Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vias de administração de medicamentos Profa. Dra. Josiane Lima de Gusmão Vias de Administração de Medicamentos • Vias enterais • Via oral • Via retal • Vias Parenterais (diretas) • Via intradérmica • Via subcutânea • Via intramuscular • Via endovenosa • Via intracardíaca • Via raquidiana e peridural • Via intra-arterial • Via intraperitoneal Vias de Administração de Medicamentos • Vias Parenterais (indiretas) • Via inalatória • Via sublingual • Via cutânea • Via vaginal • Via ocular, • Via intranasal • Via otológica Via enteral • Usa trato digestório para absorção Via Oral - VO Desvantagens Sofre influência de: Peristaltismo intestinal Alimentação pH do trato digestório Ritmo de esvaziamento gástrico (REG) Metabolismo de 1ª passagem... Dificuldade de deglutição Vantagens Método não invasivo Fácil acesso – prática Permite auto-administração Baixo custo Segura pK da molécula Fármaco Caráter ácido Caráter alcalino pH ácido Dissociação Absorção Dissociação Absorção pH alcalino Dissociação Absorção Dissociação Absorção Notas: As moléculas dos medicamentos são ácidos ou bases fracas A maioria dos anti-inflamatórios tem caráter ácido (Diclofenaco, Aspirina) Barbitúricos têm caráter ácido (Ex.: Fenobarbital – Gardenal®) – anticonvulsivante Butilescopolamina tem caráter alcalino Antihistamínicos têm caráter alcalino Quando a droga termina em “ina”, geralmente é alcalina (estricnina, cocaína) Ritmo de Esvaziamento Gástrico REG Diminuído após às refeições (comparado ao jejum) Portanto: 1. Drogas de caráter alcalino devem ser ingeridas em jejum 2. Drogas de caráter ácido é indiferente, porque é absorvida tanto no estômago quanto no intestino (Ex.: Itraconazol é absorvido 80% no estômago e 20% no intestino delgado) Efeito de 1ª Passagem • Consiste na passagem do fármaco da luz intestinal para o fígado antes de atingir a circulação sistêmica, reduzindo sua biodisponibilidade • Metabolismo no fígado antes de alcançar a circulação sanguínea • Fármaco sofre uma modificação hepática antes de atingir seus órgãos-alvo • Pode ser inativado Efeito de 1ª Passagem Drogas adm VO são primeiro expostas ao fígado e podem ser extensivamente metabolizadas antes de atingir o resto do corpo Drogas adm IV entram diretamente na circulação e tem acesso direto ao resto do corpo Efeito de 1ª Passagem Duodeno: grande área de absorção Via Oral - VO Deglutição Estômago (pH ácido) Porção inicial do ID > absorção pH alcalino Passagem pelo fígado (Circulação porta‐ hepática): Metabolismo de 1ª passagem Via Retal Uso esporádico Absorção irregular Tratamento local ou sistêmico Vômito Inconsciên-cia Pouca colaboração Cirurgias do TGI Recomendação Via Parenteral Par (fora) Enteral (intestino) Fora do intestino - Via mais rápida que há; - Não há perdas: aproveita 100% da droga (por VO há perda de 20 a 40%); - Usada em situações de emergência; - Usada quando há necessidade de altas doses da droga na corrente sanguínea e grandes volume (hidratação). - Invasivo; - Conhecimento técnico e cuidados; - Insumos e medicamento devem ser estéreis; - Concentração x toxicidade. Via Endovenosa Leito vascular Não há absorção Efeito imediato Administração de grandes volumes Cuidados Risco de embolia (substâncias gasosas ou oleosas); Sobrecarga de volume; Cuidado com a velocidade e isotonia das soluções Via Endovenosa • Locais • Membros superiores (distal – proximal) • Evitar articulações • Indicações • Necessidade imediata de ação • Coleta de sangue para exames Via Endovenosa Via intramuscular Músculo Altamente irrigado Absorção rápida Cuidados: Líquidos anisotônicos e irritantes devem ser evitados; Aplicação: risco de lesar nervos e atingir vasos; Procedimento invasivo Curiosidades: Via com muitos receptors de dor; pH muscular 7,1; pH antiinflamatório 8,5 = dor Associação com anestésico locais (Xylocaina = vasodilatação) Fatores que interferem na absorção Hipotensão (aporte sanguíneo no músculo deficiente) Técnica incorreta (injetar em corrente sanguínea, lesão de nervos, tecido muscular) Contra-indicações • locais inflamados • edemaciados • irritados • manchas • marcas de nascença • tecido cicatricial • evitar membros imobilizados • paciente plaquetopênico Via Intramuscular Músculos mais utilizados: • Reg. deltóide: m.deltóide • Reg. ventro-glútea (VG): m. glúteo médio • Reg. da face ântero-lateral da coxa (FALC): m. vasto lateral (terço médio da coxa) • Reg. dorso-glútea (DG): m. grande glúteo (quadrante superior externo) Critérios para escolha dos locais de aplicação • Condições da musculatura • Distante de vasos e nervos • Preferência do paciente • Avaliar irritabilidade da droga • Espessura do tecido adiposo • Tipo de medicamento, região quantidade adequada Via Intramuscular Via Intramuscular • apresenta absorção mais lenta (através de capilares), contínua e segura • prolonga a absorção e liberação do medicamento, quando comparada com a via intramuscular • utilizada para vacinas (anti-sarampo, anti-rábica), hipoglicemiantes (insulinas), adrenalina, anticoagulante (heparina, Clexane), hormônios e antineoplásicos. Via Subcutânea Introdução de medicamento na tela subcutânea (camada de gordura) Evitar Região próxima de articulações, nervos, grandes vasos sanguíneos, proximidade do umbigo, região inguinal e genital Locais de aplicação Via Subcutânea Preferencialmente (fazer rodízio) • Parte externa e superior dos braços • Face lateral externa e frontal das coxas • Região gástrica e abdome (hipocôndrio D e E), exceto as linhas da cintura pélvica • Região glútea (superior) • Costas: logo acima da cintura pélvica Locais de aplicação Via Subcutânea Complicações Via Subcutânea Fenômeno de Arthus: formação de nódulos devido a injeções repetidas em um mesmo local Via Intradérmica Via limitada Pequenos volumes 0,1 a 0,5 mL Testes imunológicos BCG. Prova PPD Utilizada para testes de sensibilidade: Provas de PPD - Tuberculose Sensibilidade a algumas alergias Processo de dessensibilização Algumas vacinas: BCG (inserção inferior do músculo deltóide, braço direito) Via Intradérmica Locais livres de lesões, sem pelos, pouca pigmentação e pouca vascularização superficial Face ventral antebraço e região escapular são ideais. Via Sublingual Não é via enteral!! Não usa trato digestório para absorção!!! Absorção muito rápida – região muito vascularizada Usada em emergências, como nas crises hipertensivas: - Adalat® (Nifedipina) sublingual - Isordil SL (5 mg) e VO (40 mg) Via Sublingual Vantagens • Não tem efeito de primeira passagem • Absorção rápida • Estabilidade maior da droga Desvantagens • Prender a dose na boca • Apenas pequenas doses Vias raquidiana e peridural • Raquidiana • Perfura dura-máter. Anestésico chega no liquor. • Necessita de menos medicamento • Mais rápida • Mais risco de infecção • Maior risco de cefaleia (descompressão liquórica) • Peridural • Não perfura dura-máter. Anestésico fica em seu entorno • Necessita da dose maior de medicamento do que na raquidiana Evita barreira hematoencefálica Vias raquidiana e peridural Via inalatória • Mucosa nasal • Instilação de medicamentos → efeito local • Mucosa bronquial e alvéolos • Inalação de medicamentos (gases evapores) • Pulmão funciona como via de administração e eliminação • Ação sistêmica ou local Via transdérmica • Adesivos transdérmicos • Absorvidos a partir da pele e dos tecidos subcutâneos diretamente no sangue. • Fornecem liberação sustentada dos ativos ao longo do tempo e fluxo constante do medicamento diminuindo o risco de efeitos colaterais, pois mantém o nível do princípio ativo constante no sangue • Discos de nicotina, de estrogênio e de escopolamina.
Compartilhar