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Laboratório Clínico: MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS Prof. PHD. Willian Marinho Dourado Coelho Faculdade de Ciências Agrárias de Andradina Curso de Medicina Veterinária Introdução - biossegurança • História • Desinfecção, antissepsia e medidas de higiene para evitar doenças • Índia 1400 a 1200 a.c. • Século XVIII (varíola, hanseníase, sífilis, febre tifóide) • Viena (1847) - Uso de hipoclorito de sódio nas mãos • Lister (1865) – cirurgia asséptica Introdução - biossegurança • Acidentes laboratoriais - Meyer & Eddie (1941) – Infecções por Brucella spp. - Sulkin & Pike (1949-1976) – Infecções virais, tuberculose, tularemia, tifo, estreptococose, encefalite equina Venbezuelana e hepatite. - Skinhoj (1974) – riscos 5x maior de infecção por hepatite e tuberculose - Pike (1979) – códigos de prática e normas de conduta Introdução - biossegurança • Normas de biossegurança - Centro para Controle e Prevenção de Doenças – CDC Objetivo: socializar, rever os conhecimentos, rever os princípios, erros cristalizados, ter senso crítico, detectar erros, admití-los e corrigí-los Introdução - biossegurança • LEI Nº 8.974/95 – Lei de Biossegurança • Estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso de técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte de organismos geneticamente modificados, visando proteger a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente. Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS AO LABORATORISTA - Vestimentas (evitar roupas de lã, veludo e fibras grossas) - Luvas - Não remover objetos de uso para fora da área técnica - Cobrir ferimentos - Não manusear ou armazenar alimentos - Não colocar material contaminado em locais de uso comum - Não fumar - Vacinação Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS À LIMPEZA - Limpezado do ambiente (hipoclorito de sódio 1%) - Limpeza de materias (lâminas, ponteiras, vidrarias) - Materiais de inox (água oxigenada 10 volumes) – 15 min. - Descarte de material biológico - Contaminação de bancadas com líquidos - Evitar o uso de álcool na descontaminação de superfícies - Dispor adequadamente do lixo e resíduos Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS À LIMPEZA - Limpeza das mãos com sabão neutro - Desinfecção com álcool 70%, glicerinado 3% - Aventais e roupas contaminadas Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS À MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS NO LABORATÓRIO - Manter frascos devidamente fechados - Não tampar ou abrir frascos na altura dos olhos - Não reencapar agulhas - Descartar vidrarias danificadas - Não pipetar reagentes com a boca - Centrifugar em sistema fechado Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS À MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS NO LABORATÓRIO - Não abrir a centrífuga em movimento - Considerar qualquer material como potencialmente contaminado - Materiais não descartáveis hipoclorito 1% (10 min.) antes da lavagem e esterilização - NUNCA CHEIRAR REAGENTES - Todo reagente deve estar identificado/rotulado - Não colocar pipetas contaminadas na superfície de balcão Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS À MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS NO LABORATÓRIO - Não descartar fluidos na pia - Evitar produção de aerossol - Não colocar recipientes com substâncias líquidas sobre equipamentos Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS AOS EQUIPAMENTOS - Manutenção preventiva - Aferição - Manutenção de registros - Limpeza adequada Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS AOS PRODUTOS QUÍMICOS - Produtos inflamáveis Seguir as recomendações do fabricante Rótulos e símbolos Armazenar em armários metálicos fechados Produtos voláteis Considerar: temperatura, inflamabilidade, explosão, evaporação Não fumar Normas gerais de biossegurança • RELACIONADOS AOS PRODUTOS QUÍMICOS - Reagentes Seguir as recomendações do fabricante Corrosivos – armazenamento e transporte Inspecionar o estoque Não fumar Substâncias radioativas Substâncias mutagênicas, carcinogênicas Níveis de biossegurança (NBS) • NÍVEL 1 - Agentes bem caracterizados - Isolamento do laboratório não é necessário - Equipamentos especiais ou construção não são requeridos Níveis de biossegurança (NBS) • NÍVEL 2 - Agentes com perigo potencial para as pessoas e ambiente - Moderado risco individual e baixo para a comunidade - Existe tratamento efetivo, medidas preventivas e o risco de disseminação é limitado - Acesso ao laboratório é limitado - Precauções com materiais cortantes - Cabine biológica nível I ou II Níveis de biossegurança (NBS) • NÍVEL 2 - Proibido entrada de pessoas imunossuprimidas - Experimentos envolvendo: - Helmintos - Protozoários - Maioria dos fungos, bactérias e vírus - “Precauções Universais” – Práticas com componentes humanos - # HIV – nível 2 Níveis de biossegurança (NBS) • NÍVEL 3 - Clínica, diagnóstico, aulas, pesquisa - Agentes que ocasionam sérias doenças - Alto risco individual e baixo para a comunidade - Tratamento e medidas preventivas viáveis - Cabines de segurança II e III - Utilização de máscaras e respiradores - Descontaminação - Acesso limitado - Proibido entrada de imunossuprimidos Níveis de biossegurança (NBS) • NÍVEL 4 - Patógenos altamente infecciosos - Tratamento e medidas preventivas não são viáveis - Alto risco individual e para a comunidade - Isolamento do laboratório - Acesso limitado - Banho químico e descontaminação - Cabine de segurança classe III com EPI - Descarte mediante autoclave Níveis de biossegurança (NBS) • NÍVEL 4 - Patógenos altamente infecciosos - Tratamento e medidas preventivas não são viáveis - Alto risco individual e para a comunidade - Isolamento do laboratório - Acesso limitado - Banho químico e descontaminação - Cabine de segurança classe III com EPI - Descarte mediante autoclave Animais de laboratório • NÍVEL 1 - Manutenção de animais sadios - Inoculados com agentes do grupo de risco 1 - Boas técnicas microbiológicas • NÍVEL 2 - Inoculação com agentes do grupo de risco 2 - Animais somente para uso experimental - Descontaminação - Incineração Animais de laboratório • NÍVEL 3 - Inoculação com agentes do grupo de risco 3 - Salas e gaiolas isoladas - Sistema de ventilação e exaustão atrás das gaiolas • NÍVEL 4 - Práticas semelhantes à NBS 4 - Todos os resíduos devem ser autoclavados Animais de laboratório - Invertebrados • Reservatórios ou vetores de patógenos • De acordo com o grupo de risco do agente • Salas com isolamento e fumigação • Dispositivos anti-artrópodos • Descontaminação do lixo pelo calor • Insetos voadores (ATENÇÃO ESPECIAL) • Supervisão constante Normas de esterilização e desinfecção • Limpeza • Esterilização • Desinfecção • Antissepsia • Detergentes • Assepsia • Germicida • Bacteriostático Normas de esterilização e desinfecção • Calor úmido - Coagulação de proteínas Relação umidade e temperatura para coagulação da ovoalbumina UMIDADE (%) Temperatura para coagulação 50 56 25 74-80 18 80-90 6 145 0160-170 Normas de esterilização e desinfecção • Calor úmido - Fervura * - Vapor sob pressão (15 libras por polegada2) 121oC - Controle da esterilização – Bacilus stearothermophilus Normas de esterilização e desinfecção • Calor seco - Oxidação de proteínas - Combinação de temperatura e tempo - 121oC por 12 horas - 160oC por 2 horas - 170oC por 1 hora - 170oC por 2 horas (HIV) Normas de esterilização e desinfecção • Flambagem • Filtração • Agentes químicos • Radiação: a) ionizantes, b) raios X, beta, gama Setor de limpeza e esterilização - Desprezar o conteúdo das vidrarias - Passar em água corrente tratada - Manter em recipientes com hipoclorito (1%) - Romover marcações - Enxaguar - Levar à estufa a 180oC por 2 horas Equipamentos de proteção individual Equipamentos de proteção individual - Níveis mínimos de proteção: - Luvas - Máscaras, óculos, escudo facial - Protetor respiratório - Avental - Gorro - Calçados Equipamentos de proteção individual Recomendaçõs para profilaxia das doenças infecciosas - Limpeza rigorosa do local atingido - Ingestão - Comunicar o chefe do laboratório - Precauções ao manipular materias perfuro-cortantes - Domínio do conhecimento das doenças
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