia avellanedae (Bignoniaceae) mulungu – Erythrina verna (Leguminoseae) quina-amarela – Cinchona calissaya (Rubiaceae) valeriana – Valeriana officinalis (Valerianaceae) zedoária – Curcuma zedoaria (Zingiberaceae) . . DROGAS VEGETAIS: RAIZ E CAULE Raiz quanto ao tipo de radicação (sistema radicular) - fasciculada - pivotante ou aprumada Axomorfa Ramificada Contráteis Tuberosa pneumatóforo Fúlcrea Tabular Estrangulante ou cintura Grampiforme ou aderente haustório adventícias TIPOS BÁSICOS DE CAULE rizoma - ex: gengibre, cálamo, valeriana tubérculo – ex: batata e cebola bulbo Sólidos escamosos tunicados estolho epígeos hipógeos sarmento haste tronco colmo sólido oco estipe escandente volúvel dextrorsos sinistrorsos Subterrâneos Rastejante Ereto Trepador CONSISTÊNCIA herbáceo lenhoso Fistuloso (oco) Fibrosa ESTUDO DIRIGIDO 1.Cite 5 plantas (nome científico e nome comum) que se tem interesse em caules como droga vegetal: 2.Cite 5 plantas (nome científico e nome comum) que se tem interesse em raízes como droga vegetal: 3.Macroscopicamente, a raiz é constituída macroscopicamente por três regiões principais (revestimento, córtex e medula) e o caule por duas regiões (cascas e lenho). Localize nas figuras abaixo estas regiões estruturais macroscópicas: Raiz caule 4. Conforme a figura abaixo, como é denominado a parte externa e a parte interna do lenho? O Lenho pode apresentar uma terceira camada denominada medula? 5. Diferencie os quatro termos técnicos: casca, lenho, alburno e cerne? 6. Conforme a figura abaixo enumere os 4 tipos básicos de fragmentação de cascas? 7. A casca na face interna pode se apresentar basicamente em 4 padrões (lisa, maculada, granulosa e fibrosa). A face interna da canela-de-cheiro pode ser enquadrada em quais destes 4 padrões? 8. O que é lenticela? Classifique as lenticelas quanto a forma e a disposição: 9. Qual a função do felogênio? 10. Por que e quando a epiderme é substituída pela periderme? 11. Caule ou raiz apresenta região externa distinta em nó e entre-nó? 12. O que é periderme, ritidoma, 13. O que é exoderme, endoderme e periciclo na raiz? Caracterize a parede celular da endoderme: 14. As plantas podem ser classificadas quanto a duração em anual, bienal, perene ou vivaz e quanto ao desenvolvimento dos diversos tipos de caules em erva, sub-arbusto, arbusto e árvore. Comente sobre como pode-se diferenciar estes quatro tipos de desenvolvimento: 15. A casca em geral apresenta duas partes constituintes (superfície externa e a superfície interna). Tem-se treze tipos básicos de padrões da face externa da casca (Lisa, áspera, farinosa, rugosa, nodosa, espinescente, aculeada, cerífera, pilosa, lenticelada, fendilhada, maculada e reticulada ou em placas). O tipo fendilhada se subdivide em 4 subtipos (fissurada, estriada, fendida ou sulcada e gretada) e o tipo reticulada se subdivide em 5 subtipos (rendilhada - placas pequenas -, escamosa -placas grandes-, folhosa, laminada - forma fitas ou tiras - e anelada). enumere na figura abaixo espinescente, lenticelada, fendilhada, folhosa e em placas 16. Localize na figura abaixo, uma foto da secção transversal do caule de tília, Casca (1), medula (2), xilema (3) e floema (4). 17. Localize na figura abaixo, que evidencia o padrão comum do caule de monocotiledôneas, a epiderme (1), o córtex (2) e os feixes vasculares (3). 18. Sabendo que casca é a estrutura externa ao câmbio vascular constituída por seis camadas a contar de fora para dentro: súber, felogênio, feloderme, floema primário, periciclo e floema secundário. Localize estas estruturas microscópicas nas figuras abaixo (raiz de Smilax e caule de tília) Periderme RAÍZ -1 A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A feloderme felema felogênio córtex floema xilema Câmbio vascular periderme casca RAÍZ -2 Súber = RAÍZ - 3 CAULE -1 CAULE - 3 DROGAS VEGETAIS: FLORES Arnica montana L. Achyrocline satureioides (Lam.) DC. Gnaphalium candicans H.B.K.Gnaphalium satureioides Lam. Gnaphalium flacidum Weinm. Matricaria recutita L. Chamomilla recutita (L.) Rausch. Matricaria chamomilla L. Calendula officinalis L. Lavandula officinalis Chaix e Kitt. Syzygium aromaticum L. Crocus sativus L. Tilia cordata Miller Humulus lupulus L. 1. Quanto ao sexo (flor): Pistilada, Estaminada, Hermafrodita ou Estéril 2. Quanto ao sexo (espécie): Monóica, Dióica, Hermafrodita ou poligâmica 3. Quanto ao número: Solitária (uma flor na extremidade do pedúnculo floral) ou Grupada (várias flores num pedúnculo floral). 4. Quanto a posição: axilares, terminais, cauliflora, cimosas (simpodiais, definidas ou centrífugas) ou racemosas (monopodiais, indefinidas ou centripedas). 5. Constituíntes florais: pedúnculo floral, bracteas, receptáculo floral, apêndices florais (nectários, etc.) e verticilos florais. Verticilos florais externos: cálice (com sépalas) e corola (com pétalas), formando o perianto ou tépalas formando o perigônio. Verticilos florais internos: Androceu, constituído de estames (filete, antera com o pólen e conetivo) e o gineceu, constituído com carpelos, formado pelo ovário com óvulo, estilete e estigma. FLOR Eixo com folhas metamorfoseadas que, em conjunto, constituem o aparelho reprodutor sexual das espermatófitas (plantas com sementes). Receptáculo floral VERTICILOS FLORAIS EXTERNOS = perianto/perigônio FLOR QUANTO AO CÁLICE E A COROLA Androceu: estames Gineceu Arnica montana L. Sambucus australis Matricaria recutita L. Calendula officinalis L. Lavandula officinalis Chaix e Kitt. Açafrão Crocus sativus L. Iridaceae Droga: estigmas e estiletes Um quilograma de açafrão possui cerca de 100 mil estigmas e o custo é o de um quilograma de ouro, aproximadamente onze mil dólares. Açafrão Crocus sativus L. Iridaceae Droga: estigmas e estiletes Características organolépticas: untuoso ao tato, elástico e flexível. Possui aroma intenso, penetrante e específico. Sabor acre e um tanto picante. Apresenta cor vermelho- parda e colore a saliva de amarelo-dourado. Características macroscópicas: Filamento fino e amarelo que termina em três ramificações estigmáticas. Atinge 25 a 35 mm de comprimento e 1 mm de largura. No ápice atinge 3 mm de largura e exibe a forma de um funil estreito, fendido lateralmente e crenulado nos bordos superiores. Todo o estigma é atravessado por uma nervura que se bifurca cada vez mais para o ápice. Características microscópicas • Epiderme uniestratificada de células tabulares e cutícula pouco espessa. È comum saliências verrucosas. No vértice do estigma ocorrem papilas tubulares de ápice cilíndrico- arredondado. • Parênquima com células poligonais ou arredondadas nos ângulos e preenchidas por matéria corante em vermelho-alaranjado. • Feixe vascular. • Pode ocorrer grãos de pólen arredondados de carapaça espessa e diâmetro entre 35 a 50 micra. Lupulo Humulus lupulus L. Moraceae Droga: inflorescências DROGAS VEGETAIS: FRUTO DEFINIÇÃO DE FRUTO O fruto é uma estrutura complexa formada por ovário(s) desenvolvido(s) com a(s) semente(s) formadas. CONSTITUIÇÃO DOS FRUTOS 1. PERICARPO 1. EPICARPO = EXOCARPO 2. MESOCARPO 3. ENDOPARPO 2. SEMENTE 3. ESTRUTURAS ANEXAS: hipanto, cálice, corola, placenta, pedicelo, falsos septos 1. Tamanho (comprimento x largura x espessura) 2. Cores 3. aromas 4. Texturas (principalmente do epicarpo): lisa, cerosa, pilosa, espinhosa 5. Proporções do tamanho entre as partes constituintes do fruto 6. Placentação: axial, parietal, central, apical e basilar 7. Número de carpelos, lóculos, tabiques e septos QUESTÕES RELEVANTES NA DESCRIÇÃO FARMACOBOTÂNICA DE FRUTOS TIPOS DE FRUTOS 1. Quanto ao nº de sementes: mono, di, tri ou polispérmica 2. Quanto a consistência: secos ou carnosos 3. Quanto a deiscência: deiscentes e indeiscentes 4. Quanto ao nº de carpelos INDEISCENTE 1. Aquênio: apresenta uma semente presa à parede do fruto pelo funículo. Ex: caju • Cariopse: 1 semente aderida em toda extensão ao pericarpo. Ex: milho e trigo • Cipsela: aquênio com resto de cálice formando papilho. Dente-de-leão e picão • Sâmara: pericarpo com expansões aladas. Ex; Humulus lupulus 2. Noz, glânde ou núcula: O pericarpo é esclerificado 3. Esquizocarpo: Fruto que ao amadurecer os carpelos se separam em mericarpos ou cocas (frutículos) cada qual com uma semente. Ex: funcho, erva-doce 4. Samarídio: pericarpo com mais de uma expansão alada. Ex: várias leguminosas DEISCENTE 1. Síliqua: Assemelha-se a uma vagem porém dupla, ou seja, são originários de 2 carpelos, que ao abrir se divide em 3 lâminas, onde as sementes são aderidas na lâmina central. 2. Cápsula: fruto que se origina de vários carpelos (sincárpico) e apenas uma cavidade interior. A deiscencia é muito variada. Ex: eucalipto, Castanha-do-pará e Sapucaí (cápsula tipo pixídio), castanha-portuguesa, noz-pecã, papola, urucum, guaranã, buchinha-do-norte, pimenta-do-reino, baunilha e paina. 3. Folículo: fruto que apresenta uma valva com deiscencia longitudinal. • Legume ou vagem: abre-se por duas suturas (duas fendas). Ex: vagem, e jatobá. • Lomento: legume seguimentado transversalmente e 1 semente por segmento. Ex: ingá e tamarindo. FRUTO SIMPLES SECO INDEISCENTE 1. Drupa: endocarpo pétreo soldado a única semente, formando o períneo. Ex: abacate, manga, ameixa, pitanga, pêssego, damasco, coco, azeitona, oiti, piqui, murici, nectarina (mutação do pêssego), amarula, cajá, ciriguela e acerola. 2. Baga: O epicarpo é membranáceo ou coriáceo e o endocarpo é carnoso. Ex: uva, goiaba, café, kiwi, tomate, fisalis, carambola, bacuri, mandacaru, mangaba, jabuticaba, araçá, uvaia, cacau, cupuaçu, guabiroba, abio, sapoti, abricó, tomate, pitaia, melancia, mamão, melão, pepino, abóbora, moranga, caqui, mirtilo, banana, pimentão, berinjela e abricó. • Pomídio: parte carnosa oriunda do receptáculo floral que envolve o pericarpo pouco desenvolvido. O edocarpo é duro ou papiráceo. Ex: maça, marmelo e pera. • Hesperídeo: Epicarpo (fino com cavidades secretoras e substâncias voláteis), mesocarpo (branco, com muitos espaços intercelulares) e endocarpo: membranoso, formando septos até a região central, constituindo-se por cavidades (gomos) repletas de emergências suculentas claviformes, e pêlos secretores. Ex: lima, limão, laranja, tangerina. • Balaústa: carpelos em séries superpostos e talo floral concrescido. Ex: romã FRUTO SIMPLES CARNOSO DEISCENTE são exemplos: noz-moscada (baga) e do melão-de-são-caetano (cápsula) Luffa operculata Luffa aegyptiaca Outros exemplos de frutos: Maracujá, amendoim, cereja, Jenipapo, tâmara, grosélia, jambo, pitomba e o das palmeiras (Tucumã, indaiá, butiá, buriti, babaçu, bacaba), jiló, 1. AGREGADOS OU MÚLTIPLOS: advém de uma flor com n ovários dialicarpelar. Ex: anis-estrelado, morango e rosa (aquênios), graviola, pinha, araticum, fruta-pão, fruta-do-conde, framboesa e magnólia. 2. INFRUTESCÊNCIA OU COMPOSTO: mais de uma flor com n ovários. • Sorose: frutos em torno do eixo da infrutescência. Ex: abacaxi, amora (aquenios), jaca, pindaíba. • sicônio: o receptáculo floral carnoso e côncavo. Ex: figo Citrus aurantium L. DROGAS VEGETAIS: SEMENTE S E M E N T E Óvulo desenvolvido, após a fecundação, contendo o embrião protegido porum tegumento e com ou sem reservas nutritivas. C O N S T I T U Í N T E S DA SEMENTE 1. Tegumento: testa e/ou tegma (tégmen) 2. Cicatrizes e excrescências: hilo, micrópila, arilo, rafe, carúncula, etc 3. Amêndoa: embrião 4. Reservas: albume (endosperma) ou perisperma TIPOS DE SEMENTES 1. Quanto ao nº de tegumentos: a, uni ou bitegumentadas 2. Quanto ao material de reservas: Oleaginosas ou farináceas * meristemas Vanilla planifolia Jacks. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS UFRJ MACAÉ – PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA AULAS PRÁTICAS DE FARMACOBOTÂNICA Aula prática 1 Montagem de exsicatas, tomada de amostragem de drogas vegetais Exercício nº 1 Prepare o material vegetal fresco recebido para a montagem de uma exsicata a ser entregue em um herbário e responda: • Quais as medidas das cartolinas utilizadas na montagem de uma exsicata? • Qual a cor da cartolina aceita para as exsicatas de material coletado no Brasil? • Quais as posições indicadas para a acomodação do material botânico em uma exsicata? • Onde as etiquetas devem estar afixadas em uma exsicata? • Quais as informações que uma etiqueta de exsicata deve conter? • Os Herbários em geral recebem exsicatas em unicata, duplicata ou triplicata? • De que é composto o registro de uma exsicata em um Herbário? Exercício nº 2 Supondo que você receberá 40 embalagens totalizando 2000 kg de inflorescências de Achirocline satureoides em uma Indústria farmacêutica, responda: • Quantas embalagens você deve retirar material para análise? Qual o peso total da amostra que você deverá retirar das embalagens? Exercício nº 3 Considerando que durante um ano a indústria em que você trabalha recebeu seis vezes (uma vez a cada 2 meses) 3000 kg de inflorescências de Achirocline satureioides e que após a tomada de amostragem e quarteamento foi verificado que a porcentagem de material estranho a droga recebida foi de: Janeiro de 2010 – 1,99 % de material estranho; Março de 2010 – 0,098 % de material estranho; Maio de 2010 – 2,53 % de material estranho; Julho de 2010 – 1,26 % de material estranho; Setembro de 2010 – 25,67 % de material estranho; Outubro de 2010 – 9,42 % de material estranho; Dezembro de 2010 – 1,17 % de material estranho. Pergunta-se: em quais das seis vezes o material não pode ser considerada de boa qualidade para a produção de medicamentos? Qual o procedimento a ser tomado quando uma droga recebida na Indústria em que você trabalha como técnico apresenta-se, conforme sua análise, com qualidade inferior a explicitada no laudo técnico recebido pelo fornecedor. Coleta – cadastro no IBAMA Prensagem – dobrar em V, N ou M. Troca de papéis a cada 24 h. Limpeza e triagem do material Secagem – desidratar a temperatura de 40-60 ºC. Montagem –Estender, costurar e rotular em papel kraft ou cartolina branca. Incorporação ao acervo de um herbário– registro e arquivamento. EXSICATAS Métodos de trabalho: caracterização macroscópica Curador do herbário Rede Brasileira de Herbários Index Herbariorum - Missouri Botanical Garden Regras do herbário: exemplo material florido, somente duplicata e não unicatas. Receber o registro da exsicata - composta do acrônimo do Herbário e números. O material vegetal foi coletado na cidade de Macaé, RJ, Brasil, e devidamente identificada, sendo depositada no Herbário da Universidade Federal do Rio de Janeiro-Campus Macaé, conforme exsicata HMDB 58385. Exsicata Blusa: 42 x 29,5 cm – com a planta e a etiqueta ao pé direito. Saia: 42 x 59 cm – capa protetora com a etiqueta centralizada. Prensar em V, N ou M Blusa saia Aula prática 2 Categorias taxonômicas e táxons de plantas medicinais Exercício nº 1 Enquadre em categorias taxonômicas e seus respectivos táxons as seguintes plantas medicinais de interesse para a indústria farmacêutica, assinalando as que constam em monografias da Farmacopéia Brasileira: 1. Ginco 2. Erva-baleeira 3. Cancorosa ou espinheira santa 4. Pata-de-vaca 5. Babosa 6. Digilatis 7. Camomila 8. Café 9. Guaraná 10. japecanga Aula prática 3 Substâncias ergásticas e a célula vegetal: lâmina temporária de grão de amido Exercício nº 1 Monte lâminas temporárias com farinha de berinjela, tapioca e maizena, observe ao microscópio de menor a maior aumento e descreva os grãos de amido. Exercício nº 2 Diferencie corte paradérmico de corte transversal: Exercício nº 3 Enquadre os tecidos vegetais conforme o desenvolvimento da espessura da parede celular: Secções histológicas quanto a orientação Célula vegetal • Sistema de membranas e reforços externos (parede celular) • Sistema energético - mitocôndrias - plastídeos • Sistema genético - cromossomas - ribossomas • Sistema contractil e citoesqueleto - microfilamentos - microtúbulos • Substâncias ergásticas - amido e cristais de sais de cálcio Tecidos vegetais • Meristemas apicais • Protoderme = dermatogêneo • Periblema = meristema fundamental • Procâmbio = pleroma • Coifa = caliptra • Meristemas laterais • Felogênio • câmbio • Tecidos de revestimento • Epiderme • Periderme • Tecidos de preenchimento • Parênquimas • Tecidos de sustentação • Colênquima • Esclerênquima • Tecidos de condução • Xilema • Floema • Tecidos permanentes • Tecidos meristemáticos IDIOBLASTOS AMILÍFEROS IDIOBLASTO MUCILAGINOSO mandioca IDIOBLASTOS CRISTALINÍFEROS Aula prática 4 Objetivo: montar lâmina temporária com secção paradérmica para explorar estruturas da epiderme vegetal Exercício 1. Qual o procedimento inicial no laboratório para se fazer uma lâmina histológica de uma droga vegetal? 2. Monte uma lâmina temporária com secção paradérmica das folhas de boldinho-africano (gênero Plectranthus) e com guaco (Mikania glomerata) tanto da face adaxial como da face abaxial e preencha a tabela abaixo: Estruturas Guaco face adaxial Guaco face abaxial Boldinho Face adaxial Boldinho Face abaxial Células epidérmicas Estômatos Tricomas tectores Tricomas glandulares observações Aula prática 5 Objetivo: analisar lâmina permanente com secção transversal de folha para explorar estruturas da epiderme e parênquima vegetal em mesofilo. Exercício: Analise as estruturas da epiderme tanto da face adaxial como da face abaxial das folhas de murta (Blepharocalix sp.) e também observe a construção do mesofilo no que se refere aos tipos de parênquimas que ocorrem nesta espécie e preencha a tabela abaixo: Estruturas Murta Células epidérmicas Estômatos Tricomas tectores Tricomas glandulares cutícula Formações epicuticulares mesofilo Células e camadas celulares do parênquima Espaços intercelulares do parênquima observações EPIDERME EM VISTA TRANSVERSAL - número de camadas e forma celular Tecidos de preenchimento - parênquimas 1. Parênquima fundamental 2. Parênquima clorofileano = clorênquima 1. Paliçádico 2. Esponjoso 3. Parênquima de reserva 1. Amilífero 2. Aerênquima 3. aquífero Meato câmara lacuna Espaços intercelulares Aula prática 6 Objetivo: analisar lâmina permanente com secção transversal de folha para explorar estruturas de colênquima, esclerênquima e feixes vasculares.Exercício: Analise as estruturas da região central da folha de murta (Blepharocalix sp.) referente ao colênquima, esclerênquima e bainha vascular, xilema e floema. Em uma região lateral da folha nesta mesma secção observe a estrutura dos feixes vasculares de menor tamanho e preencha a tabela abaixo: Estruturas Murta Epiderme Parênquima Colênquima Esclerênquima Feixe vascular central Feixe vascular na região lateral observações • Tecidos de sustentação Colênquima Esclerênquima colênquima Esclerênquima x x x x x F F F F Tecidos de condução: xilema e floema Tecidos de condução – Floema e Xilema Aula prática 7 Objetivo: analisar lâmina permanente com secção transversal de folha para explorar estruturas glandulares e de feixe vascular, além de iniciar executar lâminas da droga em pó. Exercício 1: Analise as estruturas da região central da folha de murta (Blepharocalix sp.) referente ao feixe vascular e estruturas glandulares e preencha a tabela abaixo: Estruturas Murta Bainha vascular xilema floema Estruturas glandulares observações Exercício 2: Faça um texto com as anotações das tabelas referentes as folhas de Blepharocalix: epiderme, mesofilo, feixes vasculares Estruturas secretoras Origem: epidérmica ou parenquimática • Idioblastos: cristaliníferos, amilíferos, mucilaginosos, etc. • Tricomas secretores • Cavidades e ductos Aula prática 8 Objetivo: analisar lâmina temporária de raiz, caule e folha em pó ou características macroscópicas. Exercício 1: Monte e analise uma lâmina temporária das folhas do boldo-do-chile em pó, destacando em um texto as estruturas observadas Exercício 2: Monte e analise uma lâmina temporária da cúrcuma em pó, destacando em um texto as estruturas observadas Exercício 3: Faça a análise macroscópica das raízes da japecanga e de lótus, destacando em um texto as estruturas observadas Aula prática 9 Objetivo: analisar lâmina temporária de flores em pó. Exercício 1: Monte e analise uma lâmina temporária das flores de calêndula, macela e camomila em pó, destacando em um texto as estruturas observadas. Exercício 2: Faça a análise macroscópica das flores de cravo-da-índia e de alfazema, destacando em um texto as estruturas observadas Aula prática 10 Objetivo: analisar frutos em suas características macroscópicas. Exercício 1: Faça a análise macroscópica dos frutos de anis-estrelado, erva-doce, funcho, maça, buchinha-do-norte e tangerina, destacando em um texto as estruturas observadas: Exercício 2: Classifique os frutos que seguem: Aula prática 11 Objetivo: analisar lâmina temporária de sementes em pó ou suas características macroscópicas. Exercício 1: Monte e analise uma lâmina temporária das sementes de urucum em pó, destacando em um texto as estruturas observadas: Exercício 2: Faça a análise macroscópica das sementes de café, guaraná, noz-moscada e castanha-do-pará, destacando em um texto as estruturas observadas:
Compartilhar