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SISTEMA ALFA E GAMA

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SISTEMA ALFA E GAMA 
 
FUSOS NEUROMUSCULARES 
São pequenas estruturas em forma de fuso situadas nos ventres dos músculos estriados 
esqueléticos, dispondo-se paralelamente com as fibras destes músculos (fibras 
extrafusais). 
 
 - o fuso neuromuscular é constituído por uma cápsula conjuntiva que envolve de 
duas a dez pequenas fibras estriadas denominada de fibras intrafusais; estas se dispõem 
paralelamente com as fibras destes músculos (fibras extrafusais); 
 - cada uma destas fibras intrafusais possuem uma região equatorial e duas regiões 
polares; 
 - terminações anuloespirais – fibras nervosas sensitivas que se enrolam em torno 
da região equatorial; 
 - as fibras intrafusais estão diretamente ligadas à cápsula do fuso, que por sua vez 
se liga diretamente ao tendão do músculo; 
 - o estiramento e alongamento das fibras intrafusais (via sistema gama eferente) 
causam deformação mecânica das terminações anuloespirais que são ativadas; 
 - originam-se assim impulsos nervosos que penetram na medula através de fibras 
aferentes (terminações primárias IA e terminações secundárias IB) e terminam fazendo 
sinapse diretamente com neurônios motores situados na coluna anterior da medula 
(motoneurônios alfa); 
 - os axônios destes motoneurônios alfa (alfa tônico AT, alfa fásico AF e alfa 
inibitório AI) trazem os impulsos nervosos de volta ao músculo terminando em placas 
motoras das fibras extrafusais que se contraem; 
 
Sistema Gama: 
Fibra eferente gama: - inerva as fibras intrafusais (região polar); 
 - não são excitados monosinapticamente; 
 - recebem estímulos do córtex motor (4), sensitivo (3,2,1), cerebelo e 
núcleos da base; 
 
Alça gama estático e alça gama dinâmico: 
 - conduzem informações aferentes (tônus e força muscular) para a medula e dela 
para a formação reticular no encéfalo; 
 - gama estático: não há movimento articular; EX: contração isométrica. 
 - gama dinâmico: há movimento articular; EX: contração isotônica. 
 
Sistema Alfa: 
São as maiores células da coluna anterior da medula; 
Descende até as fibras extrafusais; 
 - Alfa T: os impulsos chegam primeiramente para dar tonicidade; 
 - Alfa F: os impulsos chegam mais tardiamente para realizarem o movimento; 
 - Alfa I: tem a função de relaxar a musculatura antagonista e agonista; 
 
Esquema: 
- Gama: ativa as extremidades polares das fibras intrafusais que resulta no estiramento da 
região equatorial do fuso – desta região parte um estímulo aferente (IA e IB) que ascende 
até a medula e adentra pelo corno posterior chegando até o corno anterior para ativar o 
alfa T e F (promovendo a contração), enquanto o alfa I vai relaxar a musculatura 
antagonista (diminuindo tônus) proporcionando equilíbrio muscular. As alças gama 
(estática e dinâmica) levam as informações ao encéfalo (tônus e força muscular). 
 
Participações no controle Tônico: 
- Cerebelo: possui função indireta (não dá origem a sinais motores) no equilíbrio 
muscular (agonista e antagonista); 
- Núcleos da Base: em ação conjunta com o cerebelo fornecem equilíbrio as contrações 
musculares; 
- Formação reticular: possui ligação íntima com os neurônios alfa e gama gerando 
controle do tônus; 
 
Alterações: 
ATÔNICO: lesão do neurônio motor inferior; 
Aspectos clínicos: 
 - flacidez muscular; 
 - arreflexia ou hiporreflexia tendínea; 
 
ESPASTICIDADE 
Quando ocorre lesão no SNC (neurônio motor superior) provocará um desequilíbrio no 
arco reflexo, alterações nos impulsos transmitidos por alfa e gama que por sua vez, 
proporcionará uma hiperatividade destes motoneurônios desencadeando o mecanismo 
conhecido como espasticidade. 
 
Tipos: 
 - espasticidade plástica: lesão extrapiramidal (EX: Parkinson); 
 - espasticidade elástica: lesão piramidal; (sinal do canivete – relaxamento súbito); 
 
Escala de Ashoword: 
Graduação: 
0 – não há aumento do tônus; 
1 – aumento da resistência no início do movimento e liberação do segmento no restante 
da ADM; 
1+ - ao realizarmos o movimento passivo encontramos resistência apenas no final da 
ADM; 
2 – ocorre resistência ao movimento passivo em mais da metade da ADM; 
3 – ocorre resistência em toda ADM e torna o movimento passivo difícil; 
4 – partes rígidas em flexão/extensão impostas pela contração espástica; 
 
Aspectos clínicos: 
Em uma avaliação devemos observar: 
 - aumento do tônus muscular; 
 - hiperatividade dos reflexos tendinosos; 
 - alterações do sistema piramidal (sinal de Babinsk – aplicação de uma percussão 
na superfície plantar lateral do pé – resposta positiva: extensão do hálux e abertura dos 
demais); 
 
Tratamentos 
- clínicos: 
- medicamentosos e cirúrgicos (mielotomia); 
- toxina butolínica; 
- fisioterapêuticos: 
- crioterapia e hidroterapia; 
- mobilização passiva; 
- alongamentos; 
- posicionamentos; ortostatismo; 
- exercícios funcionais; 
- eletroestimulação (verificar musculatura);

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