Buscar

Relatório Final Ane

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Relatório Final 
 
 
 
Mapeamento e Diagnóstico Ambiental do Território do Mosaico 
Mantiqueira – Subsídios à Identificação de Áreas Prioritárias e elaboração 
de Programa de Pagamento por Serviços Ambientais 
 
 
 
 
 
 
 Bolsista: Ane Elisa Silva Bicudo 
Orientador: Profa. Dra. Danúbia Caporusso Bargos 
 
 2017 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
Título do Projeto: Mapeamento e Diagnóstico Ambiental da APA Mantiqueira 
– Subsídios à Identificação de Áreas Prioritárias e elaboração de Programa de 
Pagamento por Serviços Ambientais 
Bolsista: Ane Elisa Silva Bicudo 
Orientador: Profa. Dra. Danúbia Caporusso Bargos 
Processo: 
Linha de Fomento: Pesquisa - Programa unificado de bolsas 
Período de Vigência do Projeto: Agosto/2016 – Agosto/2017 
Período do Relatório: Agosto/2016 – Agosto/2017 
 
 
 
 
 
 
___________________________________ 
 
 Ane Elisa Silva Bicudo 
 
 
 
 
___________________________________ 
 Profa. Dra. Danúbia Caporusso Bargos 
 
RESUMO DO PROJETO 
O principal objetivo deste projeto consiste na realização de um 
diagnóstico socioambiental da Área de Proteção Ambiental da Serra da 
Mantiqueira, a fim de subsidiar a identificação de áreas prioritárias para 
implantação de um Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e, 
consequentemente, promover a manutenção da qualidade dos recursos 
hídricos da região. Para o alcance deste objetivo, serão utilizados dados 
socioeconômicos disponibilizados pelo IBGE e a base cartográfica digital dos 
municípios, o que produzirá um conjunto de dados e informações para 
ampliação do conhecimento sobre a área estudada; além de contribuir para a 
criação de um banco de dados espaciais que poderá auxiliar o poder público na 
elaboração de políticas e programas para gestão ambiental adequada da área. 
 
INTRODUÇÃO 
Este relatório tem como objetivo apresentar as principais atividades 
desenvolvidas pela bolsista Ane Elisa Silva Bicudo durante o período de Agosto 
de 2016 a Julho de 2017, referentes ao projeto de pesquisa “Mapeamento e 
Diagnóstico Ambiental do Território do Mosaico Mantiqueira – Subsídios à 
Identificação de Áreas Prioritárias e elaboração de Programa de Pagamento 
por Serviços Ambientais”, fomentada pelo Programa Unificado de Bolsas – 
2016/2017 da Universidade de São Paulo, sob a orientação da professora Dra. 
Danúbia Caporusso Bargos. 
 Devido à grande dificuldade para aquisição dos dados necessários para 
o Mapeamento e Diagnóstico Ambiental da área que compreende o Mosaico 
Mantiqueira, houve a necessidade de adaptação do projeto para uma escala 
menor. Assim, os resultados aqui apresentados compreendem as análises 
realizadas para a Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira 
(APASM). 
O relatório está dividido em cinco partes: 
 Na 1ª seção são apresentados os objetivos e a justificativa do 
projeto; 
 Na 2ª seção é apresentado um resumo das atividades 
desenvolvidas, buscando evidenciar aspectos gerais do 
desenvolvimento do projeto; 
 Na 3ª seção são apresentados os resultados encontrados em relação 
à seleção de prioritárias; 
 Na 4ª seção é feita uma descrição da área correspondente à APA 
Mantiqueira e uma análise acerca dos dados e informações 
levantadas sobre a região. 
 Na 5ª seção são colocadas as principais conclusões que foram 
obtidas a partir dos resultados do projeto. 
 Na 6ª seção do relatório estão listadas as referências bibliográficas 
utilizadas até o momento. 
 
1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO 
A Serra da Mantiqueira é uma das mais importantes cadeias montanhosas 
do sudeste brasileiro. Estende-se entre os estados de São Paulo (30%), Rio de 
Janeiro (10%) e Minas Gerais (60%), abrangendo municípios cujas altitudes 
variam entre 1.000 e 3.000 metros. A formação geológica desse maciço 
rochoso é da era Arqueana, ou seja, ocorreu há mais de 2,5 bilhões de anos. 
Em função da altitude, o clima da Serra Mantiqueira conta com 
temperaturas amenas ao longo do ano, podendo observar geadas durante o 
inverno. Nos picos mais elevados, também há registros de precipitações de 
neve. 
Os Biomas correspondentes à região da Serra da Mantiqueira são: a Mata 
Atlântica e a Mata de Araucárias. Apesar de ainda possuir grande diversidade 
biológica, a região da Mantiqueira encontra-se reduzida a pequenas áreas, 
devido ao intenso desmatamento ocorrido ao longo dos anos. A taxa anual de 
desmatamento até 1998 era de 5,76% ao ano e, da vegetação original da Mata 
Atlântica, restavam apenas 152.702 km², correspondendo a 12% da área total 
(Fundação SOS Mata Atlântica/ INPE/ IS,1998). 
 A Serra da Mantiqueira é considerada um nascedouro de bacias 
hidrográficas fundamentais para os três estados (São Paulo, Rio de Janeiro e 
Minas Gerais). Devido à crescente necessidade da definição de bacias para 
abastecimento público, a área tem ganhado maior importância. Assim, torna-se 
latente a necessidade da elaboração de políticas e programas de proteção dos 
recursos hídricos da Serra da Mantiqueira. 
É válido ressaltar que a proteção da natureza sempre se depara com 
duas questões complexas: o estabelecimento de áreas prioritárias para 
proteção e as formas de viabilizar essa proteção em longo prazo. Nesta 
perspectiva, tanto implementação quanto viabilização das áreas selecionadas 
para preservação representam um dos maiores desafios da atualidade 
 Para o gerenciamento dos recursos e do meio ambiente, deve-se 
considerar as interdependências das partes dos ecossistemas. A relação entre 
a degradação ambiental e a perda dos benefícios gerados em um ambiente 
equilibrado torna evidente a interdependência entre a saúde dos ecossistemas 
e a manutenção dos sistemas econômicos e sociais. Desse modo, há a 
necessidade de políticas ambientais para manutenção e qualidade do 
ecossistema. 
 No Brasil, as políticas para a conservação têm como base as Unidades 
de Conservação (UC). Conforme o artigo 2º do Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação da Natureza (SNUC – Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000) 
entende-se por Unidades de conservação o “espaço territorial e seus recursos 
ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais 
relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de 
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual 
se aplicam garantias adequadas de proteção”. 
 Todavia, as UCs são unidades isoladas sem ocorrência de fluxo gênico 
entre as populações ocasionando fragmentação. Sendo esse problema 
também apontado pelo Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2001), ao 
afirmar que as UCs tornaram-se um “arquipélago de parques e reservas 
isolados, frequentemente pressionados por todos os lados e inadequados para 
garantir, a longo prazo, a proteção das espécies de plantas e animais que 
contêm” (p. 10). Para a ocorrência dos processos ecológicos são necessárias 
imensas áreas. 
 O SNUC organiza as unidades de conservação de acordo com seus 
objetivos de manejo e tipos de uso (atividades), surgindo assim dois grupos: 
I- Proteção Integral e II- Uso Sustentável, cujos objetivos podem ser 
observados na Tabela 1. 
 
Tabela 1 – Classificação das Unidades de Conservação a partirde seus objetivos e 
atividades 
 GRUPO I GRUPO II 
OBJETIVO 
Preservar a natureza, de 
modo que apenas é 
permitido o uso indireto 
dos seus recursos 
naturais. 
Visa conciliar a 
conservação da natureza 
com o uso sustentável dos 
recursos humanos, sendo 
permitida a presença 
humana nas áreas 
protegidas. 
ATIVIDADES 
Recreação em contato 
com a natureza, turismo 
ecológico, pesquisa 
científica, educação, etc. 
Coleta e uso dos recursos 
naturais com o cuidado de 
mantê-los constantes e de 
não desequilibrar os 
processos ecológicos. 
Fonte: SNUC, 2000 
 
O SNUC subdivide esses dois grupos em 12 categorias 
complementares, conforme a Tabela 2: 
Tabela 2 – Subcategorias dos Grupos classificatórios de Unidades de 
Conservação 
GRUPO I Estação 
Ecológica 
Reserva Biológica Parque 
Nacional 
 
Monumento 
Natural 
Refúgio de vida 
Silvestre 
 
GRUPO 
II 
Área de 
Relevante 
Interesse 
Ecológico 
Reserva Particular 
do Patrimônio 
Natural 
Área de 
Proteção 
Ambiental 
Reserva 
Extrativista 
Floresta 
Nacional 
Reserva de 
Desenvolvimento 
Sustentável 
Reserva 
de Fauna 
 
Fonte: SNUC, 2000 
 A Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira está classificada 
no grupo II como Área de Uso Sustentável. De acordo com o Art. 15 da Lei nº 
9.985, de 18 de Julho de 2000, uma APA é: 
uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação 
humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais 
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar 
das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a 
diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar 
a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (BRASIL, 2000) 
 Buscando integrar e ampliar as várias ações já existentes para a 
conservação do patrimônio natural e cultural da Serra da Mantiqueira, o 
Ministério do Meio Ambiente criou por meio da Portaria nº 351 de 11 de 
dezembro de 2006 o Mosaico Mantiqueira, que é composto por 17 Unidades de 
Conservação (UC). Além de existirem essas áreas protegidas, gerenciadas por 
instâncias públicas (municipais, estaduais e federal), existem também as 
Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN, administradas por 
instâncias privadas. Das 17 UC públicas que compõem o Mosaico Mantiqueira, 
nove são de uso sustentável, que é o caso da APA da Serra da Mantiqueira. 
 A APA Federal da Serra da Mantiqueira foi criada em 1985 pelo 
Presidente da República José Sarney, com o objetivo de: 
Garantir a conservação do conjunto paisagístico e da cultura regional, 
bem como proteger e preservar: parte de uma das maiores cadeias 
montanhosas do sudeste brasileiro; a flora endêmica e andina; os 
remanescentes dos bosques de araucária; a continuidade da 
cobertura vegetal do espigão central e das manchas de vegetação 
primitiva; a vida selvagem, principalmente as espécies ameaçadas de 
extinção (BRASIL, 1985). 
 Para o aumento e integração dessas áreas é necessária a implantação 
de políticas como a valoração dos serviços ambientais. De maneira geral, as 
técnicas de valoração ambiental buscam atribuir um valor monetário aos 
serviços prestados pelos ecossistemas e ao custo gerado pela degradação do 
meio ambiente, buscando dessa forma incentivar a conservação dos recursos 
naturais e seu uso de forma sustentável. Neste contexto, de acordo com 
SILVA, E.K.G. et al (2015), o pagamento por serviços ambientais (PSA) é um 
instrumento econômico de gestão ambiental, voltado à transferência de 
benefícios ou recursos financeiros para os promotores da preservação ou 
restauração de áreas naturais que por sua vez contribuem para a manutenção 
dos serviços ambientais. 
Dentre as modalidades de PSA mais conhecidas estão: o ICMS 
ecológico, o mercado de carbono, o REDD (Redução das Emissões por 
Desmatamento e Degradação florestal) e os projetos de proteção e 
manutenção da qualidade e quantidade dos recursos hídricos. 
Sendo assim, o principal objetivo desse projeto, cujos resultados são 
aqui apresentados, consiste na realização de um diagnóstico ambiental da área 
correspondente à APA Federal da Serra da Mantiqueira para formação de uma 
sólida base de dados espaciais que servirá de subsídio para identificação de 
áreas prioritárias para implantação do Programa de Pagamentos por Serviços 
Ambientais, buscando assim a aplicação dessas políticas e consequentemente, 
a manutenção da qualidade dos recursos hídricos da região. 
 
2. RESUMO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
2.1 Aspectos metodológicos 
A metodologia para o desenvolvimento da pesquisa proposta pode ser 
dividida em duas fases distintas, sendo uma voltada ao levantamento de dados 
e metodologias para identificação de áreas prioritárias para implantação de 
programas de pagamento por serviços ambientais (PSA); e outra voltada à 
elaboração da base de dados georreferenciados, necessários para a realização 
das análises qualiquantitativas relacionadas à elaboração do diagnóstico 
socioambiental da APASM. 
Para o levantamento de dados e metodologias para identificação de 
áreas prioritárias para implantação de programas de pagamento por serviços 
ambientais (PSA) foi realizada uma pesquisa bibliográfica de casos 
envolvendo: (i) metodologias de seleção de variáveis importantes e 
identificação de áreas prioritárias (ii) sucessos e fracassos em relação à 
aplicação da Política de Pagamentos por Serviços Ambientais. 
O levantamento bibliográfico geral e específico foi realizado a partir de 
consultas a sites oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 
além das secretarias estaduais do meio ambiente. Também foram examinados 
livros, monografias, dissertações e teses e artigos científicos disponíveis no 
acervo da Universidade de São Paulo e nas bases virtuais de outras 
instituições de ensino e pesquisa. 
Em busca do melhor método de análise e seleção de áreas prioritárias, 
foi realizada uma compilação de metodologias utilizadas no âmbito de 
Pagamentos por Serviços Ambientais e de ponderação de variáveis 
qualitativas. Foram levantados também dados referentes à história, economia e 
uso dos recursos naturais dos municípios que compõem a APASM. Nessa 
perspectiva, foram pesquisadas quais as variáveis e metodologias mais usadas 
ou mais importantes para definição de áreas prioritárias na elaboração de PSA; 
quais as variáveis socioeconômicas mais relevantes na área considerada; e 
quais as experiências mais bem sucedidas em PSA no Brasil e no exterior. 
Durante toda a fase de levantamento bibliográfico foram realizadas 
reuniões com a orientadora para discussões sobre a pesquisa e delimitação de 
objetivos a serem cumpridos dentro do cronograma proposto. 
A fase seguinte do projeto foi a elaboração da base de dados 
georreferenciados. Essa base foi construída a partir de dados e informações 
cartográficas e de sensoriamento remoto fornecidos pelo (a): Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais (INPE), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), 
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Fundação João Pinheiro, entre outros. 
Uma vez recortada a área referente a APA da Serra da Mantiqueira, foi 
possível gerar os arquivos de pontos cotados da região, dos cursos d’água 
(hidrografia) e das curvas de nível. A partir do arquivo vetorial(formato 
shapefile) referente aos cursos d’água da área, foi criado o arquivo vetorial de 
feições pontuais com a localização das nascentes da APASM. Para isso, foi 
utilizada a função “Vertice to Points – DANGLE” implementada na ferramenta 
Arctoolbox do ArcGis 10.4. A função Vertice to Points gera um ponto no início 
de cada linha que representa um canal da área selecionada, seguindo o 
sentido de criação de cada uma delas. Todos os pontos de nascentes gerados 
foram verificados e aqueles que não simbolizavam uma nascente foram 
deletados. Em seguida, foram criadas as feições representativas das áreas de 
preservação permanente através da função “Buffer” tendo como base os 
arquivos referentes aos cursos d’agua e às nascentes da APASM. 
Por fim, para realização das análises envolvendo as variáveis e 
indicadores sociais dos municípios da APASM foram espacializados também 
alguns dados qualitativos e quantitativos disponíveis no site do IBGE, do 
ICMBio e do Atlas Brasil, tais como: crescimento populacional (Censo 2010- 
Estimativa Populacional 2016); taxa de mortalidade, taxa de analfabetismo, 
porcentagem de pessoas que vivem em domicílios com água tratada, coleta de 
lixo ou energia elétrica, Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM); área total 
do município; área do município na APA e representatividade do município na 
APA. 
 
3.2 Revisão Teórica 
Para dar sequência ao projeto, foram abordados vários subtópicos 
pertinentes para melhor compreensão e domínio do assunto. Neste 
levantamento, foram pesquisados sobre a Política de Pagamento por Serviços 
Ambientais (PSA), a legislação vigente e também sobre as técnicas de 
geoprocessamento a serem empregadas para a realização do mapeamento 
das variáveis socioambientais selecionadas e do diagnóstico ambiental da APA 
da Serra da Mantiqueira. 
 
2.2.1 Breve Histórico sobre a Política de Pagamentos por Serviços Ambientais 
no Brasil 
A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados aprovou em 
dezembro de 2010 o Projeto de Lei (PL) nº 792/2007, que cria a Política 
Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. Esse projeto estabelece 
parâmetros para compensar financeiramente iniciativas de conservação e 
recuperação, tendo como alvos prioritários: 1) Ações de conservação dos 
recursos hídricos; 2) Conservação em áreas de elevada diversidade biológica 
(UCs e Terras Indígenas); 3) Recuperação e conservação dos solos e 
recomposição da cobertura vegetal de áreas degradas através do sistema agro 
florestal ou plantio de espécies nativas; 4) Captura e retenção de carbono nos 
solos por meio da adoção de práticas mais sustentáveis de manejo de sistemas 
agrícolas, agroflorestais e silvo pastoris; 5) Coleta seletiva de lixo (ISA, 2010) 
No Brasil, o Governo Federal não possui uma base legal única para 
tratar da Política de PSA. Apesar disso, existem alguns marcos históricos do 
PSA no Brasil que merecem destaque (Figura 1): 
Figura 1 – Marcos Históricos do PSA no Brasil. 
 
FONTE: Ministério do Meio Ambiente, 2012 
 
 O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), ou Política Nacional de 
Recursos Hídricos, foi estabelecido pela Lei nº 9.433/97. Apesar de ter sido 
criado em 1997, o documento final foi aprovado pelo Conselho Nacional de 
Recursos Hídricos (CNRH) apenas em 30 de janeiro de 2006. A finalidade 
geral do Plano é: 
estabelecer um pacto nacional para a definição de diretrizes e 
políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta da água, em 
quantidade e qualidade, gerenciando as demandas e considerando 
ser a água um elemento estruturante para a implementação das 
políticas setoriais, sob a ótica do desenvolvimento sustentável e da 
inclusão social (BRASIL, 1997). 
 No âmbito internacional, mas com potencialidade de direcionar políticas 
e programas a níveis nacional e regional, ainda em 1997, foi criado o Protocolo 
de Quioto, que consiste em: 
(...) um tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre Mudança do Clima, definindo metas de redução de 
emissões para os países desenvolvidos e os que à época, 
apresentavam economia em transição para o capitalismo, 
considerados os responsáveis históricos pela mudança atual do clima 
(MMA, s/d). 
Embora tenha sido criado em 1997, o Protocolo foi ratificado pelo 
governo brasileiro em 23 de agosto de 2002 e entrou em vigor apenas em 16 
de fevereiro de 2005, pois uma das exigências era que um mínimo de 55% dos 
países-membros da Convenção e que fossem responsáveis por, pelo menos 
55% do total das emissões de 1990, ratificasse o Protocolo. 
A principal preocupação dos países que ratificaram o Protocolo de 
Quioto consiste no aumento da temperatura média do planeta, devido ao 
acúmulo de gases estufa na atmosfera. Segundo a síntese sobre o Protocolo 
de Quioto de Decicino para o site Universo Online (UOL), esses países se 
comprometeram a promover: 
[...] o aumento da eficiência energética em setores da economia; 
algumas práticas sustentáveis de manejo florestal, florestamento e 
reflorestamento; formas sustentáveis de agricultura, pesquisa, 
desenvolvimento e aumento do uso de formas novas e renováveis de 
energia; pesquisas de tecnologias de sequestro de dióxido de 
carbono e de tecnologias ambientalmente seguras (avançadas e 
inovadoras); redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais, 
isenções tributárias e tarifárias e também de subsídios para todos os 
setores emissores de gases de efeito estufa que sejam contrários ao 
objetivo do protocolo; limitação e/ou redução de emissões de metano 
por meio de sua recuperação e utilização no tratamento de resíduos, 
bem como na produção, no transporte e na distribuição de energia 
(DECICINO, 2007). 
 Tendo em vista essa “crescente preocupação da sociedade com o 
aumento da temperatura média do planeta, causado pela emissão e acúmulo 
de gases de efeito estufa” (OLIVEIRA e ALTAFIN, 2008), a agricultura familiar 
tem se deparado com um ambiente favorável para sua expansão, 
principalmente nos locais de interesse sob o ponto de vista da conservação 
ambiental. 
A agricultura familiar tem uma característica peculiar que á a relação 
com a floresta. Sendo assim, novos modelos de incentivo à produção rural de 
maneira mais sustentável têm surgido ao longo dos anos. Um desses modelos 
é o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Produção Familiar Rural da 
Amazônia – PROAMBIENTE, resultado da organização de movimentos locais, 
com o apoio de pesquisadores e acadêmicos. 
Outro programa de incentivo a agricultores e pequenos produtores rurais 
é o Programa Bolsa Verde, atuante no Estado de Minas Gerais, que prevê 
duas modalidades específicas: a manutenção e a recuperação da vegetação 
nativa. A concessão do incentivo financeiro aos proprietários e posseiros foi 
instituída pela Lei 17.727, de 13 de agosto de 2008 e regulamentada pelo 
Decreto 45.113, de 05 de Junho de 2009. O incentivo é proporcional à 
dimensão da área preservada. 
Juntamente com o Programa Bolsa Verde, foi criado o Programa 
Produtor de Água da Agência Nacional das Águas, que tem como principal 
enfoque o estímulo à política de Pagamentos por Serviços Ambientais na 
conservação dos recursos hídricos brasileiros. O Programa foi desenvolvido a 
partir da necessidade de se desenvolver instrumentos de gestão que visem à 
conservação e o uso eficiente e racional da Água. De acordo com o Manual 
Operativo da Agência Nacional das Águas, juntamente com o Ministério do 
Meio Ambiente, é dessa maneira que surge o princípio do “provedor-
recebedor”, “que defende que quem contribui para melhorar a disponibilidade 
quali-quantitativa de água, adotando práticas sustentáveis, deve receber por 
esse serviço prestado à bacia hidrográfica”(ANA, 2012, p.11). 
A iniciativa da Agência Nacional das Águas de criar um Programa que 
incentive a produção de água teve como consequência outros projetos no 
território brasileiro, tais como: 
 Projeto Conservador das Águas (Extrema – MG); 
 Programa Produtor de água do PCJ (Bacias dos rios Piracicaba, 
Capivari e Jundiaí); 
 Projeto Pipiripau (Pipiripau– DF); 
 Projeto Oásis (Apucarana – PR); 
 Produtores de Água e Floresta (Guandu – RJ); 
 Projeto Produtor de Água (Camburiú – SC); 
 Programa Produtor de Água (Guariroba – MS). 
Dos projetos acima citados, o Projeto “Conservador das Águas” da 
cidade de Extrema (MG) se destaca por ser pioneiro no Brasil na utilização da 
Política de Pagamentos por Serviços Ambientais em Gestão Ambiental, além 
de associar a educação ambiental às suas ações. Esse projeto ganhou 
dezenas de prêmios, dentre eles o Prêmio Caixa de Melhores Práticas em 
Gestão Local (2011/2012) e o Prêmio Internacional por Melhores Práticas para 
a Melhoria das Condições de Vida, concedido pelo Programa das Nações 
Unidas para Assentamentos Humanos, o ONU Habitat. Além disso, esse 
Projeto vem sendo assunto de dissertações e teses acadêmicas, livros e 
reportagens nacionais e internacionais. Os objetivos gerais do Projeto 
consistem em “manter a qualidade dos mananciais de Extrema e promover a 
adequação das propriedades rurais” (PEREIRA, P.H. et al, 2016, p.5). Os 
objetivos específicos englobam recuperar e manter as áreas de preservação 
permanente, estabelecer práticas que conservem o solo, implementar sistemas 
de saneamento ambiental e estimular a averbação da Reserva Legal. Um dos 
resultados que comprovam o sucesso do Projeto Conservador de Águas é a 
quantidade de árvores plantadas ao longo de sua implementação (cerca de 
754.153 árvores até 2014). 
Os demais Projetos também obtiveram sucesso, não nas mesmas 
proporções que o de Extrema (MG), porém conseguiram conquistar espaço em 
seus respectivos municípios, estando em vigência até hoje. É possível 
consultar informações detalhadas sobre esses Projetos no site da Agência 
Nacional das Águas. 
Em 2010, foi criado o Projeto Mina D’água em São Paulo, que tem 
grande importância por ser o Primeiro Projeto de PSA com base na Política 
Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). Segundo a palestra “Experiências e 
Tendências em PSA para a Bacia do Paraíba do Sul”, ministrada por Glehn, as 
principais ações apoiadas por esse Projeto são: 
[...] conservação de remanescentes florestais; recuperação de matas ciliares e 
nascentes; plantio de mudas de espécies nativas e/ou execução de práticas que 
favoreçam a regeneração natural para a formação de corredores de 
biodiversidade; implantação de sistemas agroflorestais e silvo-pastoris; manejo de 
remanescentes florestais para controle de espécies competidoras; especialmente 
espécies exóticas invasoras; implantação de florestas comerciais em áreas 
contíguas aos remanescentes de vegetação nativa para a minimização de efeito 
de borda (GLEHN, 2014). 
 Visto que a demanda por recursos naturais é crescente no nosso país e 
se faz cada vez mais necessário o uso racional do que se tem disponível, o uso 
da Política de Pagamento por Serviços Ambientais é uma ferramenta bastante 
útil de gestão. Entretanto, ainda existem alguns empecilhos no que concerne à 
sua aplicação no Brasil, tais como: indisponibilidade de recursos financeiros 
destinados a esse fim, falta de legislação específica que regulamente os 
mecanismos de transferência de recursos financeiros para seus provedores, 
dificuldade em definir áreas prioritárias para sua implementação, entre outros. 
 
2.2.2 Conceito de Pagamento por Serviços Ambientais 
Uma política de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) pode ser 
definida como: 
uma transação voluntária, na qual um serviço ambiental bem definido, ou um uso 
da terra que possa assegurar este serviço, é adquirido por, pelo menos, um 
comprador e no mínimo, um provedor, sob a condição de que ele garanta a 
provisão do serviço (WUNDER, 2005, p.3). 
 Segundo, Seehusen e Prem (2011), a ideia básica dessa política 
consiste em recompensar financeiramente aqueles que produzem ou mantêm 
os serviços ambientais, ou incentivar outros a garantirem o fornecimento de 
serviços ambientais. Diferentemente de instrumentos de comando e controle, o 
PSA é feito de maneira voluntária e pressupõe que potenciais provedores têm 
alternativas de uso da terra. 
Assim, para que um sistema de pagamentos por serviços ambientais 
seja implementado, é necessário que haja a demanda (compradores) e a oferta 
(provedores). 
Os compradores podem ser qualquer pessoa física ou jurídica: ONGs, 
empresas privadas, governos estaduais ou municipais, etc (WUNDER et al., 
2008). Vale ressaltar que a disposição para pagar por serviços ambientais 
ainda é baixa e por isso, faz-se necessário pensar em estratégias para induzir 
a formação de demanda. Atualmente, a formação de demanda se dá 
basicamente por duas formas: 1) O governo assume o papel de comprador de 
serviços ambientais; e 2) Os direitos de propriedade são definidos a partir de 
leis, acordos ou regulamentações. 
“Os provedores são aqueles que dirigem instituições de assistência 
e/ou beneficência. São importantes para manter o funcionamento dos 
serviços ambientais ao adotarem atividades de proteção, manejo dos 
recursos naturais ou uso da terra sustentáveis e podem ser tanto os 
detentores dos serviços ambientais, como um intermediário” (PREM e 
SEEHUSUN, s/d). 
 
Frequentemente, o provedor intermediário é um governo municipal, 
estadual ou nacional e nesse caso, ele é compensado por tomar alguma 
decisão, como por exemplo a criação de uma unidade de conservação no 
município. 
 Com a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 
25 de maio de 2012, oriunda do Projeto de Lei nº 1.876/99), o Poder Executivo 
Federal, detentor do poder de cumprir com a legislação ambiental, passou a ter 
o dever de promover programas de apoio à conservação do meio ambiente, 
como o pagamento ou incentivo a serviços ambientais. 
 Os Serviços ambientais são os benefícios gerados a partir de ações de 
manejo dos sistemas naturais, com a finalidade de sustentar a vida no planeta. 
Esses serviços são divididos pela Avaliação Ecossistêmica do Milênio 
(realizada pelo Ministério do Meio Ambiente) em quatro grupos: regulação, 
suporte, suprimento e culturais, descritos na tabela a seguir: 
 
Tabela 3 – Serviços Ambientais divididos pela Avaliação Ecossistêmica do Milênio 
I - Regulação - dos processos ecossistêmicos 
1. promoção de microclimas, para reduzir a variação da temperatura 
média; 
2. estabelecimento de plantios com função de quebra-ventos, para a 
diminuição da velocidade dos ventos ou para impedir a formação de 
túneis de vento; 
3. instalação de estruturas para reduzir a erosão do solo e da 
ocorrência de enchentes; 
4. instalação de estruturas para reduzir o escoamento superficial de 
águas e o depósito de resíduos nos corpos d’água; 
5. estabelecimento de áreas verdes ou de reflorestamentos para 
reduzir a ocorrência de doenças crônicas em seres humanos; 
6. estabelecimento de áreas verdes ou reflorestamentos para reduzir a 
ocorrência de doenças transmissíveis por animais e plantas silvestres 
para as populações domésticas e de humanos; 
7. reciclagem de resíduos sólidos ou líquidos para reduzir sua absorção 
por plantas e a deposição no lençol freático de metais pesados, 
minerais e microorganismos prejudiciais à saúde humana e ao meio 
ambiente; 
8. estabelecimento de cobertura vegetal que funcione como barreira à 
poluição sonora; 
9. implantação de cobertura vegetal que contribua para a melhoria daqualidade da água e para menores taxas de evapotranspiração vegetal; 
10. instalação de apiários ou estruturas semelhantes, que contribuam 
para o aumento das populações de insetos polinizadores; 
 
 
II - SUPORTE – que promovam os seguintes serviços ambientais 
11. manutenção da biodiversidade e das populações vegetais e 
animais, mediante melhoria nas condições do habitat; 
12. adoção de sistemas agrícolas que favoreçam aumento do depósito 
de matéria orgânica no solo; 
13. regulação da composição química da atmosfera; 
14. regulação climática, pela regulação da temperatura global, das 
chuvas e de outros processos climáticos biologicamente mediados no 
nível global ou local; 
15. ciclagem de nutrientes do solo, pelo aumento no seu 
armazenamento, reciclagem interna, processamento ou aquisição 
externa; 
III - SUPRIMENTO – dos bens proporcionados pelo meio ambiente, 
com os seguintes efeitos 
16. promoção do aumento da produtividade agropecuária e da redução 
do crescimento da área cultivada e do desmatamento; 
17. promoção da economia no uso de água presente no ecossistema 
ou da sua retenção, aumentando sua disponibilidade; 
18. produção de biocombustíveis visando redução no consumo de 
combustíveis fósseis; 
19. ações de conversão da energia solar para produção de madeira 
destinada à produção de energia; 
20. ações de conversão da energia solar para produção de madeira 
destinada à produção ou uso industrial; 
21. ações de conversão da energia solar para produção de produtos 
florestais não madeireiros; 
22. ações de conversão da energia solar para produção de fibras; 
IV – CULTURAIS 
23. ações que contribuam para a estética do cenário rural, por criação 
de barreira visual ou modificação da paisagem, inclusive mediante 
sistemas de uso da terra; 
24. ações que contribuam para a identificação regional e para a 
emissão de selos de proteção da identidade geográfica; 
25. ações que contribuam para a evolução do conhecimento, através 
do desenvolvimento de pesquisas; 
26. ações que contribuam para a inspiração e a criatividade artística 
local; 
27. ações que contribuam para a promoção de aprendizagem, através 
de programas educacionais; 
28. ações que contribuam para a socialização, através de atividades 
religiosas; 
29. ações que contribuam para a promoção de atividades recreativas e 
de ecoturismo. 
 Fonte: Núcleo de Estudos e Pesquisas do Senado, 2011 
 
2.2.3 Áreas de preservação permanente (APP) 
Conforme o Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012), as áreas de 
preservação permanente são: 
Áreas, cobertas ou não por vegetação nativa, localizadas na zona 
rural ou urbana, com a função ambiental de preservar os recursos 
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, 
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o 
bem-estar das populações humanas. (BRASIL, 2012). 
 
O Código Florestal vigente atualmente no Brasil estabelece como áreas 
de preservação permanente (APPs) as florestas e demais formas de vegetação 
natural situadas às margens de lagos ou rios (perenes ou não); nos altos de 
morro; nas restingas e manguezais; nas encostas com declividade acentuada e 
nas bordas de tabuleiros ou chapadas com inclinação maior que 45º; e nas 
áreas em altitude superior a 1.800 metros, com qualquer cobertura vegetal. Já 
os cursos d’água são classificados pela mesma lei como sendo: perenes (com 
escoamento superficial durante todo o ano); intermitentes (não apresentam 
escoamento superficial durante todo o ano); e efêmeros (possuem escoamento 
superficial apenas durante períodos de precipitação. As nascentes por sua vez 
são definidas como um afloramento natural do lençol freático que representa 
perenidade, enquanto o olho d’água considera o afloramento do lençol freático 
intermitente (BRASIL, 2012). 
Os critérios para delimitação da extensão de uma Área de Preservação 
Permanente também são estabelecidos no Código Florestal Brasileiro, de 
acordo com a sua extensão (cursos d’agua, lagos e lagoas) e tipo (nascentes, 
topos de morro, encostas) (Tabela 4). 
Tabela 4 - Áreas de Preservação Permanente de acordo com o Código Florestal 
Brasileiro 
Área de 
Preservação 
Permanente 
Critério para delimitação Extensão da 
APP 
Rios e Cursos 
d'água 
Largura do Rio (metros) 
Largura da faixa 
marginal da APP 
(metros) 
<10 30 
10 - 50 50 
50 - 200 100 
200 - 600 200 
>600 500 
Nascentes ou 
olhos d'água 
perenes 
APP com raio de 50 metros ao redor da nascente 
e dos olhos d'água perenes 
Lagos e Lagoas 
Localização Largura da faixa 
marginal da APP 
(m) 
Área urbana 30 
Área rural, com corpo d'água < 
20 hectares de superfície 
50 
Área rural, com corpo d'água > 
20 hectares de superfície 
100 
Em acumulações naturais ou artificiais de água 
com superfície <1 ha fica dispensada a reserva 
da faixa de proteção 
No entorno de reservatórios artificiais de água 
que não decorram de barramento ou 
represamento de cursos d'água naturais não será 
exigida APP 
Topos de Morro/ 
Montes/ 
Montanhas/ 
Serras 
APPs delimitadas a partir da curva de nível 
correspondente a 2/3 da altura mínima da 
elevação em relação à base (esses tipos de APPs 
devem possuir altura mínima de 100 m e 
inclinação média de 25°) 
Encostas 
APPs com declividade >45°, equivalente a 100% 
na linha de maior declive 
Fonte: Código Florestal Brasileiro, 2012 
A classificação do relevo em percentuais a partir da declividade, 
importante para a delimitação das APP’s de topo de morro, é realizada no 
Brasil pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA (Tabela 
5). 
Tabela 5 – Declividades em Percentuais a partir de classes de Relevo 
Classe de 
Relevo 
Declividade 
(%) 
Plano 0 – 3 
Suave 
Ondulado 
3 – 8 
Ondulado 8 – 20 
Forte 
Ondulado 
20 – 45 
Montanhoso 45 – 75 
Escarpado >75 
Fonte: EMBRAPA, 1979 
 
3. SELEÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS 
A pesquisa ambiental parte dos seguintes pressupostos (Xavier-da-Silva, 
1999b): 
 Todo fenômeno é passível de ser localizado; 
 Todo fenômeno tem sua extensão determinável; 
 Todo fenômeno está em constante alteração; 
 Todo fenômeno apresenta-se com relacionamentos (nenhum 
fenômeno é totalmente isolado). 
O Decreto 5.092, de 21 de maio de 2004, definiu que o Ministério do 
Meio Ambiente (MMA) deveria definir as regras para identificação de áreas 
prioritárias (Biomas) para a conservação, utilização sustentável e repartição 
dos benefícios da biodiversidade. O processo de seleção e identificação de 
áreas prioritárias nesse caso foi feito com base na abordagem denominada 
Planejamento Sistemático da Conservação (PSC), de Margules e Pressey 
(2010), na qual todos os alvos de conservação são definidos inicialmente pela 
prioridade de conservação, importância biológica e urgência de ação. 
Ainda que o responsável pelas diretrizes de identificação de áreas 
prioritárias seja o Ministério do Meio Ambiente, em pesquisas na área 
ambiental não se tem uma regra para a escolha do método a ser utilizado, pois 
cada local de estudo possui suas peculiaridades. Além disso, a aplicação da 
compensação por serviços ambientais é bastante limitada, pois existem muitas 
lacunas de informação que norteiam a tomada de decisão. 
Durante a fase de levantamento bibliográfico, foram encontrados 
diversos trabalhos referentes à seleção de áreas prioritárias e subsídios para 
seleção de critérios utilizados na identificação de áreas prioritárias para 
implementação de programas de pagamento por serviços ambientais. Os 
estudos encontrados foram classificados em: (a) trabalhos e projetos queutilizavam em sua metodologia seleção de áreas prioritárias para 
implementação da Política de Pagamentos Ambientais, porém não davam 
enfoque nos critérios de elegibilidade das áreas (b) aqueles que davam 
enfoque nos critérios; e (c) pesquisas com variáveis qualitativas ambientais de 
modo geral que tinham como base dar subsídios a outros projetos. 
Dos 32 artigos selecionados, 18 continham informações acerca de 
critérios de elegibilidade, 6 não apresentaram nenhum tipo de seleção de 
variáveis (critérios), 8 eram informativos (Código Florestal, PSA, Análise de 
dados ambientais, etc.) e 9 utilizavam ferramentas do Geoprocessamento em 
alguma etapa de sua metodologia. 
No primeiro caso (a), os tipos de áreas de interesse são generalizados 
sem o estabelecimento de critérios claros de elegibilidade das áreas, como por 
exemplo, o Programa “Produtor de Água na Bacia Hidrográfica 
Piracicaba/Capivari/Jundiaí”, que informava apenas os pré-requisitos para que 
um proprietário rural participasse da seleção (os proprietários rurais devem ter 
propriedades rurais inseridas total ou parcialmente dentro dos limites das 
microbacias, além de incluir no projeto mínimo 15% da área de preservação 
permanente (APP) e a concordância com pelo menos 25% do proposto pelos 
técnicos no projeto ideal). 
No segundo caso (b), os autores além de elegerem alguns pré– 
requisitos para selecionar os proprietários rurais, também descreveram os 
critérios de seleção para as propriedades. Os principais critérios estipulados 
estão descritos na Tabela 6: 
Tabela 6 – Critérios para identificação de áreas prioritárias para implementação 
de programas de PSA encontrados no material bibliográfico consultado. 
 Variáveis Ocorrência Percentual 
A
m
b
ie
n
ta
is
 
Presença de cursos d'água e nascentes 4 6% 
Ocorrência de espécies de fauna ameaçadas de extinção 3 4% 
Grau de conservação da Cobertura Vegetal 14 20% 
Importância da Área para produção de água 6 8% 
Qualidade da água 3 4% 
Conservação da Biodiversidade 2 3% 
Índices Pluviométricos 5 7% 
Declividade 5 7% 
Litologia 3 4% 
Susceptibilidade à erosão 6 8% 
Proximidade às UC's 3 4% 
Tamanho de fragmentos e Distância entre eles 1 1% 
Atividade Agrícola e Pecuária 1 1% 
Contaminação do Solo 1 1% 
Conectividade 3 4% 
S
o
ci
a
is
 
Tamanho da propriedade 4 6% 
Posses que já recebam compensações por outro 
programa 
1 1% 
Turismo 1 1% 
Urbanização 4 6% 
Vulnerabilidade Social - falta de infraestrutura 1 1% 
Fonte: Artigos e Dissertações diversos 
No terceiro caso (c), os pesquisadores tinham como finalidade explorar 
novas maneiras de tratar as variáveis ambientais, além da estatística simples. 
Foram constatados exemplos da utilização de técnicas de: 
 Análise Hierárquica dos Pesos: desenvolvida pelo Prof. Thomas Saaty, 
na Universidade da Pensilvânia, o aplicativo auxilia na atribuição dos 
pesos dos planos de informação. Entretanto, o especialista ainda deve 
definir a hierarquia entre as variáveis e os pesos a serem atribuídos. 
 Metodologia Delphi (Figura 2): é “uma técnica para a busca de um 
consenso de opiniões de um grupo de especialistas a respeito de 
eventos futuros” (WRIGHT; GIOVINAZZO, 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Metodologia Delphi 
 
Fonte: Giovinazzo, 2001 
 
Um dos artigos selecionados trata especificamente de uma proposta 
metodológica de priorização de municípios para implementação de Programas 
de Pagamentos por Serviços Ambientais no Estado do Rio de Janeiro. Para a 
pesquisa, foram utilizados metadados municipais, disponibilizados no site do 
Banco Multidimensional de Estatísticas do IBGE. Diante das inúmeras variáveis 
disponíveis na Plataforma, os autores selecionaram 36 variáveis (Tabela 7) que 
foram agrupadas em três eixos temáticos: impactos ambientais, aparato 
institucional e ações ambientais. A partir dessa classificação, foram atribuídos 
valores de 1 ou 0 para a ocorrência ou não, respectivamente, da variável. De 
acordo com o critério estabelecido, um município poderia assumir o valor 
máximo de 14 no eixo impactos ambientais, 15 no eixo aparato institucional e 
sete no eixo ações ambientais (FERNANDES e BOTELHO, 2016). 
Tabela 7 – Variáveis selecionadas organizadas por eixo temático 
Eixos 
temáticos 
Variáveis 
Impactos 
ambientais 
Alteração ambiental que tenha afetado a vida da população 
Alteração que tenha prejudicado a paisagem 
Assoreamento de corpo de água no município 
Atividade agrícola prejudicada por problema ambiental 
Atividade pecuária prejudicada por problema ambiental 
Contaminação do solo 
Degradação de áreas legalmente protegidas 
Desmatamento 
Escassez do recurso água 
Poluição do ar 
Poluição do recurso água 
Queimadas 
Redução da quantidade/diversidade ou perda qualidade do pescado 
Outras ocorrências impactantes 
Aparato 
Institucional 
Estrutura Institucional 
Agenda 21 local 
(diagnóstico/metodologia) 
Fundo Municipal de Meio 
Ambiente – existência 
Legislação específica 
para a questão ambiental 
– existência 
Órgão responsável pelo 
meio ambiente – 
secretaria municipal 
específica 
Consórcio intermunicipal 
Convênio e acordo 
administrativo 
Conselho municipal de 
meio ambiente - 
existência 
Recursos financeiros específicos para a área 
ambiental 
Empresa pública 
Entidades de ensino e 
pesquisa 
Aparato 
Institucional 
Recursos financeiros específicos para a área 
ambiental 
Iniciativa privada 
Instituição/órgão 
internacional 
Organização não 
governamental (ONG) 
Órgão público 
Outras fontes de 
recursos 
PSA 
Fonte: FERNANDES, BOTELHO (2016) 
 
4. CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA ESTUDADA 
A APA da Serra da Mantiqueira é uma área correspondente a 421.804,46 
hectares (aproximadamente 58% do Mosaico Mantiqueira) e está distribuída 
em 29 municípios localizados nos estados de Minas Gerais (66%), São Paulo 
(6,5%) e Rio de Janeiro (27,5%) (Figura 3). A maioria dos municípios da APA 
Mantiqueira estão localizados em grandes altitudes (Figura 4), sendo que o 
município Queluz possui a menor Altitude (426 metros) e Campos do Jordão a 
maior altitude (1628 metros). 
Segundo o Censo 2010, a cidade mais populosa da APASM é Resende 
(RJ) e a cidade menos populosa é Alagoa (MG). A média de número de 
habitantes nos municípios que compõem a APASM é de 27.322,52 habitantes 
e 7 municípios estão acima dessa média e 22 estão abaixo. 
A cidade de Cruzeiro (SP) possui a maior densidade demográfica (Tabela 
8), ou seja, maior quantidade de habitantes por quilômetro quadrado e 
Aiuruoca (MG) possui a menor e a cidade de Aiuruoca possui a menor. A 
densidade demográfica média dos municípios da APASM é de 65,59 habitantes 
por km² e 9 municípios estão acima dessa média e 20 abaixo. 
 
 
Figura 3 – Mapa da área de estudo 
 
 
Figura 4 – Mapa de Altimetria da APA Mantiqueira 
 
 
 
Tabela 8 – Censo 2010, Crescimento populacional, Densidade, Área e Porcentagem do 
Município na APA e Altitude 
 
Fonte: IBGE, 2010
MUNICÍPIO ÁREA 
TOTAL 
(HA) 
DENSIDADE 
(hab/ km²) 
PORCENTAGEM 
DO MUNICÍPIO 
DENTRO DA APA 
ALTITUDE((m) 
Aiuruoca (MG) 64910 9,5 35,3% 1.160,40 
Alagoa (MG) 16276 16,6 100% 1.112,10 
Baependi (MG) 74986 24,4 60,2% 895,3 
Bocaina de Minas (MG) 50150 10 88,7% 1.166,90 
Bom Jardim de Minas (MG) 39566 16,4 0,3% 1.128,80 
Delfim Moreira (MG) 40808 19,5 100% 1.218 
Itamonte (MG) 43087 32,5 58,9% 900,8 
Itanhandu (MG) 14296 99,2 21,4% 920,8 
Liberdade (MG) 40094 13,3 41,6% 1.136,20 
Marmelópolis (MG) 10719 27,7 100% 1.290,70Passa Quatro (MG) 27663 56,3 43,5% 936,5 
Passa-Vinte (MG) 24592 8,5 41,8% 845,1 
Piranguçu (MG) 16975 30,7 59% 892,6 
Pouso Alto (MG) 26026 23,9 20% 892,3 
Santa Rita de Jacutinga (MG) 42090 11,9 0,01% 646,8 
Virgínia (MG) 32580 26,5 25,2% 942,6 
Wenceslau Brás (MG) 13764 18,5 100% 959,6 
Itatiaia (RJ) 25227 128,1 9,8% 410 
Resende (RJ) 111099 107,8 23,2% 400 
Campos do Jordão (SP) 29094 164,3 57,2% 1.628 
Cruzeiro (SP) 30583 251,9 34,6% 506 
Guaratinguetá (SP) 75115 149,9 35,5% 537 
Lavrinhas (SP) 16684 39,5 45,5% 545 
Lorena (SP) 41558 198,6 0,3% 528 
Pindamonhangaba (SP) 72880 201,7 25,2% 526 
Piquete (SP) 17626 80 46,2% 636 
Queluz (SP) 25055 45,1 39,1% 426 
Santo Antônio do Pinhal (SP) 13243 49 8,4% 1072 
São Bento do Sapucaí (SP) 25227 41,5 100% 888 
Média 36619,76 65,59 45,55% 867,16 
 
 
Outro fator importante a ser considerado é a porcentagem que cada 
município está inserido na APASM (Figura 5), pois alguns deles (Bom Jardim 
de Minas - MG, Santa Rita de Jacutinga - MG e Lorena - SP), apesar de 
constarem nos dados, possuem uma área muito pequena (menor que 1%) 
integrando a Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira. Existem 19 
municípios que possuem menos de 50% de sua área inserida na APASM, por 
outro lado, cinco municípios estão inseridos totalmente na APASM: Alagoa 
(MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Wenceslau Braz (MG) e São 
Bento do Sapucaí (SP). 
Em relação a projeção de crescimento populacional dos municípios da 
APASM pode-se considerar que este indicador acompanha a tendência 
nacional. Nos últimos anos, grande parte dos municípios brasileiros 
apresentaram redução nas suas taxas de natalidade, apesar do aumento da 
expectativa de vida da população no mesmo período. Essas alterações na 
estrutura populacional devem-se a diversos fatores, tais como: urbanização, 
planejamento familiar, queda da fecundidade, utilização de métodos 
contraceptivos, inserção da mulher no mercado de trabalho, entre outros. No 
caso dos municípios da APASM, a média de crescimento populacional é de 
4,3%, sendo que 15 estão abaixo dessa média e 14 estão acima (Tabela 9). 
Quatro das cidades da APASM possuem uma estimativa de crescimento 
populacional negativa (Liberdade, Marmelópolis, Pouso Alto e Piquete), o que 
indica um decréscimo da população ao longo dos anos. 
 
 
Figura 5 – Porcentagem dos Municípios na APA Mantiqueira
 
 
 
Tabela 9 – Projeção do Crescimento Populacional dos Municípios da APA Mantiqueira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: IBGE, 2010 
 
4.1 Indicadores Sociais 
Além do crescimento populacional, outro índice importante que revela 
algumas características dos municípios é o Índice de Desenvolvimento 
Humano Municipal (IDHM). O IDHM brasileiro considera as mesmas variáveis 
do IDH global - longevidade, educação e renda, entretanto ajusta a 
metodologia global ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores 
nacionais. Desse modo, as vertentes do IDHM mostram um pouco da história 
dos municípios em três dimensões do desenvolvimento humano. Esse índice é 
MUNICÍPIO CENSO 
2010 
CRESCIMENTO 
POPULACIONAL 
(2010-2016) 
Aiuruoca (MG) 6162 1,01% 
Alagoa (MG) 2709 1,73% 
Baependi (MG) 18307 5,16% 
Bocaina de Minas (MG) 5007 3,46% 
Bom Jardim de Minas (MG) 6501 2,26% 
Delfim Moreira (MG) 7971 2,91% 
Itamonte (MG) 14003 9,03% 
Itanhandu (MG) 14175 7,23% 
Liberdade (MG) 5346 -0,49% 
Marmelópolis (MG) 2968 -1,68% 
Passa Quatro (MG) 15582 5,33% 
Passa-Vinte (MG) 2079 1,39% 
Piranguçu (MG) 5217 5,33% 
Pouso Alto (MG) 6213 -0,05% 
Santa Rita de Jacutinga 
(MG) 
4993 1,22% 
Virgínia (MG) 8623 2,84% 
Wenceslau Brás (MG) 2553 2,47% 
Itatiaia (RJ) 28783 3,94% 
Resende (RJ) 119769 5,27% 
Campos do Jordão (SP) 47789 7,05% 
Cruzeiro (SP) 77039 5,67% 
Guaratinguetá (SP) 112072 6,86% 
Lavrinhas (SP) 6590 7,77% 
Lorena (SP) 82537 6,11% 
Pindamonhangaba (SP) 146995 10,43% 
Piquete (SP) 14107 -0,42% 
Queluz (SP) 11309 12,98% 
Santo Antônio do Pinhal 
(SP) 
6486 4,59% 
São Bento do Sapucaí (SP) 10468 3,94% 
Média 27322,52 4,3% 
importante, pois “populariza o conceito de desenvolvimento centralizado nas 
pessoas, possibilita a comparação entre os municípios brasileiros ao longo do 
tempo e estimula os formuladores e implementadores de políticas públicas no 
nível municipal a buscarem melhores que priorizem a melhoria da qualidade de 
vida da população” (ATLAS BRASIL, s/d). 
De acordo com a pesquisa feita pelas instituições PNUD Brasil, Ipea e a 
Fundação João Pinheiro, de todos os municípios da APASM, apenas 10 
possuem IDHM maior que o IDHM do Brasil (0,727), sendo Guaratinguetá o 
município com maior IDHM (0,798) e Bocaina de Minas com menor IDHM 
(0,645) dentre todos os municípios da APASM (Figura 6). A média do IDHM 
dos municípios da APASM é de 0,708 e 14 municípios estão acima dessa 
média e 15 municípios estão abaixo. 
As instituições responsáveis pelo cálculo do Índice de Desenvolvimento 
Humano classificam-no em 5 classes: 
 IDHM entre 0 - 0,499: Muito Baixo Desenvolvimento Humano; 
 IDHM entre 0,500 - 0,599: Baixo Desenvolvimento Humano; 
 IDHM entre 0,600 - 0,699: Médio Desenvolvimento Humano; 
 IDHM entre 0,700 - 0,799: Alto Desenvolvimento Humano; 
 IDHM entre 0,800 e 1: Muito Alto Desenvolvimento Humano. 
Desse modo, nenhum município está inserido nas classificações de Muito 
Baixo, Baixo ou Muito Alto Desenvolvimento Humano. Da totalidade dos 
municípios integrantes da APASM, 13 são classificados como Médio 
Desenvolvimento Humano; e 16 são classificados como Muito Alto 
Desenvolvimento Humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 
 
A renda per capita também é um indicador importante para a caracterização 
dos municípios integrantes da APASM, pois trata-se de um indicador 
relacionado à avaliação do grau de desenvolvimento econômico de um 
determinado lugar. Essa avaliação é feita a partir da razão entre o somatório de 
todos os rendimentos de todos os indivíduos residentes no lugar de referência 
e número total desses indivíduos. Na APASM, a renda per capita dos 
municípios é variada (Figura 7) e 24 dos 29 municípios da APASM estão 
abaixo da renda per capita nacional (R$793,87), a média da Renda Per capita 
dos municípios da APASM é de R$610,58. O município de Guaratinguetá (SP) 
possui a maior renda per capita (R$926,78) e Marmelópolis a menor 
(R$367,73). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Renda Per capita dos municípios da APA Mantiqueira 
 
 
Mais um indicador importante é a taxa de mortalidade infantil. A taxa 
mortalidade infantil corresponde ao número de crianças de um determinado 
local que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas. Esse 
indicador social é importante para conhecimento das informações acerca dos 
serviços de saneamento ambiental, disponibilidade de alimentos no local, pois 
a desnutrição ainda é um dos fatores responsáveis por óbitos no Brasil, 
condição de hospitais, entre outros. No Brasil, essa taxa tem apresentado 
queda ao longo dos anos (em 2010, a taxa era de 16,7) e os municípios da 
APASM acompanham essa tendência (Figura 8). A média da Taxa de 
Mortalidade Infantil dos municípios da APASM é de 14,65, sendo que 15 dos 
municípios integrantes da APASM se encontram acima dessa média e 14 
abaixo (Tabela 10). 
Tabela 10 – Taxa de Mortalidade Infantil e Taxa de Analfabetismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PNUD Brasil,IPEA, IBGE e Fundação João Pinheiro 
Lugar Mortalidade 
infantil 
(2010) 
Taxa de 
analfabetismo 
- 11 a 14 anos 
(2010) 
Taxa de 
analfabetismo 
- 15 anos ou 
mais (2010) 
Brasil 16,7 3,24 9,61 
Aiuruoca (MG) 12,1 1,25 14,07 
Alagoa (MG) 15,4 1,56 14,44 
Baependi (MG) 15,4 1,38 10,05 
Bocaina de Minas (MG) 14,0 0,93 17,66 
Bom Jardim de Minas (MG) 16,4 1,27 11,80 
Delfim Moreira (MG) 15,0 1,56 9,19 
Itamonte (MG) 13,6 0,77 6,01 
Itanhandu (MG) 12,1 0,59 4,63 
Liberdade (MG) 15,3 1,60 14,92 
Marmelópolis (MG) 18,0 0,84 10,28 
Passa Quatro (MG) 13,0 1,24 5,76 
Passa-Vinte (MG) 17,7 3,60 13,31 
Piranguçu (MG) 18,0 1,94 10,83 
Pouso Alto (MG) 14,1 1,49 8,51 
Santa Rita de Jacutinga (MG) 16,0 2,86 12,31 
Virgínia (MG) 15,7 2,46 12,51 
Wenceslau Braz (MG) 14,5 1,75 5,53 
Itatiaia (RJ) 13,8 2,20 5,83 
Resende (RJ) 13,9 1,39 4,21 
Campos do Jordão (SP) 13,1 1,76 4,41 
Cruzeiro (SP) 11,5 1,11 2,86 
Guaratinguetá (SP) 8,7 1,27 2,91 
Lavrinhas (SP) 15,7 1,34 6,33 
Lorena (SP) 13,9 1,18 3,69 
Pindamonhangaba (SP) 12,9 1,19 3,87 
Piquete (SP) 15,7 0,69 4,80 
Queluz (SP) 15,7 1,31 6,53 
Santo Antônio do Pinhal (SP) 16,8 1,23 8,08 
São Bento do Sapucaí (SP) 16,8 1,27 8,45 
MÉDIA APA 14,5 1,48 8,41 
Figura 8 – Espacialização da Mortalidade Infantil na APA Mantiqueira 
 
Nessa pesquisa, também foram levantados dados em duas faixas etárias 
diferentes no que concerne à taxa de analfabetismo: 11 a 14 anos e a partir de 
15 anos. Essas taxas são calculadas a partir da razão entre a população da 
faixa etária correspondente que não saber ler nem escrever um bilhete simples 
e o total de pessoas nessa mesma faixa etária multiplicada por 100. 
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑛𝑎𝑙𝑓𝑎𝑏𝑒𝑡𝑖𝑠𝑚𝑜 =
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑛𝑎𝑙𝑓𝑎𝑏𝑒𝑡𝑎
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
∗ 100 
O analfabetismo é um dado que revela as desigualdades sociais históricas. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região na qual 
está inserida a APASM (Sudeste) possui a segunda menor taxa de 
analfabetismo do Brasil, seguida pelo Sul em primeiro lugar: 
Figura 9 – Evolução das taxas de analfabetismo por região 
 
Fonte: IBGE, 2010 
 A média da taxa de Analfabetismo (11-14 anos) dos municípios da 
APASM é baixa, cerca de 1,48%; 11 cidades possuem essa taxa superior à 
média e 18 possuem a taxa inferior. O município com maior número de 
analfabetos nessa faixa etária é Passa-Vinte (3,6%), enquanto o município com 
o menor número é Itanhandu (0,69%). 
A média da taxa de Analfabetismo dos habitantes com mais de 15 anos 
(Figura 10) é maior, cerca de 8,41 %; 14 cidades possuem essa taxa superior à 
média e 15 cidades possuem a taxa inferir. O município com maior número de 
analfabetos com mais de 15 anos é Bocaina de Minas (17,66%), enquanto o 
município de Cruzeiro possui o menor número (2,86%). 
Figura 10 – Taxa de Analfabetismo (15 anos os mais) nos Municípios da APA Mantiqueira 
 
4.2 Características de habitação 
 
Em relação às características de habitação dos municípios integrantes 
da APASM, foram analisados os dados relacionados ao saneamento básico: 
porcentagem da população em municípios com água encanada e porcentagem 
da população em municípios com coleta de lixo; e porcentagem da população 
em domicílios com energia elétrica, conforme dados disponibilizados pelas 
instituições PNUD Brasil, Ipea e a Fundação João Pinheiro (Tabela 11). 
No Brasil, as diretrizes para o Saneamento Básico são dadas pela Lei 
11.445/2007, que estabelece, entre outros fatores, quais os serviços públicos 
de saneamento básico serão prestados: “abastecimento de água, esgotamento 
sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas 
adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente” (BRASIL, 2007). 
Grande parte dos problemas relacionados ao saneamento básico estão 
diretamente ligados ao meio ambiente. Um exemplo disso é “a diarreia que, 
com mais de quatro bilhões de casos por ano, é uma das doenças que mais 
atinge a humanidade” (SILVA, 2007, p.8). Assim, “pode-se concluir que 
Saneamento equivale a saúde” (SILVA, 2007, p.7) e que investir em 
saneamento pode significar em economia. Segundo dados divulgados pelo 
Ministério da Saúde, “para cada R$1,00 investido no setor de saneamento, 
economiza-se R$4,00 na área de medicina curativa” (SILVA, 2007, p.9). 
O município de Wenceslau Braz está totalmente inserido na APA e 
menos de 50% da população reside em domicílios com água encanada. A 
cidade de Delfim Moreira também está totalmente inserida na APA e pouco 
mais de 60% da população reside em domicílios com acesso à rede de 
abastecimento de água potável. O restante dos municípios possui mais de 70% 
da população em domicílios com acesso à água encanada. 
Outro dado importante a se analisar é o esgotamento sanitário. Apenas 
5 municípios da APASM possuem tratamento de esgoto (Itanhandu, 
Pindamonhangaba, Lorena, Guaratinguetá e São Bento do Sapucaí). Desse 
modo, a média de volume de esgoto coletado (m³/dia) da APASM é muito baixa 
(333,72). 
Esses dados indicam que esses municípios devem investir ainda mais 
para que toda a população tenha acesso à água encanada e ao tratamento de 
esgoto e são importantes, visto que muitas vezes a ocorrência de epidemias e 
a taxa de mortalidade infantil estão relacionadas à falta de saneamento básico 
e afetam diretamente a qualidade de vida da população. 
Em relação às outras duas variáveis, todos os municípios da APA 
Mantiqueira possuem mais de 90% da população residente em domicílios com 
coleta de lixo e com acesso à rede elétrica, o que indica grande 
desenvolvimento no sentido de conforto, bem estar, segurança e lazer. 
Tabela 11 – Dados sobre as características de habitação 
Lugar 
% da 
população 
em 
domicílios 
com água 
encanada 
(2010) 
% da população 
em domicílios 
com coleta de 
lixo (2010) 
% da população 
em domicílios 
com energia 
elétrica (2010) 
Brasil 92,72 97,02 98,58 
Aiuruoca (MG) 70,74 99,76 98,59 
Alagoa (MG) 71,02 98,19 99,23 
Baependi (MG) 86,83 99,42 98,77 
Bocaina de Minas (MG) 72,80 97,81 97,93 
Bom Jardim de Minas (MG) 94,68 98,88 98,01 
Delfim Moreira (MG) 67,69 99,51 99,31 
Itamonte (MG) 74,13 99,44 98,96 
Itanhandu (MG) 94,83 99,61 99,84 
Liberdade (MG) 88,25 99,02 95,03 
Marmelópolis (MG) 75,80 99,52 99,07 
Passa Quatro (MG) 91,31 98,99 99,82 
Passa-Vinte (MG) 88,51 100,00 97,09 
Piranguçu (MG) 70,04 100,00 99,17 
Pouso Alto (MG) 82,90 96,46 99,39 
Santa Rita de Jacutinga(MG) 91,76 93,01 98,96 
Virgínia (MG) 76,37 100,00 99,61 
Wenceslau Braz (MG) 44,96 100,00 99,52 
Itatiaia (RJ) 93,42 97,83 99,47 
Resende (RJ) 98,28 99,76 99,89 
Campos do Jordão (SP) 92,06 99,35 100,00 
Cruzeiro (SP) 98,56 99,46 99,77 
Guaratinguetá (SP) 99,09 99,76 99,85 
Lavrinhas (SP) 95,21 99,41 99,95 
Lorena (SP) 98,88 99,62 99,68 
Pindamonhangaba (SP) 99,01 99,11 99,66 
Piquete (SP) 95,74 99,84 99,84 
Queluz (SP) 84,52 96,93 99,63 
Santo Antônio do Pinhal (SP) 77,89 99,57 99,85 
São Bento do Sapucaí (SP) 82,30 99,41 99,96 
MÉDIA 84,74 98,95 99,17 
Fonte: PNUD Brasil, IPEA e Fundação João Pinheiro, 2010
4.3 Hidrografia 
Com base no arquivo vetorial de feições pontuais gerado a partir do 
arquivo que representa os cursos d’agua no território da APASM (Figura 11), a 
área estudada conta com mais de 9.658 nascentes perenes. O Código 
Florestal Brasileiro determina que a Área de Preservação Permanente (APP) 
de uma nascente deve ter um raio de 50 metros. 
As APPs da APA da Serra da Mantiqueira compreendem a uma área de 
aproximadamente 7.565 hectares e aproximadamente10.335.600 m de cursos 
d’água (córregos e rios). Tendo a APA uma área igual a 4.218.044.600 m² 
(421.804 hectares), a porcentagem correspondente a APPs de nascente é de 
1,8% da área total da APASM (Tabela 12). 
Tabela 12 – Áreas Correspondentes 
Local 
Área Correspondente 
(hectares) 
APA Mantiqueira 
421.804 
APP de nascente 7.564 
Porcentagem de 
APP de nascente 
na APA 
Mantiqueira 
1,8% 
 
Fonte: IBGE, 2010 
Figura 11 – Mapa da Hidrografia da APA Mantiqueira 
5. CONCLUSÃO 
A partir dos artigos e dissertações pesquisados, foram encontradas diversas 
metodologias que podem ser utilizadas para elaboração de um Programa de 
Pagamentos por Serviços Ambientais na Área de Proteção Ambiental da Serra 
Mantiqueira. Como já mencionado, a metodologia utilizada no artigo se destaca 
por ter objetivos semelhantes ao desse projeto “PROPOSTA METODOLÓGICA 
DE PRIORIZAÇÃO DE MUNICÍPIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS 
DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PSA)”. Sendo assim, 
poderá ser feita uma adaptação das variáveis utilizadas no artigo para a Área 
de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira, podendo ser consultadas no 
Banco Multidimensional de Estatísticas do IBGE. 
O levantamento socioambiental dos municípios que compõem a APASM 
evidenciou a importância do desenvolvimento ambiental (proteção e 
manutenção dos recursos naturais) da área para a preservação dos recursos 
naturais. Alguns municípios se sobressaem por não terem boa infraestrutura e 
necessitam de atenção por parte do poder público e seus gestores; caso 
contrário, nascentes e cursos d’água correm o risco de serem poluídos e 
grandes reservas naturais devastadas acarretando sérios problemas ao 
ecossistema e biodiversidade local. Além disso, esse levantamento colaborou 
para a caracterização da população desses municípios, a partir de 
levantamentos de indicadores como IDHM, Renda Per Capita, Taxa de 
Analfabetismo, Mortalidade Infantil, Coleta de esgoto, Disponibilidade de água 
encanada, acesso à rede elétrica, entre outros. 
Outra conclusão importante evidenciada por esse projeto foi a real 
necessidade de determinar um método de seleção de áreas prioritárias para 
implementação da política de PSA na APA Mantiqueira, visto que grande parte 
dos municípios estudados não possuem verba para financiamento de projetos 
e programas dessa natureza. 
A participação no desenvolvimento neste projeto foi essencial para 
aprofundar meus conhecimentos nas áreas de: gestão ambiental, de 
geoprocessamento e planejamento urbano. Na área de gestão ambiental pude 
entrar em contato com diversas formas que existem de aplicar a Política de 
Pagamento por Serviços Ambientais; na área de geoprocessamento aprendi 
mais funções do software de geoprocessamento ArcGIS além das vistas na 
disciplina de “Sistemas de Informação Geográfica”; e na área de planejamento 
urbano tive contato com diversos órgãos públicos e percebi a dificuldade de se 
obter dados para aplicar em pesquisas. Além disso, pude aplicar alguns dos 
conceitos vistos em aulas da graduação; o que considero ter sido muito 
importante para complementar minha formação como Engenheira Ambiental e 
ampliar meus horizontes em relação a minha atuação no Mercado de trabalho. 
 
6. REFERÊNCIAS 
ANA. Manual Operativo do Programa Produtor de Água. 2012. Disponível 
em: 
<http://produtordeagua.ana.gov.br/Portals/0/DocsDNN6/documentos/Manual 
Operativo Versão 2012 01_10_12.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2017. 
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: Cursos d'água e áreas altas 
têm que ser preservados. Nível Federal: Senado, 2011. Disponível em: 
<https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/codigo-florestal/areas-
de-preservacao-permanente.aspx>. Acesso em: 28 jul. 2017. 
BRASIL, Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012. Institui o Código Florestal. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12651compilado.htm >. Acesso em: 11 /04/2017. 
BRASIL. Lei 11.445/07 – Lei Federal do Saneamento Básico. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. 
Acesso em: 01 ago. 2017. 
BRASIL. Congresso. Senado. Constituição (2012). Lei nº 12651, de 25 de maio 
de 2012. Lei 12651. Brasília, DF, Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12651.htm#art83>. Acesso em: 13 abr. 2017. 
CAVALCANTI, R. Pagamentos por Serviços Ambientais no Brasil. 2012. 
Disponível em: 
<https://www.senado.gov.br/comissoes/CMMC/AP/AP20120905_Roberto_Cav
alcanti.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017. 
DECICINO, R. Protocolo de Kyoto: Países se comprometeram a reduzir 
emissão de gases. 2007. Disponível em: 
<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/protocolo-de-kyoto-paises-
se-comprometeram-a-reduzir-emissao-de-gases.htm>. Acesso em: 13 ago. 
2017. 
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. 
Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de Janeiro, 
RJ). Súmula da 10. Reunião Técnica de Levantamento de Solos. Rio de 
Janeiro, 1979. 83p. (EMBRAPA-SNLCS. Micelânea, 1). 
GIOVINAZZO, R. A. Modelo de Aplicação da Metodologia Delphi pela 
Internet – Vantagens e Ressalvas. 2001. Disponível em: 
<http://www.fecap.br/adm_online/art22/renata.htm>. Acesso em: 05 jul. 2017. 
GJORUP, A. F. Análise de procedimentos para seleção de áreas 
prioritárias em programas de pagamento por serviços ambientais 
hídricos. 2016. 14 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia de 
Biossistemas, Departamento de Núcleo de Geomática, Universidade Federal 
Fluminense, Niterói, 2016. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/ambiagua/v11n1/1980-993X-ambiagua-11-01-
00225.pdf>. Acesso em: 25 junho 2017. 
GUIMARÃES, C. S. Saneamento Básico. 2007. Disponível em: 
<http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/Apostila IT 
179/Cap 1.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2017. 
ISA – Instituto Socioambiental. Disponível em < https://site-
antigo.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3230> Acesso em 10/04/2017 às 
23:18. 
MOSAICO MANTIQUEIRA (Brasil). O Mosaico Mantiqueira. 2006. Disponível 
em: <http://www.mosaicomantiqueira.org.br/site/o-mosaico/>. Acesso em: 18 
maio 2016. 
OLIVEIRA, L. R.; ALTAFIN, I. G.; Proambiente: uma política de pagamento de 
serviços ambientais no Brasil. In: XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de 
Economia, Administração e Sociologia Rural, 2008, Rio Branco. Anais... XLVI 
Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia 
Rural, 2008. 
PAGIOLA, S.; GLEHN, H. C. B.; TAFFARELLO, D. EXPERIÊNCIAS DE 
PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS NO BRASIL. São Paulo, 
2013. 
PEIXOTO, M. Pagamentos por serviços ambientais: Aspectos Teóricos e 
Proposições Legislativas. 2011. Disponível em: 
<https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-
estudos/textos-para-discussao/td-105-pagamento-por-servicos-ambientais-
aspectos-teoricos-e-proposicoes-legislativas>. Acesso em: 12 jul. 2017. 
PEREIRA, P. H.; CORTEZ, B. A.; OMURA, P. A. C.; ARANTES, L. G. C. 
Projeto Conservador das Águas. 2016. Disponível em: 
<http://www.extrema.mg.gov.br/conservadordasaguas/Projeto-Conservador-
das-aguas-versao-fevereiro-de-2016.pdf>. Acesso em: 08 ago. 2017. 
RIGNEL, D. G. S.; CHENCI, G. P.; LUCAS, C. A. UMA INTRODUÇÃO A 
LÓGICA FUZZY. Revista Eletrônica de Sistemas de Informação e Gestão 
Tecnológica, Franca, v. 01, n. 01, p.17-28, mar. 2011. 
SEEHUSEN, S. E.; PREM, I. Por que Pagamentos por Serviços Ambientais? 
In: GUEDES, Fátima Becker; SEEHUSEN, Edda (org.). Pagamentos por 
Serviços Ambientais na Mata Atlântica: lições aprendidas e desafios. 2 a ed. 
Brasília/DF: Instituto do Meio Ambientee dos Recursos Naturais Renováveis, 
2012. P. 15/53. 
SMA. Projeto Mina d’água. Disponível em: 
http://www.institutooikos.org.br/files/PalestraHelenaCarrascosa.pdf. Acesso em: 
09 jun. 2017. 
XAVIER-DA-SILVA, J. Geoprocessamento para análise ambiental. Rio de 
Janeiro: Lageop, 1999b. 15 p. (apostila do Curso de Especialização em 
Geoprocessamento - Midia CD-rom). 
WRIGHT, J. T. C.; GIOVINAZZO, R. A. DELPHI: UMA FERRAMENTA DE 
APOIO AO PLANEJAMENTO PROSPECTIVO. Caderno de Pesquisas em 
Administração, São Paulo, v. 01, n. 12, p.54-65, maio 2000. 
WUNDER, S. 2005. Payments for environmental services: Some nuts and 
bolts. Center for International Ferestry Research (CIFOR), Bogor, Indonesia. 
CIFOR Occasional Paper 42. 32p. 
 
 
ANEXO I 
 
ANEXO II 
 
ANEXO III 
 
ANEXO IV 
 
ANEXO V

Outros materiais