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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0067/3/17-Gil 
CONCURSO: DOBRADINHA FEDERAL – PF / PRF / DEPEN 
 
ASSUNTO: 
1 – Ler, Interpretar e Compreender Textos...........................................................................01 
2 – Erros Clássicos de Compreensão do Texto......................................................................04 
3 – Paráfrase, Perífrase e Síntese..........................................................................................13 
4 – Tipologia Textual..............................................................................................................13 
5 – Coesão..............................................................................................................................19 
6 – Estrutura da Palavra.........................................................................................................21 
7 – Formação de Palavras......................................................................................................23 
8 – Ortografia – Como Escrever Certo...................................................................................25 
9 – Verbos Terminados em -EAR...........................................................................................27 
10 – Grafia de Algumas Palavras...........................................................................................28 
11 – Acentuação Gráfica........................................................................................................33 
12 – Sílaba Tônica...................................................................................................................33 
13 – Separação Silábica..........................................................................................................36 
14 – Significação das Palavras...............................................................................................38 
15 – Sintaxe da Oração e do Período.....................................................................................45 
16 – Tipos de Sujeito..............................................................................................................46 
17 – Tipos de Predicado.........................................................................................................48 
18 – Período Composto..........................................................................................................54 
19 – Emprego das Classes de Palavras..................................................................................58 
20 – Concordância Verbal......................................................................................................75 
21 – Concordância Nominal...................................................................................................82 
22 – Regências Verbal e Nominal.........................................................................................87 
23 – Crase...............................................................................................................................94 
24 – Pontuação.......................................................................................................................97 
25 – Redação Oficial.............................................................................................................101 
 
1 – Ler, Interpretar e Compreender 
Textos. 
• Leitura sf. 
1. Ato, arte ou hábito de ler. 
2. Aquilo que se lê. 
3. Tec. Operação de percorrer, em um meio 
físico, sequências de marcas codificadas que 
representam informações registradas, e 
reconvertê-las à forma anterior (como 
imagens, sons, dados para processamento). 
• Interpretar v.t.d. 
1. Ajuizar a intenção, o sentido de, 
2. Explicar ou declarar o sentido de (texto, lei, 
etc. 
3. Tirar de (sonho, visão, etc.) indução ou 
presságio. 
4. Traduzir de língua estrangeira 
5. Representar no teatro, cinema, televisão, etc. 
• Compreender v.t.d. 
1. Conter em si; abranger 
2. Alcançar com a inteligência; perceber, 
entender 
3. Perceber as intenções ou sentido de 
4. Entender (alguém), aceitando-o como é 
5. Perceber, ouvir 
6. Estar incluído ou contido 
Buarque de Holanda Ferreira Aurélio. Mini Aurélio Séc. XXI 
5º. Ed. Rio de Janeiro Ed. Nova Fronteira 2004 p. 179; 427 e 453. 
 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
2 
 
OS: 0067/3/17-Gil 
Texto (do latim textus, a, um, tecido, particípio 
passado de texere, tecer, urdir, entrelaçar, compor) é 
uma ideia ou um conjunto de ideias expressas através 
de frases, orações, períodos e parágrafos; com um 
estilo e estrutura próprios escritas por um sujeito. 
O texto pode apresentar duas estruturas em sua 
natureza. A estrutura literária e a não-literária. 
• O texto literário expressa a opinião pessoal do 
autor que também é transmitida através de figuras de 
linguagem (texto figurado, conotativo), impregnado 
de subjetivismo. – conotação, figuras, ficção, 
subjetividade e pessoalidade. 
• O texto não-literário transmite a mensagem de 
forma clara e objetiva. – denotação, transparência, 
objetividade e informação. 
Compreender um texto é obter resultado da 
união da decodificação (domínio dos mecanismos de 
base; o Bê-A-BÁ) com a interpretação; é a última 
etapa do processo de leitura; é a consequência da 
leitura; é levar em conta os vários aspectos que ele 
possui, ou seja, perceber se ele possui aspecto moral, 
social, econômico, conforme a intenção do autor; 
para confirmar este aspecto, o autor se utiliza de um 
vocabulário próprio para a sua intenção. 
Para se compreender um texto, é preciso 
perceber a sua estrutura interna (ideias básicas e 
acessórias). As básicas são percebidas no tópico frasal 
que vem esplanadas em cadeia; as acessórias 
aparecem no desdobramento da ideia básica nos 
parágrafos subsequentes a fim de discutir e 
aprofundar o assunto. 
Ou seja; Ler não é só decifrar ou dar sentido ao 
texto; mas entender os motivos do autor, perceber 
sua ideologia diante daquilo que ele escreve, é 
encontrar um significado para aquilo que o autor 
escreve. É ai que ocorre a interação entre autor e 
leitor. O primeiro direcionando suas ideias através de 
sentidos e intenção comunicativa; o segundo, lendo, 
relendo fazendo inferências, comparando e buscando 
o objetivo do autor. 
 
 DICAS DE COMPREENSÃO 
 “A compreensão de um texto é um processo 
que se caracteriza pela utilização de conhecimento 
prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o 
conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É 
mediante a interação de diversos níveis de 
conhecimento, como o conhecimento linguístico, o 
textual, o conhecimento de mundo, que o leitor 
consegue construir o sentido do texto”. 
Antes de tudo é importante entender que a 
compreensão de um texto, qualquer que seja ele, 
precisa ser considerada a partir de seus próprios 
elementos internos, o que significa dizer que não 
existe o que normalmente se costuma chamar de 
“uma verdadeira viagem”. 
A dificuldade está centrada, portanto, em um 
ponto básico: conseguir perceber, dentro de um senso 
comum o que o texto está sugerindo. 
Para isso, é importante que qualquer leitor, 
pessoa disposta a compreender o texto literário ou o 
não-literário tenha, sobretudo, boa vontade e 
paciência. 
1 – Aleitura do texto deve ser silenciosa. Várias 
vezes, duas, três, quatro... tantas, quantas vezes 
precisar. Geralmente bastam três. Evidentemente não 
dispomos de muito tempo. 
Diante do fator tempo; então leia com o máximo 
de atenção, procurando identificar a Temática 
Central. 
 
2 – Identificar o que o enunciado solicita. É 
muito comum o candidato errar a resposta de uma 
questão por não perceber com exatidão, o que o 
enunciado deseja saber. 
- Assim sendo, concentre-se em todas as 
palavras presentes no enunciado. 
- Um ponto muito importante: observe se o 
enunciado da questão está abordando o texto como 
um todo ou se faz referência a apenas uma parte do 
texto. 
 
3 – A escolha da melhor opção, em se tratando 
de uma prova de múltipla escolha. 
- Chegamos ao ponto mais problemático de 
todos: a opção correta. 
NOTA: É muito comum os candidatos se 
queixarem de que chegam a duas opções e quase 
sempre acabam marcando a opção errada. 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
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OS: 0067/3/17-Gil 
Calma!!! Muita calma!!! Atenção!!! Imagine o 
seguinte: 
Se você conseguiu eliminar três das opções, 
chegou a duas e marcou a errada, mas uma delas 
estava certa, você estava no caminho certo. O que 
faltou foi um pouco mais de atenção, experiência, ou 
talvez quem sabe, um pouco mais de habilidade para 
conseguir perceber as minúcias das duas opções, 
verificar pelo enunciado se a questão era de cunho 
interpretativo ou compreensivo. 
 
4 – Certificação das respostas. 
Uma vez escolhida a opção tente verificar se 
nenhuma outra poderia ser aceita. 
Tente ser isento nesta análise. 
- Lembre-se de que, às vezes, uma vírgula é 
suficiente para modificar completamente a 
significação de uma frase. 
Sempre tenha em mente que o texto literário é, 
por excelência, plurissignificativo, o que significa dizer 
que, sua significação extrapola uma simples leitura 
técnica. Para entendê-lo, é preciso, como dito 
anteriormente, decodificar as figuras de linguagem. 
 
 COMO FAZER ISSO? 
 Procure perceber o vocábulo em seu sentido 
denotativo (isto é, real) a partir daí, veja se, naquele 
contexto, o vocábulo está assumindo uma outra 
significação, ou seja, se está sendo utilizado em seu 
sentido conotativo. Relacione este vocábulo aos 
demais que estão a sua volta, na frase, até que como 
na montagem de um quebra-cabeça, todas as peças 
possam se encaixar devidamente. Não é um processo 
fácil, mas com prática constante se consegue atingir 
ótimos resultados. 
Não só os alunos afirmam gratuitamente que a 
compreensão depende de cada um. Na realidade, isto 
é para fugir a um aparentemente válido, mas, na 
realidade, não problema que não é de difícil solução 
por meio de sofisma (argumento conclusivo, e – que 
supõe má fé por parte de quem o apresenta). 
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa 
compreensão de um texto. 
 TÓPICO FRASAL 
É a menor expressão de palavras que resume 
de forma abrangente possível a ideia do parágrafo. 
Para se chegar ao TÓPICO FRASAL, deve-se passar 
pelas seguintes fases: 
1. Eliminar do texto lido as partes redundantes ou 
sem importância para o essencial; 
2. Generalizar as ideias para se chegar ao TEMA DO 
ASSUNTO; 
3. Selecionar os subtópicos que comporão o texto 
final do TÓPICO FRASAL. 
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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
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2 – Erros Clássicos de Compreensão do 
Texto 
1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. 
Acrescentar elementos desnecessários à 
compreensão do texto. 
2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, 
quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto. 
3. Contradição: Chegar a uma conclusão contaria à 
do texto, invertendo o seu sentido. 
 
 PRESSUPOSTOS 
 São ideias que não foram expressas de 
maneira explícita, mas que podem ser percebidas 
através de expressões e palavras contidas no texto. 
 
 INTERTEXTUALIDADE 
 É a relação que se estabelece entre dois 
textos, isto é, quando um faz referência a palavras já 
existentes no outro. 
Uma boa leitura permite ao leitor seja capaz de 
identificar o tema e o assunto de um texto; distinguir 
informações explícitas de pressupostos e 
subentendidos; distinguir um fato da opinião do 
autor sobre este fato; relacionar as informações 
fornecidas pelo autor com outras informações de 
momentos distintos do texto; construir e interpretar 
o texto através de seus aspectos gráficos verbais e 
não verbais. 
 
 LEMBRETE 
01. Ler todo o texto, procurando adquirir uma visão 
generalizada do assunto. 
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não 
interrompa a leitura; vá até o fim. Na maioria 
das vezes o contexto lhe dá o significado da 
palavra. 
03. Ler o texto quantas vezes forem necessárias. 
04. Ler com atenção, sutileza, malícia nas 
entrelinhas. 
05. Não permitir que as suas opiniões prevaleçam 
sobre as do autor. 
06. Verificar com máxima atenção o enunciado da 
questão. 
07. Cuidados com os vocábulos: não correto, 
correto, incorreto, certo, errada, falso, 
verdadeiro, exceto e outras palavras novas, 
modernas que surgem nas perguntas e que criam 
dificuldades ao leitor sobre o que se quer. 
08. Quando duas alternativas lhe parecerem 
corretas, procure a mais exata ou a mais 
completa. 
09. Não procure, na resposta, a verdade exata 
dentro daquela resposta, mas a opção que 
melhor se enquadre no contexto do texto lido. 
10. Olhe para o texto como um objeto de ajuda, não 
construa uma imagem de algo chato, feio ou 
indecifrável. Nossa forma de ver o texto 
contribui para os resultados de nossa leitura. 
 
 TEXTOS COMPLEMENTARES 
TEXTO A 
Filosofando sobre a leitura. 
A sociedade é, em sua maioria, feita de 
homens sem liberdade, pessoas que tolhidas na 
educação, imaginação e, fundamentalmente, na ação; 
tornam-se, geralmente, repetidoras de ideias, 
soluções e emoções distorcidas; equívocos que 
tornam a própria evolução do pensar um gesto 
estático. O que pode um “inocente” contra o 
maquiavelismo social? Sim, pois a carência do saber 
torna o ser um alvo fixo, ingênuo, para onde se 
“disparam” pensamentos predeterminados, 
conclusõesultrapassadas e ideias equivocadas. Essa 
afirmação pode parecer obscura para a maioria das 
pessoas, pois a concepção de liberdade está ligada à 
visão de cárcere ou de escravidão no sentido 
concreto, e não, à consciência individual do pensar. 
Muito se tem discutido sobre a importância da 
evolução do raciocínio humano, mas o único 
raciocínio plausível para o combate de tal realidade é 
a Leitura. No entanto, pouco, verdadeiramente, tem-
se feito para tornar a Leitura um habito em ação. O 
resultado da carência dessa atitude está na maioria 
das mazelas sociais que o homem discute e lamenta, 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0067/3/17-Gil 
posicionando-se como prisioneiro delas. Não se trata 
de reproduzir um pensamento intelectual sem bases 
práticas, mas uma afirmação fundamentada nos 
resultados de eleições, nas práticas profissionais, no 
desempenho econômico nacional e principalmente 
nos resultados pessoais de cada cidadão. Ler é 
aprender a decidir, não só tomar uma decisão, mas 
aprender a conhecer literalmente as consequências 
dessa decisão; ler é ganhar experiência, ganhar 
liberdade de ter suas próprias ideias, de gerar, 
produzir e evoluir seu próprio ser. É antecipar-se ao 
tempo e gerir experiência, transformar futuros e 
saciar a vaidade. Ler é adquirir sabedoria antes da 
velhice. Sim, pois o conhecimento antecipado lapida o 
homem para um melhor viver, sentir e decidir. A 
leitura pode fazer do leitor o médico, o professor, o 
bom gestor público, o bom cidadão. A leitura 
transforma a estampa do mundo, pois transforma a 
maneira de olhá-lo, torna o ser um artesão, um 
mestre do construir, do criar, do transformar. É 
compreender parafrasticamente o desejo de Deus, 
já que ensina o homem a perceber melhor a paixão e 
a oportunidade que o milagre da vida representa. 
Arnaldo Filho 
TEXTO B 
“Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta 
para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos 
para compreender, ou para começar a compreender. 
Não podemos deixar de ler. Ler, como respirar, é 
nossa função essencial” 
Miguel Alberto. Uma história de leitura 
 
TEXTO C 
A Importância da Leitura 
A prática da leitura se faz presente em nossas 
vidas desde o momento em que começamos a 
"compreender" o mundo à nossa volta. No constante 
desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas 
que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas 
perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a 
que vivemos, no contato com um livro, enfim, em 
todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - 
embora, muitas vezes, não nos demos conta. 
A atividade de leitura não corresponde a uma 
simples decodificação de símbolos, mas significa, de 
fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo 
Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor 
apreenda o sentido do texto, não podendo 
transformar-se em mera decifração de signos 
linguísticos sem a compreensão semântica dos 
mesmos. 
Nesse processamento do texto, tornam-se 
imprescindíveis também alguns conhecimentos 
prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem 
ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os 
textuais, que englobam o conjunto de noções e 
conceitos sobre o texto; e os de mundo, que 
correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa 
leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do 
que se lê é alcançada, esses diversos tipos de 
conhecimento estão em interação. Logo, percebemos 
que a leitura é um processo interativo. 
Quando citamos a necessidade do 
conhecimento prévio de mundo para a compreensão 
da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que 
essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo 
Boff, cada um lê com os olhos que tem. E interpreta 
onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de 
um ponto. Para entender o que alguém lê, é 
necessário saber como são seus olhos e qual é a sua 
visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um 
releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada 
leitor é co-autor. 
A partir daí, podemos começar a refletir sobre 
o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, 
acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, 
além dos já referidos processamento cognitivo da 
leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é 
preciso que o leitor esteja comprometido com sua 
leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico 
sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a 
essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando 
para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas 
emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por 
isso que consegue ser tocado pela leitura. 
Assim, o leitor mergulha no texto e se 
confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o 
que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a 
uma aranha: 
[...] o texto se faz, se trabalha através de um 
entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - 
nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma 
aranha que se dissolve ela mesma nas secreções 
construtivas de sua teia. 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0067/3/17-Gil 
Dessa forma, o único limite para a amplidão 
da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem 
constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso 
ela se revela como uma atividade extremamente 
frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de 
adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos 
fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara 
melhor para atingir às necessidades de um mercado 
de trabalho exigente -, experimentamos novas 
experiências, ao conhecermos mais do mundo em que 
vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos 
leva à reflexão. 
E refletir, sabemos, é o que permite ao 
homem abrir as portas de sua percepção. Quando 
movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o 
homem se renova constantemente, tornando-se cada 
dia mais apto a estar no mundo, capaz de 
compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e 
vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem 
ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de 
expectativas. 
Desse modo, a leitura se configura como um 
poderoso e essencial instrumento libertário para a 
sobrevivência do homem. 
Há, entretanto, uma condição para que a 
leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do 
leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não 
suporta o imperativo". Quando transformada em 
obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para 
suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, 
Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de 
escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em 
qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. 
Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, 
passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, 
então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser 
um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de 
amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-
se. 
Maria Carolina Professora de Língua Portuguesa e Redação do 
Ensino Médio e Normal. 
 
 
 
 
 
TEXTO D 
 
 
Exercitando 
TEXTO I 
 
(Ano: 2015 - Banca: CESPE - Órgão: Telebrás) 
Prova: Conhecimentos Básicos para o Cargo 3 
 
 
 
 
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de 
telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com 
adaptações). 
 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
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OS: 0067/3/17-Gil 
Conforme as ideias veiculadas no texto, A 
reestruturação do setor de telecomunicações no 
Brasil, 
 
01. O rompimento do monopólio do Sistema 
TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse 
sistema às necessidades do mercado globalizado. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
02. Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a 
prestação de serviços básicos de 
telecomunicações era feita de forma global e 
universal, abrangendo todos os rincões do país. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
03. Com a reestruturação do setor de 
telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio 
da ANATEL, passou a exercer controle total desse 
setor de serviços, definindo, entre outros 
aspectos, o modo como as empresas prestadoras 
de serviços de telecomunicação devem se 
comportar no mercado, quanto investirão e de 
que modo o farão. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
04. Relativamente à adequação do setor de 
telecomunicações ao novo contexto de evolução 
tecnológica setorial e de diversificação e 
modernização das redes e dos serviços, o 
pressuposto era o de que a administração 
privada, mas regulada, dos serviços de 
telecomunicação poderia proporcionar eficiência, 
qualidade, presteza e resultados positivos a esses 
serviços. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
05. A substituição de “autônoma” (L.19) por com 
autonomia prejudicaria a correção gramatical do 
texto. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 
E E E C E 
 
TEXTO II 
(Tecnologia da Informação-2006-CESGRANRIO-
Superior) 
Memória 
Potencial para o futuro 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
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Treinar a memória equivale a treinar os 
músculos do corpo – é preciso usá-la ou ela 
atrofia. Há duas boas maneiras para fazer isso: a 
primeira é a leitura, porque, no instante em que 
se lê algo, ativam-se as memórias visual, 
auditiva, verbal e linguística. “A qualidade do 
que se lê importa mais que a quantidade, 
porque gostar do assunto gera interesse”, diz o 
médico e pesquisador Iván Izquierdo, diretor do 
Centro de Memória da Pontifícia Universidade 
Católica do Rio Grande do Sul. A memória sofre 
influência do humor e da atenção, despertada 
quando existe interesse em determinado 
assunto ou trabalho - o desinteresse, ao 
contrário, é uma espécie de “sedativo”, que faz 
a pessoa memorizar mal. A outra forma de 
deixar a memória viva é o convívio com 
familiares e amigos, com quem se podem trocar 
ideias e experiências. “Palavras cruzadas são 
inferiores à leitura, mas também ajudam. Da 
mesma forma que ouvir uma música e tentar 
lembrar a letra ou visitar uma cidade para onde 
já se viajou e relembrar os pontos mais 
importantes”, afirma Izquierdo. 
É preciso corrigir o estilo de vida para 
manter a memória funcionando bem. “Uma 
pessoa de 40 anos só sofre de esquecimento se 
viver estressada e tiver um suprimento de 
informações acima do que é capaz de 
processar. Não dá para esperar o mesmo nível 
de retenção de informação quando se lê um e-
mail enquanto se conversa ao telefone e é 
interrompido pela secretária. 
É preciso dar tempo para o cérebro”, 
explica o psiquiatra Orestes Forlenza, da USP. 
Segundo Barry Gordon, professor da 
Johns Hopkins Medical Institution, a memória 
“comum” focaliza coisas específicas, requer 
grande quantidade de energia mental e tem 
capacidade limitada, deteriorando-se com a 
idade. Já a “inteligente” é um processo que 
conecta pedaços de memória e conhecimentos 
a fim de gerar novas ideias. É a que ajuda a 
tomar decisões diárias, aquela “luz” que se 
acende quando se encontra a solução de um 
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problema. Por exemplo: a comum esquece o 
aniversário da mulher; a inteligente lembra o 
que poderia ser um presente especial para ela. 
A comum esquece o nome de um conhecido 
encontrado na rua; a inteligente lembra o nome 
da mulher dele e onde ele trabalha, pistas que 
acabam levando ao nome da pessoa. 
 
 CLEMENTE, Ana Tereza; VEIGA, Aida. Receitas para a inteligência. 
Revista Época. 31 out.2005. p.77-78 
 
01. Assinale a opção procedente em relação às ideias 
que o texto apresenta. 
 
A) A memória visual ativa a capacidade de 
retenção das imagens no cérebro. 
B) A memória inteligente utiliza o 
conhecimento retido para criar novas ideias. 
C) A qualidade do que se lê limita a capacidade 
de atuação da memória comum. 
D) A importância da memória comum está em 
reter, ao mesmo tempo, informações várias. 
E) A atenção e o humor são responsáveis pela 
atividade mental do ser humano após os 
quarenta anos. 
 
02. O texto estabelece entre memória/músculo do 
corpo e memória comum/memória inteligente 
relações que se caracterizam, respectivamente, 
pela: 
 
A) contiguidade e igualdade parcial. 
B) oposição e semelhança relativa. 
C) equivalência e similaridade específica. 
D) complementaridade e correspondência 
irrestrita. 
E) similaridade e abrangência funcional. 
 
03. No segundo parágrafo, a opinião do psiquiatra 
Orestes Forlenza em relação ao tópico frasal 
(afirmação inicial): 
 
A) esclarece, através de dados estatísticos, 
pontos obscuros da introdução. 
B) exemplifica o que foi dito anteriormente. 
C) explica a finalidade da afirmação feita. 
D) conclui a ideia anterior. 
E) fundamenta a afirmação anterior. 
 
 
04. O último parágrafo é fundamentado na opinião 
de outro autor cuja argumentação estrutura-se 
basicamente por: 
 
A) comparação e contraste. 
B) exemplificação e pesquisas. 
C) definição e dados estatísticos. 
D) comprovação e causa e efeito. 
E) dados estatísticos e comprovação. 
 
05. Reescrevendo a passagem “A memória sofre 
influência do humor e da atenção, despertada 
quando existe interesse em determinado assunto 
ou trabalho - ” (l. 11-14), o sentido mantém-se 
em uma das opções. 
Assinale-a. 
 
A) Quando há interesse em determinado 
assunto ou trabalho, a memória sofre 
influência do humor e da atenção 
despertada. 
B) Quando existe interesse em determinado 
assunto ou trabalho, a atenção desperta e o 
humor influenciam a memória. 
C) O humor e a atenção, despertada quando há 
interesse em determinado assunto ou 
trabalho, exercem influência sobre a 
memória. 
D) O humor e a atenção despertada, quando 
existe interesse em determinado assunto ou 
trabalho, exerce influência sobre a memória. 
E) A memória é influenciada pelo humor e pela 
atenção e é despertada sempre que existe 
interesse em determinado assunto ou 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 
B E E A C 
 
 
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TEXTO III 
(Técnico Administrativo – 2014 – UFC –superior) 
Uso indiscriminado de antibióticos contribui 
para superbactérias 
Prescrição inadequada e automedicaçãosão 
alguns dos fatores que fortalecem as bactérias. Anvisa 
registra quase 10 mil casos em 2012. 
É procedimento de guerra biológica. Quando 
as bactérias desenvolvem resistência a antibióticos, as 
principais armas da batalha são água e sabão. 
 “Elas têm facilidade de adesão a superfícies. 
Consequentemente, a higienização, a limpeza, é o 
único meio eficaz de erradicá-las”, ensina o médico 
infectologista Hugo Noal. 
 Em Chapecó, Santa Catarina, há duas 
semanas o Hospital Regional do Oeste descobriu que 
dois pacientes graves da UTI, que vieram de outros 
hospitais da região, estavam contaminados com uma 
superbactéria. Rapidamente, testou os outros que 
estavam ou estiveram na UTI. 
 “Foram realizados mais de 200 exames 
microbiológicos para que a gente possa separar 
aqueles que estão colonizados pelo germe”, conta 
Noal. 
 Nessa varredura, mais seis pacientes 
contaminados foram isolados. Quatro tiveram alta nos 
últimos dias. O perigo aqui é a Acinetobacter 
baumanii. Em pessoas saudáveis, ela não causa 
infecção. Mas em doentes que estão com o sistema 
imunológico enfraquecido, internados em UTI, que 
respiram por aparelhos, podem causar infecção 
generalizada. 
Em Fortaleza, no Ceará, a mesma bactéria 
resistente contaminou a UTI do Hospital de 
Messejana. A Acinetobacter agravou o quadro de 
saúde de sete pacientes, e eles morreram. Um 
infectado continua em observação. 
Uso indiscriminado de antibióticos preocupa 
Só em 2012, a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária, a Anvisa, registrou quase 10 mil casos de 
bactérias resistentes a remédios nas UTIs do país. 
Já foram encontradas aqui todas as bactérias 
que constam de um alerta da Organização Mundial da 
Saúde: elas provocam de pneumonia e diarreia até a 
gonorreia, uma doença sexualmente transmissível. A 
OMS afirma que o uso indiscriminado de antibióticos 
pode levar a um retrocesso. 
 Fantástico: A gente pode voltar no tempo e 
ficar sem antibiótico para combater infecção, com 
criança morrendo por pneumonia? 
Alberto Chebabo, presidente da Sociedade 
de Infectologia do RJ: A gente hoje tem infecções em 
que não consegue tratar com antibiótico, a gente 
voltou à era pré-antibiótico em 1950. E existe uma 
grande chance de, nos próximos 10, 15 anos, se nada 
for feito, a gente perder esses antibióticos para 
tratamento de várias infecções, de várias bactérias 
resistentes. 
Denise teve uma infecção no seio, chamada 
de mastite, logo depois que o primeiro filho nasceu. 
“Eram dores horríveis, direto. Fiquei mais de um mês 
tomando antibiótico e não fazia efeito nenhum”, 
conta ela. 
Não fazia efeito porque a bactéria era 
resistente a antibióticos. Identificada a bactéria, ela 
teve que fazer uma cirurgia e remover todo o pedaço 
infectado na mama. Denise ficou completamente 
curada. E pôde amamentar o segundo filho. 
 Como as bactérias ficam tão fortes 
 Mas como essas bactérias ficam tão fortes? A 
primeira causa é o uso exagerado de antibióticos. 
Trilhões de bactérias circulam no corpo humano. 
Estão na pele, em todos os órgãos. No intestino, por 
exemplo, ajudam na digestão. Elas só provocam 
doenças se a pessoa fica com a imunidade baixa. Há 
também bactérias que podem fazer mal, nos objetos, 
nos alimentos, na água contaminada. 
Quando a gente toma antibiótico, todas as 
bactérias, boas e ruins, diminuem. As mais frágeis 
morrem primeiro. Se o tratamento é interrompido 
antes do prazo, as bactérias mais fortes continuam lá - 
e ficam mais perigosas, porque nelas, o antibiótico 
não fará mais efeito. 
 “Então a bactéria pode ter resistência a um 
antibiótico, a dois antibióticos, ou a vários antibióticos 
e se tornar uma bactéria difícil de tratar”, explica 
Chebabo. Trecho de reportagem do Programa 
Fantástico. Disponível em: Acesso em: 26 de maio de 
2014. 
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01. A ideia central desse trecho da reportagem é: 
 
A) as bactérias são nocivas aos seres humanos. 
B) os médicos não deveriam prescrever 
antibióticos. 
C) os hábitos de higiene podem curar graves 
infecções. 
D) algumas bactérias podem criar resistência a 
antibióticos. 
E) os antibióticos são uma grande conquista da 
humanidade. 
 
02. De acordo com o texto, algumas bactérias criam 
resistência a antibióticos quando: 
 
A) não adotamos alguns hábitos de higiene, 
como lavar as mãos, por exemplo. 
B) estamos muito estressados e com o sistema 
imunológico bastante enfraquecido. 
C) os médicos prescrevem o mesmo tipo de 
antibiótico para vários tipos de infecção. 
D) morrem aquelas bactérias boas que vivem 
no intestino humano e ajudam na digestão. 
E) é interrompido o tratamento com 
antibiótico antes da morte das bactérias 
mais fortes. 
 
03. É uma característica típica do gênero reportagem 
que pode ser reconhecida no texto: 
A) a expressão de opiniões e sentimentos do 
autor sobre um determinado tema. 
B) a exposição de informações obtidas em 
estudo e pesquisa sobre o tema tratado. 
C) o relato breve e conciso dos fatos que 
marcaram o dia de uma dada comunidade. 
D) a apresentação de normas e instruções que 
regulam o comportamento em sociedade. 
E) a argumentação persuasiva usada pelo autor 
para convencer o leitor de uma opinião. 
 
04. Quanto à linguagem utilizada no texto da 
reportagem, percebe-se: 
 
A) a organização das informações em uma 
única sequência narrativa. 
B) o tratamento de conteúdos abstratos com 
verbos de crença e opinião. 
C) o emprego da primeira pessoa do singular 
como marca de subjetividade. 
D) o uso de uma linguagem erudita e formal, tal 
como se exige em texto escrito. 
E) a utilização de discurso direto com uma 
referência às pessoas entrevistadas. 
05. Em: “A OMS afirma que o uso indiscriminado de 
antibióticos pode levar a um retrocesso. ” 
(Sublinhado no texto), um retrocesso faz alusão: 
 
A) a um possível atraso das pesquisas na área 
de Biotecnologia. 
B) a um possível erro nas prescrições médicas 
de antibióticos. 
C) a uma possível involução no tratamento de 
doença bacteriana. 
D) a um possível retorno à automedicação de 
alguns antibióticos. 
E) a uma possível volta ao tempo das grandes 
epidemias históricas. 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 
D E B E C 
 
TEXTO IV 
(Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e Fundação 
CEFETBAHIA-2006) 
Dentre as manifestações alimentadas pelo 
chamado neoconservadorismo, talvez a mais 
perigosamente infundada seja a do triunfo da 
democracia como regime de governo contemporâneo 
por excelência e inexorável ao desenvolvimento das 
nações. 
A alegação de que nunca houve tantos 
governantes empossados através de algum método 
de sufrágio, embora historicamente plausível, apenas 
ressalta os limites práticos dessa aparente conquista: 
cálculos aproximados sugerem que 3,5 bilhões de 
pessoas (60 por cento da população mundial) ainda 
vivem sob variadas 5 formas de totalitarismo. 
A estimativa parece tolerável porque associada 
a algumas nações extremamente populosas, com 
governos abertamente ditatoriais, ou a redutos de 
miséria absoluta, institucionalmente rudimentares. 
Entre a China e o Burundi, entretanto, existem 
dezenas de países geopoliticamente relevantes, 
inclusive potências regionais, cujos epítetos 
regimentais escondem realidades pouco alvissareiras 
para os preceitos democráticos consagrados. 
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OS: 0067/3/17-Gil 
A Índia, república parlamentarista, mantém a 
estratificação em castas que perpetua desigualdades, 
não apenas sociais, mas legais e eleitorais. O vizinho 
Paquistão é governado pelo general Pervez 
Musharraf, que se “elegeu” graças a manobras 
jurídicas e ao exílio de Benazir Bhutto, sua principal 
antagonista. O ditador egípcio, Hosni Mubarak, há 
mais de duas décadas no poder, controla rigidamente 
a Suprema Corte e a Comissão Eleitoral. Os gigantes 
petrolíferos do Golfo Pérsico nem sequer dissimulam 
suas autocracias [...]. A África é prodigiosa em líderes 
dados à perseguição de opositores [...]. Nos Bálcãs 
pós-genocídio, o ultranacionalista Partido Radical 
sérvio retomou o poder e Kosovo tem como primeiro-
ministro um suspeito de crimes de guerra (Ramush 
Harandinaj). Há ainda regiões cuja instabilidade 
desautoriza qualquer simulacro de escolha popular. 
Iraque, Afeganistão, Haiti e Sudão, por exemplo, 
vivem sob guerras civis reais ou iminentes. Nas 
repúblicas da antiga União Soviética, os levantes se 
sucedem, derrubando governos frágeis [...] para 
substituí-los por outros similares. 
A democracia é mais periclitante em nações 
advindas de longos períodos autoritários que tiveram 
respaldo das potências mundiais. O final da guerra 
Fria provocou uma passagem meramente formal de 
regimes despóticos a economias inseridas no mercado 
globalizado. Para apaziguar tanto o público interno 
quanto a comunidade internacional, o sufrágio virou 
componente legitimador de estruturas sociopolíticas 
viciosas. A diplomacia unilateralista dos EUA endossa 
e agrava tal paradoxo, disseminando uma cantilena 
pseudolibertária que utiliza os poderios militar e 
financeiro ao sabor de conveniências estratégicas. 
Carente de ameaças que a corroborem, a ingerência 
civilizadora insufla uma reação popular que, sob 
motivações étnicas e religiosas outrora sufocadas, 
transforma-se em repúdio e valores identificados 
como norte-americanos. Eis como o 
neoconservadorismo, doutrina da hegemonia 
estadunidense, locupleta-se do próprio ciclo de 
intolerância e violência que simula combater. 
(SCALZILLI, Guilherme. As ilusões democráticas. Caros Amigos. 
São Paulo; Casa Amarela, ano X, n.109, p38, abr. 2006. Edição de 
aniversário) 
01. Identifique as alternativas verdadeiras. 
O texto 
 
I. Analisa a realidade de países que, não 
obstante serem democráticos, possuem um 
irrelevante poder popular. 
II. Associa a figura de chefes de governos 
democráticos à invariável existência de 
manobras para chegar e/ou se manter no 
poder. 
III. Desmistifica a ideia de democracia como o 
sistema de governo predominante na 
atualidade e o único capaz de promover o 
desenvolvimento de uma nação. 
IV. Destaca as nações que possuem governos 
autoritários como aqueles que, do ponto de 
vista geopolítico e socioeconômico, 
transformaram-se em verdadeiras potências 
regionais. 
V. Evidencia o papel diplomático dos Estados 
unidos na ação civilizadora do mundo, razão 
pela qual tem despertado reações populares 
de variada natureza. 
 
A alternativa em que todas as afirmativas são 
verdadeiras é: 
 
A) I e II 
B) II e IV 
C) IV e V 
D) I, III e IV 
E) II, III e V 
 
02. No primeiro parágrafo, o tópico frasal se 
desenvolve a partir da: 
 
A) Citação de exemplos que se contrapõem à 
informação nele contida. 
B) Amostragem de percentuais que ratificam a 
ideia de “triunfo democrático”. 
C) Descrição do panorama mundial sobre os 
sistemas totalitaristas. 
D) Pressuposição de que as pesquisa nem 
sempre revelam a realidade dos fatos. 
E) Restrição à justificativa apresentada para a 
vitória da democracia do mundo atual, com 
a apresentação de dados que funcionam 
como suporte para as afirmações feitas. 
 
03. Em relação ao primeiro, o segundo parágrafo: 
 
A) Desconhece o conceito de democracia tal 
como é apresentado, já que existe muita 
miséria ao lado da riqueza em países onde o 
regime de governo é dito “do povo e pelo 
povo”. 
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B) Envereda por outro viés do assunto 
enfocado, procurando reforçar o ponto de 
vista que está sendo defendido. 
C) Analisa a realidade específica de alguns 
países, retificando, quando preciso, 
informações dadas antes. 
D) Vê a possibilidade de difusão crescente dos 
regimes ditatoriais no mundo 
contemporâneo. 
E) Retoma argumentação dada anteriormente, 
reforçando-a com novos argumentos. 
 
04. O provérbio que melhor traduz a ideia de 
democracia veiculada no texto é: 
 
A) “Nem tudo que reluz é ouro”. 
B) “Santo de casa não faz milagres”. 
C) “Quem foi rei nunca perde a majestade”. 
D) “Depois da Tempestade, vem a bonança”. 
E) “Quem com porcos se mistura, farelo 
come”. 
 
05. Da leitura do texto, pode-se inferir: 
 
I. O neoconservadorismo se constitui uma 
falácia. 
II. O fim da Guerra Fria beneficiou 
sensivelmente os países que mudaram suas 
formas de governo. 
III. A extinção do regime democrático de 
governo, no mundo atual, é uma 
probabilidade a ser considerada. 
IV. O voto, do modo como tem sido usado, vem 
servindo para camuflar estruturas sociais 
politicamente corruptas. 
V. O regime democrático, do ponto de vista 
histórico, não tem refletido a vontade 
popular, manifestada através do sufrágio e 
com base em promessas feitas em épocas de 
campanha. 
 
A alternativa em que todas as afirmativas 
indicadas são verdadeiras é a: 
 
A) I e II 
B) II e V 
C) III e V 
D) I, IV e V 
E) II, III e IV 
 
 
 
06. Expressam, no texto, a mesma ideia as palavras: 
 
A) “mais”, em “a mais perigosamente 
infundada” e “mais”, em “há mais de duas 
décadas no poder”. 
B) “como”, em “como regime de governo 
contemporâneo por excelência” e “como”, 
em “Eis como o neoconservadorismo”. 
C) “ainda”, em “cerca de 3,5 bilhões de pessoas 
[...] ainda vivem” e, “ainda” em “Há ainda 
regiões”. 
D) “para”, em “pouco alvissareiras para os 
preceitos democráticos consagrados” e, 
“para”, em “ para substituí-los por outros 
similares”. 
E) “que”, em “disseminando uma cantilena 
pseudoliterária que utiliza os poderios 
militar e financeiro” e “que”, em “carente de 
ameaças que corroborem”. 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 
A D E A B E 
 
 
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3– Paráfrase, Perífrase e Síntese 
 
 PARÁFRASE 
Paráfrase é a reprodução explicativa de um 
texto ou de unidade de um texto, por meio de uma 
linguagem mais longa ou mais curta. Na paráfrase 
sempre se conservam basicamente as ideias do texto 
original. O que se inclui são comentários, ideias e 
impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, 
quando o professor, ao comentar um texto, inclui 
outras ideias, alongando-se em função do propósito 
de ser mais didático, faz uma paráfrase. 
Parafrasear consiste em transcrever, com 
novas palavras, as ideias centrais de um texto. O leitor 
deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir 
daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto 
apresentado, acrescentando aspectos relevantes de 
uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem 
fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre 
o texto-base, condensando-o de maneira direta e 
imperativa. Consiste em um excelente exercício de 
redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, 
clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de 
possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito 
utilizado para efeito estético na literatura moderna. 
 Observe: 
O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. 
 Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para 
substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras 
que substituiu um nome comum ou próprio chama-se 
perífrase. 
 
 PERÍFRASE 
Perífrase é a substituição de um nome comum ou 
próprio por uma expressão que a caracterize. Nada 
mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de 
palavras. 
 
 SÍNTESE 
A síntese de texto é um tipo especial de composição 
que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o 
que o autor expressou amplamente. Desse modo, só 
devem ser aproveitadas as ideias essenciais, 
dispensando-se tudo o que for secundário. 
4 – Tipologia Textual 
 Toda forma escrita recebe o nome de 
redação. 
 MODALIDADES DE REDAÇÃO 
 As reflexões recentes sobre tipos ou tipologias 
de texto têm por base fundamentalmente as 
propostas de Jean-Michel Adam (1992)1, segundo as 
quais, a partir da heterogeneidade composicional dos 
discursos reais, são definidos padrões de textualização 
As modalidades exploradas são: dissertação, 
narração, descrição, predição e dialogal. 
1 – Narração 
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, 
que ocorreu num determinado tempo e lugar, 
envolvendo certas personagens. O tempo verbal 
predominante é o passado. Estamos cercados de 
narrações desde as que nos contam histórias infantis, 
como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela 
Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano. O 
Texto é alterado de forma constante. É encontrado 
em reportagens, novelas, contos etc. 
Na conhecida parábola do filho pródigo, 
Jesus narra a história de um pai e seus dois filhos. O 
mais moço resolveu pedir ao pai a parte da herança 
que lhe cabia, partindo depois para uma terra 
distante, onde dissipou todos os seus bens a viver 
dissolutamente. Sobrevindo àquele país uma grande 
fome, ele começou a passar necessidade e foi 
trabalhar guardando porcos no campo. Ali, desejava 
fartar-se do que os porcos comiam; mas ninguém lhe 
dava nada. (Lc. 15) 
 
2 – Descrição 
É a modalidade em que se faz um retrato por 
escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um 
objeto. Tem no adjetivo a ferramenta mais 
importante, pela sua função caracterizadora. Pode-se 
descrever sensações ou sentimentos. É a construção, 
com palavras, da imagem do objeto ou personagem 
descrito. Dificilmente essa tipologia será 
predominante em um texto. É comum é trechos 
descritivos introduzidos em textos narrativos e 
dissertativos. 
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OS: 0067/3/17-Gil 
 “Era uma casa muito engraçada, não tinha 
teto, não tinha nada, ninguém podia entrar nela não, 
porque na casa, não tinha chão, ninguém podia 
dormir na rede, porque na casa não tinha parede, 
ninguém podia fazer pipi, porque penico, não tinha 
ali”. 
 
3 – Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou 
explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o 
texto dissertativo pertence ao grupo dos textos 
expositivos, juntamente com o texto de apresentação 
científica, o relatório, o texto didático, o artigo 
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não 
está preocupado com a persuasão e sim, com a 
transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um 
texto informativo. Quando o texto, além de explicar, 
também persuade o interlocutor e modifica seu 
comportamento, temos um texto dissertativo-
argumentativo. 
 “O Brasil é um país de crescimento 
desordenado porque a sua realidade econômica é 
desordenada. O acesso à riqueza está sempre 
restrito ao poder da elite. Não há uma distribuição 
de renda justa. Seu desenvolvimento econômico 
também não é bem distribuído porque encontramos 
em suas regiões uma grande população muito pobre 
comandada e oprimida por uma pequena população 
extremamente rica”. 
 
4 – Injunção 
É a modalidade que prescreve como realizar 
uma ação. Também é utilizado para predizer 
acontecimentos e comportamentos, com linguagem 
objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, 
empregados no modo imperativo, porém nota-se 
também o uso do infinitivo e o uso do futuro do 
presente do modo indicativo. Ex.: receitas culinárias, 
manuais, leis, convenções, regras, etc. 
- Cuidado com o cão! Afaste-se! 
- Se preferir, acrescente coco ralado à mistura. 
- Dobre a primeira à direita e depois siga em frente 
até o final da rua. 
- Venha para a minha festa de aniversário. Estou 
aguardando. 
- Pode esfriar à noite. Leve mais este casaco. 
- Certifique-se de que a peça foi colocada 
 
5 – Predição 
É a modalidade que busca predizer algo ou 
levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual 
ainda está por ocorrer. É predominante nos gêneros: 
previsões astrológicas, previsões meteorológicas, 
previsões escatológicas/apocalípticas. 
Capricórnio 
02/09 QUA - Um dia com energia favorável e 
realizadora aos capricornianos. Momento de forte 
tom afetivo e criativo. É hora de desenvolver os seus 
projetos com mais confiança. 
Leia 
mais: http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capricornio#
ixzz3kYU58Qzj 
 
6 – Dialogal / Conversacional 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os 
interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: 
entrevista, conversa telefônica, chat, etc. 
 
www.facebook.com 
 
 
 
 
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TEXTO V 
(CESPE – 2015 – TELEBRÁS – CONHEC. BÁSICOS) 
 
 
 
O ambiente socioeconômico do setor de 
telecomunicações. In: O desempenho do setor de 
telecomunicações no Brasil. Séries temporais 1S15. 
Elaborado pela Telebrasil em parceria com o Teleco. 
Rio de Janeiro, agosto de 2015, p. 7-9. Internet: 
<www.telebrasil.org.br > (com adaptações). 
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto O 
ambiente socioeconômico do setor de 
telecomunicações, julgue o seguinte item. 
 
01. Desde que fossem feitas as necessárias 
adaptações redacionais, o conteúdo veiculado no 
texto em apreço poderia compor o corpo de um 
relatório referente ao crescimento 
socioeconômico do setor de telecomunicações 
no Brasil, desde a privatização do setor. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
 
TEXTOVI 
(CESPE – 2015 – TELEBRÁS – CONHEC. BÁSICOS) 
 
 
Com relação às tirinhas I e II apresentadas, julgue o 
seguinte item. 
 
01. No título da tirinha II, a expressão “tivesse 
bombando” é característica da linguagem 
informal, típica do gênero textual tirinha. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
 
 
GABARITO DOS TEXTOS V E VI 
 
TEXTO V – C 
TEXTO VI - C 
 
 
 
 
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TEXTO VII 
O engano 
 Um estudante, passando pela frente de uma 
loja, olhou a vitrine e resolveu comprar um par de 
luvas para a namorada. Pediu à balconista para 
embrulhá-la para presente e foi ao caixa para pagar. A 
moça, por distração, entregou as luvas a uma freguesa 
que havia comprado calcinhas e a compra dela, deu-a 
ao estudante. O rapaz pegou o pacote e enviou-o a 
namorada com uma carta onde escreveu: 
“Meu bem, lembrei-me de que hoje é seu 
aniversário e, na oportunidade, mando-lhe este 
presente, embora saiba que você não costuma usar. 
Achei-as bonitas, mas não sei se você vai gostar da 
cor. A moça da loja experimentou-as na minha frente 
e eu gostei muito. Ficaram um pouco largas na frente, 
mas ela disse que é para as mãos entrarem melhor e 
para facilitar o movimento dos dedos. Ela disse 
também que, quando as tirar, é melhor colocar um 
pouco de talco para evitar o mau cheiro. 
 Meu bem, quero que você as use, pois vão 
cobrir aquilo que pedirei um dia. Um grande beijo no 
lugar onde você vai usá-las. 
 
Compreensão do texto 
 
01. Pode-se inferir do texto que o estudante: 
 
A) Apesar de querer mandar uma luva para a 
namorada acabou intencionalmente 
mandando calcinhas. 
B) Mandou calcinhas por engano, mas com 
intenção da vendedora da loja. 
C) Por descuido da vendedora da loja mandou 
um par de luvas no lugar de calcinhas, o que 
acabou criando uma situação inusitada. 
D) Tratou a namorada com todo respeito, 
através da mensagem, embora não soubesse 
que o presente tivesse sido trocado por 
engano. 
E) Procurou ser o mais gentil possível, mesmo 
sabendo que a namorada jamais desse a ele 
o que ele mais queria: a mão em casamento. 
 
02. Em qual momento do texto a confusão começa? 
 
A) “... olhou a vitrine e resolveu comprar as 
luvas...”. 
B) “... entregou as luvas a uma freguesa que 
havia comprado calcinhas...”. 
C) “... o rapaz pegou o pacote...”. 
D) “... hoje é seu aniversário...”. 
E) “... é melhor colocar talco...”. 
 
03. Qual das passagens referentes à carta cria uma 
situação de embaraço ao receptor da 
mensagem? 
 
A) “Lembrei-me que hoje é seu aniversário...”. 
B) “Achei-as bonitas, mas não sei se você vai 
gostar...”. 
C) “A moça da loja experimentou na minha 
frente...”. 
D) “ficaram um pouco largas na frente...”. 
E) “Um beijo no lugar aonde você vai 
usá-las...”. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 
C B E 
 
 
TEXTO VII 
Drogas: cada vez mais perto 
 Há dez anos, quando foi realizado o primeiro 
levantamento do CEBRID (Centro Brasileiro de 
Informação sobre Drogas), apenas 0,4% dos jovens 
admitiam uso frequente (mais de seis vezes por mês) 
das drogas: agora são 1,7% - quatro vezes mais. Uma 
outra pesquisa realizada pelo IBOPE e a pedido da 
ONG Associação Parceira Contra as Drogas, 
entrevistou 700 jovens de 9 a 22 anos em cinco 
capitais, mostrando que as crianças e adolescentes 
estão cada vez mais expostos à oferta de drogas. A 
porcentagem de jovens classificados como “mais 
próximos” às drogas (já usam alguma droga ilícita 
além da maconha e/ou têm algum amigo que usa) 
subiu de 22% (na pesquisa semelhante de 1996) para 
35% em um ano. O grau de facilidade para obtenção 
de todas as drogas aumentou significativamente. No 
caso da maconha, por exemplo, 49% dos 
entrevistados acham fácil ou muito fácil conseguir a 
erva (42% em 93); no caso do CRACK esse índice 
aumenta de 19% para 26%. 
(Pais e Filhos, 1998). 
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01. Acerca do texto VIII, e levando em conta o ano da 
reportagem, todas as afirmativas abaixo não 
estão corretas, exceto? 
 
A) Em dez anos de entrevistas realizadas pelo 
CEBRID houve um aumento no consumo de 
drogas entre jovens em 0,4%; 
B) Nos últimos dez anos de entrevistas 
realizadas pelo CEBRID, houve uma redução 
de consumo de drogas entre os jovens em 
1,7%; 
C) Na pesquisa realizada pelo IBOPE, a pedido 
da ONG Associação Parceria contra as 
Drogas constatou-se que, em cinco capitais 
brasileiras, há mais consumo de drogas 
entre os jovens do que nos demais estados 
brasileiros; 
D) Os jovens considerados “mais próximos”, ou 
seja, aqueles que, além da maconha, usam 
outro tipo de droga ilícita; em um ano, 
passaram a consumir mais CRACK do que 
maconha; 
E) Pode-se inferir da leitura que a facilidade na 
obtenção da erva maconha, segundo a 
entrevista cresceu em números percentuais 
7% entre os casos de 93 a 98; 
 
02. A ideia central tratada pelo texto concerne 
 
A) Facilidade na obtenção de drogas ilícitas; 
B) A luta das ONGS contra as drogas ilícitas; 
C) Ao maior consumo de drogas entre os 
jovens brasileiros; 
D) Ao percentual maior de jovens que usam 
drogas; 
E) Aos jovens de cinco estados que estão mais 
expostos ao caminho das drogas; 
 
03. Infere-se do primeiro período do texto todas as 
asserções abaixo, exceto: 
 
A) Houve um levantamento sobre os jovens 
que usavam drogas, há dez anos; 
B) Um centro de informações sobre drogas 
realizou a pesquisa; 
C) No entremeio de dez anos, houve um 
aumento da admissão de consumo de 
drogas entre os jovens, de 1,3%; 
D) Dez anos após a primeira entrevista, 
constatou-se que o número de jovens que 
usam drogas como CRACK e maconha 
cresceu para 1,7%; 
E) Há dez anos, apenas 0,4% dos jovens 
admitiam que usavam drogas; 
 
04. Atente para a seguinte passagem do texto: “... 
Agora são 1,7% , quatro vezes mais.”. 
Qual a informação contida na passagem 
destacada: 
 
A) aumento no percentual de drogas; 
B) aumento do percentual de jovens que 
admitem usar drogas. 
C) percentual de jovens drogados no período 
de dez anos; 
D) queda da taxa de jovens drogados; 
E) n.d.a. 
 
05. O texto “Drogas cada vez mais perto” apresenta 
apenas um parágrafo, em cinco períodos. 
Observe a sequência de argumentos a seguir: 
 
I – Jovens entrevistados em cinco capitais 
brasileiras; 
II – Aumento no uso de maconha e CRACK; 
III – Centro brasileiro constata que, no período 
de dez anos, houve aumento de jovens 
usuários de drogas; 
IV – Facilidade na consecução de drogas; 
V – Jovens “mais próximos” usam mais drogas 
no período de 12 meses; 
 
A sequência de períodos que completa o sentido 
do texto é: 
 
A) III, I, V, II, IV; 
B) III, I, V, IV, II; 
C) III, V, I, IV, II; 
D) II, I, V, IV, III; 
E) II, V, I, IV, III; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 
E A D B 
 
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TEXTO IX 
O problema ecológicoSe uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo 
da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que 
neste planeta não habita uma civilização inteligente, 
tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. 
Essas são palavras de um renomado cientista 
americano. Apesar dos avanços obtidos, a 
humanidade ainda não descobriu os valores 
fundamentais da existência. O que chamamos 
orgulhosamente de civilização nada mais é do que 
uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal 
civilização significa a devastação das florestas, a 
poluição dos rios, o envenenamento das terras e a 
deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de 
progresso não passa de uma degradação deliberada e 
sistemática que o homem vem promovendo há muito 
tempo, uma autêntica guerra contra a natureza. 
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado). 
01. Segundo o Texto III, o cientista americano está 
preocupado com: 
 
A) a vida neste planeta. 
B) a qualidade do espaço aéreo. 
C) o que pensam os extraterrestres. 
D) o seu prestígio no mundo. 
E) os seres de outro planeta. 
 
02. Para o autor, a humanidade: 
 
A) demonstra ser muito inteligente. 
B) ouve as palavras do cientista. 
C) age contra sua própria existência. 
D) preserva os recursos naturais. 
E) valoriza a existência sadia. 
 
03. Da maneira como o assunto é tratado no Texto 
IX, é correto afirmar que o meio ambiente está 
degradado porque: 
 
A) a destruição é inevitável. 
B) a civilização o está destruindo. 
C) a humanidade preserva sua existência. 
D) as guerras são o principal agente da 
destruição. 
E) os recursos para mantê-lo não são 
suficientes. 
 
04. A afirmação: “Essas são palavras de um 
renomado cientista americano. ”, quer dizer que 
o cientista é: 
 
A) inimigo. 
B) velho. 
C) estranho. 
D) famoso. 
E) desconhecido. 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 
A C B D 
 
TEXTO X 
(CESPE – TJ-Pe – 2001 
 
Luz no Campo Mudando o campo da noite para 
o dia 
 O governo federal, por intermédio do 
Ministério das Minas e Energia e da ELETROBRÁS; está 
lançando o Programa Luz no Campo. Um projeto que 
vai levar energia elétrica para mais de um milhão de 
domicílios e propriedades rurais no interior do país. 
Junto com o programa, vão chegar desenvolvimento, 
conforto e todos os benefícios que a energia traz. 
Com isso, o homem do campo vai poder continuar 
morando no campo. E o sonho de dona Alzira, e de 
todas as pessoas que estavam esperando a energia 
elétrica chegar, vai poder ser realizado. 
VEJA, 23.12.1999, P. 72 (COM ADAPTAÇÃO) 
 
01. De acordo com as ideias do texto X, assinale a 
opção correta. 
 
A) O título do texto sugere que, após chegar a 
eletricidade ao campo, a natureza estará tão 
clara, à noite, que parecerá um pasto 
verdinho durante o dia. 
B) Destinado exclusivamente às comunidades 
pobres do Nordeste, o Programa tem 
alcance eficaz, porém muito limitado, 
geograficamente. 
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OS: 0067/3/17-Gil 
C) O Programa Luz no Campo é apresentado no 
texto como uma iniciativa positiva do 
governo, porque estimula a eletrificação 
rural do país. 
D) O desenvolvimento chegará apenas às 
propriedades urbanas, porque elas já 
possuem os benefícios e o conforto 
proporcionados pela energia elétrica. 
E) O Programa Luz no Campo vai realizar o 
sonho de muitas mulheres trabalhadoras, a 
exemplo de dona Alzira, cujo desejo é 
possuir uma geladeira. 
 
 
TEXTO XI 
Falar de boca cheia não é mais falta de educação 
 Todo mundo concorda que educação é básico. 
O que muita gente não sabe é que uma alimentação 
inadequada na primeira infância compromete 
qualquer projeto de educação no futuro. A Ação 
Criança atua em vários estados, garantindo 
alimentação para milhares de crianças, de zero a sete 
anos, a partir da gestação. É uma entidade sem fins 
lucrativos, apoiada pela Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(UNESCO). Ajude a alimentar o futuro desde já. 
Colabore coma Ação Criança. 
Isto É, n. 1640, 07.03.2001. p. 65 (com adaptações) 
 
02. O texto XI deixa claro que 
 
A) Houve um tempo em que falar de boca cheia 
era considerado falta de educação. 
B) O básico, em educação, é que ela seja 
estendida a todos os cantos do país. 
C) A alimentação, a saúde dentária e a 
educação são fatores essenciais para as 
crianças do mundo inteiro. 
D) A única preocupação do Programa Ação 
Criança é o futuro, já que ao passado não se 
retorna. 
E) Todo o cidadão cuja mãe teve 
acompanhamento pré-natal tem o futuro 
garantido. 
 
 
 
 
5 – Coesão 
É o processo pelo qual frases ou parte delas se 
relacionam para assegurar contexto, nexo entre as 
partes do texto. É a articulação que estabelece a 
ligação de uma ideia à outra, ou especifica o tipo de 
relação no discurso. É formada por elementos 
linguísticos: nomes, conjunções, pronomes relativos, 
preposições, advérbios, locuções adverbiais, formas 
verbais. É o elemento responsável pela textualidade, 
diz respeito a todos os processos de referenciarão ou 
segmentação que remetem elementos mencionados 
no texto. 
 
TEXTO XII 
 “A polícia abriu inquérito para investigar a morte de 
mais um bebê na Santa Casa de Misericórdia de 
Belém, no Pará. O óbito ocorreu no mesmo dia em 
que gêmeos nasceram dentro de uma viatura de 
bombeiros em frente ao hospital, após a mãe não 
receber atendimento. ” .com R7 
- publicado em 29/08/2011 às 14h21: 
 
01. Pode-se perceber que o texto acima tem um 
caráter: 
 
A) literário; 
B) político 
C) informativo; 
D) narrativo; 
E) dissertativo; 
 
 
GABARITO 
 
01 
C 
 
 
TEXTO XIII 
Na década de 70, prognósticos sombrios alertavam 
para o risco de extinção dos povos indígenas no 
Brasil. Após 30 anos, o censo de 2009 do IBGE afastou 
esse temor, ao constatar que em 1991 a 2000 a 
população indígena cresceu mais do que todos ou 
outros grupos étnicos. Eles eram 294 mil em 1991 e 
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OS: 0067/3/17-Gil 
passaram a ser 734 mil em 2000, uma variação de 
149,6%, enquanto o restante da população cresceu 
8,2%. 
Uma análise mais aparada nos dados mostra, no 
entanto, que não houve um “boom populacional” 
causado por altíssimas taxas de fecundidade ou 
migração de povos de países vizinhos. O crescimento 
foi causado por gente que já vivia em áreas urbanas 
em 1991, mas que, no censo daquele ano, não se 
declarou como indígena passando a fazer isso apenas 
nove anos mais tarde. 
Em 1991, dos 294 mil índios, 71 mil (24,1%) viviam na 
área urbana. Nove anos depois, esse contingente 
urbano deu um salto de 440% e passou a representar 
52,2% do total, ou 383 mil pessoas. 
“Não se trata de aumento demográfico. O que 
sobressai na análise desse crescimento é o 
componente de auto declaração”, afirma Luiz 
Antônio Oliveira, coordenador de População e 
Indicadores Sociais do IBGE. 
Folha de São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 2005 
 
Responda as questões referentes ao texto acima: 
 
01. O propósito principal do texto é noticiar o: 
 
A) afastamento dos prognósticos sombrios da 
década de 70 sobre a extinção dos povos 
indígenas do Brasil a partir de dados do 
Censo 2000 do IBGE. 
B) crescimento no númerode indígenas como 
resultado do fato de esses povos terem 
decidido se declararem como indígenas no 
Censo 2000. 
C) aumento, entre 1991 e 2000, da população 
indígena brasileira de forma superior ao que 
ocorreu com os outros grupos étnicos. 
D) “boom populacional” indígena causado por 
altíssimas taxas de fecundidade ou pela 
migração de povos de países vizinhos. 
 
02. No texto, a expressão “fazer isso” recupera a 
seguinte ideia: 
 
A) autodeclarar-se como indígena 
B) causar o crescimento populacional 
C) viver em áreas urbanas 
D) Não se declarar como indígena 
03. Na matéria, há determinadas expressões que 
denotam variação de modalidade no uso da 
língua portuguesa, como “boom populacional” e 
“deu um salto”, que podem ser substituídas, sem 
prejuízo de sentido no texto, por, 
respectivamente: 
 
A) contingente urbano e teve altíssimas taxas 
B) prognostico sombrio e cresceu mais 
C) aumento demográfico e teve um salto 
crescimento 
D) risco de extinção dos povos e sofreu 
variação. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 
 A C 
 
 
 
TEXTO XIV 
DOM CASMURRO 
Capítulo CXXIII – Olhos de ressaca 
Machado de Assis 
 Enfim, chegou a hora da encomendação e da 
partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o 
desespero daquele lance consternou a todos. Muitos 
homens choravam também, as mulheres todas. Só 
Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si 
mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A 
confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns 
instantes para o cadáver tão fixa, tão 
apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem 
algumas lágrimas poucas e caladas... 
 As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; 
Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a 
gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a 
amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a 
retinha também. Momento houve em que os olhos de 
Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o 
pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, 
como a vaga do mar lá fora como se quisesse tragar 
também o nadador da manhã. 
 
 
 
 
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OS: 0067/3/17-Gil 
01. O trecho acima nos revela que a despedida de 
Sancha do marido foi 
 
A) contida, mas cheia de ternura. 
B) dramática e comovente. 
C) tranquila e rápida. 
D) inquietante e estranha. 
 
02. Qual dos trechos apresenta uma impressão do 
narrador ao relatar os fatos? 
 
A) “Sancha quis despedir-se do marido,” 
B) “Muitos homens choravam também, as 
mulheres todas.” 
C) “Redobrou de carícias para a amiga, e quis 
levá-la;” 
D) “Só Capitu, amparando a viúva, parecia 
vencer-se a si mesma.” 
 
 
GABARITO 
 
01 02 
B D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
6 – Estrutura da Palavra 
É o estudo dos elementos mórficos (morfemas ou 
monemas) que formam uma unidade lexical. 
 Raiz 
 Radical 
 Vogal temática 
 Tema 
 Desinência 
 Afixos 
 Letras de ligação 
 
Raiz ou radical primitivo é o elemento originário, que 
concentra a significação (semântica) da palavra. As 
raízes vêm de outras línguas (no português, 
geralmente do grego ou latim) e são, sobretudo, 
monossilábicas. Podem sofrer alteração. São 
irredutíveis. 
Ex.: criança, irredutível, Evangelho 
 
O Radical, Semantema, Lexema ou Elemento de 
Composição é o elemento básico das palavras. O 
radical é a parte invariável da palavra, presente em 
todas as palavras derivadas. É encontrado através do 
despojo dos elementos secundários (quando houver) 
da palavra. 
Ex.: pedra, pedreiro, pedraria 
 
Vogais temáticas são vogais que são acrescentadas ao 
radical, preparando-o para receber as desinências. As 
vogais temáticas podem ser anuladas. São elas: 
A → São usadas em verbos e em nomes. Falar, Olhar, 
Colocar, Boneca, Mala. 
E → São usadas em verbos e em nomes. Receber, 
Tremer, Escrever, Omelete. 
I → São usadas em verbos. Dormir, Mentir, Exibir, 
Incubir. 
O → São usadas em nomes. Repor, Entrepor, Amor. 
OBS. Quando átonas finais. Ex.: sofá não tem VT. 
LÍNGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL 
Linguagem verbal é a que utiliza a palavra 
falada ou escrita. 
“Estacionamento para deficientes.” 
“Reciclagem” 
 
Linguagem não-verbal é a que utiliza outros 
sinais para transmitir uma mensagem. 
 
 
 
 
 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2017 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
22 
 
OS: 0067/3/17-Gil 
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal 
temática. 
Ex.: terr+a (radical + vogal temática); Am+or 
 
Desinências ou morfemas flexionais são elementos 
colocados após os radicais. Podem ser nominais 
(indicam gênero e número) ou verbais (indicam modo, 
tempo, númeroe pessoa). 
Ex.: gato, gata/ gatos, gatas –NOMINAL 
Ex.: amava- Desinência modo-temporal 
Ex.: amavas – Desinência número-pessoal 
 
Afixos são morfemas que podem ser ligados ao radical 
da palavra, formando assim uma nova palavra. 
Dependendo do local onde se encontram, os 
morfemas podem ser chamados de PREFIXOS, 
SUFIXOS ou INFIXOS. 
Na língua portuguesa os afixos podem ser 
classificados em prefixos e sufixos, conforme a 
posição que são colocados na palavra em relação ao 
radical. Na língua portuguesa não há infixos 
 
Prefixo 
É o afixo que se acrescenta antes do radical 
(ex.: bibliografia, internet), no acréscimo muda o 
sentido básico do radical. 
Sufixo 
É o afixo que se acrescenta depois do radical (ex.: 
plantação, globalização), no acréscimo muda o 
sentido básico e até a própria classe gramatical da 
palavra 
OBS. Um infixo (ou interfixo) é um afixo que se 
localiza dentro da raiz, dividindo-a em duas partes 
descontínuas. Exemplo: o morfema nasal do latim que 
era marca de presente do indicativo: rumpo 'rompo', 
vinco 'venço' etc. O infixo pode ser ainda 
um fonema que se intercala, para fins de eufonia, 
entre a raiz e o sufixo de uma palavra (como por 
exemplo o/z/ em cafezal); vogal ou consoante de 
ligação. 
SUFIXO 
LATINO 
EXEMPLO 
SUFIXO 
GREGO 
EXEMPLO 
-ada Paulada -ia Geologia 
-eria Selvageria -ismo Catolicismo 
-ável Amável -ose Micose 
 
LETRAS DE LIGAÇÃO são morfemas que só servem 
para facilitar a pronúncia, ligando outros morfemas. 
São infixas. Essas letras são chamadas de termos 
eufônicos: 
Ex.: Anuro, Gasoduto 
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