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A Psicologia Institucional Segundo Bleger

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FACULDADE
MULTIVIX CACHOEIRO
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Na década de 80, ganhou espaço o trabalho junto a instituições, sobretudo as de saúde educação e promoção social.
Neste período, muitos psicólogos e psicanalistas migraram da Argentina para o Brasil para difundir as ideias da psicologia
institucional e supervisionar os trabalhos dos psicólogos brasileiros junto às instituições.
Com isso, cada vez mais psicologia e instituição irão se tornando um binômio conhecido e reconhecido. Naquela época, alguns
se diziam sócio-psicanalistas, outros psicólogos institucionais, outros ainda analistas institucionais.
A Psicologia Institucional é um termo cunhado por Bleger, psiquiatra argentino, de orientação psicanalítica inglesa, que a um
certo momento buscou aliar psicanálise e marxismo para pensar a atuação do profissional em Psicologia para além das práticas
terapêuticas e consultoriais.
Para Guirado (2004), trabalhar com psicologia institucional portanto é trabalhar com uma determinada abordagem
psicanalítica específica. Nesta abordagem, toma-se a instituição como um todo, como alvo da intervenção.
O psicólogo opera com os grupos, desde os de contato direto com a clientela até a direção por meio de um enquadre que
preserva os princípios básicos do trabalho clínico psicanalítico, bem como suas justificativas.
Tudo isto implica que se alguém se diz trabalhando psicologia institucional, estará, ao mesmo tempo tomando tanto a instituição
e suas relações, quanto a intervenção do psicólogo de uma perspectiva psicanalítica.
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Nessa proposta, o conceito de instituição é o conjunto de relações sociais que se repetem e nessa repetição legitimam–se.
Essa legitimação se dá, em ato, pelos efeitos de reconhecimento de que essas relações são óbvias e que naturalmente sempre
foram assim. Dá-se, ao mesmo tempo e complementarmente, pelos efeitos de desconhecimento de sua relatividade.
O mais importante nessa compreensão instituição é que ela nos coloca na qualidade de agentes ou de clientela como atores em
cena. É a nossa ação que faz a instituição. Que a reproduz e legitima. Inclusive, no que diz respeito aos efeitos de
reconhecimento e desconhecimento.
Não há porque se referir à Instituição como um corpo estranho, acima de nossas cabeças, com vida própria e independente de
nós. Nós a fazemos. E, mesmo que à revelia de nossa consciência, reconhecemos como natural e legítimo esse fazer.
Toda Instituição constitui um objeto (material, impalpável): é aquilo em nome de que ela se faz, e cujo monopólio é reivindicado
numa delimitação de âmbito de ação com outras instituições. A cura, por exemplo, pode ser considerada objeto das práticas
médicas; o das práticas escolares pode ser considerado não apenas o ensino formal, como também a direção e a disciplina dos
atos dos educandos, inclusive para além dos muros escolares, com aquiescência (e a convite) da família.
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Toda instituição se constitui na e pela relação de clientela; isto é na relação de agentes institucionais com os clientes destas
instituições. Estes últimos demandam um determinado serviço e os primeiros se destinam a prestá-lo. É nessa relação que se
define a tensão entre posse e alienação do objeto institucional. Uma relação de poder, portanto, um jogo de forças
poder/resistência, que não se dá senão no e pelo discurso.
Aqui toma-se como “discurso” o conceito elaborado por Michel Foucault que o associa ao ato, dispositivo, instituição, que
define, para um determinado momento histórico para uma região geográfica, as regras de enunciação. Nele e por ele, o jogo de
forças poder/resistência se exerce e a produção de um saber ou verdade se faz concreta.
Os discursos são dispositivos-ato, (por)que supõem, para seu exercício, uma posição, um lugar, que é um lugar de enunciação.
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Segundo Bleger
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
São dois os princípios fundamentais que fundamentam o raciocínio de Bleger acerca do trabalho do psicólogo:
• O psicólogo como profissional deve passar da atividade psicoterápica (doente e cura) à da psico-higiene (população sadia e
promoção de saúde);
• Para isso, impõe-se uma passagem dos enfoques individuais aos sociais.
O enfoque social é duplo: compreende os modelos conceituais respectivos e, por outra parte, a ampliação do âmbito em que se
trabalha. Para conseguir tudo isto, existe a necessidade de novos instrumentos, que aqui compreenderiam novos conhecimentos
e técnicas para alcançar esse fim.
As pesquisas que deram base o conhecimento estruturado sobre psicologia institucional foram desenvolvidas em ambientes
hospitalares e educacionais. Os trabalhos de Bleger sofreram muita influência de Enrique Pichon Rivière e Elliot Jaques.
Bleger não aceita que a Psicologia Institucional seja tratada como um conhecimento aplicado da ciência psicológica. Ele prefere
tratar a Psicologia Institucional como um campo de investigação.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Para ele, não há possibilidade de nenhuma tarefa profissional correta em psicologia se não é, ao mesmo tempo, uma
investigação do que está ocorrendo e do que está se fazendo.
Para ele, a prática não é uma derivação subalterna da ciência, mas sim seu núcleo ou centro vital; e a investigação científica não
tem lugar acima ou fora da prática, mas sim dentro do curso da mesma. Para ele, a separação entre a investigação científica e a
parte prática é um esquema alienante e seus defeitos ou resultados são altamente perniciosos.
Para ele, a experimentação científica deve constituir um momento do processo total da investigação, que é inseparável da
própria prática, tanto como esta última transforma-se, sem investigação concomitante, em um empirismo grosseiro. Mais uma
vez, ele reafirma a psicologia institucional não é um ramo da psicologia aplicada, mais sim um campo da psicologia, que abrange
tanto a investigação científica como o desenvolvimento da psicologia como profissão.
Dizendo de outra forma, não se pode ser psicólogo se não se é, ao mesmo tempo, um investigador dos fenômenos que se
querem modificar e não se pode ser investigador científico se não se extraem os problemas da própria prática e da realidade
social que se está vivendo em um dado momento.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Para Bleger, a Psicologia evoluiu desde terrenos abstratos até progressivamente abarcar o terreno do concreto; desde uma
psicologia inumana do homem até uma psicologia que capte o especificamente humano.
As etapas desta evolução foram:
1. Estudo de partes abstratas e abstraídas do ser humano;
2. Estudo do ser humano como totalidade, mas abstraído do contexto social;
3. Estudo do ser humano como totalidade nas situações concretas e em seus vínculos interpessoais (presentes e passados).
Ao alcançar este terceiro nível, o enfoque conceitual e metodológico da psicologia desenvolveu-se ampliando os âmbitos em
forma progressiva:
1. Âmbito psicossocial (individual);
2. Âmbito sócio-dinâmico (grupos);
3. Âmbito institucional (instituições);
4. Âmbito comunitário (comunidades).
Convém esclarecer que os modelos conceituais abordados em cada âmbito são diferenciados. Assim, pode-se estudar psicologia
do grupo com um modelo da psicologia individual. Assim como pode-se estudar o indivíduo com o modelo da psicologia social.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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