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Conceito de Crime, Tipo penal, Fato Tipico

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DP I – 1º Semestre
CONCEITO DE CRIME:
. Crime é conduta humana, podendo ser ação propriamente dita, como também omissão. É uma ação típica, antijurídica e culpável, submetida a uma cominação penal adequada e ajustada às condições de dita penalidade.
. Este tipo de comportamento pode ser objeto de estudo da Sociologia, da Filosofia, da Psicologia, Filantropia, Antropologia e a Criminologia.
. Segundo, Heleno Cláudio Fragoso, “crime é uma ação ou omissão que se proíbe e se procura evitar, ameaçando-a com pena, porque constitui ofensa (dano ou perigo) a um bem ou a um valor da vida social”.
Doutrina tradicionalista:
. De acordo com os defensores da doutrina tradicionalista, tais como E.Magalhães Noronha, Heleno Cláudio Fragoso, Aníbal Bruno, Paulo Francisco Vani Benfica, “o crime é a ação humana típica e culpável.” 
. Nelson Hungria e Baliseu Garcia acrescentam ao conceito a culpabilidade.
Doutrina finalista:
. De acordo com os defensores da doutrina finalista, tais como Damásio Evangelista de Jesus, Júlio Fabrini Mirabete e Celso Damanto, “crime é fato típico e antijurídico, ficando a culpabilidade como pressuposto da pena”.
Conceito Formal:
. o crime é conduta proibida e sancionada pela Lei Penal, e é exatamente esse caráter de pura contrariedade ao Direito que é acentuado para formular a definição de crime: “crime é toda ação ou omissão proibida pela lei, sob ameaça de pena”.
Conceito Material:
. o crime é ação ou omissão que, a juízo do legislador, contrasta violentamente com valores ou interesses do corpo social, de modo a exigir seja proibida sob ameaça de pena, ou seja, são os bens tutelados pela norma, pelo tipo.
Conceito Analítico:
. do ponto de vista dogmático, é definido como a conduta humana (ação ou omissão) típica, antijurídica e culpável.
A definição legal de crime no Brasil:
. A Lei de Introdução ao Código Penal brasileiro (Lei nº 3.914/1941) faz a seguinte definição de crime: “Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração que a lei comina isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.” 
Tipo Penal:
. é o modelo, o padrão de conduta que o Estado, por meio de seu único instrumento, a lei, visa impedir que seja praticada, ou determina que seja levado a efeito por todos nós. É, portanto, a descrição precisa do comportamento humano, feito pela lei penal.
. Zaffaroni define: “o tipo penal é um instrumento legal, logicamente necessário e de natureza predominantemente descritiva, que tem por função a individualização de condutas humanas penalmente relevantes.”
Ex: Proteção do patrimônio, ver at. 155, CP. (pena de 1 a 4 anos de reclusão).
Fato Típico:
. é composto pela conduta do agente, sendo dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva; pelo resultado; pelo nexo de causalidade entre aquela e este.
. tipicidade significa, portanto, a subsunção perfeita da conduta praticada pelo agente ao modelo abstrato previsto na lei penal, ou seja, a um tipo penal incriminador.
. podemos dizer que seja a descrição do fato criminosos, feita apela lei.
. ainda, dizer que o tipo é um esquema, ou uma fórmula, que serve de modelo para avaliar se determinada conduta está incriminada ou não. O que não se ajusta ao tipo não é crime.
CRIMES DOLOSOS:
. é a vontade livre e consciente dirigida a realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador, ou seja, é a vontade livre e consciente de praticar um crime.
. para agir dolosamente, o sujeito ativo deve saber o que faz e conhecer os elementos que caracterizam sua ação típica, por exemplo: homicídio = sabe que matar é crime; furto = que se apoderar de uma coisa alheira móvel é crime. O dolo é regra, a culpa é exceção. Exemplo, o crime de Dano, art. 163, CP.
. Teoria da Vontade: Dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
. Teoria da Representação: Dolo é a vontade de realizar a conduta, prevendo a possibilidade de produção do resultado.
. Teoria do Assentimento: Dolo é a vontade de realizar a conduta, assumindo o risco da produção do resultado.
ESPÉCIES DE DOLO:
. Dolo natural: é o dolo adotado pela teoria finalista de ação e pressupõe: [i] consciência: da conduta, do resultado, e do nexo causal entre ambos; [ii] vontade: de realizar a conduta e provocar o resultado.
. Dolo normativo: é o dolo segundo a teoria clássica, contém a consciência da ilicitude e é elemento integrante da culpabilidade.
. Dolo direto ou determinado: quando o agente visa acerto ou determinado resultado, ex: Pafúncio atira em Calixto para matar, e o consegue.
. Dolo indireto ou indeterminado: quando o querer do agente não se fixa num só sentido ou direção. Conforme Nelson Hungria, não há que se falar em dolo indeterminado, mas em dolo mais ou menos determinado, compreendendo o dolo alternativo e o eventual.
Exemplo: [i] O dolo alternativo se dá quando o agente quer um ou outro dos resultados que sua conduta pode ocasionar (Pafúncio atira em Calixto para matar ou ferir). [ii] O dolo eventual ocorre quando o agente prevê o resultado como possível e o admite como conseqüência de sua conduta.
. Dolo de dano: intenção de causar efetiva lesão ao bem jurídico tutelado, Ex: homicídio, furto, etc.
. Dolo de perigo: em que o autor da conduta quer ou assume o risco de colocar o bem jurídico debaixo da probabilidade de um dano ou lesão. Ex: todos os crimes de perigo à vida ou á saúde (art. 132, CP); crime de rixa (137, CP). 
. Dolo genérico: vontade realizar a conduta descrita na lei, sem um fim especial. Ex: matar alguém (art. 121, do CP.
. Dolo específico: é a vontade realizar o fato com uma finalidade especial, isto é, uma intenção ulterior, que é descrita na Lei Penal. Ex: [i] extorsão mediante seqüestro (art. 159, do CP), cujo tipo é seqüestrar pessoa com o fim de obter vantagem, como condição ou preço do resgate; [ii] o agente abandona ou expõe recém-nascido para ocultar desonra própria (art. 134, do CP); [iii] praticar o funcionário, ou deixar de praticar ou retardar, ato de ofício, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (art. 319 do CP).
. Dolo geral: acontece quando o agente, supondo já ater alcançado o resultado por ele visado, pratica nova ação, que efetivamente provoca, Exemplo: alguém efetua disparo contra a vítima e, supondo que esta já esteja morta, atira-a ao mar, provocando sua morte. Nesse caso, ao tentar ocultar o cadáver, o agente responde por homicídio doloso consumado (e não por tentativa de homicídio em concurso com homicídio culposo).
CRIMES CULPOSOS:
. o agente não quer nem assume o risco de produzir o resultado, mas a ele dá causa. 
. é aquele resultante da inobservância de um cuidado necessário, manifestada na conduta produtora de um resultado objetivamente previsível, mediante imprudência, negligência ou imperícia.
. a culpa, no sentido restrito, também faz parte do tipo, na doutrina finalista da ação. Ela é uma forma mais atenuada do elemento psicológico normativo da culpabilidade.
CRIMES PRETERDOLOSOS:
. Preterdoloso = o resultado total é mais grave do que pretendido pelo agente; Conjugação de dolo (no antecedente) e culpa (no subseqüente). É desejoso do minus e produz o majus, ex: lesão corporal seguida de morte.
Espécies de Culpa:
. consciente: o agente prevê o resultado, mas espera que não ocorra . Há previsão do resultado , mas ele supõe que poderá evitá-lo com sua habilidade, Exemplo: guarda-chaves não mua os binários para a mudança das locomotivas, confiando que uma tempestade, que fez uma montanha desabar, impedirá ambas de chegarem à estação.
. o caçador, avistando um companheiro próximo à caça, confia na sua condição de hábil para não atingi-lo quando disparar, causando, ao final, lesões ou a morte da vítima, ao disparar o tiro.
. a culpa consciente avizinha-se do dolo eventual,mas com ele não se confunde. Distinção: na culpa consciente o agente, embora prevendo o resultado, não o aceita como possível; não o deseja.
. no dolo eventual o agente prevê o resultado, que lhe é indiferente, não se importando que venha a acontecer.
. inconsciente: o agente não prevê o resultado que, entretanto, era objetiva e subjetivamente previsível.
. própria: é aquela em que o sujeito não quer e não assume o risco de produzir o resultado. É, pois, a comum, em que o resultado não é, não obstante previsível.
. imprópria: denomina-se também, culpa por extensão, assimilação ou equiparação. Nela o resultado é previsto e querido pelo agente, mas que age em erro de tipo escusável ou vencível. Temos, portanto, que o agente supõe estar agindo acobertado por uma excludente de ilicitude (descriminante putativa) e, em razão disso, provoca intencionalmente um resultado ilícito. Não obstante a ação ser dolosa, o agente responde por crime culposo na medida em que sua avaliação acerca da situação fática for equivocada.
Exemplos: [i] uma pessoa, à noite, percebe um vulto nas proximidades da janela de sua casa, e pensando tratar-se de um ladrão, sem se da conta de que possa ser seu próprio filho, atira, vindo a acertá-lo. [ii] o agente que, no ato de legítima defesa, se excede por imprudência. [iii] aquele que, afoitamente, reage a uma agressão inexistente.
Nestes casos o indivíduo quer o resultado, mas sua vontade está viciada por um erro que poderia, com cuidado necessário, ser evitado.
Compensação de culpas
. Não há em Direito Penal compensação de culpas, de modo que se a vítima age também culposamente, não por isso fica excluída a culpa do agente.
. Somente fica afastada a incidência do crime culposo, quando a culpa for exclusiva da vítima.
Concorrência de culpas: 
. A concorrência de culpas consiste na conduta de duas ou mais pessoas (excetuada a co-autoria ou participação) - causando-lhes um resultado lesivo por imprudência (conduta positiva, uma ação. Exemplo: dirigir em excesso de velocidade, brincar com um revolver municiado), negligência (conduta negativa, uma omissão, ausência de precaução. Exemplo: não providenciar a manutenção dos freios do veículo, não providenciar equipamentos de segurança para os empregados resultando em lesões e acidentes de trabalho) ou imperícia (incapacidade ou falta de conhecimento técnico no exercício de arte ou ofício. Exemplo: médico que opera sem ser habilitado para tal) -, de modo que todos os envolvidos respondem pela questão. 
Exemplos:
- Pafúncio dirige em alta velocidade, e Felisbino na contramão, daí surgindo uma colisão da qual a morte de Calixto. Em tal caso, Pafúncio e Felisbino respondem pelo crime.
- Dois motoristas, ambos dirigindo com imprudência, chocam-se num cruzamento, resultando ferimentos corporais em ambos. Os dois serão condenados, porque em DiReito Penal não existe compensação de culpas.
- 
Excepcionalidade de crime culposo:
Salvo em casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
. significa dizer que a existência de um crime culposo depende de expressa previsão legal.
Co-autoria e participação em crime culposo:
. é possível a existência de co-autoria e participação em crime culposo (art. 29 CP) – RT-537/336.
Tentativa de crime culposo: 
. Não pode haver tentativa de crime culposo (RT-625/388 e RT-620/336).
TEORIA SOBRE A CONDUTA:
. conduta é a ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade.
. conduta penalmente relevante é toda ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dolosa ou culposa, voltada para uma a finalidade, típica ou não, mas que produz ou tenta produzir um resultado previsto na lei penal como crime. 
Teoria finalista:
. busca, no evento produzido, a finalidade querida pelo agente, isto é, qual a intenção do sujeito. Ex: no crime de homicídio, se a finalidade era matar, a vontade coincide com o resultado, e a conduta diz-se dolosa. Se o objetivo era assustar, a vontade e o resultado não foram coincidentes, e a conduta qualifica-se como culposa. 
Teoria social: 
. a ação é a conduta socialmente relevante, dominada ou dominável pela vontade humana. Ex: [i] se um pugilista fere seu adversário porque quer feri-lo, mas não atua em função de menosprezo à integridade física deste, o significado de sua ação é positivo. [ii] o cirurgião que faz uma incisão no paciente quer curá-lo, quer que ele se recupere.
. Nessas hipóteses, embora ocorram lesões no corpo do adversário e no do paciente, não há ação típica de ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem, a qual consisti, em tese, o crime de lesão corporal. 
Imputação objetiva:
. há casos em que a vítima contribui decisivamente para a produção do resultado danoso, o que a doutrina denomina “ações a próprio risco”, permitindo que parte dos normativistas exclua a imputação objetiva do autor, isentando-o de responsabilidade penal. Ex: No final de uma festa, Pedro, após ingerir grande quantidade de bebida alcoólica, solicita a Antonio, visivelmente embriagado, que o leve de automóvel até sua residência. Antonio diz que está voltando para casa a pé, em vez que não tem condições de dirigir. Pedro insiste e Antonio aquiesce. Há um desastre e Pedro morre.
Vejamos (há duas posições):
[i] há imputação objetiva de resultado, respondendo o motorista pela morte da vítima.
[ii] fica afastada a imputação objetiva do resultado, tratando-se de conduta a próprio risco excludente da tipicidade 
A vontade na conduta dolosa ou culposa:
. a vontade domina a conduta dolosa ou culposa. A diferença é que, na ação dolosa, a voluntariedade alcança o resultado, enquanto na culposa só vai até a causa do resultado.
. a conduta culposa, portanto, é aquela na qual o agente não observa um dever de cuidado, imposto a todos no convívio social, e, por esse motivo, causa um resultado típico (morte, lesões, etc.) 
Ausência de conduta:
. Não constituem conduta os atos em que não intervém a vontade. Ex: coação física irresistível (o homem que está amarrado não pode praticar uma conduta omissiva) e movimento ou abstenção de movimento em casos de sonho, sonambulismo, hipnose, embriaguez completa, desmaio e outros estados de inconsciência.
Formas de conduta:
. Ação e Omissão:
Os crimes podem ser praticados por ação – crimes comissivos , ou por omissão – crimes omissivos.
Crimes omissivos próprios:
. de mera conduta, ou de simples atividade, punindo a lei a simples omissão, independentemente de qualquer resultado, como na omissão de socorro (art. 135 do CP) ou na omissão de notificação de doença (art. 269 do CP), podendo ser imputados a qualquer pessoa.
Crimes comissivos por omissão:
. são crimes de resultado, e só podem ser praticados por certas pessoas, chamadas garantes, que por lei têm o dever de impedir o resultado e a obrigação de proteção e vigilância em relação a alguém.
. ver art. 13, § 2º, alíneas a e c: 
Ex: [i] o guia de alpinismo ao dirigir um grupo; [ii] o caçador que fere imprudentemente seu companheiro e ao invés de socorrê-lo, deixa-o abandonado, sobrevindo-lhe a morte; [iii] mãe que deixa de alimentar o filho em fase de amamentação, causando-lhe com isso, dolosamente, a morte.
. a responsabilidade nos crimes comissivos por omissão pode ser atribuída a título de dolo ou de culpa, conforme o caso.
Causalidade da omissão:
. Nos termos da lei existe causalidade na omissão, pois se considera causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido
. (art.13 – CP). (Teoria da condição negativa, da equivalência da condições ou da conditio sine qua non)
. Na doutrina, porém, predomina o entendimento de que não há nexo causal entre a omissão e resultado, mas apenas uma avaliação normativa. O agente seria punido não por causar um resultado, mas por não ter agido para evitar o resultado.
. a omissão não pode ser imputada ao acusadose no resultado ocorrer de qualquer forma, mesmo que ele tenha agido.]
Omissão no caso de tortura, drogas e crimes hediondos:
. o art. 5º, XLIII, da CF, remete á criação de lei que passará a punir também os que, podendo evitar um crime relacionado com tortura (vide lei nº 9.455/97) ou drogas, ou que seja hediondo, se omitirem. Essa omissão, quando vier a ser tipificada em lei, deverá constituir crime omissivo puro, e não comissivo por omissão, uma vez que praticável por qualquer pessoa, e não apenas por um garante ou garantidor. 
Crimes instantâneo e permanente:
. Instantâneo = se esgota com a ocorrência do resultado. Não há continuidade. Não significa rapidez. ex: lesão corporal.
. Permanente = a consumação se alonga no tempo. O agente pode cessar quando quiser. Ex: cárcere privado, seqüestro.
Crimes de dano e de perigo: 	
. Dano = lesão efetiva ao bem jurídico, ex: contágio venéreo.
. Perigo = se consuma com a simples criação do perigo para o bem jurídico protegido sem produzir um dano efetivo, ex: dirigir embriagado e abandono. 
Crimes material, formal e de mera conduta:
. Material ou de resultado = o resultado integra o tipo penal. É indispensável a produção de um dano efetivo, ex: homicídio, furto.
. Formal = descreve um resultado, mas não precisa verificar-se para a consumação. Basta a ação e a vontade do agente, ex: ameaça, injúria verbal. 
. Mera conduta = somente se vê o comportamento do agente, sem a preocupação com o resultado, ex: desobediência, invasão de domicílio. São crimes sem resultados.
Crimes unissubjetivo e plurissubjetivo:
. Unissubjetivo = pode ser praticado pelo agente individualmente embora admita o concurso eventual de pessoas. 
. Plurissubjetivo = é o crime de concurso necessário. Exige no mínimo duas pessoas. Participantes com conduta paralela (quadrilha); convergente (adultério e bigamia) ou divergente (rixa). 
Crimes unissubsistente e plurissubsistente: 
. Unissubsistente = ato único. (ex: delitos de mera conduta);
. Plurissubsistente = vários atos sucessivos (ex: crimes materiais)
 Crimes comum, próprio e de mão própria:
. Comum = pode ser praticado por qualquer pessoa (lesão corporal, estelionato, furto); 
. Próprio (ou especial) = exige determinada qualidade ou condição pessoal do agente, ex: condição jurídica (acionista); profissional ou social (comerciante); natural (gestante, mãe); parentesco (descendente). 
. Mão própria = só pode ser praticado pelo agente pessoalmente, ex: (falso testemunho, adultério, prevaricação). A distinção é: àquele o sujeito pode determinar a outrem sua execução; neste ninguém os comete por intermédio de outrem.
Crimes de ação única, de ação múltipla e de dupla subjetividade:
. Ação única = somente uma modalidade de conduta, ex: matar, subtrair;
. Ação múltipla ou de conteúdo variado = tipo penal contém várias modalidades de condutas, no entanto, haverá somente um único crime (arts. 122, 180, 234, CP).
. Crimes de dupla subjetividade passiva = são vítimas, ao mesmo tempo, dois indivíduos, ex: violação de correspondência. Ambos passivos.

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