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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DISCIPLINA: QUÍMICA INORGANICA II PROF. Me. JOALDO DA SILVA LOPES ÁCIDOS E BASES DUROS E MACIOS Érica Letícia Moreira Silva CAXIAS-MA 2018 PEARSON, R. G. Hard and Soft Acids and Bases. Journal of the American Chemical Society 1963. O artigo intitulado: Hard and Soft Acids and Bases aborda o comportamento da teoria de Pearson tratando-se de ácidos e bases, demostrando sua classificação em duros e moles e a análise de como seu comportamento é influenciado. A obra composta por 7 páginas, divididas em introdução, breves exposições acerca da: Classificação de Ácidos de Lewis como Classe (a) ou (b), equilíbrio em solução, Complexos de Transferência de Carga, ligação de hidrogênio, átomos de halogênio e radicais livres e átomos de metal e superfícies metálicas, seguindo de discussão. Esta teoria nasceu da química de coordenação, onde, observou-se que alguns ligantes possuíam preferência em reagir com alguns metais e que outro grupo de ligantes preferiam coordenar com um segundo grupo de metais. Segundo o critério de Ahrland, Chatt e Davies de acordo com as preferências pelos íons metálicos da classe a ou classe b, os ligantes podem ser classificados, dependendo se eles formaram seus complexos mais estáveis com o primeiro átomo de ligando de cada grupo, classe (a), ou se eles formaram seus complexos mais estáveis com o segundo ou um membro subsequente de cada grupo, classe (b). Íons metálicos da classe (a) incluem os íons de: metais alcalinos, metais alcalinos terrosos e metais de transição mais leves em seus estados de oxidação mais altos como Ti4+, Cr3+, Fe3+, Co3+ e o íon H+. Enquanto, íons metálicos da classe (b) incluem os íons de: metais de transição mais pesados e os estados de oxidação mais baixos, como Cu+, Ag+, Hg+, Hg2+, Pd2+ e Pt2+. Desta forma a teoria de Pearson se mostra diferente das outras, pois fornece uma explicação da reatividade de alguns compostos. É possível classifica-las com bases nas suas características comportamentais nas ligações, assim, nesse artigo Pearson adequa a classificação de espécies de tipo ‘a’ e de tipo ‘b’, passando a chamar essas espécies de ‘a’ duros e ‘b’ moles. No artigo, o autor apresenta uma extensão do conceito de Ácido-Base de Lewis, definindo uma espécie mais polarizável como mole (ácido ou base) e menos polarizável como dura (ácido ou base). Ele destaca que a dureza pode estar associada à ligação de prótons, desta forma os átomos em cada grupo tornam-se progressivamente mais macios com o aumento do peso atômico. O autor destaca que espécies duras, tanto ácidos como bases, tendem a ser espécies pequenas, pouco polarizáveis sendo possível identificá-los por algumas características, como raio atômico pequeno, uma carga elevada positiva no caso dos ácidos, e uma baixa carga negativa no caso dos ânions e que os ácidos e bases moles tendem a ser grandes e mais polarizáveis, tendo baixa carga positiva e elevada carga negativa. Pearson sugeriu uma regra simples (chamada princípio de Pearson) para a predição da estabilidade de complexos formados entre ácidos e bases: ácidos duros preferem se ligar a bases duras e ácidos moles preferem se ligar a bases moles. Interações entre ácidos e bases duras são predominantemente iônicas enquanto entre ácidos e bases moles são predominantemente covalentes. Desta forma ele agrupa em uma tabela os ácidos e bases duros, moles e intermediários. Destaca que o equilíbrio em solução aquosa é realmente usado como base, o efeito do solvente de água diminuir a basicidade de ânions pequenos (duros) em relação a ânions grandes (macios) relacionados. Os solventes que não a água dariam efeitos na mesma direção, mas menos em magnitude, os solventes tendem a trazer o caráter de classe (b) para ácidos em comparação com a fase gasosa. Pondera ainda sobre o complexo típico de transferência de carga formado como resultado de uma reação ácido-base, onde o doador de elétrons é uma base e o aceitador é um ácido de Lewis, onde os hidrocarbonetos aromáticos formam complexos bastante estáveis, assim como outras moléculas com basicidades prótons desprezíveis. O autor destaca que outras propriedades que são proporcionais à polarização são mais responsáveis pelo comportamento típico das duas classes de ácidos. Por exemplo, um baixo potencial de ionização está geralmente ligado a uma grande polarizabilidade e um alto potencial de ionização para uma baixa polarização. Na teoria da ligação covalente, é geralmente considerado necessário que ambos os átomos ligados tenham uma eletronegatividade semelhante para terem uma forte ligação covalente e os tamanhos dos orbitais atômicos de ligação devem ser semelhantes para obter uma boa sobreposição. Uma explicação das interações duro-duro seria considerá-las como interações iônicas ou eletrostáticas em princípio. Para a maioria dos ácidos e bases duros típicos, espera-se que façam ligações iônicas como Li+, Na+, K+ e OH-. Como a interação eletrostática é inversamente proporcional à distância interatômica, quanto menores os íons envolvidos, maior a interação entre o ácido e a base duros. Como uma explicação eletrostática não pode valer para a aparente estabilidade das interações mole-mole, sugeriu-se que o fator predominante é covalente. Isto tem boa correlação para os metais de transição, Ag, Hg, visto que geralmente assume que ligações como Ag-Cl são consideravelmente mais covalentes do que as correspondentes com metais alcalinos. Foi destacado que os ácidos realmente moles são os metais de transição com seis ou mais elétrons d. Sob este ponto de vista, os efeitos de polarização nas interações mole-mole parecem, em alguns aspectos, com as regras de Fajans. Essas considerações mostram que bases moles serão incompatíveis com ácidos duros para boa covalência, e a ligação iônica também será fraca por causa da pequena carga ou tamanho grande da base. Em relação a solubilidade o autor destaca que os solventes duros dissolvem bem os solutos duros e os solventes moles dissolvem bem os solutos moles. Em geral, espécies com eletronegatividade relativamente altas são duras e aquelas com eletronegatividade baixas são moles. Pearson chamou a atenção para uma anomalia interessante entre a regra dos ácidos e bases duros e moles e o método original de Pauling de definição de eletronegatividade. Este artigo nos faz refletir a respeito dos vários conceitos e interações existente entre as molécula. Nesse caso, o conceito de ácidos e bases duros e moles deve ser útil utilizados para a explicação das funções como ácidos e bases e da sua utilização em várias áreas da química. Sendo indicado a todos que atuam na área da química para que possam ter conhecimento sobre o comportamento de algumas substancias. É um artigo de leitura clara e precisa, mas requer conhecimento da área e de alguns termos. Ralph G. Pearson (Chicago, 1919 —). Químico estadunidense que contribui no desenvolvimento dos conceitos de eletronegatividade e dureza absoluta, conhecidos como Teoria de Pearson para ácidos e bases duros e moles, uma extensão do conceito de Ácido-Base de Lewis. Obteve seu doutorado em 1943 pela Universidade de Northwestern onde se tornou professor e trabalhou até 1976, transferindo-se então para Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara. Recebeu o prêmio de Química Inorgânica da Sociedade Americana de Química (American Chemistry Society) e se tornou membro da Academia Americana de Ciências. Érica Letícia Moreira Silva, graduanda do 4º período do cursode Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Maranhão-Campus Caxias (IFMA). REFERÊNCIAS AYALA J. D. Definições de Ácidos e Bases - Química Inorgânica. Disponível em: <http://zeus.qui.ufmg.br/~ayala/index_arquivos/Page316.html>. Acesso em 23 de março de 2018. SHRIVER, D. F., ATKINS, P. W. Química Inorgânica, 3ª Ed. Bookman: Porto Alegre, 2003.
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