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Resenha Produzindo corpos ativos: A aprendizagem de crianças indígenas e agricultoras através da participação nas atividades produtivas familiares de Antonella Tassinari

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Nome:Mariana Luiza de Oliveira        RA:183759
Texto resenhado: Produzindo corpos ativos: A aprendizagem de crianças indígenas e agricultoras através da participação nas atividades produtivas familiares.
 
Autor: Antonella Tassinari
O artigo de Tassinari tem como foco principal analisar os processos de ensino e aprendizagem de duas populações distintas, que são voltadas para o auto sustento por meio de produção agrícola. Procurando entender como são as “pedagogias nativas” (Cada sociedade tem um sistema de educação, que muitas vezes pode contrariar teorias pedagógicas que buscam uma educação ideal e universal). 
Analisando essas duas populações, principalmente as crianças, vemos que a escola está presente e os estudos são valorizados pela família, mas essa educação não é considerada suficiente. É preciso que a criança aprenda desde cedo a cultivar os valores de responsabilidade com a família e o ambiente, ou seja o envolvimento delas nas atividades produtivas é essencial.
Falaremos sobre apenas uma das populações, que é a de famílias que desenvolvem a agricultura familiar numa região de florestas com araucárias no município de Turvo, no Paraná. A agricultura desenvolvida nessa região dedica o trabalho ao auto sustento, que consiste em produzir tudo o que a família, os animais e plantas precisam, exigindo grande capacidade administrativa. 
Nessa população as famílias defendem que as crianças devem estar desde cedo envolvidas nas atividades da propriedade familiar para aprenderem as disposições, conhecimentos e valores necessários para a reprodução do seu modo de vida. Essa aprendizagem começa por volta dos 5 anos, quando a criança começa a acompanhar os pais e observar as atividades. Com o passar do tempo ela começará a reproduzir as coisas com passos pequenos, até que se torne jovem e tenha força de trabalho como um adulto, devido a tudo que aprendeu na sua infância.
Em termos gerais, o objetivo é que a criança desenvolva disposição para trabalhar,  amor pela família e a responsabilidade pela manutenção da propriedade. Através de entrevistas com professores, também é possível perceber que esse sistema não atrapalha o rendimento como aluno, que alguns casos chega a ser maior que a maioria. 
Podemos perceber que embora isso não seja “natural”, é vantajoso para a criança, pois ela aprende desde cedo com a família a administrar e ter responsabilidade, além de não ser um empecilho para o estudo em sala de aula. É uma pena que ainda tenhamos um certo “preconceito” com famílias rurais, como dito no texto “estude para ter um futuro melhor que seus pais”, quando na verdade cada um tem um conhecimento para aquilo que acha necessário.
Referência:
TASSINARI, Antonella. Produzindo corpos ativos: a aprendizagem de crianças indígenas e agricultoras através da participação nas atividades produtivas familiares, Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 21, n. 44, p. 141-154, jul./dez. 2015.

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