Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
i ANÁLISE DE CAVITAÇÃO EM BOMBAS DE ALIMENTAÇÃO DE CALDEIRAS DE UMA FÁBRICA DE BEBIDAS E PROJETO DE SOLUÇÃO Artur Kasznar Feghali ProjetodeGraduaçãoapresentado ao Curso de Engenharia Mecânicada EscolaPolitécnica, Universidade Federaldo Rio de Janeiro, como partedos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador:Reinaldo De Falco Riode Janeiro Setembro de 2016 ii UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica DEM/POLI/UFRJ ANÁLISE DE CAVITAÇÃO EM BOMBAS DE ALIMENTAÇÃO DE CALDEIRAS DE UMA FÁBRICA DE BEBIDAS E PROJETO DE SOLUÇÃO Artur Kasznar Feghali PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO. Aprovado por: ________________________________________________ Prof. Reinaldo De Falco ________________________________________________ Prof. Fábio Luiz Zamberlan ________________________________________________ Prof. Daniel Onofre de Almeida Cruz RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL SETEMBRO DE 2016 iii Feghali, Artur Kasznar Análise de Cavitação de Bombas de Alimentação de Caldeira de uma Fábrica de Bebidas e Projeto de Solução./ Artur Kasznar Feghali. – Rio de Janeiro:UFRJ/Escola Politécnica, 2016. X,75 p.:il.;29,7 cm. Orientador:Reinaldo De Falco Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/ Cursode Engenharia Mecânica,2016. ReferênciasBibliográficas:p.76. 1. Bomba Centrífuga2.Cavitação. Fator de Atrito por Método Numérico. 4.Altura manométrica. I. De Falco, Reinaldo. II. Universidade Federaldo Rio deJaneiro, EscolaPolitécnica, Curso de Engenharia Mecânica. III. Análise de Cavitação de Bombas de Alimentação de Caldeira de uma Fábricade Bebidas e Projeto de Solução iv Agradecimentos Agradeço aos meus pais pelo apoio incondicional em todas minhas escolhas. Por me darem a educação e estrutura que me permitiram estudar e alcançar meus objetivos. Sem vocês esse trabalho não existiria. À minha irmã, sou grato pelo exemplo que foi e continua sendopara mim. Aprendi muito com você e de seu raciocínio pragmático. Sua argumentação é difícil de vencer, mas muito me ensinou. Ao professor De Falco pela orientação do trabalho, sempre solicito, sempre apontando a melhor direção a seguir. Agradeço também a sua didática nas aulas de Máquinas de Fluxo. Sua forma de ensinar em muito contribuiu pelo gosto que tenho pela hidráulica. À equipe de trabalho, agradeço a oportunidade de aprender na prática o que estudei na faculdade e dar espaço para me desenvolver na profissão. Ao Thiago, obrigado por instigar o meu melhor. Rui, obrigado pela confiança em meu trabalho. Gustavo, André, Leonardo, Gabriel, Afonso, Jaqueline, Javaroni, Adriana, Marx, João, Fernanda, Santiago, Diogo, Carol, Tiago, Gustavo e Rodrigo obrigado pelo apoio e companheirismo de todos. À equipe da Servical alocada em nossa planta que possui um quadro de profissionais dedicados. Impressionou como quase sempre as dúvidas sobre as caldeiras eram respondidas de imediato. Sou muito grato a todos vocês: Renan, Maurício, Wanderlei, Bismark e Mizael. Eric, Claudio, Bruno, Têtê,Bryan, Paulo, e Marcus Lima obrigado também. À minha namorada Giovana Cursino por estar ao meu lado em todos os momentos. Aos meus amigos, vocês sabem quem são, obrigado. v Resumo do Projeto de Graduação apresentado à EscolaPolitécnica/UFRJcomo parte dosrequisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico Análise de Cavitação de Bombas de Alimentação de Caldeira de uma Fábrica de Bebidas e Projeto de Solução Artur Kasznar Feghali Setembro/2016 Orientador:Reinaldo De Falco Curso: Engenharia Mecânica Este trabalho tem por objetivo analisar o sistema de condensado e vapor existente de uma fábrica de bebidas em que as bombas cavitam provando por meio dos cálculos de hidráulica que de fato ocorre a cavitação e propondo três projetos de solução para o sistema. Primeiramente, será feito uma análise do efeito de elevadas temperaturas para a cavitação em bombeio de água. O cálculo do fator do atrito será desenvolvido por meio de métodos de cálculo numérico. Serão apontados todos dados de campo, premissas pertinentes à instalação e condições de operação do sistema atual, operando com uma, duas ou três caldeiras. Será feito o cálculo de perda de carga seguido da altura manométrica do sistema e da diferença entre NPSH disponível e requerido para demonstrar a cavitação nas bombas na instalação existente. As soluções propostas serão apresentadas de forma semelhante demonstrando que as bombas deixam de cavitar, mas atento à altura manométrica para que as bombas em operação possam ser aproveitadas na nova instalação. Palavras-chave: Bombas Hidráulicas, Cavitação, Fator de Atrito por Método Numérico, 4.Altura manométrica. vi Abstractof Undergraduate Projectpresented to POLI/UFRJasa partialfulfillmentof the requirementsfor the degree ofEngineer Cavitation analysis on Pumps used at a Steam generator installation in a Beverage Industry and the Solution Project Artur Kasznar Feghali September/2016 Advisor:Reinaldo De Falco Course:MechanicalEngineering This paper’s main goal is to analyze the existing condensate-steam installation from a beverage industry were the pumps are presenting cavitation proving through hydraulic calculus that the phenomenon occurs and proposing three different projects as solution. Firstly, a short study on how pumping hot water affects cavitation will be presented. The friction factor will be developed by the use of iteration methods. All field data, fitting premises and system’s operating conditions, working with one, two or three steam generators will be presented. Next, head-loss calculations will be done followed by the system’s Head and the difference between the available and required NPSH to demonstrate how cavitation does occur in the pumps. The solutions will follow similar calculations demonstrating how cavitation would not occur but considering carefully the system’s total Head so that the operating pumps can be used in the new project. Keywords:Hydraulic pumps, Cavitation, Friction factor by iteration methods, System Head vii Sumário 1- Introdução..................................................................................................................1 1.1 – Motivação..............................................................................................................1 1.2 – Objetivo.................................................................................................................1 1.3 – Estrutura do Trabalho...........................................................................................2 2 - Teoria das Bombas...................................................................................................3 2.1 – Classificação das Bombas....................................................................................3 2.1.1– Bombas do Projeto.............................................................................................4 2.2 – Tipos de Escoamento............................................................................................4 2.2.1 – Escoamentos do Projeto.....................................................................................5 2.3 – Teorema de Bernoulli.............................................................................................5 2.4.1 – Perda de Carga Normal (hfn).............................................................................5 2.4.1.1 – Fator de Atrito...................................................................................................6 2.4.1.1.1 – Ábaco de Moody............................................................................................6 2.4.1.1.2 – Fórmulas teórico-experimental......................................................................9 2.4.1.1.3 – Método Interativo por Calculo Númerico.......................................................9 2.4.1.1.4 – Fator de atrito do projeto.............................................................................11 2.4.2 – Perda de Carga Localizada (hfl)........................................................................12 2.5 – Curva do Sistema.................................................................................................13 2.6 – Escolha da bomba e o Ponto de Trabalho...........................................................14 2.7 – Cavitação..............................................................................................................15 2.7.1- Influência da Temperatura no NPSH..................................................................16 2.7.2 – Recomendações para Impedir Cavitação em sistemas em Operação.............18 2.8 – Ponto de Trabalho, Altura Manométrica e NPSH do projeto................................19 3 – Projeto Atual............................................................................................................21 3.1 – Descrição, diagrama simplificado, CAD e fotos...................................................21 3.2 – Temperatura do retorno de condensado - pesquisa de campo............................23 3.3 - Outras Vistas e fotos.............................................................................................29 3.4 – Calculo da perda de carga...................................................................................32 3.5 – Análise Técnica....................................................................................................43 3.6 – Perdas de Carga do Projeto Atual versus Perda de Carga Recomendada.........46 viii 3.7 – Ajuste na Linha – Uma tentativa de solução........................................................47 4 – Soluções..................................................................................................................47 4.1 – Solução 1..............................................................................................................48 4.1.1 – Descrição...........................................................................................................48 4.1.2 – Instalação: diagrama simplificado e CAD..........................................................48 4.1.3 – Diâmetros da tubulação.....................................................................................51 4.1.4 – Calculo de perda de carga................................................................................76 4.1.5 – Análise Técnica.................................................................................................53 4.2-Solução 2..............................................................................................................55 4.2.1–Descrição...........................................................................................................55 4.2.2 – Instalação: diagrama simplificado e CAD..........................................................56 4.2.3 – Diâmetros da tubulação.....................................................................................57 4.2.4 – Perda de Carga.................................................................................................83 4.2.5 – Análise Técnica.................................................................................................59 4.3-Solução 3..............................................................................................................60 4.3.1–Descrição...........................................................................................................60 4.3.2 – Instalação: diagrama simplificado e CAD..........................................................62 4.3.3 – Diâmetros da tubulação.....................................................................................64 4.3.4 – Perda de Carga ...............................................................................................90 4.3.5 – Análise Técnica.................................................................................................65 5 – Análise Financeira do projeto..................................................................................67 5.1 – Orçamento das soluções propostas.....................................................................67 5.2 – Economia e “pay-back” do projeto para as três soluções....................................69 5.2.1 – Economia de água.............................................................................................69 5.2.2 – Economia de gás natural...................................................................................71 5.3 – Resultados........................,...................................................................................74 6 - Conclusão...............................................................................................................74 7 – Bibliografia...............................................................................................................76 Anexos...........................................................................................................................77 1 1 – Introdução 1.1 - Motivação O estudo foi realizado em uma planta de cogeração fornecedora de diversos insumos e utilidades para uma fábrica de refrigerantes que fica ao lado. O cerne da planta são três motores a combustão que queimam gás natural para produzir a maior parte dos insumos e utilidades da fábrica de refrigerantes. A energia elétrica é transmitida à fábrica e o excedente à empresa de transmissão de energia. O gás do escape do motor é tratado isolando e purificando o gás carbônico até alcançar 99,9992% de pureza como exigido para receber a conformidade de grau alimentíciopara que possa ser introduzido nos refrigerantes. Ar enriquecido de Nitrogênio também deriva dos gases de escape e é usado nos processos de fabricação dos refrigerantes. A água que resfria o motor e sai quente é usada nos chillers que fornecem água gelada à fábrica. Antes dos gases de escape seguirem para a planta de CO2, o calor é aproveitado nas caldeiras de recuperação para gerar vapor. A eficiência energética da planta de cogeração pode alcançar até 86%. O vapor pode se dividir entre a fábrica de refrigerantes e a planta de CO2 ou ser inteiramente consumido pela planta de CO2, depende do número de moto- geradores em operação. Se necessário, as caldeiras auxiliares que fornecem vapor constantemente à fábrica de refrigerantes podem completar a demanda por vapor da planta de CO2. O vapor é crucial para o processo de separação do gás carbônico dos demais gases de queima. O vapor aquece a MEA(Monoetalonamina), uma amina usadano processo, que a 50°C captura dentro de sua molécula o CO2 e a 110°C muda de estrutura liberando o CO2. Esse princípio é a essência do primeiro e mais importante processo na separação do gás carbônico dos demais gases de queima. O vapor também é usado pela fábrica de refrigerantes em uma série de processos que não são revelados. O bom funcionamento do sistema de alimentação das caldeiras é essencial para garantir o vapor necessário em todos esses processos com eficiência. O mau dimensionamento ou mau funcionamento do sistema de alimentação que ocorre atualmente tem implicadoem improvisos na operação visando não parar a produção, mas que acarretam em desperdício de água e gás, ou seja, custos maiores. Esta é a principal motivação deste projeto:sanar essa perda, reduzindo o custo da nossa operação. 2 1.2 – Objetivo Este trabalho tem por objetivo analisar o sistema de condensado e vapor existente de uma fábrica de bebidas em que as bombas cavitam provando por meio dos cálculos de hidráulica que de fato ocorre a cavitação e propondo três projetos de solução para o sistema. Primeiramente, será feito uma análise do efeito de elevadas temperaturas para a cavitação em bombeio de água. O cálculo do fator do atrito será desenvolvido por meio de métodos de cálculo numérico. Serão apontados todos dados de campo, premissas pertinentes à instalação e condições de operação do sistema atual, operando com uma, duas ou três caldeiras. Será feito o cálculo de perda de carga seguido da altura manométrica do sistema e da diferença entre NPSH disponível e requerido para demonstrar a cavitação nas bombas na instalação existente. As soluções propostas serão apresentadas de forma semelhante a análise da instalação existente demonstrando que as bombas não cavitariam, mas atento a altura manométrica para que as bombas em operação possam ser aproveitadas na nova instalação. 1.3 – Estrutura do Trabalho O trabalho foi dividido em 5 capítulos. O capítulo 2 apresenta a teoria básica de hidráulica e bombas aprofundando-se nos itens de interesse do projeto como cavitação de água a elevada temperatura e o fator de atrito. A mesmo tempo que a teoria é introduzida aplica-se à situação do projeto. O Capítulo 3 analisa as condições de operação e premissas do sistema de vapor/condensado existente. Calcula a perda de carga atual e compara com a perda de carga recomendada pela teoria. Em seguida, calcula a altura manométrica atual do sistema, o NPSH disponível e a diferença entre o NPSH disponível e o requerido provando no fim que as bombas cavitam. O cálculo é feito para todos os casos possíveis de operação e ao final, analisa-se as vantagens e desvantagens de cada caso. O capítulo 4 propõe três soluções e analisa tecnicamente cada uma de maneira semelhante ao capítulo 3. O capítulo 5 analisa o lado financeiro das soluções. As três soluções são orçadas, a economia de água e gás natural são detalhados e por fim o “pay-back” de cada solução é apresentado. O capítulo 6 resume os dados técnicos e financeiros descartando uma das soluções e indicando as vantagens e desvantagens das outras duas. 3 2 - Teorias das Bombas Bombas são máquinas hidráulicas que permitem o deslocamento de liquido. Isto é realizado transferindo-se energia ao liquido, em forma de pressão, velocidade ou ambos alimentado por uma fonte motora como um motor elétrico, turbina ou sistema pneumático. 2.1 – Classificação das Bombas As Bombas dinâmicas transmitem energia na forma de pressão e cinética através de um impelidor. Costumam ser usadas quando se deseja altas vazões com média ou baixa pressão. A vazão pode variar quando em operação, mas sempre dentro de uma faixa calculada no projeto da bomba. É muito utilizada para fluidos de baixa viscosidade. As bombas volumétricas transmitem energia somente na forma de pressão. A vazão é sempre constante. Costumam ser usados quando se procura baixas vazões com alta pressão. É muito utilizada para fluidos de alta viscosidade. Dinâmicas ou Turbobombas Centrífugas Fluxo Misto Fluxo Axial Regenerativas Puras ou Radias Tipo Francis Volumétricas ou Deslocamento positivo Alternativas Rotativas Pistão Êmbolo Diafragma Engrenagens Lóbulos Parafusos Palhetas Deslizantes 4 0 0,0005 0,001 0,0015 0,002 0 6 1 2 1 8 2 4 3 0 3 6 4 2 4 8 5 4 6 0 6 6 7 2 7 8 8 4 9 0 9 6 Viscosidade absoluta da água - μ(T) 2.1.1 – Bombas do Projeto As três bombas do projeto são Bombas Dinâmicas. Duas, Schneider ME-2475 e Schneider ME-2375, são Centrífugas puras e uma, KSB Movitec VF 10/10, é de Fluxo axial. As folhas de dados das bombas estão no anexo 6. 2.2 – Tipos de Escoamento Podemos classificar o escoamento em laminar e turbulento. O Número de Reynolds é o parâmetro necessário para fazer essa classificação. Para valores acima de 4000 considera-se regime turbulento e para valores abaixo de 2000 considera-se em regime laminar. Para casos intermediários, zona crítica, é preciso uma análise mais profunda. O parâmetro é adimensional e sua expressão encontra-se abaixo: 𝑅𝑒 = 𝜌𝑉𝐷 𝜇 , onde V é calculado por: (2.1) 𝑉 = 4𝑄 𝜋𝐷2 (2.2) ρ: massa específica V: velocidade média do escoamento D: diâmetro interno da tubulação μ: viscosidade Absoluta Q: vazão 2.2.1 – Escoamentos do Projeto O fluido bombeado no projeto é água, líquido de baixa viscosidade, o que tende a favorecer escoamentos turbulentos. O aumento da temperatura diminui ainda mais a viscosidade da água contribuindo para o aumento do número de Reynolds, favorecendo ainda mais escoamentos turbulentos. Gráfico 2.1 – μ [kg/ms] ; T[°C] 5 Para cada trecho de tubulação no projeto será calculado o Número de Reynolds tanto para a análise do projeto existente quanto para as soluções propostas. Podemos adiantar, que em todos os casos e trechos o escoamento calculado será sempre turbulento. 2.3 – Teorema de Bernoulli O teorema de Bernoulli é um caso particular de conservação de energia. Equacionando-se o Balanço de energia em um volume de controle, e aplicando simplificações ao sistema (regime permanente, sem troca de trabalho, sem atrito e incompressível) chega-se a expressão abaixo que correlaciona energia de pressão, energia cinética e energia potencial em um elemento de fluido. 𝑃1 𝜌𝑔 + 𝑉1 2 2𝑔 + 𝑍1 = 𝑃2 𝜌𝑔 + 𝑉2 2 2𝑔 + 𝑍2 (2.3) P: Pressão em um ponto do fluido ρ: massa específica V: velocidade média do escoamento g: aceleração da gravidade Z: altura estática do fluido 2.4 – Teorema de Bernoulli em fluidos Reais e Perda de carga Considerando uma situação de fluido real viscoso, com perdas por atrito e turbilhonamento, a igualdade do Teorema de Bernoulli não se aplica mais. Assim, um termo de Perda de Carga, hf, precisa ser introduzido para que a equação seja aplicável a fluidos reais. 𝑃1 𝜌𝑔 + 𝑉1 2 2𝑔 + 𝑍1 = 𝑃2 𝜌𝑔 + 𝑉2 2 2𝑔 + 𝑍2 + ℎ𝑓 (2.4) A perda de carga pode ser mais bem modelada pela soma de perdas em trechos retos chamada de perda de carga normal, hfn, e perdas pontuais em acidentes na linha chamada de perda de carga localizada, hfl. ℎ𝑓 = ℎ𝑓𝑛 + ℎ𝑓𝐿 (2.5) 2.4.1 – Perda de Carga Normal (hfn) Em regime turbulento, a perda normal é mensurada pela equação de Darcy- Weisbach: 6 ℎ𝑓𝑛 = 𝑓 𝐿𝑉2 2𝐷𝑔 (2.6) f: coeficiente de atrito L: comprimento reto de tubulaçãoD: diâmetro da tubulação V: velocidade média do escoamento g: aceleração da gravidade A perda normal é função direta do fator de atrito, que depende do tipo de escoamento. No caso laminar, o fator de atrito pode ser obtido pela fração 64/Re. Na zona crítica e no regime completamente turbulento, o fator de atrito é expresso pela equação de Colebrook-White (2.7) e depende do número Reynolds e da rugosidade relativa, o que por sua vez, varia segundo: o material e o processo de fabricação da tubulação, o líquido bombeado e a idade do projeto. 1 √𝑓 = −2𝑙𝑜𝑔 [ 𝑒 3,71 𝐷 + 2,51 𝑅𝑒 √𝑓 ] (2.7) f: coeficiente de atrito e: rugosidade absoluta D: diâmetro da tubulação e/D: rugosidade relativa 2.4.1.1 – Fator de Atrito Nota-se que a equação de Colebrook-White é implícita, pois é impossível isolar o fator de atrito que consta nos dois lados da expressão. Dessa forma, a única forma de resolvê-la é utilizando algum método interativo de calculo numérico. Outros métodos mais simples foram desenvolvidos para evitar essa empreitada. São elas: formulas teórico-experimental e Ábaco de Moody. 2.4.1.1.1 – Ábaco de Moody No caso completamente turbulento, entramos com o diâmetro e material da tubulação no ábaco dográfico 2.2 e saímos diretamente com o fator de atrito do lado direito do ábaco. No caso de zona crítica, entramos com as mesmas informações no mesmo ábaco, mas saímos com a informação do lado esquerdo, de rugosidade 7 relativa. Com essa informação e o número de Reynolds, entramos no ábaco de Moody, gráfico 2.3, e saímos com o fator de atrito. Figura 2.1 Gáfico 2.2 8 Gáfico 2.3 9 2.4.1.1.2 – Fórmulas teórico-experimental A fim de encontrar uma expressão explicita aproximada para o fator de atrito, diversas fórmulas experimentais foram introduzidas durante meados do século XX até a atualidade. A mais conhecida é a correlação de Churchill (1977), equação 2.8. 𝑓 = 8 [( 8 𝑅𝑒 ) 12 + 1 (𝐴+𝐵)1,5 ] 1 12⁄ , onde: (2.8) 𝐴 = [2,457𝑙𝑛 ( 1 ( 7𝑅𝑒) 0,9 +0,27(𝑒𝐷) )] 16 (2.8.1) 𝐵 = ( 37.530 𝑅𝑒 ) 16 (2.8.2) As correlações com o menor erro máximo analisando por faixas de rugosidade relativa são de Goudar-Sonnad (2008), Serghides (1984), equação 2.9, e Shacham(1980), equação 2.10. A fórmula de Goudar-Sonnad é uma aproximação da fórmula de Colebrook-White, o que a torna muito complexa e trabalhosa de ser aplicada. A correlação de Serghides é facilmente programável e apresenta erro máximo global de 0,0080. A correlação de Shacham possui erro global de 0,0081, e é indicada inclusive para contas rápidas. O anexo 7 discute as correlações e seus erros em detalhes. 1 √𝑓 = 𝐴 − (𝐵−𝐴)2 𝐶−2𝐵+𝐴 (2.9) 𝐴 = −2𝑙𝑜𝑔 [( 𝑒 𝐷⁄ 3,7 ) + 12 𝑅𝑒 ] (2.9.1) 𝐵 = −2𝑙𝑜𝑔 [( 𝑒 𝐷⁄ 3,7 ) + 2,51𝐴 𝑅𝑒 ] (2.9.2) 𝐶 = −2𝑙𝑜𝑔 [( 𝑒 𝐷⁄ 3,7 ) + 2,51𝐵 𝑅𝑒 ] (2.9.3) 𝑓 = [−2𝑙𝑜𝑔 (( 𝑒 𝐷⁄ 3,7 ) + ( 5,02 𝑅𝑒 ) 𝑙𝑜𝑔 (( 𝑒 𝐷⁄ 3,7 ) + 14,5 𝑅𝑒 ))] −2 (2.10) 2.4.1.1.3 – Método Interativo por Calculo Numérico A forma mais precisa de se resolver a equação de Colebrook é adotando um método interativo. Optamos pelo Método de Newton-Raphson (2.11), adotando valores 10 da equação de Blasius (1913) (2.12) para tubos lisos como “chute” inicial permitindo a iteração convergir de forma mais rápida. 1 √𝑓 = −2𝑙𝑜𝑔 [ 𝑒 3,71 𝐷 + 2,51 𝑅𝑒 √𝑓 ] (2.7) 𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 − 𝐹(𝑥𝑛) 𝐹′(𝑥𝑛) (2.11) 𝑥0 = 𝑓𝐵𝑙𝑎𝑠𝑖𝑢𝑠 = 0,316 (𝑅𝑒 − 1 4) (2.12) Primeiramente, é necessário desenvolver as expressões para F e F’. Como a equação de Colebrook (2.7) é implícita, é necessário passar todos os membros da equação para um só lado da igualdade e então igualar a F para aplicar o Método de Newton-Raphson. 𝐹 = − 1 √𝑓 − 2𝑙𝑜𝑔 [ 𝑒 3,71 𝐷 + 2,51 𝑅𝑒 √𝑓 ] (2.13) O termo 𝑒 𝐷⁄ , rugosidade absoluta por Diâmetro interno, também pode ser representada por r, rugosidade relativa. Substituindo, temos: 𝐹 = − 1 √𝑥 − 2 log [ 𝑟 3,71 + 2,51 𝑅𝑒√𝑥 ] Como pretendemos derivar mais adiante, é conveniente reescrevermos a expressão com o logaritmo neperiano. Aplicando a propriedade de transformação de base de logaritmo (2.14) na expressão anterior chegamos na expressão final para F (2.15). log 𝑎 = ln 𝑎 ln 10 (2.14) 𝐹 = − (𝑥− 1 2) − 2 ln 10 ln [ 𝑟 3,71 + 2,51 𝑅𝑒√𝑥 ] (2.15) Renomeando as constantes de 𝑘 = 𝑟 3,71 e 𝑚 = 2,51 𝑅𝑒 , temos: 𝐹 = − (𝑥− 1 2) − 2 ln 10 ln [𝑘 + 𝑚𝑥− 1 2] Derivando F em relação a x: 𝑑𝐹 𝑑𝑥 = − (− 1 2 ) (𝑥− 1 2) − 2 ln 10 (− 𝑚 2𝑘𝑥 3 2 + 2𝑚𝑥 ) 11 Simplificando: 𝑑𝐹 𝑑𝑥 = 1 2 𝑥− 3 2 + 𝑚 ln 10 (𝑘𝑥 3 2 + 𝑚𝑥) Substituindo k e m pelos valores originais: 𝑑𝐹 𝑑𝑥 = 1 2√𝑥3 + 2,51 Re ln 10 ( 𝑟√𝑥3 3,71 + 2,51 𝑥 𝑅𝑒 ) Simplificando, chegamos na expressão final para F’: 𝐹′ = 𝑑𝐹 𝑑𝑥 = 1 2√𝑥3 + 2,51 Re ln 10 √𝑥3( 𝑟 3,71 + 2,51 𝑅𝑒 √𝑥 ) (2.16) Substituindo F, F’ e 𝑥0 por 𝑥𝑛 em 2.11 calcula-se a primeira interação, resultando em 𝑥1. Repetindo-se o processo até que os resultados convergirem obtém- se o fator de atrito exato de Colebrook para as condições de rugosidade e Re desejadas. 2.4.1.1.4 – Fator de atrito do projeto Os erros associados a cada um dos métodos apresentados diferem enormemente. O Ábaco de Moody seria recomendado apenas para um rascunho ou conta rápida, pois possui o maior erro associado. O erro atrelado às fórmulas teórico- experimental depende da escolha da correlação, da rugosidade relativa da tubulação e do número de Reynolds. Se escolhido corretamente, a correlação terá erro da ordem de 10−3 ou menor, suficiente para desenvolver um projeto. No caso deste projeto, Serghides (1984) seria a correlação mais indicada dada a as rugosidades relativas das tubulações usadas. Tanto para tubulação nova, com 0,05 mm de rugosidade absoluta quanto para estimar uma tubulação desgastada de 1,2mm. 0,05 0,2 0,4 0,6 1,2 DN(pol) Dint(m) 5 0,1283 0,00039 0,001559 0,003118 0,004677 0,009353 4 0,10226 0,000489 0,001956 0,003912 0,005867 0,011735 3 0,07792 0,000642 0,002567 0,005133 0,0077 0,0154 2,5 0,06271 0,000797 0,003189 0,006379 0,009568 0,019136 1,5 0,0409 0,001222 0,00489 0,00978 0,01467 0,02934 Rugosidade Absoluta (mm) Rugosidade Relativa Tabela 2.1 12 O método mais exato entre os três é por interação que resolve a equação de Colebrook-White com precisão. Será esse o método utilizado no projeto em todos os trechos de tubulação tanto para analisar o projeto instalado atual quanto para as soluções propostas. Os valores calculados estarão nas tabelas de todas as seções de calculo de perda de carga do capítulo 3. 2.4.2 – Perda de Carga Localizada (hfl) Existem dois métodos para o calculo das perdas localizadas: o método direto e o método do comprimento equivalente. Ambos os casos são de aplicação direta com valores tabelados conforme o tipo de acidente. Seguiremos com o método direto que é determinado pela fórmula abaixo, onde K é um coeficiente experimental tabelado. Usamos a referência bibliográfica1 das páginas 68 a 75 para consultar os valores de K e o resultado de todas essas contas estarão na tabelas de cálculo de perda de carga no do capítulo 3. ℎ𝑓𝑛 = 𝐾 𝑉2 2𝑔 (2.17) K: coeficiente de perda V: velocidade média do escoamento g: aceleração da gravidade Os valores de K para os filtros foram obtidos em catálogo de filtro semelhante que segue na bibliografia 8. O gráfico 2.4é para filtros tipo cesto flangeado e o 2.5 é para filtros do tipo Y. A tabela 2.2 resume os resultados. A perda de carga foi calculada usando massa específica de água a 99°C. O valor de K para válvula borboleta considerado foi de 0,05 conforme bibliografia 9 e 10. Gráfico 2.4 13 linha caldeira tipo do filtro Q(gpm) DN(pol) psi Pa Perda de Carga(m) AA ata24 filtro Cesto flangeado 21,136 3 0,1 689,47573 0,007477539 BB' DP filtro Y Rosqueado 28,62167 3 0,1 689,47573 0,007477539 CC' ata22 filtro Y Rosqueado 24,21833 3 0,1 689,47573 0,007477539 perda de carga de filtros 2.5 – Curva do Sistema A curva do sistema é representada a variação de altura manométrica total em função da vazão. Ou seja, mostra a demanda de energia por unidade de peso do sistema conforme variação de vazão. Traçar essa curva é essencial para a escolha de uma bomba adequada em um novo projeto. Na página seguinte equacionamos a altura manométrica e em seguida já aplicamos à situação do projeto: Gráfico 2.5 Tabela 2.2 14 f(Q) Parte Estática 𝐻 = 𝐻𝑑 − 𝐻𝑠 (2.19) 𝐻𝑠 = 𝑃𝑠 𝛾 + 𝑍𝑠 − ℎ𝑓𝑠 = ( 𝑃𝑇𝑄 𝛾 + 𝑍𝑠 − ℎ𝑓𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) (2.20) 𝐻𝑑 = 𝑃𝑑 𝛾 + 𝑍𝑑 + ℎ𝑓𝑑 = ( 𝑃𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝛾 + 𝑍𝑑 + ℎ𝑓𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙)(2.21) 𝐻 = (𝑍𝑑 − 𝑍𝑠) + 𝑃𝑑−𝑃𝑠 𝛾 + (ℎ𝑓𝑑 + ℎ𝑓𝑠) = (𝑍𝑑 − 𝑍𝑠) + 𝑃𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎−𝑃𝑇𝑄 𝛾 + (ℎ𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + ℎ𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) Como a parcela da perda de carga é diretamente proporcional à vazão, a curva do sistema assume a seguinte forma: 2.6 – Escolha da bomba e o Ponto de Trabalho Uma vez traçada a curva do sistema podemos confrontá-la com as curvas das bombas disponíveis no mercado. O ponto de cruzamento entre a curva do sistema e a curva de Head da bomba em função da vazão, determina o ponto de trabalho da bomba. Neste ponto, descendo-se verticalmente até a abcissa, encontra-se a vazão de trabalho, Qt. A escolha da bomba é realizada comparando-se o encontro da curva de Head de diversas bombas com a curva do sistema escolhendo-se a bomba que resulte em uma vazão de trabalho igual ou levemente superior a vazão necessária pelo projeto. Uma vez encontrada a bomba certa para o projeto, o encontro entre a vertical que contém o ponto de trabalho e as curvas de potência e eficiência determinam seus respectivos valores de operação. Gráfico 2.6 15 Caso a bomba selecionada para o projeto ainda aponte para um ponto de trabalho levemente fora da vazão de projeto, pode-se aumentar o diâmetro do impelidor ou mudar a rotação da bomba acoplando um inversor de frequência ao motor da bomba. Uma vez em operação, o ponto de trabalho pode ser ajustado por meio de recirculação ou por uma válvula na descarga. 2.7 – Cavitação No deslocamento das pás dos impelidores das bombas ocorrem rarefações, ou pressões reduzidas, no líquido devido a uma combinação do escoamento e do movimento imposto pelas pás ao líquido. Se a pressão absoluta em um ponto atingir a pressão de vapor do líquido ocorrerá vaporização do líquido neste ponto. Surgem então bolhas nessa região que levadas pelo movimento do líquido alcançam região de maior pressão onde condensam se colapsam. Esse é o fenômeno físico denominado cavitação. Quando uma bolha “implode” o líquido ao redor é rapidamente deslocado, ocupando a região onde havia a bolha e gerando forças de inércia. O efeito é trepidação da bomba, ruído, desgaste do rotor e queda de rendimento. No caso da água, que é o fluido de bombeio desse projeto, a corrosão por cavitação varia com a temperatura e, segundo Macintyre, atinge maior intensidade para temperatura da ordem de 45°C. A fim de criar um parâmetro capaz de prever a ocorrência da cavitação e quantifica-la, o NPSH foi introduzido. A sigla é em inglês para Net Positive Head Suction, ou traduzindo, Altura Líquida Positiva de Sucção. Para que não haja cavitação, o NPSH disponível, inerente ao projeto, deve ser superior ao NPSH requerido, inerente à bomba. Por segurança, adota-se uma reserva que costuma ser de 0,6m a 1,0m dependendo da literatura. O NPSH requerido é informado pelo fabricante da bomba na folha de dados da mesma e cabe ao engenheiro responsável fazer um projeto que tenha um NPSH disponível maior que o requerido somado a Gráfico 2.7 16 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5 7 0 7 5 8 0 8 5 9 0 9 5 1 0 0 Pressão de vapor da água - Pvap(T) Parcela Vaporização f(Q) Parte Estática margem de segurança. Abaixo apresentamos a equação para se calcular o NPSH disponível. Em seguida, indicamos a reserva de segurança entre NPSH disponível e requerido necessário para que não haja cavitação. 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 𝐻𝑠 + 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣𝑎𝑝 𝛾 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 − 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 ≥ 0,6𝑚 Substituindo Hs chega-se a expressão abaixo. Denominamos de “parcela projeto” a parte referente a altura manométrica de sucção pois são os parâmetros que o engenheiro projetista terá controle, e de “parcela vaporização” a parte referente ao líquido bombeado pois representa a altura manométrica devido a pressão de vapor que é uma propriedade do fluido e foge ao alcance do projetista. Em seguida, aplicamos à equação a situação desse estudo. 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 𝑃𝑠 𝛾 + 𝑍𝑠 − ℎ𝑓𝑠 + 𝑃𝑎𝑡𝑚−𝑃𝑣𝑎𝑝 𝛾 = ( 𝑃𝑇𝑄 𝛾 + 𝑍𝑠 − ℎ𝑓𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) + ( 𝑃𝑎𝑡𝑚−𝑃𝑣𝑎𝑝 𝛾 ) 2.7.1- Influência da Temperatura no NPSH Analisando a expressão do NPSH identificamos que a Pressão de vapor e o peso específico são os únicos parâmetros que estão em função da Temperatura. O peso específico é função da temperatura, pois depende da massa específica que é função da temperatura. Focando no caso da água, que é o fluido de bombeio nesse estudo, mostramos abaixo os gráficos de pressão de vapor e da massa específica em função da temperatura. Parcela Projeto Gráfico 2.7 – Pvap [Pa] ; T[°C] 17 930 940 950 960 970 980 990 1000 1010 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5 7 0 7 5 8 0 8 5 9 0 9 5 1 0 0 Massa Específica da agua - 𝜌(T) A pressão de vapor passa de 611 Pa a 0°C para 101325 Pa a 100°C, um aumento de 16.583,5%. A massa específica passa de 999,82 kg/m3 a 0°C para 958,05 kg/m3 a 100°C, uma queda de 4,4%. Como o peso específico está no denominador, a queda de 4,4% representa um aumento nas duas parcelas da expressão, parcela projeto e parcela vaporização, aumentando o NPSH. Contudo esse aumento é desprezível comparado a diminuição do NPSH provocado pela diminuição da parcela vaporização devido ao aumento de 16.583,5% no valor da pressão de vapor da água. Portanto, podemos considerar a parcela vaporização a única parcela relevante para o efeito da temperatura no NPSH. O gráfico abaixo apresentaa parcela vaporização em função da temperatura para a água considerando pressão de vapor e peso específico como função de temperatura. 𝑓(𝑇) = 𝑃𝑎𝑡𝑚−𝑃𝑣𝑎𝑝(𝑇) 𝛾(𝑇) , onde: 𝛾(𝑇) = 𝜌(𝑇)𝑔 0 2 4 6 8 10 12 1 5 9 1 3 1 7 2 1 2 5 2 9 3 3 3 7 4 1 4 5 4 9 5 3 5 7 6 1 6 5 6 9 7 3 7 7 8 1 8 5 8 9 9 3 9 7 1 0 1 Parcela vaporização - f(T) Gráfico 2.8 – 𝜌[kg/m3] ; T[°C] Gráfico 2.9 – f[m] ; T[°C] 18 Observando o gráfico 2.9 percebemos como até 27°C a parcela vaporização contribui com dez metros o NPSH. De 95°C em diante, a parcela contribui com menos de dois metros. A 99°C sobram apenas 0,379m e a 100°C é zero. Portanto, fica evidente a influência da temperatura no NPSH. Acima dos 90°C não se pode esperar muita contribuição da parcela vaporização devendo quase completamente a parcela projeto levar o NPSH a alcançar a margem de segurança que evite cavitar. 2.7.2 – Recomendações para Impedir Cavitação em sistemas em Operação O objetivo desta seção é listar as soluções possíveis que parem a cavitação de uma bomba em um sistema em operação organizando de soluções mais simples até as mais complexas. 1) Trocador de Calor: Se a água bombeada estiver perto da temperatura de vaporização e houver outra linha próxima com temperatura menor, pode-se instalar um trocador de calor na sucção da bomba. Não deve ser considerada uma solução permanente, poisse perde energia térmica no sistema. O NPSH disponível aumenta devido à parcela de vaporização. Deve-se avaliar o custo energia térmica perdida comparada ao custo da água desperdiçada. Se o custo da energia térmica for maior, é economicamente melhor continuar desperdiçando água até que uma solução permanente resolva o problema. Essa decisão depende da temperatura do fluido bombeado e dos custos praticados pela água e pela fonte térmica. É uma solução de baixo custo e rápida de ser implementada. 2) Pequeno ajuste na linha para aumentar altura estática: Caso, a bomba não esteja no chão, pode-se cortar a linha e reinstalar a máquina no chão. Pode-se também elevar o tanque, caso o local onde estiver instalado permita e caso as linhas que alimentem o tanque tenham pressão suficiente. Ambas as soluções têm por objetivo aumentar o Head de sucção do sistema, que é a “parcela de projeto” do NPSH disponível. Não há perda térmica. Já pode ser considerada uma solução permanente. Sempre que possível, é preferível elevar o tanque, pois o custo é menor comparado a refazer as bases e instalações das bombas. 3) Trocar diâmetro da tubulação para diminuir perda de carga: Se as linhas tiverem sido mal projetadas ou a vazão nelas aumentou consideravelmente devida alguma mudança de projeto é possível que o NPSH disponível esteja baixo 19 devido à grande perda de carga das linhas. Incrustações e muitos anos de operação também provocam maior perda de carga. Neste caso, se a solução 2 não é capaz de resolver a cavitação, novas linhas com diâmetros adequados devem ser projetados. 4) Novas linhas/Deslocar bombas para ponto de maior NPSH disponível: Caso a troca de tubulação e deslocamento vertical de bomba e tanque não seja suficiente, o próximo passo é redesenhar as linhas deslocando as bombas para os pontos de maior NPSH disponível possível. Ou seja, a linha de sucção deve ser a mais curta possível para garantir a menor perda carga, mas de forma a garantir a maior altura de sucção. 5) Novas linhas/Deslocar bombas para um “buraco”: Caso a solução anterior não evite a cavitação por uma diferença de poucos metros, pode-se aumentar a altura de sucção fazendo um buraco e realocando as bombas ali. 6) Pressurizar tanque/ trocar para desaerador: Se o local de trabalho não permitir a solução anterior, como operações em navios e plataformas, pode-se adotar um tanque pressurizado ou utilizador um desaerador pressurizado. 7) Trocar Bombas: Em última hipótese deve-se procurar trocar as bombas para as de NPSH requerido menor. Pode-se adotar o dobro das bombas mas com a metade da vazão operando em paralelo. Bombas menores costumam ter NPSH requerido menor. 2.8 – Ponto de Trabalho, Altura Manométrica e NPSH do projeto No Capítulo 3 calcularemos a altura manométrica do sistema atual e no 4 calcularemos a altura manométrica das soluções propostas. Quando projetando um sistema, esse cálculo é necessário para analisar se uma determinada bomba suporta a demanda de energia além de determinar o ponto de trabalho operando com essa bomba. Ademais, a altura manométrica de sucção entra no cálculo do NPSH disponível da bomba que é o parâmetro usado para avaliar cavitação. Neste projeto, o objetivo é provar que a instalação presente faz as bombas cavitarem e depois propor soluções para o problema. 20 As soluções propostas para serem aprovadas tecnicamente deverão obedecer dois critérios: a nova diferença entre NPSH requerido e disponível deverá ser maior que a margem de segurança e a nova altura manométrica total do sistema deverá ser menor que a atual. Dessa forma, podemos esperar das soluções propostas um aumento da altura manométrica de sucção acompanhado de um aumento menor ou nulo da altura manométrica de descarga. Ou seja, as soluções deverão aumentar o NPSH disponível, e por consequência aumentar a diferença entre NPSH disponível e requerido, além de manter ou diminuir a altura manométrica total. As equações 2.x a 2.x abaixo demonstram isso. 𝐻𝑁𝑜𝑣𝑜 =↑ 𝐻𝑑𝑛𝑜𝑣𝑜 −↑ 𝐻𝑠𝑛𝑜𝑣𝑜 < 𝐻𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙 𝐻𝑠𝑛𝑜𝑣𝑜 = 𝑃𝑠 𝛾 + 𝑍𝑠 ↑ −ℎ𝑓𝑠 ↓> 𝐻𝑠𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝐻𝑑𝑛𝑜𝑣𝑜 = 𝑃𝑑 𝛾 + 𝑍𝑑 ↑ +ℎ𝑓𝑑 ↓≥ 𝐻𝑑𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝𝑛𝑜𝑣𝑜 =↑ 𝐻𝑠 + 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣𝑎𝑝 𝛾 = ( 𝑃𝑠 𝛾 + ↑ 𝑍𝑠 −↓ ℎ𝑓𝑠) + 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣𝑎𝑝 𝛾 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙 ↑ 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝𝑛𝑜𝑣𝑜 − 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 ≥ 0,6𝑚 No capítulo 4, ao final de cada solução proposta é analisado se os critérios são atendidos. Na secção 5.3 os resultados são comparados em uma tabela só onde a obediência a esses critérios é evidente. A mudança da altura manométrica total desloca o ponto de trabalho como mostrado na figura 2.x abaixo. Contudo, como será visto mais adiante, a redução é muito pequena modificando muito pouco o ponto de trabalho tornando desnecessário refazê-lo para cada solução. A mudança mais sensível será no aumento do NPSH disponível. Todas as soluções propostas tiveram válvulas globo especificadas para a descarga, permitindo assim que se retorne ao ponto de trabalho antigo. Gráfico 2.10 21 Figura 3.2: Perspectiva Isométrica sem Caldeiras 3 – Projeto Atual 3.1 – Descrição, diagrama simplificado, CAD e fotos Caldeira Bomba Linha ATA-24 Schneider ME-2475 AA’ DanPower KSB Movitec VF 10/10 BB’ ATA-22 Schneider ME-2383 BCC’ O CAD acima reproduz as linhas atuais de água das caldeiras saindo do tanque de condensado e entrando nas bombas de alimentação das caldeiras. As tubulações em azul são de 2 ½”, em amarelo são de 2”, e em vermelho são de 1 ½”. A TQNovo TQAntigo Ata24 DanPower Ata 22 T A B C A' Figura 3.1: Perspectiva Isométrica com Caldeiras C’ B’ Tabela 3.1 22 Figura 3.3: Vista Frontal Sala das Caldeiras a gás tubulação sai do taque antigo de condensado e segue paralelamente ao chão. As linhas seguem para as respectivas caldeirasdescendo abaixo do nível chão em uma calha, sobem e terminam na sucção das bombas. A bomba Schneider ME-2475, ligada ao trecho AA’, é dedicada à alimentação da caldeira ATA-24, a esquerda da figura 3.3, abaixo. A Bomba KSB Movitec VF 10/10, ligada ao trecho BB’, é dedicada à alimentação da caldeira DanPower, ao centro da foto. A bomba Schneider ME-2375, ligada ao trecho BCC’, é dedicada à alimentação da caldeira ATA-22, a direita da foto. Vapor é gerado a 6,5 bar com finalidade de ser utilizado nos processos da fábrica de refrigerantes e também na planta de CO2 quando necessário. A caldeira ATA-24 é ligada diretamente para a empresa de refrigerantes enquanto a DanPower e ATA-22 seguem para um coletor de vapor que distribui para a fábrica de refrigerantes e, se necessário, planta de CO2. A ligação direta para a fabrica de refrigerantes não possui medidor de vazão enquanto a saída do coletor de vapor possui. Por esse motivo, a configuração de operação mais usada é DanPower e ATA-22 ligadas e ATA- 24 em stand-by podendo ser acionada em caso de falha, manutenção de alguma outra caldeira ou para manter a pressão das linhas de vapor quando é necessário vapor auxiliar na planta de CO2. Este é o caso mais crítico de operação. As três caldeiras ficam ligadas e suas respectivas bombas ligadas simultaneamente. 23 Acima à esquerda,Figura 3.4: Bomba Schneider ME-2475 Acima à direita, Figura 3.5: Bomba KSB Movitec VF 10/10 Ao lado, Figura 3.6: Bomba Schneider ME-2375 Os operadores das caldeiras relatam cavitação das bombas de alimentação com três caldeiras ligadas ou qualquer combinação de duas caldeiras ligadas. Para que as bombas não cavitem, faz-se a seguinte manobra para abaixar a temperatura da água que vai para as bombas: parte do retorno de condensado é desviada para o ralo antes de entrar nos tanques fazendo com que o nível do tanque desça e acione a abertura da válvula pneumática de água de reposição da Cedae que, a temperatura ambiente, completa o nível do tanque, diminui a temperatura da água e evita a cavitação. 3.2 – Temperatura do retorno de condensado - pesquisa de campo Entender como varia a temperatura no tanque de condensado é essencial para prever a temperatura da água que chegará nas bombas, o que é um dos fatores crucias para a cavitação como descrito na secção 2.8.1. Essa informação não é somente importante para o estudo de cavitação para a instalação atual mas igualmente importante para desenvolver um projeto de solução. Portanto foi levantado o histórico do medidor de temperatura VC_TT_100 situado na linha de retorno de condensado, próximo da entrada do tanque como visto na figura 3.8. Na figura 3.9, é possível ver como a temperatura de retorno da água varia a cada hora em um dia 24 Figura 3.7: Entrada do retorno de condensado no tanque antigo. É possível ver o medidor VC_TT_100 e o vapor saindo da tampa do tanque típico de operação. Na figura 3.10, é possível ver uma semana de operação. Observando a figura 3.9 do dia 26 de outubro de 2015 o sensor registrou surpreendentes 4 horas de retorno a praticamente 100 °C. Na figura 3.10, o sensor registrou que o dia 27 de outubro de 2015 operou metade do dia em temperatura igual ou muito próxima de 100 °C. Passando pelos dias e meses do histórico do medidor este padrão se repetia – variação de 40° a 100°C com dias de longos períodos de retorno de condensado a 100°C. A primeira vista parecia que o instrumento estivesse descalibrado. Por outro lado, a temperatura máxima registrada pelo medidor era de 100°C, o que faz sentido já que a água a pressão atmosférica, que é o caso aqui visto que o tanque é atmosférico, não poderia ultrapassar 100°C. Se o fizesse, sem dúvida estaria descalibrado. Os operadores e engenheiro que foram questionados mostraram-se céticos quanto a temperatura altíssima registrada naquele ponto durante período tão longo de tempo. Os dados não pareciam confiáveis. Tendo em vista a importância da informação foi levado um termômetro manual diariamente para a planta e por diversas vezes foi medida a temperatura da água que era desviada antes de passar pelo medidor e entrar no tanque, que ia para o esgoto. Na saída da tubulação do desvio, próximos ao ralo puderam ser aferidos temperaturas entre 60° a 98,4°C consistentemente. Dessa forma, o medidor parecia fazer sentido, mas a temperatura de 100 °C ainda não parecia crível. Foi requisitado ao operador que avisasse quando este medidor registrasse a temperatura de 100 °C. Quando isto ocorreu, indo ao tanque de condensado, pode se entender a situação. Da tampa do tanque saía muito vapor, conforme a figura3.7. Logo, o retorno nestes períodos medidos a 100 °C eram na verdade mistura de condensado e vapor, tirando qualquer dúvida a respeito do medidor e fazendo os dados do histórico fidedignos. 25 É importante ressaltar que sem o desvio no retorno de condensado o projeto previa30% de reposição de água diretamente no tanque. Contudo, seria precipitado fazer um balanço de energia pela expressão de calor sensível para achar uma temperatura final de projeto da água no tanque. Esse dado nos permite assumir apenas que haja uma reposição global de 30% de água. Ou seja, sem desvio, uma análise semanal ou mensal provavelmente seria constatado esse valor. Observando a temperatura de retorno do condensado por hora ou por dia nas figuras 3.9 e 3.10é possível intuir que essa reposição deva ocorrer de forma não uniforme ao longo de curtos períodos de tempo. Durante mais de dez horas do dia 27 de Outubro de 2015 mistura de vapor e condensado foi despejado no tanque. Isto se deve ao baixo consumo de vapor pelafábrica de refrigerantes. Nestes períodos de baixa demanda, a perda é desprezível, todo vapor enviado retorna como mistura de condensado e vapor mantendo a válvula de água de reposição fechada, supondo que o desvio fosse fechado. A reposição ocorrerá nos períodos de alta demanda, quando o retorno da fábrica volta entre 70°C e 40°C. Se um gráfico de temperatura da agua no tanque fosse traçado, os picos das figuras 3.9 e 3.10 seriam mantidos porque não haveria reposição e os vales abaixariam ainda mais de valor pois a temperatura seria da mistura com a água de reposição. Portanto, apesar dos 30% de água de reposição prevista, podemos assumir que depois de algumas horas de baixa demanda o tanque de condensado estará cheio de água muito quente. Desse modo, tanto para o estudo de cavitação da instalação atual quanto para a solução do problema, será adotada a premissa de que a temperatura da água de bombeio será de 99°C. 26 Fi gu ra 3 .8 : P ai n el d e C o n tr o le d o S u p er vi só ri o – S is te m a d e v ap o r e co n d en sa d o d as a n ti ga s ca ld ei ra s A TA -2 2 e A TA -2 4 . S en so r d e te m p er at u ra V C _T T_ 1 0 0 n a en tr ad a d o t an q u e s in al iz ad o 27 Fi gu ra 3 .9 : H is tó ri co d e te m p er at u ra d e re to rn o d e co n d en sa d o a c ad a h o ra . S in al iz ad o : E n tr e 1:0 0 e 6 :0 0 d a m an h ã d o d ia 2 6 /1 1 /2 0 1 5 m ai s d e 4 h o ra s d e o p er aç ão p ró xi m o a 1 0 0 ° C 28 Fi gu ra 3 .1 0 : H is tó ri co d e te m p er at u ra d e re to rn o d e co n d en sa d o a c ad a d ia . S in al iz ad o : p er ío d o d o d ia 2 7 /1 1 /2 0 1 5 m ai s d e 1 0 h o ra s d e o p er aç ão p ró xi m o a 1 0 0 ° C 29 Figura 3.11: Linha AA’ sem caldeira Figura 3.12: Linha BB’ sem caldeira Figura 3.13: Linha BCC’ sem caldeira Figura 3.14: Detalhe da Saída do Tanque 3.3 - Outras Vistas e fotos 30 Figura 3.17: Detalhe Perspectiva Posterior Figura 3.16: Vista Lateral direita com Caldeiras Figura 3.15: Vista Frontal com Caldeiras 31 Figura 3.18: Detalhe do tanque de condensado antigo. Em cinza, saída de água e em verde entrada de água de reposição. A lado, figura 3.19: Detalhe do tanque de condensado antigo na frente e tanque novo ao fundo Ao lado, figura 3.20: Frente das caldeiras e tanque novo ao fundo 32 3.4 – Cálculo da perda de carga Foram dados pontos às linhas para facilitar o estudode perda de carga em cada pedaço da linha uma vez que a vazão, e por consequência a perda de carga, nas linhas TA e AB variam dependendo de quais bombas estiverem ligadas. A vazão que passa pelas linhas AA’, BB’ e BCC’ vão exclusivamente para sua respectiva bomba, e por isso apenas um estudo de perda de carga será necessário para estas linhas. Temos ao todo sete situações: Apartir do diagrama e da vazão demandada em cada caldeira podemos descrever a vazão em cada trecho da linha. O caso 1 ocorre quando apenas a caldeira Ata 22 está ligada e as demais estão desligadas. O caso 2 ocorre quando apenas a caldeira DanPower está ligada e as demais estão desligadas e assim sucessivamente. É possível identificar que para cada caso teremos uma vazão diferente no trecho TA, o que nos leva a 7 cálculos diferentes. No trecho AB, como nunca receberá a vazão da Ata 24, temos 3 casos. Nos demais trechos as vazões são sempre constantes o que nos leva a apenas 1 caso para cada linha.Os cálculos de perda de carga serão feitos de caso em caso conforme o Capítulo 2.. Vazão de condensado em ton/h Caso Caldeira Ligada TA AB AA' BB' BCC' 1 A22 5,5 5,5 0 0 5,5 2 DP 6,5 6,5 0 6,5 0 3 A24 4,8 0 4,8 0 0 4 DP&A22 12 12 0 6,5 5,5 5 DP&A24 11,3 6,5 4,8 6,5 0 6 A22&A24 10,3 5,5 4,8 0 5,5 7 DP&A22&A24 16,18 12 4,8 6,5 5,5 TQNovo TQAntigo Ata24 DanPower Ata 22 T A B C A' B' C' Tabela 3.2 33 Caso 1: Tubulação Vazão: 0,00153 ata 22 - TA Acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL Tipo quant 2 0,0525 0,7058 125878 1,26E+05 turbulento 0,02168 0,800 0,02032 Entrada na Tubulação 1 2 0,0525 0,14 0,7058 125878 1,26E+05 turbulento 0,02168 0,00147 0,190 0,00483 ampliação 2 - 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 0,25 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,00107 0,050 0,00062 válvula esfera 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 1 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,00427 0,350 0,01311 joelho aberto - soldado 3 2,5 0,0627 1,1 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,00470 2,5 0,0627 4,79 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,02047 Tubulação Vazão: 0,00153 ata 22 - AB acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2,5 0,0627 4,03 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,01723 0,800 0,00999 Tê - Fluxo em linha - rosqueado 1 Tubulação Vazão: 0,00153 ata 22 - BCC' acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2,5 0,0627 3,65 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,01560 0,800 0,00999 Tê - Fluxo em linha - soldado 1 2,5 0,0627 0,5 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,00214 0,300 0,00374 joelho 90° - raio longo - soldado* 1 2,5 0,0627 3,62 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,01547 0,300 0,00374 joelho 90° - raio longo - soldado* 1 34 2,5 0,0627 6,98 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,02983 0,300 0,00374 joelho 90° - raio longo - soldado 1 2,5 0,0627 0,58 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,00248 0,800 0,00999 joelho 90° - raio normal -rosqueado* 1 2,5 0,0627 2,96 0,4948 105400 1,05E+05 turbulento 0,02147 0,01265 2 0,0525 0,7058 0,200 0,00508 redução 2,5 - 2 pol. 1 2 0,0525 0,99 0,7058 125878 1,26E+05 turbulento 0,02168 0,01038 0,370 0,00940 joelho 90° - raio longo - soldado 1 2 0,0525 0,2 0,7058 125878 1,26E+05 turbulento 0,02168 0,00210 0,370 0,01879 joelho 90° - raio longo - soldado* 2 2 0,0525 0,18 0,7058 125878 1,26E+05 turbulento 0,02168 0,00189 0,050 0,00127 válvula Esfera 1 2 0,0525 0,7058 0,07339 Filtro Y - Mipel - rosqueado 1 2 0,0525 0,7058 0,050 0,00127 válvula Esfera 1 1,5 0,0408 0,42 1,1686 161975 1,62E+05 turbulento 0,02225 0,01595 0,210 0,01462 redução 2 para 1,5 pol. 1 1,5 0,0408 0,36 1,1686 161975 1,62E+05 turbulento 0,02225 0,01367 0,400 0,02785 joelho 90° - raio longo - soldado 1 1,5 0,0408 1,1686 1,200 0,08355 joelho 90° - raio normal - rosqueado 1 ℎ𝑓𝑇𝐴 1 = ℎ𝑓𝑟𝑇𝐴 + ℎ𝑓𝑙𝑇𝐴 = 0,03199 + 0,03887 = 0,07086𝑚 ℎ𝑓𝐴𝐵 1 = ℎ𝑓𝑟𝐴𝐵 + ℎ𝑓𝑙𝐴𝐵 = 0,01723 + 0,00999 = 0,02721𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ = ℎ𝑓𝑟𝐵𝐶𝐶′ + ℎ𝑓𝑙𝐵𝐶𝐶′ = 0,12227 + 0,26636 = 0,38863𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜1 𝐴22 = ℎ𝑓𝑇𝐴 1 + ℎ𝑓𝐴𝐵 1 + ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ 1 = 0,48665𝑚 35 Caso 2: Tubulação Vazão: 0,00181 danPower - TA acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2 0,0525 0,8341 148765 1,49E+05 turbulento 0,02139 0,800 0,02838 Entrada na Tubulação 1 2 0,0525 0,14 0,8341 148765 1,49E+05 turbulento 0,02139 0,00202 0,190 0,00674 ampliação 2 - 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 0,25 0,5848 124564 1,25E+05 turbulento 0,02112 0,00147 0,050 0,00087 válvula esfera 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 1 0,5848 124564 1,25E+05 turbulento 0,02112 0,00587 0,350 0,01831 joelho aberto - soldado 3 2,5 0,0627 1,1 0,5848 124564 1,25E+05 turbulento 0,02112 0,00646 2,5 0,0627 4,79 0,5848 124564 1,25E+05 turbulento 0,02112 0,02813 Tubulação Vazão: 0,00181 danPower - AB acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2,5 0,0627 4,03 0,5848 124564 1,02E+05 turbulento 0,02112 0,02367 0,800 0,01395 Tê - Fluxo em linha - rosqueado 1 Tubulação Vazão: 0,00181 danPower - BB' acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2,5 0,0627 0,5848 1,250 0,0218 Tê - Fluxo ramificado - rosqueado 1 2,5 0,0627 0,5848 0,190 0,0033 Joelho 45° - raio aberto - soldado 1 2 0,0525 0,8341 0,200 0,0071 redução 2,5 - 2 pol. 1 36 20,0525 3,62 0,8341 148765 1,49E+05 turbulento 0,02139 0,05232 0,370 0,0262 joelho 90° - raio longo - soldado 2 2 0,0525 7,75 0,8341 148765 1,49E+05 turbulento 0,02139 0,11201 0,200 0,0142 Joelho 45° - raio aberto - soldado 2 2 0,0525 0,2 0,8341 148765 1,49E+05 turbulento 0,02139 0,00289 0,050 0,0018 valvula esfera 1 2 0,0525 0,34 0,8341 148765 1,49E+05 turbulento 0,02139 0,00491 1,000 0,0355 joelho 90° - raio normal - rosqueado 1 2 0,0525 0,15 0,8341 148765 1,49E+05 turbulento 0,02139 0,00217 0,0734 Filtro Y - Mipel - rosqueado 1 1,5 0,0408 1,3810 0,210 0,0204 redução 2,0 - 1,5 pol. 1 ℎ𝑓𝑇𝐴 2 = ℎ𝑓𝑟𝑇𝐴 + ℎ𝑓𝑙𝑇𝐴 = 0,04395 + 0,05429 = 0,09825𝑚 ℎ𝑓𝐴𝐵 2 = ℎ𝑓𝑟𝐴𝐵 + ℎ𝑓𝑙𝐴𝐵 = 0,02367 + 0,01395 = 0,03761𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐵′ = ℎ𝑓𝑟𝐵𝐵′ + ℎ𝑓𝑙𝐵𝐵′ = 0,17444 + 0,20363 = 0,37807𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜2 𝐷𝑃 = ℎ𝑓𝑇𝐴 2 + ℎ𝑓𝐴𝐵 2 + ℎ𝑓𝐵𝐵′ = 0,51385𝑚 Caso 3: Tubulação Vazão: 0,00133 ata 24 - TA acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2 0,0525 0,6159 109857 1,10E+05 turbulento 0,02194 0,800 0,01547 Entrada na Tubulação 1 2 0,0525 0,14 0,6159 109857 1,10E+05 turbulento 0,02194 0,00113 0,190 0,00368 ampliação 2 - 2,5 pol. 1 37 2,5 0,0627 0,25 0,4318 91986 9,20E+04 turbulento 0,02178 0,00083 0,050 0,00048 válvula esfera 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 1 0,4318 91986 9,20E+04 turbulento 0,02178 0,00330 0,350 0,00998 joelho aberto - soldado 3 2,5 0,0627 1,1 0,4318 91986 9,20E+04 turbulento 0,02178 0,00363 2,5 0,0627 4,79 0,4318 91986 9,20E+04 turbulento 0,02178 0,01582 Tubulação Vazão: 0,00133 ata 24 - AA' acidentes DN diam(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2,5 0,0627 0,4318 1,250 0,01188 Tê - Fluxo ramificado - rosqueado 1 2 0,0525 3,62 0,6159 109857 1,10E+05 turbulento 0,02194 0,02927 0,200 0,00387 redução com bucha 2,5 para 2 1 2 0,0525 5,98 0,6159 109857 1,10E+05 turbulento 0,02194 0,04835 0,300 0,00580 Joelho 45° - raio curto - rosqueado 1 2 0,0525 0,57 0,6159 109857 1,10E+05 turbulento 0,02194 0,00461 1,000 0,01934 joelho 90° - raio curto - rosqueado 1 2 0,0525 2,96 0,6159 109857 1,10E+05 turbulento 0,02194 0,02393 0,370 0,00716 Joelho 90° - raio aberto - soldado 1 2 0,0525 0,33 0,6159 109857 1,10E+05 turbulento 0,02194 0,00267 1,000 0,03868 joelho 90° - raio curto - rosqueado* 2 2 0,0525 0,6159 1,000 0,01934 joelho 90° - raio curto - rosqueado 1 2 0,0525 0,6159 0,150 0,00290 válvula gaveta - rosqueado 1 2 0,0525 0,6159 0,000 0,10274 filtro tipo cesta com tela de latão 1 1,5 0,0408 0,65 1,0198 141360 1,41E+05 turbulento 0,02245 0,01896 0,210 0,01114 redução 2 para 1,5 1 1,5 0,0408 0,37 1,0198 141360 1,41E+05 turbulento 0,02245 0,01079 0,310 0,03288 Joelho 45° - raio curto - rosqueado 2 ℎ𝑓𝑇𝐴 3 = ℎ𝑓𝑟𝑇𝐴 + ℎ𝑓𝑙𝑇𝐴 = 0,02472 + 0,02961 = 0,05432𝑚 38 ℎ𝑓𝐴𝐴′ = ℎ𝑓𝑟𝐴𝐴′ + ℎ𝑓𝑙𝐴𝐴′ = 0,13869 + 0,25566 = 0,39435𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜3 𝐴24 = ℎ𝑓𝑇𝐴 3 + ℎ𝑓𝐴𝐴′ = 0,44870𝑚 Caso 4: Tubulação Vazão: 0,00333 danPower& ata 22 - TA acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2 0,0525 1,5398 274643 2,75E+05 turbulento 0,02059 0,800 0,09671 Entrada na Tubulação 1 2 0,0525 0,14 1,5398 274643 2,75E+05 turbulento 0,02059 0,00664 0,190 0,02297 ampliação 2 - 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 0,25 1,0796 229964 2,30E+05 turbulento 0,02013 0,00477 0,050 0,00297 válvula esfera 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 1 1,0796 229964 2,30E+05 turbulento 0,02013 0,01908 0,350 0,06239 joelho aberto - soldado 3 2,5 0,0627 1,1 1,0796 229964 2,30E+05 turbulento 0,02013 0,02099 2,5 0,0627 4,79 1,0796 229964 2,30E+05 turbulento 0,02013 0,09138 Tubulação Vazão: 0,00333 danPower& ata 22 - AB acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2,5 0,0627 4,03 1,0796 229964 2,30E+05 turbulento 0,02013 0,07688 0,800 0,04754 Tê - Fluxo em linha - rosqueado 1 ℎ𝑓𝑇𝐴 4 = ℎ𝑓𝑟𝑇𝐴 + ℎ𝑓𝑙𝑇𝐴 = 0,14285 + 0,18505 = 0,32790𝑚 39 ℎ𝑓𝐴𝐵 4 = ℎ𝑓𝑟𝐴𝐵 + ℎ𝑓𝑙𝐴𝐵 = 0,07688 + 0,04754 = 0,12442𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐵′ = 0,37807𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ = 0,38863𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜4 𝐷𝑃 = ℎ𝑓𝑇𝐴 4 + ℎ𝑓𝐴𝐵 4 + ℎ𝑓𝐵𝐵′ = 0,83052𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜4 𝐴22 = ℎ𝑓𝑇𝐴 4 + ℎ𝑓𝐴𝐵 4 + ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ = 0,84089𝑚 Caso 5: Tubulação Vazão: 0,00314 danPower& ata 24 - TA acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2 0,0525 1,4500 258622 2,59E+05 turbulento 0,02065 0,800 0,08576 Entrada na Tubulação 1 2 0,0525 0,14 1,4500 258622 2,59E+05 turbulento 0,02065 0,00590 0,190 0,02037 ampliação 2 - 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 0,25 1,0166 216550 2,17E+05 turbulento 0,02021 0,00425 0,050 0,00263 válvula esfera 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 1 1,0166 216550 2,17E+05 turbulento 0,02021 0,01698 0,350 0,05533 joelho aberto - soldado 3 2,5 0,0627 1,1 1,0166 216550 2,17E+05 turbulento 0,02021 0,01868 2,5 0,0627 4,79 1,0166 216550 2,17E+05 turbulento 0,02021 0,08135 ℎ𝑓𝑇𝐴 5 = ℎ𝑓𝑟𝑇𝐴 + ℎ𝑓𝑙𝑇𝐴 = 0,14285 + 0,18505 = 0,32790𝑚 40 ℎ𝑓𝐴𝐵 5 = ℎ𝑓𝐴𝐵 2 = 0,03761𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐵′ = 0,37807𝑚 ℎ𝑓𝐴𝐴′ = 0,39435𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜5 𝐷𝑃 = ℎ𝑓𝑇𝐴 5 + ℎ𝑓𝐴𝐵 5 + ℎ𝑓𝐵𝐵′ = 0,70686𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜5 𝐴24 = ℎ𝑓𝑇𝐴 5 + ℎ𝐴𝐴′ = 0,68556𝑚 Caso 6: Tubulação Vazão: 0,00286 ata22 & ata 24 - TA acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2 0,0525 1,3217 235735 2,36E+05 turbulento 0,02076 0,800 0,07125 Entrada na Tubulação 1 2 0,0525 0,14 1,3217 235735 2,36E+05 turbulento 0,02076 0,00493 0,190 0,01692 ampliação 2 - 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 0,25 0,9266 197386 1,97E+05 turbulento 0,02034 0,00355 0,050 0,00219 válvula esfera 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 1 0,9266 197386 1,97E+05 turbulento 0,02034 0,01420 0,350 0,04597 joelho aberto - soldado 3 2,5 0,0627 1,1 0,9266 197386 1,97E+05 turbulento 0,02034 0,01562 2,5 0,0627 4,79 0,9266 197386 1,97E+05 turbulento 0,02034 0,06802 41 ℎ𝑓𝑇𝐴 6 = ℎ𝑓𝑟𝑇𝐴 + ℎ𝑓𝑙𝑇𝐴 = 0,10632 + 0,13633 = 0,24265𝑚 ℎ𝑓𝐴𝐵 6 = ℎ𝑓𝐴𝐵 1 = 0,02721𝑚 ℎ𝑓𝐴𝐴′ = 0,39435𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ = 0,38863𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜6 𝐴22 = ℎ𝑓𝑇𝐴 6 + ℎ𝑓𝐴𝐵 6 + ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ = 0,65844𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜6 𝐴24 = ℎ𝑓𝑇𝐴 6 + ℎ𝐴𝐴′ = 0,63696𝑚 Caso 7: Tubulação Vazão: 0,00467 danPower& ata 22 & ata 24 - TA acidentes DN Dint(m) L(m) vel(m/s) Re Ord.G. Esc. f hfr(m) K hfL tipo quant 2 0,0525 2,1557 384500 3,85E+05 turbulento 0,02028 0,800 0,18956 Entrada na Tubulação 1 2 0,0525 0,14 2,1557 384500 3,85E+05 turbulento 0,02028 0,01282 0,190 0,04502 ampliação 2 - 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 0,25 1,5114 321950 3,22E+05 turbulento 0,01975 0,00917 0,050 0,00582 válvula esfera 2,5 pol. 1 2,5 0,0627 1 1,5114 321950 3,22E+05 turbulento 0,01975 0,03668 0,350 0,12229 joelho aberto - soldado 3 2,5 0,0627 1,1 1,5114 321950 3,22E+05 turbulento 0,01975 0,04035 2,5 0,0627 4,79 1,5114 321950 3,22E+05 turbulento 0,01975 0,17570 42 ℎ𝑓𝑇𝐴 7 = ℎ𝑓𝑟𝑇𝐴 + ℎ𝑓𝑙𝑇𝐴 = 0,27471 + 0,36269 = 0,63741𝑚 ℎ𝑓𝐴𝐵 7 = ℎ𝑓𝐴𝐵 4 = 0,12442𝑚 ℎ𝑓𝐴𝐴′ = 0,39435𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ = 0,38863𝑚 ℎ𝑓𝐵𝐵′ = 0,37807𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜7 𝐴22 = ℎ𝑓𝑇𝐴 7 + ℎ𝑓𝐴𝐵 7 + ℎ𝑓𝐵𝐶𝐶′ = 1,15064𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜7 𝐴24 = ℎ𝑓𝑇𝐴 7 + ℎ𝐴𝐴′ = 1,03172𝑚 ℎ 𝑓𝐶𝑎𝑠𝑜7 𝐷𝑃 = ℎ𝑓𝑇𝐴 7 + ℎ𝑓𝐴𝐵 7 + ℎ𝑓𝐵𝐵′ = 1,13982𝑚 *Conexões envolvidas com isolamento 43 Tabela 3.3: Resultados Instalação Atual Tabela 3.4: Head Total Instalação atual 3.5 – Análise TécnicaA tabela 3.3 acima concentra todas informações para a análise da instalação atual das linhas de condensado. O caso 4, quando a ATA-22 e DanPower estão ligadas, está destacado em vermelho pois é o caso mais comum de operação. O caso 6 é o segundo caso mais usado. A área em azul resume todas as contas de perda de carga feitas na seção 3.4. Em branco temos o Head de sucção do sistema. Em laranja é apresentado o NPSH disponível, em que a parcela constante devido a temperatura está destacada em roxo. Em cinza, temos o quadro mais importante: a diferença entre NPSH disponível e NPSH requerido. Como apresentado na seção 2.7, essa diferença deve ser positiva para que não haja cavitação e uma margem de 0,6m a 1,0m é necessária para garantir isto. A tabela 3.4 ao lado apresenta o Head total estimado do sistema (ou altura manométrica total estimado), e assim foi Temperatura: 99 0,05 Efeito da Temp. no NPSH-d: 0,37916Rugosidade Absoluta: (NPSH-disp) - (NPSH-req)(hf-tot) perda de carga total (Hs) Head de sucção NPSH-disp- ata22 danP ata24 ata22 danP ata24 ata22 danP ata24 ata22 danP ata24 1 0,487 - - 2,523 - - 2,902 - - 0,802 - - 2 - 0,514 - - 2,446 - - 2,825 - - 0,225 - 3 - - 0,449 - - 2,571 - - 2,950 - - 1,150 4 0,841 0,831 - 2,169 2,129 - 2,548 2,509 - 0,448 -0,091 - 5 - 0,707 0,686 - 2,253 2,334 - 2,632 2,713 - 0,032 0,913 6 0,659 - 0,637 2,351 - 2,383 2,731 - 2,762 0,631 - 0,962 Caso Caldeira Ligada: 7 1,151 1,140 1,032 1,859 1,820 1,988 2,239 2,199 2,367 0,139 -0,401 0,567 Caso 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 − 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 ≥ 0,6𝑚 0 ≤ 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 − 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 ≤ 0,6𝑚 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 − 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 ≤ 0 Hd* 85,0845 1 82,5612 - - 2 - 82,6385 - 3 - - 82,5132 4 82,9156 82,955 - 5 - 82,8315 82,7502 6 82,7331 - 82,7016 7 83,2251 83,2646 83,0964 Head Total atual:H=Hd*-Hs - Ca so Caldeira Ligada: 𝐻𝑠 = (𝑃𝑇𝑄 𝛾 + 𝑍𝑠 − ℎ𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = ( 𝑃𝑇𝑄 𝛾 + 𝑍 − ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) + ( 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣𝑎𝑝 𝛾 ) ( 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣𝑎𝑝 𝛾 ) 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 − 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 ≥ 0,6𝑚 𝐻𝑑 = ( 𝑃𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝛾 + 𝑍𝑑 − ℎ𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) (3.1) 𝐻𝑑∗ = ( 𝑃𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝛾 ) (3.2) 44 Tabela 3.5 – Fonte: Bibliografia 2 página 644 feito, pois o Head de descarga do sistema (Hd), equação 3.1, precisou ser estimado uma vez que a linha de recalque é escopo do fabricante da caldeira e não se tem informação sobre isso. Contudo, é razoável assumir que a linha até entrar na caldeira seja pequena e que a altura também seja. Logo, podemos considerar os valores Zd e hd-total muito pequenos comparado a parcela devido a pressão da caldeira de modo que o Head de descarga estimado (Hd*), equação 3.2, pode ser seguramente adotado. A altura manométrica total do sistema atual está definida. Assim, como temos as curvas do Head das bombas e as vazões temos o ponto de trabalho atual definido para todas as bombas. Para todas as soluções propostas o ponto de trabalho se deslocará sutilmente como explicado na secção 2.8. Na tabela 3.6encontra-se somente a parte de diferença entre NPSH disponível e requerido para a instalação atual variando-se valores de rugosidade e temperatura. O restante da tabela e as tabelas de cálculo de perda de carga foram omitidos por motivo de espaço. Segundo Macintyre, “a maior ou menor rugosidade com o tempo de uso depende da natureza do material do tubo e das propriedades químicas do líquido e dos materiais que tenham em suspensão ou em dissolução. Depende ainda da temperatura e da velocidade de escoamento”. Em seguida, o autor indica a tabela ao lado para a escolha das rugosidades. Colebrook e White sugerem para tubos de aço somar 0,01 a 0,1mm por ano de uso à rugosidade original do tubo. Nota-se a enorme incerteza que há em se prever a rugosidade em tubulações antigas. Por outro lado, uma inspeção visual realizada quando se abriu os filtros apresentou evidente oxidação no interior das tubulações. Ademais, a instalação existe há mais de 30 anos, sempre usando água bruta da Cedae. Dessa forma, não seria exagero assumir rugosidade de 1,2mm. A tabela 3.6 utiliza valores de rugosidade entre 0,2 e 1,2mm para avaliar como a rugosidade afeta a cavitação. A temperatura de bombeio já foi discutida anteriormente, valores menores que 99°C foram fornecidos apenas para comparação. Material da Tubulação Rugosidade (mm) Aço, revestimento esmalte centrifugado 0,01 a 0,06 Aço enferrujado ligeiramente 0,15 a 0,30 Aço enferrujado 0,40 a 0,60 Aço muito enferrujado 0,90 a 2,40 45 Tabela 3.6 Portanto, observando as tabelas 3.3 e 3.6, podemos afirmar que a instalação terá as bombas cavitando. As contas constatam o que se observa na planta. É possível notar também como o caso 6, ATA-22 e ATA-24 ligadas, é tecnicamente sempre a melhor configuração de operação de duas caldeiras ligadas para evitar cavitação. Contudo, restringir a operação a estas duas não é aceitável. Haverá momentos em que serãonecessárias as três caldeiras ligadas, o caso 7, e as bombas certamente irão cavitar. A instalação precisa acomodar todos os casos de operação. Outro motivo contrário a operação do caso 6 é que não se aproveitaria a DanPower, caldeira nova e de melhor rendimento. Ademais, ainda não há medidor de vazão para o vapor gerado pela ATA-24, o que a torna a melhor opção financeirapara estar em stand-by e pioropçãofinanceira para que esteja ligada, o que justifica o caso 4 ser o mais usado atualmente. Antes da instalaçãoda terceira caldeira, a DanPower, só havia a ATA-22 e a ATA-24, o que configura o caso 6.A diferença entre NPSH requerido e disponível era positiva e possivelmente as bombas não cavitavam. As contas mostram que depois do “puxadinho” feito para instalação da DanPower as bombas passaram a cavitar sempre que a DanPower está ligada. Observando as linhas do caso 7 nas tabelas 3.3 e 3.6 é possível constatar que nenhuma análise de projeto deva ter sido feita para introdução da nova caldeira. A linha BB’foi puxada da linha existente sem que houvesse qualquer outra alteração na instalação. O aumento da vazão devido a terceira caldeira sem trocar o diâmetro da linha de sucção, levou ao aumento da perda de carga na linha, a diminuição do Head de sucção e do NPSH disponível. O desvio realizado no retorno de condensado antes da entrada no ata22 danP ata24 ata22 danP ata24 ata22 danP ata24 ata22 danP ata24 NPSHdisp - NPSHreq Ɛ: 0,2mm Ɛ: 0,4mm Ɛ: 0,6mm Ɛ: 1,2mm Caldeira Ligada: 1 0,748 - - 0,701 - - 0,664 - - 0,578 - - 2 - 0,143 - - 0,073 - - 0,019 - - -0,107 - 3 - - 1,096 - - 1,050 - - 1,013 - - 0,928 4 0,330 -0,230 - 0,232 -0,346 - 0,156 -0,435 - -0,020 -0,642 - 5 - -0,081 0,822 - -0,176 0,744 - -0,249 0,685 - -0,419 0,545 6 0,549 - 0,878 0,479 - 0,807 0,425 - 0,752 0,301 - 0,624 7 -0,031 -0,591 0,418 -0,171 -0,748 0,295 -0,278 -0,869 0,200 -0,525 -1,147 -0,019 99 °C Ca so 1 1,471 - - 1,424 - - 1,387 - - 1,301 - - 2 - 0,866 - - 0,797 - - 0,743 - - 0,617 - 3 - - 1,820 - - 1,773 - - 1,737 - - 1,651 4 1,053 0,493 - 0,955 0,377 - 0,879 0,288 - 0,703 0,082 - 5 - 0,642 1,545 - 0,548 1,468 - 0,474 1,408 - 0,305 1,269 6 1,272 - 1,602 1,203 - 1,531 1,149 - 1,476 1,024 - 1,348 7 0,692 0,132 1,141 0,553 -0,025 1,018 0,445 -0,145 0,923 0,198 -0,423 0,704 97 °C Ca so 1 2,150 - - 2,103 - - 2,066 - - 1,980 - - 2 - 1,545 - - 1,476 - - 1,422 - - 1,296 - 3 - - 2,499 - - 2,452 - - 2,416 - - 2,330 4 1,732 1,172 - 1,634 1,056 - 1,558 0,967 - 1,382 0,761 - 5 - 1,321 2,224 - 1,226 2,147 - 1,153 2,087 - 0,984 1,948 6 1,951 - 2,281 1,882 - 2,210 1,828 - 2,155 1,703 - 2,027 7 1,371 0,810 1,820 1,232 0,654 1,697 1,124 0,534 1,602 0,877
Compartilhar