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Resumo 1º Bimestre Processual Civil II Recursos

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Processual Civil – Recursos
Conceitos e princípios
Conceito de Recurso: o Meio processual pelo qual aquele que tenha sofrido algum prejuízo ou ônus com certa decisão judicial busca obter na mesma relação processual: 
▪ Reforma de uma decisão que está dissociada dos fatos trazidos pelo litigante aos autos (error in judicando) 
▪ Anulação da decisão por violação legal do procedimento (nulidade de ato judicial) (error in procedendo) 
▪ Esclarecimento da decisão (retirar contradição, obscuridade ou omissão)
Princípios:
Taxatividade: O princípio da taxatividade se caracteriza pela exigência de que a relação dos recursos seja taxativamente prevista em lei, isto é, só poderá ser afirmado se algo é um recurso se o mesmo estiver previsto em lei. Vide art. 994 NCPC.
Duplo grau de jurisdição: É um direito processual que garante a reanálise de uma decisão judicial, reapreciada por um órgão de jurisdição superior. Princípio não escrito? CF, 5º, LV c/c 92...
Fungibilidade: A fungibilidade consiste na possibilidade de o julgador aproveitar um recurso interposto de forma equivocada pelo recurso adequado, ou seja, a substituição de um recurso por outro para evitar a sua inadmissibilidade. Para tanto, faz-se necessário que três requisitos estejam presentes: 
Dúvida objetiva quanto à natureza jurídica da decisão a ser recorrida (divergência doutrinária ou jurisprudencial) 
Inexistência de erro grosseiro por parte do advogado, o qual não poderá interpor recurso pelo meio diverso da forma que a lei explicitamente determina; 
Interposição do recurso equivocado dentro do prazo do recurso correto para que seja atendido o pressuposto recursal da tempestividade.
Singularidade, unicidade recursal ou unirecorribilidade: É um recurso implícito, pois não possui nenhum artigo para ser previsto, e determina que para cada decisão judicial só será admitido a interposição de apenas um recurso. Já de antemão, existe a possibilidade de interposição de dois recursos (extraordinário e especial) almejando a mesma decisão, essa exceção está prevista no Art. 1.029 do NCPC.
Proibição da reformatio in pejus: Visa impedir que o recorrente tenha sua condição agravada por seu próprio recurso. Ex.: O réu interpõe um recurso e o juiz, após uma nova análise percebe que deveria aplicar uma sentença mais gravosa, entretanto não será permitido em vista da proibição do Reformatio in Pejus.
Espécies
Pressupostos e efeitos
Recurso Adesivo
Espécies de Recursos:
Ordinários:
Incidem de forma ordinária no processo e visam a reforma ou invalidação de decisão recorrida
Extraordinários:
Decorrem de disposição constitucional
Reforma ou invalidação da decisão recorrida com o fim de uniformização da norma constitucional ou infraconstitucional (função política)
Não se discute matéria fática (Súmula 7/STJ e Súmula 279/STF) o 
RESP (CF, 105, III)
RE (CF, 10, III)
Pressupostos:
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS 
Interposto o recurso, antes do julgamento de seu mérito realiza-se o chamado “juízo de admissibilidade”, ou seja, o órgão competente analisará se estão ou não presentes todos os pressupostos de existência e regularidade (se o recurso interposto é o cabível, interesse e legitimidade para recorrer, tempestividade, recolhimento do preparo e do porte de remessa e retorno, etc.) que autorizam o conhecimento do recurso
Ausente qualquer dos pressupostos – juízo de admissibilidade negativo – a matéria ventilada no recurso não segue para julgamento. Por tal motivo distingue-se o chamado juízo de admissibilidade do juízo de mérito.
● Assemelham-se às condições da ação e aos pressupostos processuais 
● Condição para exame do pedido pelo Tribunal “ad quem” (conhecimento) 
● Matéria de ordem pública (não há preclusão para alegação de sua irregularidade (a sua não observação dispensa recurso: simples petição)). 
● Apreciação (juízo de admissibilidade) o “a quo” e “ad quem” (no caso do agravo, o juízo é só ad quem)
O “Tribunal “a quo” exerce juízo provisório, admitindo revisão pelo Tribunal “ad quem” 
O Tribunal “ad quem” (competente) exerce juízo definitivo de admissibilidade 
O Juízo negativo de admissibilidade pelo Tribunal “a quo” enseja recurso para o Tribunal “ad quem”
Ad quem e A quo: Quando falamos no direito em juízo a quo, significa que estamos nos referindo ao juízo do qual partiu o processo, após uma das partes dar entrada, por exemplo, em um recurso.
Se o termo utilizado é juízo ad quem, vai significar que estamos falando do juízo para o qual foi o processo, aquele que, exemplificativamente, vai julgar o recurso.
Para facilitar, vamos tentar falar em termos mais práticos: Joaquim entrou com uma ação no Juizado Especial da Federação. Ele ganhou a ação, mas o Réu recorreu. O processo, então, terá um novo julgamento, desta vez na chamada Turma Recursal. No exemplo citado, o juízo a quo é o Juizado Especial da Federação e o juízo ad quem é a Turma Recursal.
O recurso, remédio/ato processual que tem por finalidade invalidar, reformar, ou integrar determinada decisão judicial dentro da mesma relação processual, tem natureza jurídica de extensão do direito de ação, pois se pretende que um órgão diferente e hierarquicamente superior reanalise o pedido feito. 
De tal modo, segundo o princípio da correspondência: para cada tipo de decisão judicial, há um recurso expressamente previsto e correspondente na legislação processual. A título de exemplo, para a decisão interlocutória a lei processual prevê o recurso de agravo de instrumento, já para a sentença, prevê-se o recurso de apelação.
Todavia, para a interposição do correspondente recurso, devem restar preenchidos os necessários pressupostos recursais. Vejamos: 
1. Pressupostos recursais intrínsecos (ou pressupostos subjetivos): são os pressupostos inerentes ao direito de recorrer, sendo considerados pressupostos de existência deste direito, pois na ausência do preenchimento de um dos deles, considera-se inexiste o direito de recurso. Estes são: 
a. Cabimento: decorrente do princípio da taxatividade, afirma-se que o recurso deve ser cabível. Isto é: só será aceito o recurso que tenha previsão na lei. 
b. Interesse recursal: é um binômio, pois o recorrente deve ter a necessidade de recorrer e atuar de forma adequada. Quanto à necessidade é preciso a existência de uma decisão que cause à parte prejuízo. Fazendo-se necessária a utilização do recurso para buscar a melhora de sua situação; já a adequação tem base no princípio da correspondência, uma vez que o tipo de recurso interposto deve ser hábil para proporcionar a melhor posição processual almejada. 
c. Legitimidade recursal: é adaptação da legitimidade ad causam, na qual só se terá legitimidade para recorrer a parte sucumbente; o Ministério Público, quando fiscal da lei; e o terceiro prejudicado pela sentença. 
2. Pressupostos recursais extrínsecos (ou pressupostos objetivos): são aqueles relativos ao exercício do direito de recorrer, isto é: existindo o direito de recorrer pelo preenchimento dos pressupostos intrínsecos, deve-se observar os requisitos para a “validade” do recurso interposto. São estes: 
a. Tempestividade: o recurso deve ser interposto dentro do prazo taxado na lei (5 dias para embargos de declaração e agravo interno e 15 dias para os demais recursos). Vale lembrar que em caso de litisconsortes com procuradores diferentes, só se dobra o prazo se o processo for físico e mais de um litisconsorte for sucumbente (Súmula 641, STF). Ademais, a aferição da tempestividade do recurso interposto pelos Correios não é mais da data da chegada ao Tribunal (jurisprudência clássica), e sim da data da postagem do recurso (CPC/15), ou seja: pode postar até o último dia do prazo. 
Contagem de Prazo: 
▪ 219 – somente dias úteis: 
● Sábado e Domingo NÃO
● Feriados 
● Recesso Forense (20/12 a 6/01) 
● Dias em que não há expediente 
▪ 231 – dia do começo 
▪ 224 – forma de contagem
● Início 
o Dia útil seguinte à intimação (DJ ou sessão) 
o Dia útil seguinte à juntada do mandado enviadopelos correios ou cumprido por oficial de justiça (274 e 275) 
● Fim 
o O último dia útil do prazo
▪ 1.003 – início da contagem do prazo para interposição
b. Preparo: alguns recursos devem ser recolhidos taxas judiciais para a sua interposição, como no caso da apelação. Assim, para estes, temos como regra o recolhimento da taxa e comprovação imediata (no recurso). 
A jurisprudência clássica afirmava que a falta do preparo ou seu recolhimento incompleto leva à deserção do recurso. Todavia, o NCPC traz como regra a seguinte dinâmica: 
Se não recolhido o preparo: intimação para recolher em dobro no prazo de 5 dias, sob pena de deserção. Se recolhido incompleto: intimação para recolher o restante em 5 dias, sob pena de deserção. 
c. Regularidade formal: consiste na necessidade de o recorrente atender a todos os requisitos especificados na lei para aquele determinado tipo de recurso. 
d. Inexistência de fato extintivo, impeditivo ou modificativo do direito de recorrer. Quanto a este último requisito, parcela da doutrina nega sua existência, pois um fato extintivo, impeditivo, ou modificativo do direito de recorrer, atingiria, na verdade, o interesse recursal, pois existindo tal falto, não existe o interesse recursal. 
Preenchidos os pressupostos recursais intrínsecos e extrínsecos, o recurso será conhecido (juízo de admissibilidade) e no mérito provido ou não (juízo de mérito).
Efeitos dos Recursos:
(Obstativo): É um efeito comum a todos os recursos. Obstar, aqui, significa impedir o trânsito em julgado, portanto a formação da coisa julgada e da preclusão. A preclusão, como sabemos, é a perda do direito da parte de praticar um ato processual. Então falamos, no efeito obstativo, de preclusão temporal. Em se praticando o ato (exercer o direito de recorrer) dentro do lapso temporal, não teremos preclusão. Se o recurso for interposto, também não teremos a formação da coisa julgada.
Comum a todos os recursos 
Impede a formação da preclusão e da coisa julgada
Devolutivo: Como o próprio nome diz, efeito devolutivo é aquele que “devolve” algo, ou seja, quando um recurso é recebido com o efeito devolutivo, ele devolve toda matéria para reexame em instância superior, para que sentença seja anulada, reformada, ou, também, mantida. Porém os efeitos dessa sentença continuam vigentes.
Revisão do ato impugnado por autoridade competente (hierarquia material superior) e distinta (inaplicável aos Embargos Declaratórios) 
Comum a todos os recursos. Contudo: 
o ED e EI na execução fiscal (devolutividade horizontal) 
o Juízo de retratação 
A decisão já produz efeitos, ainda que provisórios o Exemplos: Apelação (1.012, § 1º, I a VI) Agravo de instrumento (salvo o 1.019, I), RE e RESP
Suspensivo: O efeito suspensivo não é comum a todos os recursos. Depende de previsão legal, e, em sua ausência, entende-se sem efeito suspensivo o recurso. O recurso dotado de efeito suspensivo suspende os efeitos da decisão recorrida até o julgamento do recurso. Consistirá na ineficácia da decisão até seu julgamento. Significa que a decisão não poderá ser executada nem provisoriamente.
Mas há casos em que a via judicial pode ser usada para suprir a ausência de efeito suspensivo. Pode ser que a decisão recorrida cause prejuízo inevitável, então a parte pede que seja atribuído o efeito suspensivo. Parece com o que é feito nas medidas cautelares.
Impedir que a decisão recorrida produza eficácia (exequibilidade) 
Ex lege: RE contra decisão que julga mérito de IRDR (Incidente de resolução de demandas repetitivas) (987, § 1º) e Apelação (1.012). 
Por requerimento da parte e presentes os requisitos do 995, p. único.
Substitutivo (substituição do ato impugnado pelo julgamento do órgão ad quem): Significa que a decisão impugnada será substituída por outra decisão, a última proferida, que será, naturalmente, a que julga o recurso. Algumas vezes o tribunal reforma completamente a sentença. Como poderíamos ter duas decisões incompatíveis no mesmo processo? Uma decisão substituirá a outra. O que vale agora é a nova decisão do recurso. 
As exceções: essa substituição não se verificará em duas hipóteses: se o recurso não for conhecido por ser deserto ou intempestivo, a matéria não será apreciada. Prevalecerá o entendimento que está na decisão recorrida; e também no caso de error in procedendo, um vício na atividade jurisdicional. A decisão recorrida é cassada, mas não substituída. A matéria volta para ser reexaminada no mérito. Outra coisa: a sentença aborda vários assuntos tratados no processo. Se a parte recorre só de determinado ponto, tal como juros ou correção monetária, a nova decisão irá substituir a sentença recorrida somente na parte impugnada, não atingindo a questão do valor principal, nesse exemplo. No que o recorrente ficar silente, nada mudará.
Translativo: É a apreciação pelo tribunal de matéria cujo exame é obrigatório por força de lei, como as matérias de ordem pública. Exemplos: prescrição, decadência, pressupostos processuais, condições da ação, nulidades, etc. Independente de recurso da parte, ou de ter abordado aquela questão antes. O juízo ad quem pode notar que a ação estava prescrita sem que o juízo a quo tenha notado.
É um outro caso de análise pelo juízo ad quem. A incompetência absoluta pode ser conhecida de ofício. A sentença pode analisar o mérito, mas o órgão revisor da decisão pode notar que a parte não tinha legitimidade ou outra condição para o desenvolvimento correto do processo. A prescrição e a decadência podem ser analisadas pelo tribunal independente de a parte ter suscitado isso.
Interruptivo: Efeito atribuído aos embargos de declaração pelo artigo 1.026 do Código de Processo Civil: interrupção do prazo para a interposição de outros recursos. Interrupção do prazo para outros recursos.
O artigo 1.026 do Código de Processo Civil dispõe que “Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso”. 
É o chamado efeito interruptivo dos embargos declaratórios, ou seja, no momento em que os embargos de declaração são interpostos, os prazos recursais que já se iniciaram a partir da publicação da decisão são interrompidos e voltam a correr após a publicação da nova decisão que será prolatada. 
Pode-se citar alguns exemplos práticos. 
Publicada uma decisão interlocutória automaticamente começarão a correr dois prazos: o dos embargos declaratórios, cinco dias, e o do agravo de instrumento, quinze dias. 
Se houver erro material, omissão, contradição ou obscuridade na decisão, a parte deverá interpor, antes do agravo, o recurso de embargos de declaração, o qual tornará interrompido o prazo para interposição do agravo. Os embargos serão decididos e somente aí reiniciará, o prazo para interposição do agravo. 
Da mesma forma nos tribunais superiores. Publicado acórdão iniciam-se simultaneamente os prazos para interposição dos embargos (se houver omissão, obscuridade ou contradição) e de outros recursos (agravo interno, recurso ordinário, especial ou extraordinário, a depender do caso). Os embargos interromperão o prazo para tais recursos até a publicação da decisão a eles referente. Após, se reiniciará a contagem do prazo para outros recursos.
Juízo de Retratação: Esse efeito é o contrário do devolutivo. Retorna a matéria impugnada ao próprio órgão prolator da decisão recorrida. É o caso dos embargos de declaração. Todos os agravos, e a apelação em alguns casos, terão o efeito regressivo e também o efeito devolutivo. Significa que, ao contrário do que aparenta, esses dois efeitos não são incompatíveis entre si.
Recurso Adesivo (997):
Recurso adesivo é aquele que é interposto somente diante da conduta da parte contrária, ou seja, caso uma parte não tenha recorrido e a outra o tenha feito, a parte omissa poderá aproveitar essa oportunidade para interpor seu recurso na modalidade adesiva. Essa possibilidade está prevista no art. 997 do NCPC.
Na hipótese de sucumbência recíproca, há a possibilidade de um dos sucumbentes aderir aorecurso do outro 
Cabimento: 
Apelação 
RE/RESP 
Características, condições e consequências 
Não é outra espécie de recurso e sim modo de recorrer (apelar, embargar, etc.) 
Mesmos pressupostos de admissibilidade 
Oferecimento no prazo das contrarrazões e em peça distinta desta diante da mesma autoridade competente para admitir o recurso principal 
Sucumbência recíproca (interesse) 
É acessório do recurso principal (não conhecimento, desistência, inadmissibilidade)
O uso do recurso principal impede sua utilização 
Abertura de vista para a parte contrária. 
O fato de o recorrente usar da manobra do recurso adesivo por ter perdido o prazo para interposição do recurso principal não pode ser obstáculo para o não conhecimento do recurso adesivo (REsp 864.579, rel. Min. Eliana Calmon)
Apelação e agravos
Cabimento. Efeitos. Requisitos
Apelação (1009 - 1014): No Direito Processual Civil, apelação é o recurso ordinário cabível contra as sentenças proferidas em primeira instância, isto é, em primeiro grau de jurisdição. Institui o Código de Processo Civil que sentença é ato do juiz e que pode ser terminativa (sem resolução de mérito) ou de mérito (com resolução de mérito). O prazo do presente recurso será de 15 dias. Ele submete para instância superior o reexame da sentença.
Objeto e finalidade 
Sentença com ou sem apreciação de mérito 
Reforma ou anulação da decisão de 1º grau 
Nos casos de anulação, a decisão do TJ se resume a determinar o retorno dos autos ao 1º grau para prolação de nova decisão, não sendo possível apreciar o mérito (incompetência absoluta), exceto: 
▪ 1.013, §§ 3º e 4º 
▪ Poderes decisórios de 1ª instância 
▪ Teoria da causa madura (causa pronta para julgamento com todos os elementos necessários para isso)
Efeitos
Devolutivo, Suspensivo e Translativo – regra geral 
Efeito devolutivo: 
▪ Devolutividade plena ao TJ 
▪ Conteúdo e fundamentos são delimitados pelo recorrente (regido pelo princípio dispositivo) 
▪ Exceção: matérias preclusas não impugnadas por embargos declaratórios ou agravo (recurso é direito e ônus), salvo as de ordem pública (337) 
▪ Manifestação do Tribunal limitada àquilo que for objeto de impugnação pelo apelante + questões de ofício (efeito translativo) 
▪ Questões de fato não propostas no juízo (1.014 c/c 435 e 437, § 1º): 
● Fatos novos, posteriores à prolação da sentença (prova da data de ocorrência); 
● Fatos e documentos antigos, mas somente conhecidos pelo apelante após o momento processual que teve para alegá-lo (prova da justa causa/força maior (223, § 1º)) 
● Documentos novos (435) X fatos novos (1.014) 
▪ A retratação do indeferimento da petição inicial afasta o efeito devolutivo da apelação interposta contra esta sentença (331) 
▪ Reformada a decisão: cita-se o réu. Mantida: “cita-se” o réu para responder ao recurso e remete-se ao TJ.
▪ Em resultados não unânimes, aplica-se a técnica do art. 942.
Efeito Suspensivo:
Aplicável a todas as matérias exceto (permite a execução provisória de plano – 1.012, § 2º) 
▪ 1.012, §1º, I a VI (só devolutivo) 
▪ Ações locatícias (L. 8.245/91, art. 58, V) 
Efeito Translativo: 
▪ matérias de que o tribunal ad quem poderá conhecer, independentemente da devolução operada pela vontade impugnante do recorrente.
▪ questões de ordem pública (condições da ação, pressupostos processuais) + 485, § 3º.
Requisitos Formais (1010, I a IV)
Requisitos intrínsecos, que são: 
* Cabimento e adequação 
* Legitimidade 
* Interesse 
Requisitos extrínsecos, que são: 
* Tempestividade 
* Preparo 
* Regularidade formal
II – Não se confunde com a transcrição dos fundamentos fáticos e jurídicos descritos na fase postulatória (petição inicial) 
Necessidade de atacar a sentença de forma direta, fundamentando-a.
Agravo: É o recurso interposto perante juízo "ad quem", com o objetivo de reformar uma decisão interlocutória (que não põe fim ao processo) proferida pelo juízo "a quo". O prazo para sua interposição é de 15 (quinze) dias.
Características
Pluralidade de ocorrências em um mesmo processo
Multiplicidade de ataques 
▪ Decisões interlocutórias em geral em 1ª instância 
▪ Decisões monocráticas de relator (tribunais)
Espécies
De Instrumento (1015)
Em recurso Especial e Extraordinário (1042)
Interno (1021) – O Agravo Interno se presta a impugnar decisões Monocráticas do Relator.
Agravo de Instrumento (1015 a 1020) – O Agravo de Instrumento tem cabimento restrito ao que a Lei Disciplina sua função e impugnar decisões interlocutórias.
Cabimento: 1015, I a IX – rol taxativo – agravo de instrumento passou a ter cabimento apenas contra as decisões interlocutórias expressamente taxadas pelo legislador, não se admitindo sua interposição em nenhum outro caso.
O inciso II – cabível nas hipóteses do 354, p. único e 356, § 5º
Prazo: O prazo para interposição do recurso é de 15 (quinze) dias (art. 1.070, CPC) úteis (art. 219, CPC), contados na forma do artigo 1.003, devendo o agravante, se for o caso, comprovar a ocorrência de feriado local para verificação da tempestividade (art. 1.003, § 6º).
Efeitos: Apesar do agravo de instrumento não ser dotado de efeito suspensivo ope legis – e por isso haver a imediata liberação de efeitos pela decisão agravada – o artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil faculta ao agravante requerer ao relator que seja atribuído o efeito suspensivo – ope judicis – demonstrando: a) que da imediata eficácia da decisão recorrida há risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e, b) a probabilidade de provimento do agravo interposto (art. 995, p. Único, CPC).
Embargos de declaração.
Cabimento.
Prazos, suspensão e interrupção para outros recursos.
Embargos de divergência.
Cabimento.
Embargos de declaração (1022 a 1026): Os embargos de declaração são uma espécie de recurso, sendo julgados pelo próprio órgão que prolatou a decisão. Ex.: os embargos de declaração opostos em face de uma sentença são julgados pelo próprio juiz que proferiu a decisão.
Cabimento: qualquer decisão judicial (1022), que contenha:
Obscuridade
Contradição
Omissão
Erro material – seria aquele perceptível de imediato pelo juiz, não passível de maiores indagações, podendo, ainda, provocar a modificação do julgado (v.g., grafia, numeração, aferição equivocada da tempestividade de um recurso).
- Fundamento: 5º, LV 93, IX da CF
- Contra decisão monocrática, são julgados monocraticamente (1024, § 2º)
Em regra, a função dos embargos de declaração não é a de modificar o resultado da decisão, fazendo com que a parte que perdeu se torne a vencedora. Essa não é a função típica dos embargos. Os objetivos típicos dos embargos são: 
A) esclarecer obscuridade; 
B) eliminar contradição; 
C) suprir omissão; 
D) corrigir erro material.
Vale ressaltar, no entanto, que muitas vezes, ao se dar provimento aos embargos, pode acontecer de o resultado da decisão ser alterado. Quando isso acontece, dizemos que os embargos de declaração assumem um efeito infringente.
Prazos: O prazo para a interposição do recurso de embargos de declaração será de 5 (cinco) dias, cuja fluência se dará apenas em dias úteis como os demais prazos, e deverá conter em suas razões, a indicação da obscuridade, contradição e omissão e do erro material, sendo que não há necessidade de preparo (ex vi do art. 1.023, caput, NCPC/2015). 
No § 1º do art. 1.023 há expressa previsão para a duplicação do prazo quando houver procuradores distintos de diferentes escritórios de advocacia, em caso de litisconsortes.
Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso (art. 1.026 do CPC 2015), inclusive no âmbito dos Juizados Especiais (que no CPC/73 suspendiam o prazo.
Interrupção de prazo para interposição de outros recursos (1.026):
Não tem efeito suspensivo, salvo risco de dano grave ou de difícil reparação (1.026, §1º) 
Prazo recomeça a correr por inteiro 
Para interposição por qualquer das partes 
Visa obedecer ao princípio da unicidade recursal 
ED incabíveis (ausênciade fundamento) ou intempestivos não interrompem.
Caráter protelatório:
Multa – (1026, § 2º) – 2% do valor atualizado da causa – trata da multa em caso de embargos de declaração protelatórios (não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa) a ser aplicada pelo juiz ou tribunal, sempre em decisão fundamentada. 
Reiteração de embargos protelatórios – 1026, § 3º traz a reiteração dos embargos de declaração protelatórios, com a possibilidade de se elevar a multa em até dez por cento sobre o valor atualizado da causa; mas, o que mais nos chama atenção, é a expressa condicionante no sentido de que a interposição de qualquer recurso dependa do depósito prévio do valor da referida multa.
 
Embargos de Divergência (1043): Trata-se de recurso cujo objetivo é a uniformização da jurisprudência interna do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Registre-se a necessidade de comprovação imediata do recolhimento do preparo para a admissibilidade dos embargos de divergência, nos termos do art. 1.007, caput, do CPC. Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária.
Cabimento: 
O recurso é cabível contra decisões colegiadas em recursos extraordinários e em recursos especiais;
Acórdão divergente sobre o mesmo tema (mérito) entre turmas, seções, órgão especial ou entre turmas e Pleno e na mesma turma (mas não contra acórdão do Pleno) em julgamento de: 
REsp 
RE 
AREsp e ARE (RISTF, 330)
Não cabimento: 
Decisão monocrática que julga RE/RESP
Divergência na Turma, Seção, Órgão Especial ou Pleno fora da regra do § 3º 
Baseado em cotejo com precedente de outra turma já superado (S 168/STJ)
Finalidade: Reforma ou invalidação do acórdão para fazer valer o entendimento do outro colegiado sobre o mesmo tema
Demonstração da divergência: O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na internet, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados. No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior.
Processamento:
Prazo: 15 dias (1.003, § 5º) 
Contrarrazões
Efeito: Devolutivo
Não há efeito suspensivo nos embargos de divergência, o que pode ser obtido por petição dirigida ao relator. O efeito dos embargos, além do natural de obstar a formação da coisa julgada, é o devolutivo (no limite do seu cabimento).

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