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Resumo Metabolismo

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Resumo Metabolismo
Digestão e absorção de carboidratos:
AMIDO/GLICOGÊNIO:
-possuem ligações α 1,4 e 1,6 que são hidrolisadas pelas enzimas
Amilase: enzima solúvel capaz de hidrolisar as ligações α 1,4 (não está presente na membrana dos enterócitos)
SALIVAR (boca)
PANCREÁTICA (duodeno)
1,6 Glicosidase: enzima na membrana de enterócitos capaz de hidrolisar as ligações 1,6
-Produtos: Maltose e Maltotriose, hidrolisados pela Maltase (presente na membrana de enterócitos) em GLICOSE
LACTOSE
-Hidrolisada pela enzima LACTASE (na membrana de enterócitos)
-Produtos: Galactose e Glicose
***Intolerância à lactose: 
-Primária: falta ou deficiência de lactase 
-Secundária: há lactase, mas a intolerância é causada por patologia da mucosa intestinal
Obs: a lactase está presente na mucosa (membrana de enterócitos). Portanto, caso haja acometimento dela, há problema no fornecimento da enzima. (EX: DOENÇA CELÍACA- afeta as vilosidades intestinais e, dessa forma, a secreção de lactase)
SACAROSE
-Tem suas ligações hidrolisadas pela sacarase (na membrana de enterócitos)
-Produtos: Glicose e Frutose
Os carboidratos são quebrados em monossacarídeos e transportados para a corrente sanguínea, sendo, assim, distribuídos para os tecidos.
O transporte ocorre nas microvilosidades (do lúmen intestinal para o interior dos enterócitos) por 2 tipos:
difusão facilitada (através do GLUT-5) – ex: FRUTOSE
por transportadores dependentes de Na+ (transporte ativo secundário – GLICOSE/GALACTOSE transportadas contra um gradiente de concentração)
Na parte basal da mucosa intestinal, o transporte de monômeros (glicose, frutose) dos enterócitos para a corrente sanguínea ocorre por meio de proteínas da família GLUT. Ou seja, ocorre por difusão facilitada.
Dessa forma, no período ABSORTIVO, os monômeros são encaminhados para a corrente sanguínea e distribuídos para os tecidos por GLUTS especializados:
GLUT 3: SNC
GLUT 2: hepatócitos e células β-pancreáticas – apenas transportam glicose para o interior desses tecidos no período absortivo, ou seja, alta [glicose]
Isso gera elevação da glicemia, o que promove a secreção de insulina e, consequentemente, a entrada de monômeros nos tecidos insulino-dependentes (miócitos e adipócitos) através do GLUT 4.
OBS: GLICOSE
 glicoquinase/hexoquinase
GLICOSE-6-FOSFATO
No jejum (PERÍODO PÓS-ABSORTIVO):
	Glicemia = 4mM (baixa)
Nas células β-pancreáticas, apenas a enzima hexoquinase (presente também em tecidos extra-hepáticos) estava atuando na glicólise e, apesar de alta afinidade pela glicose, a enzima tem baixa eficiência. Portanto, a [ATP] produzida é muito pequena, apenas suficiente para as necessidades basais da célula
A enzima glicoquinase (presente em células β-pancreáticas e hepatócitos) não estava atuando. Isso porque ela tem alta eficiência e, se atuasse durante o jejum, ocorreria hipoglicemia pois haveria alta secreção de insulina.
COMO A ELEVAÇÃO DA GLICEMIA (hiperglicemia) PROMOVE A SECREÇÃO DE INSULINA?
	Em hiperglicemia, haverá o retorno da glicoquinase, que sofrerá sequestro nuclear. Esta enzima – apesar de ter baixa afinidade pela glicose – tem alta eficiência, ou seja, transforma rapidamente glicose em glicose-6-fosfato (que não sai da célula -> segue a via glicolítica). Isso promove aumento substancial da via glicolítica e, portanto, aumento da [ATP], o que leva ao fechamento dos canais de K+ (ATP dependentes) e abertura dos canais de Ca2+. O fluxo de cálcio culmina em secreção de insulina.
	***DIABETES MODY: não há produção de ATP suficiente para o fechamento dos canais de K+. Dessa forma, a insulina - que É produzida - não é secretada.
A PFK-1 dita a velocidade da via glicolítica:
Quando em altas [ATP], ela atua como alostérico negativo, reduzindo a velocidade da via glicolítica.
Em altas [ADP/AMP], ela atua como efeito alostérico positivo, aumentando a velocidade da via glicolítica.
GLICOSE
 hexoquinase
GLICOSE-6-FOSFATO
FRUTOSE-6-FOSFATO
 PFK-1
FRUTOSE-1,6-BIFOSFATO
A redução na atividade de PFK-1 promove lentificação da reação que ela catalisa, e, portanto, há um aumento na concentração de frutose-6-fosfato, o que desloca o equilíbrio no sentido de glicose-6-fosfato. 
Quando elevada, a glicose-6-fosfato causa efeito alostérico negativo da HEXOQUINASE e, portanto, reduz a velocidade da primeira reação da via glicolítica (glicose -> glicose-6-fosfato)
Consequentemente, ocorre aumento da concentração de glicose, que fica passível a sair da célula, distribuindo-se para os tecidos.
--------------------------------------------------------------
*******MECANISMOS DE LIPOGÊNESE (melhor explicação posteriormente)
Tecido hepático atua como hipoglicemiante
Como no período absortivo houve secreção de insulina pelas células β-pancreáticas, no tecido hepático elas atuarão como efetor alostérico da enzima PFK-2, que catalisa a reação da frutose 6-fosfato em frutose-2,6-bifosfato. Essa última molécula é efetora positiva da enzima PFK-1, atuando com maior ação do que o ATP (efetor alostérico negativo), o que promove aumento da velocidade da via glicolítica. No entanto, com o aumento da [ATP] (redução de ADP), ocorre a redução da velocidade do Ciclo de Krebs e, consequentemente, de todo o metabolismo oxidativo (não há substrato ADP para a produção de ATP). Com a redução do Ciclo de Krebs, há acúmulo de citrato que transborda da mitocôndria e atua como percursor de ácidos graxos no citoplasma e, portanto, atua na lipogênese.*************************************
--------------------------------------------------------------
Continuando a via glicolítica, o 1,3-BPG (bifosfoglicerato) seguirá para formar PIRUVATO, que pode seguir as seguintes vias:
ANAERÓBICA: promove a oxidação de NADH em NAD+, o que permite a continuidade da via glicolítica (lactato é apenas consequência)
AERÓBICA: o piruvato segue do meio intramembrana para a matriz mitocondrial, com auxílio do cotransportador PIRUVATO TRANSLOCASE
Na matriz mitocondrial, o piruvato sofre DESCARBOXILAÇÃO OXIDATIVA (redução de NAD+ em NADH) pelo complexo piruvato desidrogenase, formando Acetil-CoA, que adentra o Ciclo de Krebs.
***NAD+/FAD/TPP são necessários para as reações oxidativas do Ciclo de Krebs e as vitaminas são precursoras dessas moléculas. 
No caso do TPP (cujo precursor é a vitamina B1), ele é necessário para o complexo piruvato desidrogenase e alfa cetoglutarato. Em situações de deficiência de vitamina B1, há redução da via glicolítica, e, consequentemente, na capacidade da célula de gerar energia
CONCLUSÃO: o ciclo de Krebs é uma via oxidativa e, portanto, necessita de [NAD+/FAD/TPP] adequadas, senão há redução da velocidade do ciclo, portanto, da produção de ATP.
As COENZIMAS REDUZIDAS produzidas no ciclo de Krebs (NADH/FADH2) são encaminhadas para as cristas mitocondriais, onde há a CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS
Lá, as coenzimas são oxidadas (NADH -> NAD+ / FADH2 -> FAD), liberando seus elétrons, cuja energia promove o bombeamento de prótons para o espaço intermembranoso. Esse gradiente com alta carga energética não consegue atravessar a membrana mitocondrial por difusão e, portanto, passam pela ATPsintase promovendo a síntese de ATP (FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA –> via que produz ATP por meio da oxidação)
Os elétrons fornecidos pelas coenzimas passam pela membrana da crista por meio de complexos (I, II, III, IV) e coenzimas Q e C, tendo como aceptor final o oxigênio (O2). Portanto, o 02 inspirado é utilizado para captar elétrons.
***O mevalonato é percursor da coenzima Q e do colesterol. Portanto, medicamentos como estatinas (que tem como finalidade reduzir o colesterol sérico) atuam inibindo enzimas responsáveis por formar o mevalonato, o que prejudica a síntese de coenzimas. É necessário suplementação alimentar.
INTERFERENTES DA CADEIA DE TRANSPORTEDE ELÉTRONS: quanto mais atingem a coenzima Q, mais tóxicos
Rotenona: inseticida, impede a oxidação de NADH pelo complexo I
Antimicina A: antibiótico tóxico, impede a transferência de elétrons da coenzima Q para o complexo III
EM BACTÉRIAS-> antibiótico Oligomicina: bloqueia a sintese de ATP pela ATP sintase bacteriana
CIANETO:
Caso clínico- Paciente com crise de hipertensão tratado com nitroprussiato (reduz P. arterial). Mas desencadeou outros sintomas… Por que?
R: o metabolismo do nitroprussiato resulta em cianeto nos eritrócitos (maior afinidade pela Hb do que o O2), o que promove a formação de metemoglobina incapaz de transportar oxigênio, prejudicando a respiração aeróbia. Consequentemente, há um desvio para a via anaeróbia, resultando em acúmulo de lactato, o que causa acidose metabólica.
Além disso, nos hepatócitos o cianeto é transformado em tiocianato. Porém, essa reação é lenta e reversa, o que pode gerar acúmulo de cianeto no organismo, que por si só é tóxico.
A carência de vitamina B12 (auxilia a formação de Hb) aumenta a toxicidade do cianeto.
*** lesões celulares são reversíveis; lesões mitocondriais não. 
POR QUE O CIANETO É TÓXICO?
Ele atua sobre o complexo IV da cadeia de transporte de elétrons, o que impede o prosseguimento da transferência de elétrons para o oxigênio. O resultado dessa ação inibitória é a paralisação do transporte de elétrons e, consequentemente, das vias metabólicas oxidativas (ex: ciclo de Krebs). Assim, os componentes da cadeia respiratória estarão reduzidos e a cadeia inoperante. Isso resulta em não formação do gradiente de prótons e, portanto, inibição da síntese de ATP. Além disso, com a parada do transporte de elétrons pode haver formação de radicais livres (espécies reativas de oxigênio). Essa falta de ATP associada à formação radicais livres pode resultar em lesão mitocondrial, que é irreversível , e necrose, prejudicando o organismo como um todo.
SINTOMAS: 
agitação
vômitos
náusea
sudorese
queimação
acidose metabólica
DESACOPLADORES DA CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS: 
2,4 dinitrofenol: no seu estado protonado, consegue passar pela membrana até a matriz mitocondrial, o que desfaz o gradiente de prótons responsável pela síntese de ATP e faz com que toda a sua energia seja dissipada em forma de calor. O metabolismo acelera para tentar reverter essa falta de ATP, o que caracteriza o efeito termogênico da molécula
Não há dose segura para o uso como emagrecedor
Pode levar a morte, pois impede a síntese de ATP
AAS (aspirina): Em altas doses, é um desacoplador e atua como termogênico
PROTEÍNAS DESACOPLADORAS (termogeninas)
São proteínas presentes na membrana mitocondrial do tecido adiposo marrom (lacunar). Afetam a síntese de ATP, fazendo com que a energia seja liberada na forma de calor. Esse calor é utilizado para o aquecimento corporal (importante adaptação em R.N.)
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO
ONDE? Principalmente nos tecidos muscular e hepático
GLICOGÊNESE: 
-Enzimas importantes:
Glicogenina: inicia a síntese de uma nova molécula de glicogênio
Glicogênio sintase: adiciona glicoses a uma molécula de glicogênio existente
-Uma molécula de glicose é fosforilada em glicose-6-fosfato, que é transformada em glicose-1-fosfato, que se liga a molécula de UTP formando a UDP glicose.
-A glicose precisa estar na forma UDP para servir de substrato para a glicogênio sintase (glicogenina). A molécula de UDP é liberada e se liga ao ATP, formando a UTP e, assim, retornar ao ciclo. 
*são gastas 2 moléculas de ATP para cada glicose incorporada
Como é formada a ligação α 1,6? (cadeia linear)
	- A enzima ramificadora quebra as ligações α 1,4 e transfere os segmentos quebrados para uma região mais interna.
Obs: a glicose é armazenada na forma de glicogênio (polímero ramificado) porque, assim, não há alteração da osmolaridade da célula.
GLICOGENÓLISE:
-Enzimas importantes:
Glicogênio fosforilase: catalisa a quebra das ligações α 1,4 do glicogênio
Glicose-6-fosfatase: transforma glicose-6-fosfato em glicose
Deficiência: Doença de Von Gierke
caracteriza-se pelo acúmulo de glicogênio no tecido hepático, o que acarreta em lesões hepáticas e hipoglicemia de jejum (R.N.)
*O glicogênio hepático é utilizado para a manutenção da glicemia do organismo.
**O glicogênio do tecido muscular serve de reserva energética, ou seja, tem como destino final o metabolismo dá própria celular muscular (glicólise).
Portanto, a glicose-6-fosfatase não está presente em células musculares, pois não é necessária a formação de glicose para sair da célula. Deve-se formar até a glicose-6-fosfato apenas para que ela siga a via metabólica.
Nos hepatócitos, no entanto, é necessária essa formação de glicose porque ela precisa sair da célula para regular a glicemia. Porém, a enzima glicose-6-fosfatase está localizada na membrana do RE com sítio ativo voltado para seu interior para não interferir na glicólise hepática (via glicolítica)
Metabolismo da frutose/galactose
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NEOGLICOGÊNESE
-Síntese de glicose a partir de compostos que NÃO SEJAM carboidratos (neoglicogênicos) para fornecer glicose aos tecidos de maneira ininterrupta, mesmo em períodos de jejum prolongado, como:
Alanina
Lactato
Glicerol
-Por apresentarem 3C, 2 moléculas de cada são necessárias para a síntese de glicose (6C)
-O tecido hepático é o principal responsável pela neoglicogênese. 
-Ocorre geralmente depois da glicogenólise (quando há quebra do glicogênio e a glicose liberada já foi consumida – “sem reserva”)
NEOGLICOGÊNESE A PARTIR DE ALANINA/LACTATO:
Eles devem formar piruvato para serem convertidos em oxaloacetato no ciclo de Krebs para, então, formar PEP (fosfoenolpiruvato) e seguir a via glicogênica
ALANINA: é convertida diretamente em piruvato, que adentra a mitocôndria e lá é convertido em oxaloacetato, que, por sua vez, torna-se malato.
O malato sai da mitocôndria e é novamente convertido em oxaloacetato formando NADH (coenzima reduzida). 
O oxaloacetato, então, é convertido em fosfoenolpiruvato (PEP), que seguirá as reações para a formação de glicose (NADH atua na transformação de 1,3-BPG em Gliceraldeído-3-fosfato)
Essa conversão promove produção de glutamato. Em RN, a barreira hematoencefálica é permeável e pode haver acúmulo de glutamato no SNC, onde atuará como neurotransmissor excitatório, podendo promover quadros de convulsão.
LACTATO: é convertido em piruvato, liberando NADH. O piruvato adentra a mitocôndria formando oxaloacetato, que, por sua vez, é convertido diretamente em PEP, que sai da mitocôndria e segue nas vias neoglicogênicas, assim como a Alanina.
***Por que a alanina precisa de uma etapa a mais do que o lactato para a síntese de PEP?
	R: a neoglicogênese necessita de NADH para converter 1,3-BPG em Gliceraldeído-3-fosfato. A conversão de lactato em piruvato já forma o NADH necessário, mas no caso da alanina não. Portanto, um passo a mais é necessário para a formação do NADH (oxaloacetato -> malato -> oxaloacetato).
METABOLISMO DO ÁLCOOL:
ETANOL ACETALDEÍDO ACETATO
A transformação de acetaldeído em acetato é catalisada pela Acetilaldeído desidroginase
	-inibidores dessa enzima causam acúmulo de acetaldeído, que é tóxico para o organismo, gerando sintomas desagradáveis após o consumo de etanol. São usados como alternativa terapêutica para etilismo crônico, mas deve ser autorizado pelo etilista e por seus familiares.
******HIPOGLICEMIA POR ETILISMO********
o metabolismo do álcool consome as COENZIMAS OXIDADAS (NAD+), que são necessárias para a neoglicogênese em caso de jejum prolongado.
Em caso de etilismo em jejum, não se pode administrar glucagon, uma vez q este atua estimulando a neoglicogênese
Em jejum, também seria ativada a glicólise no SNC, mas a via glicolítica precisa de TPP, sendo sua precursora a vitamina B1 (tiamina), que geralmente também é carente em etilistas.
Dessa forma, em quadros de hipoglicemia por etilismo, deve-se, primeiramente,administrar vitamina B1, para, então, administrar glicose IV, que seguirá para a via glicolítica.
Carência de vitamina B1 pode causar Síndrome de Wernicke-Korsakoff (paralisia/neuropatia).
Caso não haja administração de vitamina B1 antes da glicose IV, ela será oxidada em piruvato e vai seguir pela via anaeróbica, produzindo lactato e causando acidose lática severa.
LANÇADEIRA MALATO-ASPARTATO:
Faz o transporte de coenzimas produzidas durante a glicólise para que elas possam atuar nas fases mitocondriais (ciclo de Krebs e cadeia de transporte de elétrons).
Promove a transferência de equivalentes redutores, como o malato, que, ao ser oxidado em acetato na matriz, gera NADH
VIA DAS PENTOSES FOSFATO
É uma via de oxidação alternativa da glicose-6-fosfato que ocorre no citosol e sem geração de ATP. Todos os tecidos eventualmente seguem essa via.
1)FASE OXIDATIVA
-reações de oxirredução, promovendo a formação de NADPH -> tem alto poder redutor, ou seja, é ANTIOXIDANTE, protege a célula de danos oxidativos e participa da síntese de lipídeos.
	-> qual tecido oxida grande parte da glicose pela via das pentoses para obtenção de NADPH?
	-Sanguíneo, pois sofrem inúmeros danos oxidativos e, portanto, necessitam do poder redutor.
	-Hepático/glândulas mamárias/gônodas para a lipogênese
-A primeira reação da fase oxidativa tem como enzima catalítica a Glicose 6-fosfato desidrogenase (GGPD). Sua deficiência diminui a via das pentoses e, consequentemente, a quantidade de NADPH, tornando a célula mais suscetível a danos oxidativos, provocando hemólise e desenvolvimento de anemia hemolítica. *** vantajoso para regiões endêmicas para malária.
Teste do pézinho identifica ou não a enzima
2)FASE NÃO OXIDATIVA
fornece Ribose 5 P, que faz parte da estrutura de nucleotídeos (e, portanto, atua na síntese de DNA/RNA) e de coenzimas (NAD+/NADP+/FAD/Q) . Isso é relevante em tecidos com alta atividade mitótica/meiótica 
(ex: células tumorais/neoplásicas)
	Por que a redução da via glicolítica serve como quimioterapia?
R: As células tumorais necessitam de Ribose 5 P. Se há redução da via glicolítica (muito alto nas células neoplásicas), haverá redução da produção de Ribose 5 P pela via das pentoses. Além disso, parte das células neoplásicas atuam em anaerobiose e, portanto, precisam de muita glicose para a síntese de ATP suficiente. Dessa forma, as células aeróbicas deixam de consumir glicose para que seja usado na anaerobiose, o que gera acúmulo de lactato, que servirá como substrato energético para as células aeróbicas. No entanto, esse acúmulo de lactato gera acidose. O quimioterápico atua cessando a via glicolítica, o que, portanto, cessa a atividade das células neoplásicas (e saudáveis também).
O uso de glicose modificada com FL radioativo é usado para diagnóstico de metástase por PET SCANN.
LIPOGÊNESE
No período absortivo, o tecido hepático atua como hipoglicemiante
Com a glicemia elevada, há maior secreção de insulina pelas células B pancreáticas
Nos hepatócitos, a insulina promove a ativação da PFK-2, responsável por catalisar a fosforilação de frutose-6-fosfato em frutose-2,6-bifosfato, um efetor alostérico POSITIVO da enzima PFK-1.
Quando o frutose-2,6-bifosfato se ligar ao centro alostérico da enzima PFK-1, o ATP (efetor alostérico NEGATIVO da PFK-1) não é capaz de se ligar lá, não reduzindo, portanto, sua eficiência catalítica.
Isso faz com que haja aumento da eficiência catalítica de PFK-1, o que aumenta a velocidade da via glicolítica, resultando em altas [ATP] e baixas [ADP]. Dessa forma, o Ciclo de Krebs estará com velocidade reduzida, isso porque em baixa [ADP],a fosforilação oxidativa estará reduzida, afetando todo o metabolismo oxidativo.
Com o ciclo de Krebs reduzido, haverá acúmulo de citrato, que extravasa da mitocôndria e segue para o citosol, onde atua como precursor de ácidos graxos e, portanto, na lipogênese.
CONCLUSÃO: quanto mais tempo em hiperglicemia, mais insulina estará circulando, favorecendo a lipogênese.
O colesterol pode ser obtido via exógena (alimentação) ou via endógena:
-produzido a partir de Acetil-CoA pela enzima HMG-CoA redutase. Ela é alvo de inibidores enzimáticos que atuam na síntese de colesterol, são fármacos da família das estatinas.
O transporte de colesterol é feito por lipoproteínas:
QUILOMÍCRONS: é a MENOS densa
-Alta concentração de trigliceróis e colesterol.
-Sintetizados e liberados na circulação linfática por enterócitos
-Entrada pelo sistema linfático faz com que cheguem no fígado após circularem
-Ao longo da circulaç	ão, sofrem ação de LIPASES LIPOPROTEICAS de tecidos extra-hepáticos, que removem os ácidos graxos das lipoproteínas, formando remanescentes de quilomícrons ricos em colesterol exógeno, que são fagocitados pelo tecido hepático.
Os lipídeos sintetizados no tecido hepático serão transportados para os tecidos extra-hepáticos pela VLDL, que é produzida pelos hepatócitos. Durante seu trajeto pela circulação, sofre ação das lipases lipoproteicas, se tornando IDL e, então, LDL.
As LDL são ricas em COLESTEROL e são responsáveis pela sua entrega a tecidos extre-hepáticos, sendo fagocitados por meio de reconhecimento de receptores.
A HDL promove transporte reverso do excesso de colesterol (leva para o tecido hepático), portanto, atua na redução do colesterol sanguíneo.
****Hipercolesterolemia familiar 
É uma dislipidemia resultante da deficiência genética de receptores de LDL,ou seja, não há fagocitose destas lipoproteínas o que leva a alto níveis circulantes de LDL. 
Este LDL em excesso acaba sendo fagocitado por macrófagos na camada íntima dos vasos sanguíneos, o que pode levar a formação de placas de ateroma (ATEROSCLEROSE) . Estas podem ser responsáveis por reduzirem o fluxo sanguíneo, elevando a PA, o que aumenta o risco de lesão vascular, e consequentemente, formação de coágulos responsáveis por promoverem isquemia, hipóxia e por fim necrose do tecido (principalmente cardiovascular – INFARTO) . 
-É uma condição hereditária 
-Indivíduos devem consumir pouca gordura animal e, eventualmente, fazerem uso de estatinas
OBS: O consumo excessivo de gorduras com insaturações TRANS, esta relacionado a uma elevação na concentração de LDL circulante, o que resulta em maior risco de doenças cardiovasculares. Esse risco também é elevado com dietas ricas em W-6 e pobre W-3, são pró inflamatórias 
Tanto VLDL como quilomícrons através da ação de lipases lipoproteicas fornecem ácidos graxos aos tecidos extra-hepáticos. 
Em dietas com alto índice glicêmico, [TAG] > 1000 (hipertrigliceridermia) significa que a [VLDL] esta altíssima na circulação, nesse momento se houver consumo de grande quantidades de gordura resultará em aumento da concentração de quilomícrons. Ambos presentes na circulação “sobrecarregam” as lipases lipoproteícas e a velocidade de retirada de ac. Graxos por estas dos quilomícrons se reduz, ou seja, eles permacem maior tempo na circulação (Para serem fagocitados pelo tecido hepático precisam ter seus AG retirados). Como os quilomícrons são moléculas grandes podem obstruir a microcirculação promovendo hipóxia, no caso do pâncreas a necrose pode ativas zimôgenos acarretando PANCREATITE. 
LIPÓLISE E β OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
Lipólise é a retirada de lipídeos dos adipócitos (que se encontram na forma de TAG) e seu fornecimento para a corrente sanguínea na forma de ácidos graxos para serem usados na síntese de ATP.
	É mediada por GLUCAGON e EPINEFRINA, portanto, ocorre no jejum ou durante exercício físico.
COMO?
Ligação do glucagon ou epinefrina aos receptores nos adipócitos, convertendo AMP em AMPc
AMPc ativa a enzima PKA
PKA catalisa a fosforilação de LHS (lipase hormônio sensível), enzima responsável pela hidrólise de TAGs em ácidos graxos livres
Os ácidos graxos livres são liberados e transportados pela albumina aos tecidos
Esses ácidos graxos, para sofrerem oxidação e fornecerem ATP, precisam adentrar a matriz mitocondrial. Esse transporte é feito pela L CARNITINA,que é sintetizada a partir da lisina (AA essencial).
A oxidação de ácidos graxos libera Acetil-CoA e coenzimas reduzidas (NADH e FADH2), caracterizando sua grande liberação de energia.
O fígado utiliza o ácido graxo como principal fonte de energia e o excesso de Acetil-CoA formado é convertido em CORPOS CETÔNICOS, que são então oxidados no tecido extra-hepático para a síntese de ATP. Essencial para períodos de jejum prolongado ou de baixa [glicose], especialmente para o cérebro.
****DM-1
sem insulino-terapia, respondem como se estivessem em jejum, aumentando a B oxidação, que resulta na formação exacerbada de corpos cetônicos, o que causa odor característico (excesso de acetato gera acetona) e cetoacidose diabética.
ESTEATOSE HEPÁTICA
Degeneração de gordura em hepatócitos, o que gera acúmulo de gordura no fígado.
Causas:
Desnutrição proteico calórica
-em baixa disponibilização de AA, não há formação de lipoproteínas e, portanto, a gordura produzida no fígado não seria transportada para os tecidos extra-hepáticos
-a falta de lisina acarreta baixa L CARNITINA -> menos oxidação de lipídeos 
Etilismo
-o metabolismo do etanol consome coenzimas oxidadas (NAD+), portanto, atrapalha a via de B oxidação de ácidos graxos e o ciclo de Krebs, que gera acúmulo de citrato -> lipogênese. Além disso, o metabolismo do álcool utiliza NADPH, o que faz o fígado perder seu poder redutor, expondo-o a danos oxidativos.
DM-2
Por que o Arseniato é um agente tóxico que desencadeia intensa hemólise? 
O arseniato é um sal de arsênio que possui forma semelhante ao fosfato, quando este esta presente ele entra na via glicolítica no lugar do fosfato para ser utilizado pela enzima gliceraldeido 3 fosfato desidrogenase. Nesse caso, desvia a via glicolitica para a formação de 1 Arseno 3 fosfoglicerato ao invés de 1,3 BPG (reação que fornecia 2 ATP). Isso faz com que não haja lucro energético no final da via, já que a síntese de ATP foi reduzida. Esse não lucro energético principalmente nas hemácias é prejudicial pois o ATP é importante para as necessidades da célula (principalmente aquelas que possuem metabolismo anaeróbico), tal fato acarreta em intensa hemólise.

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