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Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística 2/2006 1 COLETA DE DADOS É a fase primordial de um estudo estatístico. Sem a existência de um satisfatório grau de precisão nos dados obtidos, as fases subseqüentes ficam invalidadas. PONTOS A SEREM CONSIDERADOS AO COLETAR DADOS: • erros podem ser cometidos na coleta de dados e a maneira de contorná-los; • vantagens e limitações dos métodos de coleta; • condições que os indivíduos que são estudados devem apresentar e os procedimentos mais convenientes para sua seleção; • o "desenho" dos formulários que servirão para registrar a informação que se recolhe. 1. TIPOS DE DADOS: Segundo sua ORIGEM, os dados dividem-se em duas categorias: Cabe observar que um conjunto de dados é assim, primário ou secundário em relação a alguém. PRIMÁRIOS Dados coletados pela própria pessoa ou entidade que está fazendo o estudo. SECUNDÁRIOS Os dados já existem e são aproveitados. Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística 2/2006 2 UTILIZAÇÃO DE DADOS SECUNDÁRIOS: Sempre que possível, lançamos mão de dados secundários disponíveis pois implicam em economia de tempo e redução de custos. PRECAUÇÕES: Î verificar o seu grau de fidedignidade: utilizar somente dados originários de fontes dignas de confiança. Î utilizar dados transcritos somente em casos excepcionais por vários motivos: ♦ transcrição pode estar errada ♦ quem transcreveu pode ter omitido, de um conjunto de dados, alguma coisa que não lhe interessava diretamente O melhor é usar os próprios arquivos das entidades fornecedoras dos dados. Î no caso de utilização simultânea de dados de procedência diversa, oriundos de estados ou países diferentes ou mesmo de entidades diversas, o critério de definição dos dados deve ser o mesmo, isto é, os dados devem ser HOMOGÊNEOS. Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística 2/2006 3 2. TIPOS DE COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS OU LEVANTAMENTOS: LEVANTAMENTOS CONTÍNUOS Quando os dados são obtidos ininterruptamente, à medida que acontecem e na vigência de um determinado período (um ano, por exemplo), quer por serem fundamentais ou quer por serem de natureza contínua no tempo. Constituem a base das chamadas estatísticas vitais e dos estudos demográficos. Exemplo: registros de nascimentos, óbitos, casamento. LEVANTAMENTOS PERIÓDICOS Quando é realizada em períodos curtos, determinados, com intervalo constante e determinado por uma Lei, Regulamento, norma de serviço, etc. Exemplo: Recenseamento LEVANTAMENTOS OCASIONAIS Quando os dados são colhidos esporadicamente, atendendo a um conjuntura qualquer ou a uma emergência. São feitos com objetivo de coletar dados para uma determinada pesquisa, em qualquer campo ( social, econômico, sanitário, etc.). Exemplos: • Coleta de casos fatais em um surto epidêmico; • Coleta de dados para uma pesquisa sobre o efeito da queimada no crescimento de duas espécies de gramíneas. Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística 2/2006 4 3. MÉTODOS DE COLETA DE DADOS: POPULAÇÃO conjunto de elementos AMOSTRA que apresentam alguma subconjunto de elementos característica em “representativos” da comum. população. CENSO São pesquisados todos os elementos da população. AMOSTRAGEM Apenas uma parcela da população é pesquisada. Ambos os métodos encontram ampla aplicação nos campos de pesquisa. PRINCIPAIS FATORES QUE CONDICIONAM A ESCOLHA DE UM DOS MÉTODOS DE COLETA: • prazo ou tempo para conclusão; • recursos financeiros disponíveis; • existência de pessoal com a devida preparação técnica. Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística 2/2006 5 SITUAÇÕES EM QUE É MAIS VANTAJOSO USAR: CENSO • População é pequena • Tamanho da amostra é grande em relação ao da população • Exigência de precisão completa • Já se dispõe de informação completa AMOSTRAGEM • População infinita • Atualização da Informação ∗ rapidez ∗ modificações ao longo do tempo • Testes destrutivos • Custo ∗ tamanho ∗ mobilidade ∗ problema de mensuração • Precisão • Tipo de Informação Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística 2/2006 6 PLANOS DE AMOSTRAGEM Como nem todo subconjunto (amostra) de uma população é "representativo” desta população, são necessárias técnicas que garantam com um certo grau de confiança, esta representatividade. Há vários métodos de se selecionar uma amostra, gerando os PLANOS DE AMOSTRAGEM. Estes planos podem ser classificados em: Î AMOSTRAGEM NÃO-PROBABILÍSTICA • É a amostragem subjetiva, ou por julgamento, onde a variabilidade amostral não pode ser estabelecida com precisão. Î AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA Os planos de amostragem probabilística são delineados de tal modo que se conhece a probabilidade de todas as combinações amostrais possíveis. Em razão disso pode-se determinar a quantidade de variabilidade amostral numa amostragem aleatória. ∗ Amostragem Aleatória Simples ∗ Amostragem Sistemática ∗ Amostragem Estratificada ∗ Amostragem por Conglomerados Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística 2/2006 7 4. PROCESSOS DE COLETA: n OBSERVAÇÃO DIRETA: ◊ Neste processo não existe informante, o próprio pesquisador é que dá a informação. ◊ Utilizado para simples contagem ◊ Desvantagem: - dependendo do fato a ser observado, por apresentar problemas, por causa do critério subjetivo do observador, do método de observação e do indivíduo observado. o EXPERIMENTAL: ◊ Neste processo os dados são obtidos através de um experimento. Exemplo: Testar experimentalmente, dois produtos análogos, verificando a preferência dos consumidores após sua utilização p MECÂNICO/ELETRÔNICO: Não existe informante, o observador é substituído por um aparelho mecânico ou eletrônico Exemplos: Aparelho de contagem de tráfego em uma rodovia; roletas que registram o número de pessoas que passam por elas; satélites artificiais. q QUESTIONÁRIO: É o mais utilizado. Envolve qualquer formulário de re gistro de informações. COLETA DE DADOS LEVANTAMENTOS CONTÍNUOS LEVANTAMENTOS PERIÓDICOS LEVANTAMENTOS OCASIONAIS Apenas uma parcela da PLANOS DE AMOSTRAGEM
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