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eBook - Direito Civil - Sucessões - Parte 1 pdf

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Olá estudante de Direito, obrigado pelo download deste eBook 
Tempo sempre foi uma das coisas mais preciosas em nossas vidas, ainda mais nos dias em que vivemos o tempo é 
curto e muito valioso! 
Devido a isso tivemos a ideia de reunir todo o nosso conhecimento para produzir um conteúdo organizado, 
estruturado e com linguagem fácil. Desta forma o teu aprendizado será muito mais rápido e eficiente 
// Didática deste eBook: 
 
Didática Organizada 
Matéria organizada e 
estruturada para ter uma linha 
de raciocínio e o melhor 
entendimento sobre o 
conteúdo 
 
Aprendizado Rápido 
Aprenda direito e aprenda 
rápido, não perca tempo com o 
que não traz resultado 
 
 
Linguagem Fácil 
Nem sempre a formalidade e a 
linguagem rebuscada ajuda, 
principalmente quando vamos 
aprender algo que ainda não 
sabemos 
 
Qualquer dúvida, sugestão, crítica ou feedback que tiver, por favor, envie em nosso e-mail: 
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“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 
 
 
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DIREITO CIVIL 
Antes de iniciar o conteúdo é importante enxergar em qual parte estamos na linha do tempo do estudo do Direito Civil 
No Direito Civil Parte Geral se estuda: Pessoa, Bem e Atos 
Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição e Extinção e 
Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos) 
No Direito das Obrigações se estuda a obrigação entre as 
pessoas 
No Direito Contratual ou Contratos em Espécie se estuda o 
vínculo das obrigações estipuladas entre pessoas 
No Direito das Coisas ou Direito Real, estudamos o vínculo 
entre pessoa e objeto 
No Direito da Família, se estuda o vínculo entre pessoas e 
pessoas ♥ 
Agora, no Direito das Sucessões, iremos estudar a 
transmissão de bens, direito e obrigações em razão da morte 
de alguém (Art. 1784 ao 1856 CC) 
PARTE 1 - Da Sucessão em Geral e Sucessões Legítima 
 
TÓPICO 1 – NOÇÕES DE HERANÇA 
Depois de tudo que estudamos, desde o nascimento de uma 
pessoa, do relacionamento dela com outras pessoas e coisas, 
o que falta estudarmos dentro do CC é a morte 
Logo neste início já grave essa nomenclatura que é muito 
utilizada em sucessões: de cujus : aquele de cuja a morte se 
trata 
Lembrando: a morte pode ser real (regra) ou ficta (morte 
presumida – Art. 7º CC) 
Direito das Sucessões é um campo específico do Direito Civil 
em que estuda a transmissão de bens, direitos e obrigações 
em razão da morte de uma pessoa 
Assim sendo, Sucessão é a substituição da titularidade de 
tudo o que o de cujos tinha para outra(s) pessoa(s), ou seja, 
assume o lugar do falecido 
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA SERÁ ESTUDADA NO SEGUNDO 
EBOOK DE DIREITO DAS SUCESSÕES 
A sucessão pode se dar a Título Universal ou a Título Singular: 
A primeira chamada Sucessão a Título UNIVERSAL acontece 
quando, pela morte, se transmite uma universalidade de 
bens, ou seja, a totalidade de um patrimônio, não 
importando a quantidade de herdeiros. O objeto desse tipo 
de sucessão chama-se herança 
O segundo chamada de Sucessão a Título SINGULAR ocorre 
por testamento, o testador deixa uma pessoa com um bem 
certo e determinado de seu patrimônio, criando, então, a 
figura do legatário 
Art. 1.784 CC - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários 
A herança é um somatório, em que se incluem os bens e as dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as obrigações, as 
pretensões e ações de que o falecido era titular 
A transmissão da herança é no momento da morte. Isso é muito importante porque podem ocorrer alguns efeitos, como por 
exemplo, o da comoriência (Art. 8º CC) 
Comoriência - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma hora, sem saber quem faleceu primeiro, serão presumido mortos 
simultaneamente. Desta forma, se os comorientes forem herdeiros entre si e falecerem em uma situação que não tem como saber 
quem morreu primeiro, abre-se duas linhas de sucessão distintas sem que um dos comorientes herde do outro para depois passar a 
sua herança aos seus sucessores 
 
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OBS.: Os deveres são herdados somente até o limite da herança. Acontece dessa forma para que o patrimônio dos herdeiros não 
seja afetado (Art. 1792 CC) 
OBS².: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do SAISINE (Art. 1787 CC): 
Determina que a lei vigente seja aplicada ao tempo da morte à sucessão e a legitimação para suceder. Deste modo, se o evento 
morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa será a norma que deverá ser aplicada 
Grave na Memória¹: O acervo dos bens deixados pelo falecido denomina-se espólio, trata de uma massa de bens sem personalidade 
jurídica 
Grave na Memória²: Art. 1785 CC - O lugar da abertura da sucessão ocorre no último domicílio do falecido, sendo esse o foro 
competente para processar o inventário e proceder a partilha. Porém como sempre, há exceções!! 
Importante lembrar que os bens situados no Brasil serão partilhados aqui, ainda que o último domicílio ou a morte da pessoa tenha 
ocorrido no exterior. Caso o de cujus não tivesse domicílio certo, o foro competente será o da situação dos bens, Se houver vários 
bens em foros diferentes, poderá ser feito em qualquer um deles e se não houver bens imóveis será o foro de qualquer um dos bens 
do espólio. (artigo 23, II e 48, ambos do CPC) 
 
 
Noções de Herança  CAPACIDADE SUCESSÓRIA 
Capacidade sucessória é a aptidão para receber os bens deixados pelo de cujus 
Pressupostos da capacidade sucessória: 
1. Morte do de cujus 
2. Sobrevivência do herdeiro 
3. O herdeiro precisa pertencer à espécie humana 
4. O herdeiro tem que ter: Parentesco, Casamento, União Estável ou Testamento 
 
OBS.: No momento da morte, se o herdeiro já estiver falecido, transmite a herança para o próximo herdeiro 
OBS².: Pessoa Jurídica só pode herdar por Testamento 
OBS³.: Desta forma, a sucessão se abre com a morte do de cujus, mas, se ocorrer isso e a mulher do de cujus estiver grávida, quando 
nascer o bebe, se estiver vivo irá herdar a parte dele, se estiver morto a herança será distribuída entre os outros herdeiros 
Delação Sucessória – É o lapso de tempo entre a abertura da sucessão e a declaração da sucessão 
 
Pessoas que NÃO podem ser nomeadas Herdeiras nem Legatárias: 
 A pessoa que escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos 
 As testemunhas do testamento 
 O concumbino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos 
 O tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como os que fizer ou aprovar o 
testamento 
 
 
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Noções de Herança  EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO 
Causas que pode haver a exclusão por indignidade e que autorizam a exclusão do herdeiro ou legatário da sucessão (Art. 1814 CC). 
Tratam-se de casos taxativos e que NÃO admitem interpretação extensiva ou analógica: 
 Os que houverem sido autores ou cúmplices em crime de 
homicídio doloso ou sua tentativa, contra a pessoa de 
cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, 
ascendente ou descendente 
OBS.: Não se estende, como se viu, aos casos de 
homicídio culposo, legítima defesa, estado de 
necessidade, exercício regular de direito, ou seja, em 
casos que o ato lesivo não é voluntário para efeito de 
afastar o agente da sucessão 
 Os que, por violência ou fraude, inibiram ou obstaram o 
decujus de livremente dispor de seus bens por ato de 
última vontade 
 Os que acusarem o de cujus caluniosamente em juízo ou 
incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu 
cônjuge ou companheiro 
OBS.: Para Carlos Maximiliano, não é necessária a 
condenação do herdeiro, bastando que este haja 
provocado ação penal. Para Maria Helena Diniz e 
Washington de Barros Monteiro, a prática de crimes 
contra a honra do herdeiro só ficará comprovada se 
houver prévia condenação do indigno no juízo criminal 
 
Declaração Jurídica da Indignidade 
Para a Exclusão do Herdeiro por Indignidade, é 
imprescindível que prévia declaração judicial, proferida em 
ação ordinária, movida contra o herdeiro por quem tenha 
legítimo interesse na sucessão, ou seja, por herdeiros ou 
legatários, credores, etc. O MP não possui legitimação para 
essa ação. O PRAZO para a propositura da ação declaratória 
de indignidade é de 4 ANOS contados da abertura da 
sucessão, sob pena de decadência (Art.1815 CC) 
 
 
Efeitos da Indignidade 
Os descendentes do indigno sucedem-no por representação, 
como se ele já fosse falecido na data da abertura da sucessão 
(Art. 1816 CC) 
O indigno não terá direito ao usufruto e à administração dos 
bens que a seus filhos menores houverem na herança ou à 
sucessão eventual desses bens (Art. 1816 e § único do CC) 
O indigno, apurada a obstação, ocultação ou destruição do 
testamento por culpa ou dolo, deve responder por perdas e 
danos. Não obstante sua exclusão na sucessão, o excluído da 
sucessão poderá representar seu pai na sucessão de outro 
parente, já que a pena deve ser considerada restritivamente 
 
 
Noções de Herança  ACEITAÇÃO DA HERANÇA (Art. 1804 e 1805 CC) 
Ato Jurídico pelo qual o herdeiro manifesta o seu desejo de receber o acervo hereditário 
Há 3 Espécies de Aceitação da Herança: 
 EXPRESSA – Manifestada positivamente por intermédio de declaração escrita por instrumento público ou particular 
 TÁCITA – Aquela que decorre da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro 
 PRESUMIDA – Se algum interessado saber se o herdeiro aceitará ou não a herança (ex.: credor do herdeiro) poderá requerer ao 
Juiz, após 20 dias da abertura da sucessão que dê ao herdeiro prazo razoável não maior de 30 dias para que se pronuncie se 
aceita ou não a herança. O silêncio é tido como aceito 
 
 
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Noções de Herança  RENÚNCIA DA HERANÇA 
É o ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara que NÃO aceita a herança que é transmitida. Deve sempre constar 
expressamente de instrumento público ou de termo judicial (Art. 1806 CC) 
Art. 1808 c/c Art. 1812 CC - A renúncia não admite condições, termos ou que seja em partes. Tanto a aceitação como a renúncia são 
atos irrevogáveis 
Em princípio a Lei diz que ninguém pode suceder o herdeiro renunciante, sendo sua cota acrescida aos herdeiros da sua classe 
Se todos renunciarem os filhos dos herdeiros irão herdar por serem os mais próximos dos herdeiros e não por serem a cota do 
herdeiro (Art. 1811 CC) 
 
 
Noções de Herança  CESSÃO DA HERANÇA 
A cessão da herança consiste na transferência parcial ou total do quinhão hereditário que o herdeiro legítimo ou testamentário faz 
de forma gratuita ou onerosa, que lhe foi atribuída com a abertura da sucessão 
Requisitos
 Capacidade do cedente para os atos da vida civil e de 
disposição de seus bens 
 Abertura da sucessão, pois é vedada a transação de 
herança de pessoa viva 
 Instrumento público, que é da essência do ato (Art. 
1793 CC) 
 Que a cessão seja feita antes da partilha 
 
Efeitos 
O cessionário assume, em relação aos direitos hereditários, a 
mesma condição jurídica do cedente (Art. 1793, § 1º CC) 
O cessionário, sucede à título singular e inter vivos 
O cessionário assume os débitos do espólio atinentes à 
porção cedida 
O cedente não responde, em regra pela evicção, salvo se 
enumerar os bens da herança e estes não existirem, ou se for 
privado da qualidade de herdeiro, que afirmou ter 
Os demais herdeiros possuem direito de preferência na 
aquisição da fração cedida, se se tratar de cessão à titulo 
oneroso 
 
 
Noções de Herança  HERANÇA JACENTE 
Ocorre quando NÃO houver herdeiro, legítimo ou testamentário ou quando for repudiada pelas pessoas sucessíveis (Art. 1819 CC) 
Constitui, assim, um acervo de bens arrecadados por morte do de cujus sujeito à administração e representação de um curador a 
quem incumbem os atos conservatórios (Art. 75, VI do CPC), sob fiscalização judicial durante um período transitório ata sua entrega 
ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância (Art. 1819 CC) 
Declarada a vacância, não prejudica os credores do falecido, que terão o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas nos 
limites da herança, e tampouco prejudicará os herdeiros que se habilitarem 
 
 
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Noções de Herança  MODALIDADES DE SUCESSÕES 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse eBook estudaremos somente a Sucessão Legítima com maiores detalhes, no próximo eBook (Direito das Sucessões – 
Parte 2) estudaremos a Sucessão Testamentária 
 
TÓPICO 2 – SUCESSÃO LEGÍTIMA 
É a que ocorre quando o falecido possui herdeiros obrigatórios que tem direito a recolher uma parte dos bens; ou quando o 
testador não dispõe de todos os seus bens; ou quando o testamento caduca ou ainda é considerado inválido 
Portanto, é possível haver sucessão legítima ainda que exista testamento e, não havendo testamento, a sucessão será deferida de 
acordo com a ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
A ordem de vocação hereditária é, então, uma relação preferencial, estabelecida na Lei em que as pessoas são chamadas a suceder 
ao finado 
Herdeiros necessários: Descendentes, Ascendentes e Cônjuge 
OBS.: Se a pessoa não tiver descendente, ascendente e cônjuge poderá fazer um testamento do total da herança 
 
 
 
SUCESSÃO LEGÍTIMA (“ab 
intertato”) 
•É aquela que decorre da aplicação 
da lei (obedecendo a ordem de 
vocação hereditária) – Hipótese de 
ausência de testamento válido ou 
ato de última vontade 
SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL 
•É aquela que ocorre quando o 
herdeiro sucede a totalidade dos 
bens do falecido, ou parte dele não 
específica 
SUCESSÃO DEFINITIVA 
•É aquela decorrente da morte ou 
ausência de uma pessoa 
SUCESSÃO PROVISÓRIA 
•É a denominação da sucessão do 
ausente enquanto não 
contemplado todos os requisitos da 
ausência 
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 
Arts 1857 a 1911 CC 
•É a proveniente de ato de última 
vontade ou testamento válido. A 
ordem foi escrita pelo morto 
quando em vida 
 
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Há algumas ORDENS DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA: 
Ordem das CLASSES SUCESSIVAS (Art. 1829 CC) 
 
 
 
OBS.: Para se aplicar essa ordem de vocação hereditária tem algumas regras 
Regras para APLICAÇÃO das Classes Sucessíveis 
1ª Regra) Uma classe sucessível só é chamada na 
ausência de herdeiros da classe anterior 
Ex.: Os ascendentes só irão herdar se o de cujus 
não tiver descendentes 
2ª Regra) Na mesma classe sucessível, os herdeiros mais 
próximos em grau, excluem os mais remotos, 
salvo direito de representação 
Ex.: Quem herda do de cujus são os filhos, não 
os netos, pois são os mais próximos em grau 
 
Ordem do MODO DE SUCEDER 
 
 
 
 
Ordem de PARTILHA DA HERANÇA 
 
 
OBS.: Não há representação para ascendente “Art. 1.852 CC - O Direito de Representação dá-se na linha reta descendente, mas 
nunca na ascendente”. Para ascendente a linha sempre se dá por linhas, ou seja, metade para linha materna e metade para linha 
paterna (Art. 1836 CC § 2
o
 - Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paternaherdam a metade, 
cabendo a outra aos da linha materna) 
1ª Classe Sucessível - Descendentes e Cônjuge (Dependendo do regime de bens) 
2ª Classe Sucessível - Ascendentes e Cônjuge 
3ª Classe Sucessível - Cônjuge 
4ª Classe Sucessível - Colateral 
Por DIREITO PRÓPRIO 
Ocorre quando todos herdeiros são 
chamados à sucessão e encontram-se 
na mesma classe e no mesmo grau 
Por DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 
Ocorre quando alguns herdeiros são 
chamados para suceder no lugar de 
outros 
Por DIREITO DE TRANSMISSÃO 
Ocorre depois de aberta a sucessão, 
sendo transmitida para outra pessoa. 
Pode ser objeto de negócio jurídico os 
bens de pessoa morta 
Por Cabeça 
Ocorre a partilha na 
sucessão por direito 
próprio 
Por Estirpe 
Ocorre a partilha 
decorrente do direito 
de representação 
Por Linhas 
Sucessão dos 
ascendentes 
 
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OBS².: Não havendo ascendente, descendente e cônjuge para herdar, quem herdará serão os colaterais, porém estando mortos os 
irmãos, herdarão os filhos destes, não havendo filhos herdarão os tios (Art. 1843 CC) 
OBS³.: Quando concorrerem irmãos bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe) com irmãos unilaterais (filhos do mesmo pai 
ou da mesma mãe), os irmãos bilaterais herdarão o DOBRO do que os irmãos unilaterais herdarem (Art. 1841 CC) 
Art. 1853 CC – Herança de irmãos e 
dos filhos destes quando mortos. É a 
única forma de direito de 
representação que a legislação aceita 
na linha transversal. Sendo filhos de 
irmãos concorrendo com irmãos vivos 
do de cujus 
Art. 1843, §2º CC – Se concorrem 
filhos de irmãos bilaterais com filhos 
de irmãos unilaterais, cada um deste 
herdará a metade do que herdar 
cada um daqueles 
 
Art. 1814 CC - São excluídos da 
sucessão os herdeiros ou legatários 
que praticarem determinados crimes. 
Ocorre a vacância e a docência da 
herança, sendo passada para o 
Município 
 
 
Sucessão Legítima  SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE 
Explicando um pouco sobre a concorrência em cada Regime de Bens do casamento: 
Regime da Comunhão Universal 
NÃO HÁ CONCORRÊNCIA do cônjuge sobrevivente com os 
descendentes do falecido, se o Regime de Bens no casamento 
era o da Comunhão Universal 
OBS.: Sendo o viúvo ou a viúva titular da meação, não há 
razão para que seja ainda herdeiro, concorrendo com filhos 
do falecido 
Regime da Separação Obrigatória 
Esse Regime é imposto pela Lei às pessoas que contraírem o 
matrimônio com inobservância das causas suspensivas, 
forem maiores de 70 anos ou dependerem de suprimento 
judicial para casar (Art. 1.641 CC) 
Essa separação é total e permanente, atingindo inclusive os 
bens adquiridos na constância do casamento 
Regime da Comunhão Parcial de Bens 
NÃO HAVERÁ ainda concorrência do cônjuge sobrevivente 
com os descendentes do falecido numa terceira hipótese 
cogitada na parte final do inc. I do art. 1.829 do CC: “se, no 
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver 
deixado bens particulares” 
HAVERÁ A CONCORRÊNCIA se, no Regime Parcial, o autor da 
herança deixou bens particulares 
Regime da Separação Convencional 
Por não constar das ressalvas do art. 1.829, inc. I do CC, 
HAVERÁ A CONCORRÊNCIA, ocorrendo o mesmo no que 
respeita ao Regime da Participação Final dos Aquestos 
 
 
HIPOTESES que o herdeiro NÃO CONCORRE com os descendentes (Art. 1829 e 1830 CC) 
 Se judicialmente separado do de cujus 
 Se, separado de fato há mais de 2 anos, não provar que a convivência se tornou insuportável sem culpa sua 
 Se casado com o de cujus no Regime da Comunhão Universal de Bens 
 Se casado com o de cujus no Regime da Separação Obrigatória de Bens 
 Se casado com o de cujus no Regime de Comunhão Parcial e o autor da herança NÃO houver deixado bens particulares 
 Se casado com o de cujus no Regime da Participação Final nos Aquestos e o autor da herança NÃO houver deixado bens 
particulares 
 
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HIPÓTESES em que o cônjuge CONCORRE com os descendentes 
 Casado com o de cujus no Regime da Separação Convencional 
 Casado no Regime da Comunhão Parcial e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares 
 Se casado no Regime da Participação Final nos Aquestos e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares 
 
Art. 1.832 CC – Em concorrência com os descendentes (Art. 1.829, I CC) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por 
cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer 
Ex.: Se, o casal tinha três filhos, e falece o marido, a herança será dividida, em partes iguais, entre a viúva e os filhos. Assim, o 
sobrevivente e cada um dos filhos receberão 25% da herança. Porém, se o falecido deixou quatro filhos ou mais, e tendo de ser 
reservado um quarto da herança para o cônjuge sobrevivente, este receberá quinhão maior, repartindo-se os três quartos 
restantes entre os quatro ou mais filhos. A repartição da herança por cabeça não irá, portanto, prevalecer nesse caso 
OBS.: No caso, de descendentes exclusivos do de cujus, isto é, de não serem descendentes comuns, como na hipótese da existência 
somente de filhos de casamento anterior, o cônjuge sobrevivente não terá direito à quarta parte da herança, cabendo somente a 
parte a cada um dos filhos 
Da mesma forma ocorre quando há descendentes comuns e descendentes unilaterais (Corrente adotada pela maioria das 
Doutrinas) 
Ex².: No caso de ocorrer a hipótese: A teve 3 filhos com B, depois casou-se pela separação convencional com C e teve mais 2 filhos. 
Sendo assim com a morte de A, quem irá herdar serão todos os filhos e C por cabeça e na mesma quantia, mesmo que C é 
ascendente de 2 filhos de A. A Doutrina diz isso, sendo que não há reserva de ¼ neste caso, no qual herda a cota igual por cabeça 
 
Sucessão Legítima  HERANÇA NA UNIÃO ESTÁVEL 
Leia e grave muito bem esse artigo e seus incisos: 
Art. 1790 CC – A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na 
vigência da união estável, nas condições seguintes: 
I – Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho 
II – Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles 
III – Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a 1/3 da herança 
IV – Não havendo parentes sucessíveis, terá direito a totalidade da herança 
OBS.: O companheiro ou companheiro terá direito a METADE dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável 
(Art. 1725 CC) 
OBS².: Sendo assim, se todos os bens do de cujus foram adquiridos antes da união estável, a companheira não herdará nada, 
herdando os bens somente os filhos do de cujus 
OBS³.: Da mesma forma não receberá a companheira se o de cujus recebeu alguma doação ou herança durante a união estável, 
mesmo que ele receba uma quantia em dinheiro e compre algo com isso (sub-rogação) 
 
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Nosso conteúdo de Direito Civil sobre Direito das Sucessões – Parte 1 encerra aqui 
 
Esperamos que este eBook ajude em seus estudos. O objetivo desta didática é fazer com que o entendimento 
do mundo jurídico fique muito mais fácil e que seu aprendizado seja rápido 
 
Desta forma você estará acelerando o seu conhecimento, economizando um tempo valioso e se preparando 
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