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ECONOMIA DE IPATINGA
RESUMO 
O estudo discute a importância da Avenida Vinte e Oito de Abril no Município de Ipatinga, Minas Gerais, enfocando a referida Avenida como forma espacial que é referência territorial e comercial para a população de Ipatinga. A Avenida Vinte e Oito de Abril consolida-se como principal centro comercial do município a partir da implantação da Usina Siderúrgica de Minas Gerais (USIMINAS) nas décadas de 1950 e 1960. Com o objetivo de caracterizar a Avenida Vinte e Oito de Abril e relatar os grupos de comércio e serviços presentes na Avenida, é feito um estudo da revisão bibliográfica de autores que trabalham economia, urbanização e industrialização, além de pesquisas em campo que permitiram a aplicação de questionários e entrevistas com comerciantes e freqüentadores da Avenida. A Avenida Vinte e Oito de Abril como centro de comércio e serviços propicia a articulação econômica e social em Ipatinga, constituindo-se destaque pela influência exercida com a contribuição na dinâmica sócio-econômica do município, num contexto de economia de zonas industriais. Assim sendo, a Avenida Vinte e Oito de Abril tem papel relevante na economia do município, pois, a cidade de Ipatinga não cresceu ou cresce exclusivamente com a indústria; seu desenvolvimento é estimulado pelo surgimento de novas atividades ligadas ao comércio e a serviços, esses tendo papel fundamental, particularmente, após a privatização da USIMINAS na década de 1990.
Palavras chave: População; evolução urbana; comércio; serviços.
INTRODUÇÃO 
O processo de industrialização do Brasil, iniciado efetivamente a partir de 1930, provocou significativa migração populacional para as regiões onde se concentrava a implantação de indústrias. Santos, (1994, p. 202), entende este contexto como o momento de uma revolução urbana brasileira, consecutiva à revolução demográfica dos anos 50. Este processo proporcionou uma urbanização com o aumento do número e da respectiva população dos núcleos com mais de 20 mil habitantes, e em seguida uma urbanização, ocasionando mais tarde uma metropolização.
Nesta urbanização aglomerada, o território segundo Bertha (1998, p. 86), foi tanto um instrumento quanto um produto do capitalismo nacional, através das estratégias espaciais implícitas e explícitas do Estado. O desenvolvimento reforçou o papel da urbanização como base para a industrialização, favorecendo a concentração econômica no sudeste.
Nas décadas de 1940, 1950 e 1960, o país consolida sua industrialização, a partir principalmente da siderurgia ( 1940/ 1950 ) e de indústrias automobilísticas ( 1950/1960 ). O Estado de Minas Gerais tem na implantação da Belgo Mineira ( 1930, Companhia Vale do Rio Doce ( 1940 ), da Acesita ( 1940 ) e da Usiminas ( 1950 ) a consolidação da sua industrialização que foi diretamente responsável pela urbanização da bacia do rio Piracicaba.
Atualmente a região do Vale do Aço, possui o maior Parque Siderúrgico do país e uma das maiores concentrações urbanas do Estado. As indústrias Acesita, Usiminas e Cenibra compõem a base econômica da emergente região metropolitana do Vale do Aço, que tem como núcleo central os municípios de Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso.
O município de Ipatinga (criado para atender as necessidades da Usiminas) desataca-se por ter um dos maiores PIB do Estado além da significativa qualidade de vida da população. Apesar de o município ter sua base econômica em torno da indústria, observa-se nas últimas duas décadas o significativo crescimento da economia local a partir de atividades de comércio e serviços. O presente contexto sinaliza a necessidade de se criar alternativas para se minimizar a dependência da indústria Usiminas, privatizada em meados da década de 90.
Justifica-se tal recorte temático através da importância que o setor de comércio e serviços tem para o município territorialmente, a partir da análise dos fixos e fluxos que sustentam a cidade de Ipatinga, destaca-se a Avenida Vinte e Oito de Abril uma das principais formas espaciais sócio-econômico, como também político-cultural. O presente estudo investiga a evolução urbana da Avenida Vinte e Oito de Abril no município de Ipatinga. Faz – se necessário um estudo do processo de evolução que transcorreu á partir da formação do município com a implantação da Usiminas. Para George, (1991, p. 67), a instalação de fábricas nas cidades ou em seus arredores provoca o crescimento da população urbana e a extensão espacial da cidade. Não se trata apenas de uma relação simplista, pois a cidade não cresce exclusivamente com a contribuição de uma nova população industrial; seu desenvolvimento é estimulado pela aparição de novas atividades ou pela ampliação ou transformação de empreendimentos antigos, como exemplo atividades do setor de comércio e serviços.
Com a formação espacial brasileira vinculada à concentração de centros urbanos, e a demanda de consumismo populacional desses centros, é necessário que se tenha um abastecimento tanto alimentício, quanto produtos como roupas e móveis.
Sustentado nessa necessidade, segundo George, (1991 p. 274), o comércio contemporâneo e as formas de produção e de consumo levam à utilização de formas de transporte que são específicos da era econômica e técnica iniciada pela Revolução Industrial é intensificado no período atual.
A evolução urbana da Avenida Vinte e Oito de Abril começa com a chegada dos Árabes responsáveis pela estruturação da Avenida que se transformou no centro do comércio do município de Ipatinga.
A metodologia utilizada foi baseada na revisão bibliográfica de autores que trabalham economia, urbanização e industrialização, além de pesquisas em campo que permitiram a aplicação de questionários e entrevistas com comerciantes, e freqüentadores da Avenida, onde foram aplicados cerca de 100 questionários com os comerciantes abordando 40% das lojas, e 100 questionários com os freqüentadores da Avenida.
A população economicamente ativa de Ipatinga está vinculada principalmente a indústria e ao comércio, a maior parte da arrecadação municipal é proveniente das atividades industriais, o setor de serviços também é importante para a economia local, que vem buscando alternativas para diminuir a dependência da indústria.
O fato da economia do município de Ipatinga ter como base a indústria, faz com que as outras atividades sejam diretamente influenciadas pela Usiminas, assim o comércio de Ipatinga nasce dependente (para atender) a economia industrial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Revolução Industrial brasileira foi responsável pela demanda de espaços nos centros urbano e industrial no país. A Avenida Vinte e Oito de Abril no centro de Ipatinga não foi diferente por situar nas proximidades da Usiminas (portaria central) entrada e saída com acesso dos funcionários. A prefeitura que hoje é a 2ª empregadora da cidade localizada na Avenida João Valentim Pascoal paralela a Avenida Vinte e Oito de Abril juntamente com o poder legislativo e judiciário. Além dos terminais de transportes urbanos, fazendo centro da cidade uma área onde se concentram as principais atividades comerciais e de serviços.
A Avenida Vinte e Oito de Abril hoje alem de contribuir muito para o desenvolvimento comercial, também tem uma contribuição muito grande na geração de empregos e para que esse centro comercial de Ipatinga tivesse progresso não podemos esquecer de destacar a Associação Comercial de Ipatinga, que através de seus idealizadores e fundadores, em 21 de março de 1966.
A Avenida Vinte e Oito de Abril é a expressão comercial do município, sua localização próxima a portaria central da USIMINAS, aliada ao grande continente populacional fazem dessa Avenida uma importante forma espacial que polariza diversos tipos de fluxos. A Avenida Vinte e Oito de Abril evoluiu juntamente com a cidade, fazendo parte da sua história local. A cidade de Ipatinga passou por uma evolução juntamente com a Avenida Vinte e Oito de Abril.
Antes mesmo da implantação da USIMINAS, a pequena população do distrito de Ipatinga,já acreditava no potencial da área em se torna uma referência. Com o advento da USIMINAS, o comércio local se consolida.
A importância da Avenida Vinte e Oito de Abril, também é consolidada através da organização espacial pelo uso e ocupação do solo encontrada no local, extremamente diferenciada das áreas restantes do município de Ipatinga, mas que estão em constante relação tanto num contexto de fluxos de capitais, pessoas, objetos em função da sua dinâmica.
Outro ponto importante da Avenida Vinte e Oito de Abril é que serve de um divisor de bairros planejados pela Usiminas e bairros periféricos.
Por outro lado, a Avenida Vinte e Oito de Abril atende os mais variados públicos, em função de sua diversidade de produtos e estruturas comerciais. O fato do centro da cidade polarizar os fluxos dos bairros contribuiu sobremaneira no comércio, uma vez que os deslocamentos na cidade não se apresentam difíceis.
Por outro lado, a valorização do m² da avenida tem provocado a migração de vários estabelecimentos para outros bairros, isto porque muitas das vezes estes não acompanharam o crescimento para arcar com as despesas como o aumento constante do valor da terra, impostos e aluguéis.
REFERÊNCIAS 
ALVES, Luci Imaculada de Oliveira. Espaço em Construção. Belo Horizonte, Minas Gerais: Editora Lê, 1999. p. 69 – 83.
BECKER, Bertha K. e EGLER, Cláudio A. G. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1998.
CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo, Editora Ática, Série Princípios, 1989.
DIÁRIO DO AÇO, Jornal. Vale do Aço 2000: Um século de história. Ipatinga - MG, 1999. 6 - 26 p.
GEORGE, Pierre. Geografia econômica. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1991.
IPEA, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 2000.
MURTA, Sandra. Ipatinga: uma cidade em movimento. Estudo dos Impactos do Projeto Novo Centro na remoção e no reassentamento de população. Dissertação de Mestrado apresentada a UNEC em outubro de 2004.
SANTOS, Milton. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 4ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.

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