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COMO FUNCIONA O DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO. Em uma fiação, os fios fase e neutro nunca se tocam diretamente. A carga que passa pelo circuito sempre atravessa um aparelho, que age como um resistor. Desta forma, a resistência elétrica, em um eletrodoméstico, limita a quantidade de carga que pode fluir através do circuito - com voltagem e resistência constantes, a corrente também deve ser constante. Eletrodomésticos são projetados para manter a corrente a um nível relativamente baixo por questões de segurança. Demasiada carga, fluindo através de um circuito em um momento específico, aqueceria os fios do circuito e de toda a fiação a níveis perigosos, podendo causar um incêndio. Isso mantém o circuito elétrico funcionando normalmente, na maior parte do tempo. Mas, ocasionalmente, algo poderá conectar um fio fase diretamente a um fio neutro ou a algo que o conduza à terra. Por exemplo: o motor de um ventilador poderia sobreaquecer e derreter, fundindo os fios neutro e fase; ou alguém poderia colocar um prego na parede e, acidentalmente atingir um condutor elétrico. Quando o fio fase conecta-se diretamente a terra, a resistência no circuito é mínima, então, a tensão força uma enorme quantidade de carga pelos fios. Se esse processo continuar, os cabos sobreaquecerão e poderão iniciar um incêndio. A função do fusível e do disjuntor é interromper o circuito toda vez que ocorre sobrecarga ou curto-circuito. Nas seções seguintes, descobriremos como isso acontece. Fusível O dispositivo de proteção de circuito mais simples que existe é o fusível. O fusível é apenas um fio fino de material de baixo ponto de fusão (menor que o cobre), fechado em uma cápsula e que se conecta ao circuito. Quando o circuito é fechado, toda a corrente passa pelo fio do fusível, que recebe a mesma corrente que qualquer outro ponto do circuito. O fusível é planejado para romper quando aquecido acima de um certo nível; se a corrente subir muito, o fio queima. A destruição do fusível abre o circuito antes que o excesso de corrente possa danificar a fiação. O problema com o fusível é que ele funciona apenas uma vez. Toda vez que um rompe, precisa ser substituído. Um disjuntor faz basicamente a mesma coisa: abre o circuito assim que a corrente atinge níveis perigosos. No entanto, pode ser reutilizado. Disjuntor termomagnético É muito utilizado em instalações elétricas residenciais e comerciais o disjuntor magnetotérmico ou termomagnético, como é chamado no Brasil. O disjuntor termomagnético não necessita ser trocado depois de uma interrupção e permite acionamento manual, processo esse, denominado manobra (abertura ou fecho voluntário do circuito). Um disjuntor consiste de um simples interruptor conectado a uma lâmina bimetálica e ou a um solenóide cuja função é interromper automaticamente a passagem de corrente elétrica em um circuito devido a um curto-circuito ou sobrecarga. A função de proteção contra curto-circuito é desempenhada pelo atuador magnético (solenóide), que efetua a abertura do disjuntor com o aumento instantâneo da corrente elétrica no circuito. O aumento da corrente ativa a força magnética do solenóide e a diminuição da corrente a reduz. Permitindo reativar o disjuntor. Quando a corrente salta a níveis de risco, o solenoide devido à força magnética, abaixa uma alavanca metálica, conectada ao mecanismo do interruptor e este desloca-se, separando o contato móvel do contato fixo e quebrando o circuito. A proteção contra sobrecarga é realizada através de um atuador bimetálico, que é sensível ao calor. Uma pequena sobrecarga acima da corrente nominal do disjuntor e de longa duração, faz aquecer a lâmina bimetálica desligando o circuito elétrico. As características de disparo (desligamento) do disjuntor são fornecidas pelos fabricantes através de duas informações principais: corrente nominal e curva de disparo. Outras características são importantes para o dimensionamento, tais como: tensão nominal, corrente máxima de interrupção do disjuntor e número de pólos (unipolar, bipolar ou tripolar). Abaixo uma fotografia do detalhe interno de um minidisjuntor termomagnético projetado para atender as Normas Internacionais (IEC), de corrente nominal de 10 ampères e montagem em trilho DIN. Foto do interior de um disjuntor 1. Manopla - utilizada para fazer o fechamento ou a abertura manual do disjuntor. Também indica o estado do disjuntor (Ligado/Desligado ou desarmado). A maioria dos disjuntores são projetados de forma que o disjuntor desarme mesmo que a manopla seja segurada ou travada na posição "ligado". 2. Mecanismo atuador - Liga ou separa o sistema da rede elétrica. 3. Contatos - Permitem que a corrente flua quando o disjuntor está ligado e seja interrompida quando desligado. 4. Terminais 5. Trip bimetálico 6. Parafuso calibrador - permite que o fabricante ajuste precisamente a corrente de trip do dispositivo após montagem. 7. Solenóide ou Bobina 8. Câmara de Extinção de arco. Disjuntores mais avançados usam componentes eletrônicos para monitorar os níveis de corrente, em vez de simples mecanismos elétricos. Esses elementos são muito mais precisos e desligam o circuito mais rapidamente, embora sejam bem mais caros. Por essa razão, a maioria das casas ainda usa disjuntores convencionais. Atualmente os disjuntores DRs associam a função de desarme com curto-circuito ou sobrecorrente e a proteção contra choques elétricos e fugas de corrente. Toda a fiação em uma casa passa através do painel de disjuntores (ou caixa de fusíveis). Um painel central comum inclui cerca de uma dúzia de disjuntores e DRs ligados a vários circuitos dentro da casa. Um circuito poderia abranger todas as tomadas da sala de estar e um outro poderia reunir a iluminação em outro compartimento. Aparelhos maiores, como a central de ar condicionado ou o refrigerador, geralmente possuem seu próprio circuito. Adaptado de Como funcionam os disjuntores. Autor: Tom Harris, em http://tecnologia.hsw.uol.com.br/disjuntores.htm
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